quarta-feira, novembro 30, 2005

Presidente da Câmara de Aveiro recebe NovaDemocracia

Hoje, quarta-feira, pelas 15h00, o Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Dr. Élio Maia, receberá uma comitiva da NovaDemocracia (PND).Susana Barbosa, Coordenadora da Direcção do C.E. Aveiro do PND, Jorge Ferreira, Conselheiro Nacional do PND e cabeça de lista por Aveiro nas últimas legislativas e Edgar Jorge Silva, igualmente Conselheiro Nacional do PND e actual Presidente da Junta de Freguesia de Cedrim do Vouga (reeleito), são os elementos que constituirão a comitiva na audiência com Élio Maia.

Em cima da mesa, estarão temas como o "Endividamento real da CMA", "Empresas Municipais", "Gabinete da Ria" e "Estádio Municipal Mário Duarte", podendo-se adiantar que a NovaDemocracia será portadora de propostas concretas para a resolução de alguns problemas de Aveiro.

Portugal dependente comemorando a Independência

Em véspera de mais um feriado comemorativo da Restauração da Independência de Portugal em relação a Espanha, incomoda sentirmos que hoje mais do que nunca estamos dependentes desta Independência…

Importa reflectir um pouco sobre os motivos que levam a que Portugal se deixe invadir cada vez mais pelo domínio económico espanhol em pleno século XXI. O efeito da globalização nem sempre se dá a par das melhores escolhas, ou das melhores opções, pois com este fenómeno somos por vezes conduzidos a consumir produtos de pior qualidade mas que nos são oferecidos no mercado a preços aliciantes.

Assim vem acontecendo com o mercado espanhol que todos os dias conquista Portugal. Compramos batatas, laranjas, maçãs, roupas, calçados e seguros provenientes do mercado espanhol. E até compramos dinheiro que os espanhóis nos conseguem colocar nas mãos a taxas de juro mais baixas que a banca portuguesa! Vamos com isto criticar o povo português por não ser nacionalista e por não optar pelas saborosas laranjas do Algarve, pela batata das Beiras ou pelos tradicionais calçados do norte?

Claro está que não temos legitimidade alguma para criticarmos, nem para estimularmos a compra de produtos nacionais, quando sabemos que os salários em Portugal são por vezes em sectores de actividade similares, cinquenta por cento inferiores aos dos nossos vizinhos espanhóis, que dispõem com salários superiores aos nossos dos mesmos preços de produtos espanhóis que em Portugal se vendem cinquenta por cento mais baratos que os que são por nós produzidos. E assim vai a nossa economia…

Enquanto isto, anda o nosso primeiro-ministro mais preocupado com os choques tecnológicos, anda o ministro das finanças mais preocupado em cobrar impostos e em denunciar os infractores em haste pública, e anda o ministro da economia saberá Deus por onde.

A continuar assim, um destes dias não serão apenas as laranjas portuguesas que repousarão nos laranjais apodrecidas, quando este governo despertar do delírio da megalomania económica, não existirão estruturas capazes de produzir o que quer que seja, pelo simples facto de que podres estarão todos os instrumentos produtivos e em outras paragens se encontrarão os investidores portugueses.

Hoje, na véspera de mais um 1º Dezembro, Portugal está dependente dos vizinhos mais próximos e igualmente dependente dos vizinhos mais distantes, e o ditado que sempre nos disse que «De Espanha nem bom vento, nem bom casamento» passou definitivamente de moda, porque de Espanha aceitamos hoje tudo!

Para Democracia Liberal e Diário de Aveiro

terça-feira, novembro 29, 2005

Uma ideia de Portugal

Crónica de Manuel Monteiro no Expresso online
A ausência de um rumo para a Nação e de um papel para o Estado é revelador da falta de uma ideia de Portugal.

Se se preferir, de uma ideia para o destino de Portugal.Será, pois, desejável que numas eleições presidenciais se debata a Nação e, pensando no seu futuro, para ela se definam objectivos. Que objectivos devemos, então, ter para Portugal? Os seguintes: assumir Portugal como país do centro do mundo; criar a Comunidade Económica dos Países de Língua Oficial Portuguesa; defender uma Europa Nova.
Com a devida vénia ao
Expresso

Continue a ler aqui

Micro-causas (X)

Biografia de Amália por Vítor Pavão

O livro "Amália - Uma Biografia" não é simplesmente mais uma biografia de Amália Rodrigues, é a biografia mais completa, rigorosa e actualizada da grande diva do fado, que partiu das longas conversas que Amália Rodrigues teve com o seu amigo e biógrafo Vítor Pavão dos Santos. Este é o fiel registo de 1987, que a Editorial Presença recuperou, actualizou e aumentou, incluindo novas fotografias e um capítulo dedicado à bibliografia discográfica.

Apaixonado pela diva desde que em miúdo a viu cantar pela primeira vez, Vítor Pavão dos Santos deixa-nos um documento único sobre a vida de Amália Rodrigues, desde a sua infância às actuações no Olympia de Paris e às tentativas de suicídio. No fundo, trata-se de uma reconstrução pormenorizada da voz que se tornou ícone de uma cultura, de uma sociedade e de um tempo português. Nas palavras de Vítor Pavão dos Santos "o público através de Amália encontra-se a si próprio, como sempre aconteceu", uma realidade partilhada por milhares de fãs rendidos no amor à diva.

Importante será referir , que não existe no mercado, até ao momento, outra publicação tão completa como esta, o que a torna a única a proporcionar ao leitor a visão mais aproximada e pormenorizada da cantora que imortalizou Portugal.

Sobre o autor, refira-se que Vítor Pavão dos Santos nasceu em Lisboa em 1937, é licenciado em História, crítico, investigador e desenhador teatral, tendo fundado e dirigido o Museu Nacional de Teatro durante 19 anos. Importa salientar ainda que o autor publicou, entre outras coisas, a "Revista à Portuguesa", o primeiro estudo consagrado ao teatro da revista em Portugal.

Esta Biografia única e actualizada de Amália Rodrigues já está disponível no mercado.

Editorial Presença

segunda-feira, novembro 28, 2005

Dialogando

Vêde as horas, minha mãe

Tarde se faz, tenho d` ir

Tanto caminho a percorrer

Tantas letras para ler

Tenho mesmo que partir.

Pressa? P`ra quê? O mar não sai do lugar

Brisa amena sopra, o sol continua a brilhar.

Inclemente nos dedos desliza a vida

Alteram-se as marés e correntes

Rodopia o astro rei nos horizontes

Lâminas de fogo lançando

Lembrando

A mudança já sentida.

As cores do arco-íris? A ternura dum sorriso?

Os sonhos do poeta? O voo no tempo contigo?

Minha mãe, assim eu corro...

As pontas d`ilusões, sonhos, agarro

Com toda a força restante

Num silêncio inquietante...

O cru voo do tempo seguro

Num meigo sorriso brilhante

Do poeta adormecido.

Amita, in Branco e Preto II

A árvore que provoca aridez à sua volta

Por José Adelino Maltez, em Sobre o tempo que passa
Originário de Boliqueime, o candidato é hoje a espécie que mais atende as necessidades de reposição de matéria-prima para o processo regresso à idade de betão, seja ele para a fabricação de assessores de Belém, para o revigoramento energético do laranjal ou ainda para o abastecimento de esperança da produção banco-burocrática, acabamentos refinados da construção civil, pisos, postes e mastros para barcos.A vida também passa por aqui. A mudança também se faz por aqui. Cruzamento de culturas, encontro de vontades, partilha de saberes, espaço de informação e resultados, a Internet é "A" janela para o mundo. Nesse mundo, eu quero, nós queremos um Portugal que observa e age, conhece e modifica, descobre e avança . Um Portugal Maior.De acordo com a Miguel Cadilhe, foi graças aos empatas do professor hirto e firme que milhões de hectares de floresta nortenha que contribuem para a preservação da mata nativa, ocupando áreas antes devastadas pelo desmatamento, pela monocultura e a pecuária, além da comercialização ilegal de madeiras, ficassem sem regionalização. O maior atractivo para a implantação da Floresta de Eucalipto é que essa planta exótica se desenvolve em qualquer tipo de terreno do centro, da direita e da esquerda, principalmente em ambientes secos e solos pouco férteis. Em todo o mundo existem cerca de 700 diferentes espécies de Eucalipto sendo que o Viveiro Laranjá produz mudas de apenas três espécies: o Eucalyptus grandis, e o Eucalyptus urophylla destinados ao mercado das presidenciais; e o Eucalyptus citriodora para pequenos produtores da vingança anti-soarista.Na Sociedade da Informação, que Portugal todos os dias ajuda a transformar e a desenvolver, este Portal permite-me estar mais perto, também por aqui ouvindo, partilhando, aprendendo. Será um Portal pleno de vida, entusiasmo, inconformismo. Um Portal que mostra que Portugal cria, exige, cresce e afirma uma vontade nacional de vencer.

"Trapezista da política"

Presidenciais

Monteiro diz que Portas queria ser candidato a Belém

Paulo Portas "é um trapezista da política, porque age consoante a corrente". Vários anos depois das polémicas no interior do CDS/PP, Manuel Monteiro volta a visar directamente Paulo Portas, a propósito da vontade do ex-ministro da Defesa de mexer na Constituição. E também por Portas ter revelado o voto em Cavaco Silva tarde demais, "porque não conseguiu ser ele próprio candidato."Na sequência da conferência que o ex-ministro deu quinta-feira no Porto - onde defendeu uma nova Constituição ou uma revisão "profunda e alargada" da actual -, Monteiro diz que Paulo Portas "foi governante e teve condições óptimas para fazer aquilo que agora diz ser necessário". Durante o tempo em que esteve no Governo (2002-2005) "houve processos de revisão constitucional em que podia ter levantado esta questão. E não o fez".

Com a devida vénia ao Diário de Notícias
Francisco Almeida Leite

Continue a ler no Democracia Liberal

domingo, novembro 27, 2005

Escrever

«Escrever é ter a companhia do outro de nós que escreve»
Vergílio Ferreira

Vida e Obra de Vergílio Ferreira - Exposições em Albergaria

Duas exposições sob as designações «Vergílio Ferreira-Sobre o Silêncio da Terra» e «Bibliografia de Vergílio Ferreira», estão patentes ao público até ao próximo dia 3 de Dezembro na Biblioteca Municipal de Albergaria-a-Velha. Estas duas exposições foram organizadas pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e pela Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha.

Micro-causas (IX)

sábado, novembro 26, 2005

Hoje - Acção da NovaDemocracia no concelho de Sever do Vouga


A iniciativa decorrerá em Cedrim do Vouga, Freguesia do Concelho de Sever do Vouga, que é presidida por um militante da NovaDemocracia. À tarde Manuel Monteiro será recebido pelo Presidente da Câmara Municipal local. Esta deslocação do líder da NovaDemocracia insere-se na volta que está a fazer ao País e que teve início há 15 dias em Viana do Castelo e Vila Real.
A comitiva da NovaDemocracia, com Manuel Monteiro, Jorge Ferreira, Susana Barbosa e Edgar Jorge Silva (este último, membro do Conselho Geral da ND, reeleito nas últimas autárquicas presidente da Junta de Cedrim - Sever do Vouga), vai ser recebida nos paços do concelho de Sever do Vouga pelo presidente da autarquia Dr. Manuel Soares e pelo presidente da Assembeleia Municipal Dr. José Manuel Barbosa e Costa pelas 17h00
, seguindo-se visita pela sede concelho. Pelas19h00, jantar na Quinta do Barco, e pelas 21h00 uma Conferência na sede da Junta de Freguesia de Cedrim do Vouga. A Conferência deverá incidir nos problemas da interioridade e assimetrias regionais, regiões administrativas e administração local, e servirá também para fazer a apresentação da NovaDemocracia à população.

Primeiro número da «Revista Nova Vaga» da NovaDemocracia

A Revista Nova Vaga, publicação bi - mensal, propriedade da NovaDemocracia, que tem como Directora a Advogada Sara Marques, sai já na próxima semana.
Este primeiro número dedicado ao tema "IDEOLOGIAS" conta, ao que apuramos, com a colaboração de António Vitorino, Maria de Belém Roseira, António José Seguro, António Neto da Silva e António Tavares, recém eleito Presidente do conhecido Clube Via Norte, e ainda Diogo Leite Campos, entre outros.
Saiba mais no Democracia Liberal

Micro-causas (VIII)

sexta-feira, novembro 25, 2005

Qual?

«Qual é o sábio, ou o filósofo, ou o governo, que pode ter nas mãos o facho da religião, da crença e da verdade, como cada um o entende?»
José Estevão (1809-1862)
Tribuno aveirense, in Colectânea Discursos Parlamentares

«NovaDemocracia já reuniu 4000 assinaturas contra a OTA»

Afinal há muito mais portugueses do que se julga contra a OTA!
Só nós, o mais jovem partido político português, conseguimos 4000 assinaturas em pouco tempo!
Segue-se o pedido de audiência ao Presidente da Assembeleia da República.
No Democracia Liberal

A política externa de Cavaco Silva

Para constatar!
Por Jorge Ferreira no tomarpartido

Em busca da cor perdida

Por Jorge Ferreira

Os painéis do novo Estádio de Aveiro, construído de raiz para o Euro 2004, estão a perder a cor. A linha Aveiro-Salamanca desapareceu do mapa do TGV. O Governo do Plano Tecnológico demora uma eternidade a vistoriar e a licenciar o novo pesqueiro da Miradouro, um investimento de 15 milhões de euros acostado à espera de Godot, perdão, de ministro.
Os membros da Assembleia Municipal de Aveiro têm má fama, diz um dos deputados municipais (dos que não foram contemplados com administrações das empresas políticas do concelho). Um vereador socialista da Câmara de Aveiro decidiu divulgar agendas de reuniões não abertas ao público, sem dar cavaco, desculpem, sem passar cartão aos outros membros do órgão e ao próprio orgão. Alberto Souto nunca teve um contratempo destes.
Ora, isto é tudo o contrário do que o país e Aveiro precisam. Primeiro precisamos de cor para combater a depressão colectiva que insiste em andar associada às vergonhas da justiça e ao agravamento da situação económica. Depois prescisamos de saber o que queremos para o desenvolvimento do país. Tira linha, põe linha, encurta prazo, alarga prazo, este é o balanço da ineficiência e da falta de estratégia nacional para o desenvolvimento. A seguir precisamos de eficiência no Estado, esse amontoado burocrático que trava o investimento e a criação de riqueza. Mas nada disto se conseguirá, a cor, o objectivo, a eficiência, sem sentido de responsabilidade e sem credibilidade dos políticos. Que, pelos vistos, anda pelas ruas da amargura.
Hoje quero recordar outro exemplo deste ambiente geral de incapacidade para resolver problemas. O Governo PSD/CDS decidiu criar o Tribunal de Comércio de Aveiro. É uma arreigada tradição portuguesa criar tribunais no Diário da República, dos quais depois não se consegue saber onde ficam as respectivas instalações.
A verdade é que ainda hoje não se sabe a morada, não se conhecem os juízes e os funcionários desse tribunal.
Este é mais um típico exemplo desse mau costume. Num distrito comprovadamente empresarial e dinâmico como é o de Aveiro, a vida da economia continua à mercê das páginas esquecidas do jornal oficial. Nenhum dos membros do Governo que assinou a criação do tribunal está hoje no Governo. Provavelmente até eles estarão esquecidos do tribunal que criaram…

Micro-causas(VII)

PODE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA SFF ESCLARECER O QUE PENSA SOBRE AS MUDANÇAS NO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DA REPÚBLICA PORTUGUESA (SIRP), SERVIÇO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS DE DEFESA (SIED), SERVIÇO DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA (SIS) E DIVISÃO DE INFORMAÇÕES MILITAR (DIMIL), DESDE QUE DEU POSSE AO PRIMEIRO-MINISTRO, JOSÉ SÓCRATES?

quinta-feira, novembro 24, 2005

«SET`05 - Sons em Trânsito» começa hoje

É o IV Festival de Músicas do Mundo de Aveiro, SET`05 - Sons em Trânsito.

Começa hoje, com programa de luxo

Sobre o conhecimento

«A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento.»
Platão

Eco-eficiência e Inovação Rumo ao Desenvolvimento Sustentável



Acção de Divulgação, no próximo dia 29, pelas 14h30, no âmbito do desenvolvimento do Projecto DEUSA - Projecto de Desenvolvimento Empresarial e Urbano Sustentável em Aveiro.
A realização deste evento pretende:
 Fazer um ponto de situação dos trabalhos já desenvolvidos no âmbito do projecto;
 Motivar os diferentes agentes económicos da região para a integração dos conceitos de Eco-eficiência, Produção Mais Limpa e Análise de Valor na estratégia empresarial;
 Estimular a inovação tecnológica através da utilização de novas práticas, novos procedimentos e de novas tecnologias, propiciando a criação de processos, produtos e serviços mais competitivos.
Para mais informações, consulte a AIDA

quarta-feira, novembro 23, 2005

Convenção Empresarial do Centro - na Expocentro

Será no próximo dia 26, em Pombal.

Para a CEC - Câmara de Comércio e Indústria do Centro, é clara a necessidade de envolvermos as empresas numa dinâmica de mudança e afirmação de uma nova centralidade. As apostas na inovação, na competitividade, nas qualificações e na produtividade, mais do que um lugar comum, são um imperativo para a afirmação e desenvolvimento das nossas empresas e da nossa região Centro.

Participe na construção de uma Nova Centralidade. As empresas do Centro de Portugal enfrentam hoje uma realidade que implica o seu envolvimento forte numa dinâmica de mudança. A Convenção Empresarial do Centro será uma jornada que visará identificar e debater um roteiro de acção para o crescimento económico e competitividade das empresas, bem como estabelecer compromissos e responsabilidades quanto ao papel de cada empresário no processo de desenvolvimento.
Venha associar-se a este esforço da Região Centro, juntos vamos construir uma nova centralidade.
CEC
Para informações detalhadas e inscrição consulte aqui

Teatro infantil no CETA - "Eu, Tu, Ele, Nós, Vós, Eles"

Estreia dia 26 de Novembro no CETA - Círculo Experimental de Teatro de Aveiro, um espectáculo dirigido ao público mais jovem. Trata-se de uma peça para crianças, escrita por Sérgio Godinho, intitulada "Eu, Tu, Ele, Nós, Vós, Eles" e que conta com a encenação de Ana Salgueiro.

É uma história muito engenhosa e divertida que narra o encontro com o Outro. Através de uma trama repleta de fantasia, alguém que não é visto nem conhecido, vai-se tornando visível e pouco a pouco vamo-lo conhecendo e compreendendo. De uma forma muito simples e pedagógica, o autor desta peça, mostra-nos que o Outro, ou seja aquele que é diferente de nós, é o único que nos pode ensinar alguma coisa e levar-nos por novos caminhos nunca dantes explorados. A partilha e a tolerância são os dois principais valores que atravessam toda esta história. Pelo meio há viagens que nos levam até ao Brasil e à Lua e engraçadíssimas e ternurentas canções que elevam o nosso espírito até ao reino do belo e do mágico.

As letras das canções também são de Sérgio Godinho e a música provém da imaginação de Jorge Constante Pereira. Existem, por conseguinte, todos os ingredinetes para um incrível e fantástico espectáculo.

Mais informações:

CETA - 234425497 - ceta1@sapo.pt - www.cetateatro.com

Micro-causas (VI)

PODE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA SFF ESCLARECER O QUE PENSA SOBRE AS MUDANÇAS NO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DA REPÚBLICA PORTUGUESA (SIRP), SERVIÇO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS DE DEFESA (SIED), SERVIÇO DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA (SIS) E DIVISÃO DE INFORMAÇÕES MILITAR (DIMIL), DESDE QUE DEU POSSE AO PRIMEIRO-MINISTRO, JOSÉ SÓCRATES?

Presidenciais em lume brando...

Em plena pré-campanha para eleições presidenciais, até ao momento, nada de verdadeiramente interessante se ouviu falar por nenhum dos candidatos presidenciais. À imagem das classes políticas que predominam em Portugal, também os candidatos à Presidência da República não nos trazem nada de novo e espelham em si mesmos a decadência do sistema político em que hoje nos encontramos.

É preocupante constatar que de forma generalizada os candidatos ao mais alto cargo da nação, mais parece estarem a candidatar-se a 1ºs ministros, ministros, ou mesmo a candidatos à presidência de uma autarquia importante. Por vezes fica-nos a triste sensação de que ainda não saímos da campanha às autárquicas, dado o nível dos discursos e as problemáticas abordadas nos mesmos pela maioria dos candidatos.

Já andam nas ruas e nos mercados, pelas cidades e pelas aldeias, pelos sindicatos e pelas universidades, em almoços e em jantares, de dentro para fora e de fora para dentro, pois até há mesmo quem opte por fazer campanha além fronteiras. Mas já alguém ouviu na movimentação destas andanças, algum candidato apresentar ideias novas sobre a forma de representar Portugal? E sobre a situação real dos poderes actuais do presidente? E sobre o posicionamento do país face a estratégias de relacionamento internacional? E sobre o posicionamento de Portugal, enquanto membro da União Europeia? E sobre as prioridades de alguma linha de acção, que assumirão caso sejam eleitos presidentes?

Ficam enunciadas apenas algumas perguntas, das inúmeras questões que muitos de nós gostariam de legitimamente obter respostas. Dir-se-á que ainda é cedo? Que deveremos aguardar pelos tempos de campanha oficial ou mesmo pelos tempos de debate? Mas com que campanhas e com que debates poderemos contar, se à partida já nos foi anunciado um sorteio para debates na comunicação social, onde o direito à igualdade de oportunidades oferecido aos candidatos não é respeitado? E porque é que em relação a esta matéria não se pronunciou a maioria dos candidatos? E porque não se pronunciam em relação ao défice de democraticidade que hoje existe em Portugal?

Enquanto isto, vai-se iludindo o povo, que o novo Presidente será a tábua de salvação deste já tão pobre país. Com Soares, salvar-se-á o governo! Com Cavaco, salvar-se-á a economia! Com Alegre, salvar-se-á a pátria! Com Louçã, salvar-se-á a cultura! Com Jerónimo salvar-se-ão os trabalhadores! Com Garcia salvar-se-ão os sindicatos! Com Carmelinda salvar-se-ão as mulheres! Com Manuel, com João, com Nelson…, salvar-se-ão…

Quanto a mim mesmo nada sairá a salvo. É apenas mais uma campanha com mais do mesmo, para mais do mesmo. Entretanto o país, este barco sem rumo, continuará à deriva, enquanto ainda navegar, à espera de melhores dias.

Para Democracia Liberal e Diário de Aveiro


terça-feira, novembro 22, 2005

Sentindo Inverno

Tão frio e tão gélido,

Tão perto,

Tão quente cá dentro

Sente-se o Inverno,

Tão belo.

segunda-feira, novembro 21, 2005

A podridão da 3ª República

Por Manuel Monteiro, no Democracia Liberal

Micro-causas (V)

Encontro marcado com a ciência


Semana Aberta da Ciência e Tecnologia
21 a 27 Novembro `05 - Universidade de Aveiro

Amanhã, lançamento de livro

"Escola Austríaca: Mercado e criatividade empresarial"
22 de Novembro às 18h00 - Sala "Henrique o Navegador" - Edifício João Paulo II - Universidade Católica Portuguesa.
A sessão contará com a presença do autor, Professor Jesús Huerta de Soto, ficando a apresentação a cargo do Professor José Manuel Moreira.
A Editora O Espírito das Leis será representada pela Drª Sara Marques.

Maria da Luz Nolasco

Será a nova directora artística do Teatro Aveirense, no Diário de Aveiro

Portugal

Avivo no teu rosto o rosto que me deste,
E torno mais real o rosto que te dou.
Mostro aos olhos que não te desfigura
Quem te desfigurou.
Criatura da tua criatura,
Serás sempre o que sou.

E eu sou a liberdade dum perfil
Desenhado no mar.
Ondulo e permaneço.
Cavo, remo, imagino,
E descubro na bruma o meu destino
Que de antemão conheço:

Teimoso aventureiro da ilusão,
Surdo às razões do tempo e da fortuna,
Achar sem nunca achar o que procuro,
Exilado
Na gávea do futuro,
Mais alta ainda do que no passado.

Miguel Torga

domingo, novembro 20, 2005

«Inês, Pedro... Talvez»

O espectáculo de dança e teatro levado à cena pela Companhia de Dança Contemporânea CeDeCê, recolhe a memória de seis séculos e meio, projectando no futuro o tema na sua historicidade, carga simbólica e valor mítico. Uma iniciativa que envolve o Ministério da Cultura, a Delegação Regional da Cultura do Centro e Câmaras Municipais, constituindo uma estratégia de promoção cultural e turística externa de Portugal.

Paixão, Morte, Sangue, Ódio, Crime, Razões de Estado, Loucura, Amor e Beleza, compõe a temática que tem vindo a ser tratada em actividades diversas. Apostando na transversalidade e interactividade, percorre o teatro, cinema, dança, concertos, moda, exposições e leitura de poesia e prosa.

O espectáculo «Inês, Pedro... Talvez» começa por relembrar a instabilidade vivida no século XIV, causada pela peste que assolou grande parte da população e tornou o país altamente susceptível à perda da independência. O casamento do príncipe herdeiro D. Pedro com D. Constança de Castela devolveria a força política ao país e o reforço da autonomia. Contudo, o destino trágico cruza D. Pedro e Dona Inês num amor nada usual para a época, uma vez que o príncipe pretendia assumir a sua relação paralela e adúltera. Esta situação debilitaria Portugal, ao suscitar a desunião das populações que não viam com agrado a subida de uma plebeia espanhola ao lugar de rainha. Daí o monarca D. Afonso IV tenha decidido a morte de Inês.

Uma história em forma de mito que há muito se transformou numa lenda que faz parte do património nacional de 650 anos. Ainda hoje a imagem de Inês continua no coração do povo português.

Cilp - Multidisciplinar/Literatura

Micro-causas

PODE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA SFF ESCLARECER O QUE PENSA SOBRE AS MUDANÇAS NO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DA REPÚBLICA PORTUGUESA (SIRP), SERVIÇO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS DE DEFESA (SIED), SERVIÇO DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA (SIS) E DIVISÃO DE INFORMAÇÕES MILITAR (DIMIL), DESDE QUE DEU POSSE AO PRIMEIRO-MINISTRO, JOSÉ SÓCRATES?

sábado, novembro 19, 2005

Conquista

Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.

Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!

Miguel Torga

sexta-feira, novembro 18, 2005

«Inês, Pedro... Talvez» - Dança Contemporânea no Europarque

É já amanhã pelas 22h00, que sobe ao palco o espectáculo de dança e teatro «Inês, Pedro... Talvez», no Grande Auditório do Europarque de Santa Maria da Feira.
Com coreografia de Graham Smith, a Companhia de Dança Contemporânea CeDeCê apresenta o evento que passou já por Alcobaça e Lisboa.
A peça enquadra-se no contexto das Comemorações dos 650 Anos da Morte de Inês de Castro, que instituiu 2005 como o Ano Inesiano da Cultura.

O mundo escondido na despesa pública

Por Jorge Ferreira, no tomarpartido

quinta-feira, novembro 17, 2005

Perseverança

«O sucesso não é definitivo, nem o fracasso, final: o que conta é a coragem de perseverar»
Winston Churchill

quarta-feira, novembro 16, 2005

Micro-causas

PODE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA SFF ESCLARECER O QUE PENSA SOBRE AS MUDANÇAS NO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DA REPÚBLICA PORTUGUESA (SIRP), SERVIÇO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS DE DEFESA (SIED), SERVIÇO DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA (SIS) E DIVISÃO DE INFORMAÇÕES MILITAR (DIMIL), DESDE QUE DEU POSSE AO PRIMEIRO-MINISTRO, JOSÉ SÓCRATES?

Terra Incógnita, Terra Prometida [A Dança do Universo]

É o título do espectáculo que vai estar em cena no Estaleiro Teatral em Aveiro, de 18 de Novembro a 10 de Dezembro, uma co-produção da Efémero-Companhia de Teatro de Aveiro, Teatro da Trindade - INATEL e DcCA - e Universidade de Aveiro.
Um espectáculo em torno da História do Homem, da Ciência e da Arte da Existência. Galileu, Santo Agostinho, Newton, Chaplin, Kepler, Einstein e simples mortais dão corpo e voz às inquietudes e desafios da Humanidade.
«No princípio era o Nada. Do Nada a procriação. O crescimento. No princípio era o Caos. Do caos veio a luz pura que construiu o Céu e a Terra. Mas a criação do mundo não terminou até que um deus morresse, surgindo do seu crânio a abóbada do firmamento... E da sua pele a terra. Dos seus ossos as pedras. Do seu sangue os rios e os oceanos. Do seu cabelo toda a vegetação. E a sua respiração transformou-se em vento. A sua voz em trovão. O seu olho direito transformou-se na Lua. E o esquerdo no Sol. Da sua saliva e do seu suor veio a chuva. E dos vermes que cobriam o seu corpo surgiu a humanidade. No princípio era o Verbo. - Faça-se luz! E a luz foi feita...» Um trecho do texto de Oswaldo Mendes.
Reservas e informações para o telefone do Estaleiro Teatral em Aveiro 234386524 ou efemero@mail.telepac.pt

Até final de 2005, economia no caos

Hoje inicio este artigo com uma citação que creio ajustar-se ao momento que vivemos na economia portuguesa «Não há ventos que ajudem, quando não temos um rumo».

E não é necessário chegarmos ao final de 2005, como noticiou ontem a SIC Notícias, para sabermos que a economia estagnou, porque em 2006 dir-nos-ão que a economia regrediu, obviamente. Outro fenómeno não poderá acontecer, uma vez que em economia tudo o que não avança só poderá regredir.

Em Julho deste ano, o governo tentou iludir os portugueses, dizendo que no primeiro semestre se havia constatado uma ligeira retoma da economia. E fê-lo antes mesmo dos portugueses saírem na sua maioria de férias, para animar o cenário. É certo que houve um ligeiro aumento nas vendas de bens de consumo acentuado no 2º trimestre, mas só os mais distraídos não perceberam que este aumento só se deveu única e exclusivamente ao anunciado aumento de IVA em dois pontos percentuais. Claro está que aqueles que puderam fazer as suas compras antes do mês de Julho, o fizeram. Imaginem o que poupou num mês quem querendo, e necessitando de o fazer, antecipou por exemplo a compra do automóvel para Junho!

Depois das férias, o governo veio gerar a ilusão de que as exportações iriam aumentar até ao final do ano, e só os tais distraídos ficaram a aguardar. Claro está que também não especificou que espécie de exportações. É que se poderia ter descoberto em Portugal um substituto da Coca-Cola, ou petróleo em algum subsolo.

Agora, junto ao final do ano, é-nos anunciado o caos na economia. Afinal a inflação vai subir, o desemprego vai subir, e as exportações vão baixar. Pasme-se quem continuar distraído, o que eu já não posso crer que ainda exista. Os bolsos dos portugueses andam de tal modo esvaziados, que já não é necessário aguardar a análise dos mais famosos comentadores económicos para perceber o que vai além de teorias, porque se sente na carteira e se sente na angústia do dia a dia.

Como prémio de consolação, tivemos o Ministro das Finanças a anunciar uma possível baixa de impostos lá para o ano de 2009!!! Sr. Ministro, tenha vergonha! Deixem de fazer que enganam os portugueses. Já é tempo do governo parar com a política da ilusão económica e da mentira. Reúnam os estudiosos enquanto é tempo e decidam rapidamente um rumo para o país que vá de encontro com a realidade em que vivemos. Deixem-se de utopias e estudem políticas profundas e reais para melhorar a economia. Comecem por equacionar cortes nas despesas públicas, em vez de continuar a pensar em projectos megalómanos e a viver na obsessão da cobrança de impostos. Há mais vida para lá dos impostos, e só haverá morte se continuarem a insistir no absurdo.
Para Democracia Liberal e Diário de Aveiro

terça-feira, novembro 15, 2005

Dia Mundial e Nacional do Mar

A Universidade de Aveiro, Câmaras de Aveiro e Ílhavo, Capitania do Porto e algumas empresas ligadas à pesca associam-se às comemorações do Dia Mundial e Nacional do Mar, que decorrem amanhã e quinta-feira em diversos locais dos concelhos de Aveiro e Ílhavo.

A Universidade de Aveiro, através do Laboratório Associado do CESAM e da Fábrica de Ciência Viva, organiza uma exposição denominada «O mar um mundo a descobrir» e uma palestra subordinada aos temas, ciência e diplomacia na história das pescarias portuguesas do bacalhau e a investigação do mar na Universidade de Aveiro - desafios para o futuro.

Visitas às instalações do Porto de Aveiro, à estação de salva-vidas de Aveiro e ao Farol da Barra, são iniciativas da responsabilidade da Capitania do Porto de Aveiro.

Amanhã, entre as 10 e as 17 horas, vai funcionar, no Museu Marítimo de Ílhavo, o atelier «Mar Fantástico».

A estas comemoações, associa-se o Instituto Hidrográfico - Laboratório de Estado da Marinha, que organiza visitas ao navio oceanográfico «Auriga» com saídas para o mar destinadas apenas a alunos e professores da Universidade de Aveiro.

Saiba mais pormenores dos programas, no Diário de Aveiro.

"porto de Sabores"

É a nova loja da Júlia e do Álvaro, que vai abrir na próxima sexta-feira!
Com um grande abraço de parabéns e felicidades, divulgo aqui a promessa que nos fazem de bom gosto, excelente qualidade e segurança alimentar na escolha dos melhores produtos regionais, típicos, únicos, exclusivamente portugueses e certificados. Preferindo os métodos artesanais e os sabores ancestrais, com a selecção das melhores origens e as melhores matérias primas, fica o convite que fazem a uma irresistível visita:
... "E o mais perto e o mais longe não se lê no calendário, mas dentro de nós"
(Virgílio Ferreira)

É com o maior prazer que a loja "porto de Sabores" anuncia a sua abertura ao público no dia 18 de Novembro de 2005, próxima sexta-feira.

Na cidade do Porto, a Rua do Pinheiro Manso, no Edificio do Lago, nº 634, sob a epígrafe da memória, a tradição e a qualidade terão cais de chegada; a sua satisfação, porto de partida.

Esperamos por si entre as 10 horas e as 20 horas, não só especialmente neste dia, mas sempre que a memória lho exigir.

Experiência

«Experiência não é o que acontece com o Ser Humano, é o que o Ser Humano faz com oque lhe acontece.»

Aldons Huxley

segunda-feira, novembro 14, 2005

Ria de Aveiro - Zona de risco da gripe das aves

A ria de Aveiro é uma das 19 áreas de risco quanto ao possível aparecimento de focos de gripe das aves em Portugal continental, anunciou o Instituto de Conservação da Natureza (ICN). Este organismo assinalou, com base na densidade de aves migratórias, as zonas com maior propensão para o surgimento daquela doença.As áreas definidas pelo ICN incluem ainda toda a zona da barragem do Alqueva, a praia de Mira e a zona da Golegã, entre Vila Nova e Chamusca. São também consideradas áreas de risco a zona de Montemor-o-Velho, entre a Figueira da Foz e Coimbra, na albufeira do rio Mondego, a área entre Nazaré, Peniche e as Caldas da Rainha e a zona compreendida entre Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António. Também as zonas da barragem de Odivelas, no Alvito, e da barragem do Roxo (Beja) estão classificadas como áreas de risco, o mesmo acontecendo à zona da Lagoa de Santo André. O estuário do Sado, entre Alcácer do Sal e Setúbal, e as zonas em torno de Montijo, Alcochete e Coruche estão igualmente assinaladas devido à grande densidade de aves migratórias, ainda que as suas rotas de migração sejam atlânticas e não provenientes do continente asiático.O número de áreas de risco definidas pelo ICN é superior às 18 classificadas pelo Governo espanhol, nas quais foi proibida a criação de aves ao ar livre num raio de dez quilómetros.Conhecidos estes dados, a Direcção-Geral de Veterinária (DGV) anunciou que os mercados de aves podem realizar-se desde que fora das 19 áreas identificadas e sejam cumpridos os requisitos de segurança. Os mercados de aves que se situem na «circunscrição geográfica» destas áreas não estão autorizados, afirma a DGV.

Não sou nada



Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não possso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim
todos os sonhos do mundo.

Álvaro de Campos

domingo, novembro 13, 2005

SET`05 - Sons em Trânsito

É o IV Festival de Músicas do Mundo de Aveiro, que decorrerá de 23 de Novembro a 04 de Dezembro, que incluirá Concertos, Cinema, Sessões de contos, Feiras e Ateliês.
À quarta edição, o SET`05 tem por lema Cultura Tradicional vs Cultura Urbana, alargando as suas fronteiras por outras cidades portuguesas: Bragança, Famalicão e Vila Real.
«É para o evento e para Aveiro uma oportunidade dourada e única de afirmação no panorama cultural português. O programa deste ano é claramente o melhor de sempre em qualidade e diversidade cumprindo uma matriz que orienta todo o projecto para 2005: o confronto e a mistura entre culturas tradicionais e culturas urbanas. Teremos no SET`05 belíssimos exemplos de artistas que partem de uma raíz tradicional, revestindo-a depois com elementos urbanos e contemporâneos que tornam as suas obras extremamente acutilantes e ineressantes. Serão concertos de enorme beleza e encanto capazes de emocionar o mais frio dos espectadores ou de levantar a mais difícil e resistente plateia!» afirma Vasco Sacramento, director artístico do Festival.
Conheça em pormenor todo o programa em www.set.com.pt

sábado, novembro 12, 2005

Escultura em Aveiro - na UA



"Pedras na Praça" é o nome de uma exposição sobre a arte pública de João Cutileiro, a não perder na UA (Universidade deAveiro).
A mostra dá a conhecer algumas das obras do artista, e ao mesmo tempo, o seu percurso de criatividade e de produçao da obra de arte: da ideia à maqueta e da obra ao local, apresentada em fotografias de grandes dimensões.
A exposição apresentada em Faro, no âmbito da Capital Nacional da Cultura, pode ser apreciada no Edifíco da Reitoria da Universidade e na Secção Autónoma de Engenharia Civil, até final de Janeiro de 2006.

Estado Gasoso

Quando de minhas mágoas a comprida
Imaginação os olhos me adormece,
Em sonhos aquela alma me aparece
Que foi para mim sonhos nesta vida.
Luís de Camões

sexta-feira, novembro 11, 2005

Terra à vista

É o título da exposição de fotografia que Casimiro Madaíl tem patente até 15 de Janeiro na Galeria de Fotografia do Museu Marítimo de Ílhavo.

«Casimiro Madaíl confirma-se como construtor de memórias exaltantes. Os seus cenários favoritos cruzam-se com os patrimónios do nosso Museu: combinam o indissociável universo da Ria de Aveiro com vestígios do Atlântico que a abraça e acolhe», escreveu Álvaro Garrido, director do Museu Marítimo de Ílhavo, a propósito do trabalho em exposição, acrescentando: «Buscando na fotografia a preto e branco a sua especialidade favorita, o autor soube compor momentos e paisagens, retratar barcos e pessoas, como se de cenários harmoniosos se tratasse. Marcada por um perfeccionismo paisagista sugerido pela Ria e suas gentes, a fotografia de Casimiro Madaíl acaba por exprimir uma representação idílica do mundo natural que envolve a região lagunar».

A ria encalhada

De Jorge Ferreira, tomarpartido

Durante muito tempo a entidade competente para tratar dos assuntos da ria de Aveiro tinha sede em Coimbra. Era mais ou menos assim como colocar um Instituto de Pescas em Bragança ou deslocalizar o Vaticano para Bagdade, salvas as devidas proporções.
Depois de muita reflexão e muito estudo o Governo do PSD, já na sua fase terminal criou aprovou, em Conselho de Ministros, o decreto regulamentar que criou o Gabinete de Gestão Integrada da Ria de Aveiro (GGIRA). A criação desta entidade tinha sido prometida em Abril de 2004 pelo então primeiro-ministro Durão Barroso, durante uma visita à cidade.
Parecia então que finalmente ia ser possível começar a resolver os vários problemas que afectam este ecosistema único. A Ria de Aveiro é uma importante reserva de água e uma zona com diversos biotopos com grande relevância ecológica. Toda a sua área apresenta uma natureza complexa e o seu equilíbrio ambiental e a sua sobrevivência, dependem de uma gestão cuidada e integrada.
Atente-se ainda que associado à Ria de Aveiro está um denso e diversificado sistema hidrológico espalhado pelos 10 municípios que lhe estão associados, fazendo com que o equilíbrio ambiental da Ria seja susceptível não apenas a intervenções directas, mas também a intervenções sobre zonas adjacentes ou próximas. Neste território está igualmente localizada uma estrutura sócio-económica com um sólido crescimento, digno de referência no contexto nacional e mesmo internacional, ao qual a qualidade ambiental e territorial não são alheias.
A Ria tem sido alvo de diferentes evoluções dos pontos de vista histórico, territorial e ambiental, bem como de diferentes utilizações económicas e interpretações sociais. A estrutura institucional ligada à Ria conta não apenas com as autarquias mas também com a participação de um complexo conjunto de organismos desconcentrados do governo enquadrados por um sistema legislativo extenso e igualmente complexo.
O diploma tão ansiado foi, porém, daqueles que não escaparam ao veto presidencial no início deste ano. O PS ganhou as eleições e o Gabinete voltou à estaca zero. Está tudo outra vez em estudo e em reflexão. É a tradicional veia burocrática da máquina administrativa a emperrar o desenvolvimento regional e é também a total falta de estratégia do Governo, que não sabe o que fazer.
A Ria está encalhada outra vez no socialismo administrativo, como esta semana o Diário de Aveiro lapidarmente informou. E a Ria não merecia. Enquanto o Ministério do Ambiente pensa os problemas esperam.

Outono em flor

«O outono é uma segunda primavera, quando as folhas são as flores.»

Albert Camus

Micro-causas

quinta-feira, novembro 10, 2005

Universalidade, Integração e Sociedade

Se a universalidade se apresenta aos homens como uma consequência natural da sua evolução e como fruto da sua legítima ambição de adquirir novos saberes e de conquistar novos horizontes, já a integração nem sempre surge de forma natural, uma vez que em muitas situações é resultado da procura de satisfação de necessidades básicas do homem, ou da procura da libertação de pressões a nível económico, político ou social.

Se neste início de século XXI, já nos podemos vangloriar de uma certa universalidade, graças à evolução científica e tecnológica que nos permite conhecer, viajar, comunicar e usufruir um pouco de todas as sabedorias dos “quatro cantos do mundo”, já a nível da integração do homem neste universo, a realidade nos dá mostras de um longo e penoso caminho a percorrer para que sejam cumpridos valores de liberdade e de justiça, e com estes, de respeito entre os povos.

Os recentes acontecimentos em França (o país que a todos nos habituou ao lema da sua “liberdade, igualdade, fraternidade”), comprovam-nos as fragilidades duma sociedade onde a tão apregoada integração não passou afinal de uma miragem. O que hoje vivem os franceses é-nos transmitido por sentimentos de consternação e revolta, precisamente como consequência de um falhado modelo de integração que durante anos foram adoptando, e mais que o criticar ou lamentar as suas vítimas, há que aprender e actuar, para que o mesmo não nos venha a suceder a nós.

O mundo e as sociedades portuguesa e europeia em particular, de que fazemos parte, vão viver inevitavelmente nos próximos anos, momentos de transformação e há a este respeito duas posturas possíveis: ou as élites políticas, sociais, culturais e económicas ganham a consciência do que está mal, ou fenómenos de dimensão imprevisível e instrumentalização fácil podem pôr em causa todos os modelos pensados credíveis que se foram construindo.

A situação actual é previsivelmente tão grave, que afecta especial e dramaticamente as novas gerações, gerando em muitas situações um elevado grau de apatia social e política, ou criando surpreendentes casos de auto-marginalização.

Todas as manchas provocadas pela “despersonalização” a que se chegou incapaz de qualificar culturalmente gerações inteiras, pelos elevados níveis de desemprego e desintegração social, pelos regimes de habitação e saúde desprovidos de qualidade mínima e em tantos casos desumanizantes, pelos sistemas de segurança social incapazes de garantir o seu próprio futuro e o batalhão de beneficiários que a si trazem associados, pela desigualdade de oportunidades em inúmeros campos e designadamente no acesso à actividade económica, agravam de forma drástica a ideia negativa que os cidadãos (e preocupantemente demasiado jovens), constroem sobre o Estado e o “estado das coisas” em que vivem.

O reganhar de credibilidade para a sociedade em que vivemos, é pois prioridade de todos os agentes responsáveis e é desiderato só atingível pela introdução de reajustes às políticas económicas e mudanças profundas às politicas sociais para que estas actuem com seriedade e eficiência na integração emergente dos cidadãos, tendo em conta o bem estar de todos, mas com a segurança e o respeito que só a fiscalização, o empenho, e a dedicação das instituições por um lado e dos cidadãos por outro, podem criar a seiva para uma “Nova Democracia”, que a sociedade do futuro já hoje está a exigir.

(Para Democracia Liberal e Diário de Aveiro)


quarta-feira, novembro 09, 2005

Revoluções

«Revoluções fazem-se. Não se dizem nem se apregoam. Quando se dizem e quando se apregoam, ou é desconchavo que faz rir, ou armadilha lançada aos ingénuos e simples do mundo.»
Homem Cristo, insigne aveirense, jornalista e escritor, 1860-1943.

terça-feira, novembro 08, 2005

Cinanima - Espinho

O 29º Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho (Cinanima) arrancou ontem, prolongando-se até domingo, com 107 filmes de 24 países a concurso, entre os quais cinco longas-metragens.

O certame começou com sessões dedicadas às escolas, a exibição de filmes no Cinanima 2004, e uma sessão especial com o filme «Star Wars / Clone Wars».

Portugal tem 21 filmes admitidos a concurso, sendo 6 concorrentes ao Prémio António Gaio e 15 ao Prémio Especial Jovem Cineasta Português, reservados a filmes nacionais.

Os filmes incluídos nas secções competitivas foram seleccionados entre 662 películas inscritas por cineastas de 48 países, tendo ainda o júri seleccionado 27 películas, entre as quais uma longa-metragem para a secção «Panorama» que se destina a exibir os filmes inscritos de qualidade e que só por razões de tempo não puderam ser admitidos nas secções competitivas.

in Diário de Aveiro

Os novos pobres

Por Manuel Monteiro, no Expresso on line.

Os Quatro Elementos

É o nome do Ciclo de Poesia em Aveiro, promovido pela Fundação João Jacinto de Magalhães.
As sessões estão a decorrer na Fábrica - Centro de Ciência Viva, pelas 21h30.

Torre de Névoa

Subi ao alto, à minha Torre esguia,

Feita de fumo, névoas e luar,

E pus-me, comovida, a conversar

Com os poetas mortos, todo o dia.

Contei-lhes os meus sonhos, a alegria

Dos versos que são meus, do meu sonhar,

E todos os poetas, a chorar,

Responderam então: «Que fantasia,

Criança doida e crente! Nós também

Tivemos ilusões como ninguém,

E tudo nos fugiu, tudo morreu!...»

Calaram-se os poetas, tristemente...

E é desde então que eu choro amargamente

Na minha Torre esguia junto ao céu!...

Florbela Espanca

segunda-feira, novembro 07, 2005

A propósito de Micro-causas

domingo, novembro 06, 2005

Cogito ergo sum


«Mas logo a seguir dei-me conta de que, enquanto queria pensar que tudo era falso, era necessário que eu, que o pensava, fosse alguma coisa; e notando que esta verdade: penso, logo existo, era tão sólida e certa que nem as mais extravagantes suposições dos cépticos poderiam removê-la, pensei que poderia aceitá-la sem temor como princípio da filosofia de que eu andava à procura.»

Descartes, Discurso do Método, IV, 32

sábado, novembro 05, 2005

Hélder Bandarra


Serigrafia de Hélder Bandarra
Fundador de "O Aveiro Arte"

O Aveiro Arte - Exposição Anual

O Aveiro Arte - Círculo Experimental dos Artistas Plásticos, inaugura hoje a sua exposição anual, na Galeria Morgados da Pedricosa. Como habitualmente, a mostra que assinala a passagem de mais um aniversário da associação, reunirá vários trabalhos dos seus associados desde a pintura à escultura, passsando pela cerâmica.
O Aveiro Arte existe há mais de tinta anos como associação informal, ganhando forma por escritura pública de 18 de Dezembro de 1999. É seu objectivo fundamental promover a união dos artistas plásticos naturais da região de Aveiro, ou nela radicados, que revelem nítida tendência para a exprimentação, para a criatividade, para a modernidade, e demonstrem inequívoca qualidade estética.
Por detrás da sua fundação, em 1971, estiveram nomes de artistas plásticos como Arlindo Vicente, Cândido Teles, Carlos Coelho, David Cristo, e Guerra de Abreu, estes infelizmente falecidos. Ainda vivos os também fundadores, Artur Fino, Cândida do Rosário, Clara Meneres, Gaspar Albino, Hélder Bandarra, Jaime Borges, Jeremias Bandarra, Jorge Trindade, José Augusto, José Penicheiro e Vasco Branco.
Neste contexto propôs-se a realizar, anualmente, pelo menos uma exposição de trabalhos inéditos dos seus associados, cuja admissão é decidida pelo seu Conselho Artístico. Ao longo destes anos, O Aveiro Arte promoveu dezenas de exposições de artes plásticas, sendo certo que muito do que se foi fazendo em divulgação da arte se deve aos seus artistas.
A associação já levou o nome de Aveiro além fronteiras às cidades francesas de Burges e Arcachon e os seus artistas têm participado em Bienais de Arte e Exposições em Portugal e no estrangeiro. Obras de alguns deles embelezam a nossa cidade e outras terras: os painéis cerâmicos de José Augusto, de José Augusto e Jeremias Bandarra, e de Vasco Branco; os vitrais de Jeremias Bandarrra; os monumentos de autoria de Gaspar Albino, Quintas, e de Helder Bandarra, entre outros.

Imaginação

«A razão por mais que grite, não pode negar que a imaginação estabeleceu no homem uma segunda natureza.»
Blaise Pascal

sexta-feira, novembro 04, 2005

Condenados a governar

Por Jorge Ferreira, no tomarpartido.

O Tacho

Nunca passa de moda! Vai evoluindo e transformando-se conforme o formato ou o material utilizado na sua concepção. Pode ser de cerâmica, ferro, cobre, alumínio ou inox. Mas um tacho é sempre um tacho.

A corrrida e a dança ao tacho em Aveiro

Infelizmente Aveiro não é excepção. Começou a corrida ao tacho e a dança ao tacho, como poderá constatar do "Deputado Municipal" aqui.

Para ser grande, sê inteiro...

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Ricardo Reis

quinta-feira, novembro 03, 2005

Até quando a economia a preto e branco?

Como se não nos bastasse o aumento abusivo de IVA para 21%, fomos agora surpreendidos com a notícia do aumento das taxas de juro à habitação. Até quando aguentarão os portugueses tamanhas crueldades?

Será que um destes dias acordaremos com a notícia de que o IVA aumentará para 23%?
É que este país está a tornar-se um verdadeiro pesadelo. Bem sabemos que o governo fez a promessa de que não voltaria a aumentar o IVA, mas já não havíamos ouvido a mesma promessa em plena campanha eleitoral feita pelo próprio José Sócrates? E mal tomou posse como 1º Ministro de Portugal, qual foi a primeira principal medida que veio à baila pelo então Ministro das Finanças Luís Campos e Cunha? Nem mais nem menos que o aumento do imposto!

Como afirmou ontem Belmiro de Azevedo, Portugal continua sem rumo e sem estratégia para a sua Economia. E ouvir falar o governo de aumento de exportações para 2006 é tão utópico quanto pensar que sem medidas ajustadas e renovados quadros de incentivos empresariais, é possível fazer baixar o desemprego como que por magia.

Na realidade, se o governo só se continuar a preocupar com as cobranças de impostos e com as consequentes penhoras de bens por falta de meios para o respectivo cumprimento das mesmas, se continuar sem equacionar em primeiro lugar a forma de estimular as actividades económicas, não tardará muito que a própria máquina estatal se ressinta de tão graves erros cometidos.

No dia em que as próprias estruturas do Estado comecem a não ter meios de se pagar a si próprias, no dia em que também caia por terra a sua sustentação, talvez nessa altura haja finalmente quem entenda que o país não suportará mais viver a preto e branco e que na verdade todos de igual forma necessitamos de respirar.

Neste país à beira de um ataque de nervos colectivo, o que de pior acontece é que já ninguém se surpreende com nada. E a acomodação é tão grande quanto a revolta, até ao dia em quando menos se esperar, se passe mesmo à rebelião.

(Para Democracia Liberal e Diário de Aveiro)


O Não Com Razão

As razões de Manuel Monteiro para rejeitar a Constituição europeia. Numa altura em que a célebre Constituição europeia parece adormecida e em pleno debate europeu e nacional sobre o futuro da Europa, esta obra fornece razões para o não ao Tratado Constitucional europeu.
Já à venda. É uma edição de O Espírito das Leis

quarta-feira, novembro 02, 2005

Ouvir o silêncio...

«Só os poetas estão por dentro dos dias e das noites e ouvem o silêncio das mil tessituras.»
Cecília Sacramento, in "Apenas uma luz inclinada"
Escritora aveirense, 1918-2005

terça-feira, novembro 01, 2005

Tragédia de 1 de Novembro de 1755

Poema sobre o desastre de Lisboa (extracto)

Ó infelizes mortais! Ó deplorável terra!

Ó agregado horrendo que a todos os mortais encerra!

Exercício eterno que inúteis dores mantém!

Filósofos iludos que bradais «Tudo está bem»;

Acorrei, contemplai estas ruínas malfadas,

Estes escombros, estes despojos, estas cinzas desgraçadas,

Estas mulheres, estes infantes uns nos outros amontoados

Estes membros dispersos sob estes mármores quebrados

Cem mil desfortunados que a terra devora,

Os quais, sangrando, despedaçados, e palpitantes embora,

Enterrados com seus tectos terminam sem assistência

No horror dos tormentos sua lamentosa assistência!

Aos gritos balbuciados por suas vozes expirantes,

Ao espectáculo medonhos de suas cinzas fumegantes,

Direis vós: «Eis das eternas leis o cumprimento,

Que de um Deus livre e bom requer o discernimento?»

Direis vós, perante tal amontoado de vítimas:

«Deus vingou-se, a morte deles é o preço dos seus crimes?»

Que crime, que falta cometeram estes infantes

Sobre o seio materno esmagados e sangrantes?

Lisboa, que não é mais, teve ela mais vícios

Que Londres, que Paris, mergulhadas nas delícias?

Lisboa está arruinada, e dança-se em Paris.

François-Marie Arouet de Voltaire

(1694-1778), em 1756