terça-feira, fevereiro 28, 2006

É Carnaval, ninguém leva a mal

Os famosos Carnavais que hoje se vivem em Ovar, Estarreja ou Mealhada no distrito de Aveiro, que têm por reis e rainhas nos corsos carnavalescos artistas brasileiros, nada têm a ver com a tradição portuguesa de festejar o Entrudo ou Carnaval que é o período que ocorre nos tês dias que precedem a Quaresma, ou seja os três dias de folia antes da Quarta-feira de Cinzas.

Longe vão os tempos em que festejar o Carnaval era sinónimo de “jogar ao Entrudo” e algo tão simples como uma brincadeira de vestir uma roupa velha, se possível espalhafatosa, colocar uma máscara artesanal e sair à rua sozinho ou em grupo provocando a curiosidade de quantos tentavam adivinhar quem seria o “serandeiro” (termo utilizado nas nossas aldeias beirãs para designar o mascarado, ao que sei proveniente da ideia dos disfarçados que apareciam para divertir as nossas gentes nas longas noites de trabalho ao serão, na época das desfolhadas).

Sem nada ter contra o Carnaval brasileiro, até mesmo apreciando muito os ritmos e o calor de uma das maiores festas mundiais, sempre considerei bastante ridícula esta mania portuguesa de a todo o custo querer imitar uma tradição que nada tem a ver com as nossas genuínas e interessantes formas de festejar o Entrudo. Para além das diferenças culturais que naturalmente nos distinguem, até mesmo a diferença de climas que se faz sentir em Portugal e no Brasil nesta época seria por si só suficiente para traduzir formas distintas o festejar do mesmo evento.

Sempre considerei que a riqueza cultural se encontra precisamente na diversidade que existe entre os povos, as suas culturas e as suas tradições. A nossa contínua aprendizagem resulta mesmo desta troca de conhecimento e de entendimento do ser humano enquanto ser universal dotado das suas raízes e das crenças.

Não consigo perceber porque razão tantos portugueses menosprezam o seu país e as suas tradições. Creio que vai sendo tempo de sairmos desta aculturação, a começar pelas próprias escolas que nos seus cortejos carnavalescos vestem as nossas crianças de trajes abrasileirados, muitas vezes deixando-as a tiritar de frio.

Felizmente na cidade de Aveiro, temos assistido nos últimos anos a desfiles de Carnaval das escolas cada vez mais ricos. E quando digo mais ricos de forma alguma quero materializar em termos financeiros, mas pelo contrário valorizar pela criatividade, pela preservação das tradições, pela pedagogia das lições que nos têm dado no uso de materiais reciclados e na manifestação da defesa do ambiente.

Que o Carnaval ou Entrudo seja uma festa de encontro, de mistério e de diversão! E que acima de tudo saibamos participar ou tão só apreciar construtivamente tudo o que temos de bom, realçando a nossa cultura e as nossas tradições. Não há nada de mais valioso nesta época do que ensinar as nossas crianças a reverem-se na identidade do seu país, aprendendo a gostar daquilo que são e simultaneamente brincando.

(publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)

domingo, fevereiro 26, 2006

Benficaaaaaaaaaaaaaaaa!

sábado, fevereiro 25, 2006

Caretos de Lazarim

Em Lazarim, uma das mais antigas freguesias de Lamego, vive-se de 25 a 28 de Fevereiro, um Carnaval genuíno, muito participado pelo povo e que à imagem da famosa aldeia de Astérix, resiste ainda e sempre à invasão da "sambanização" que já descaracterizou tantos carnavais noutras regiões do país.

in tempo livre

Lazarim

É o nome de uma aldeia situada entre as serras de Montemuro e Leomil, junto ao vale do rio Varosa e a poucos quilómetros de Lamego, conserva ainda uma forma peculiar de festejar o Entrudo. A sua característica principal reside nas máscaras talhadas na madeira de amieiro pelos artesãos locais, os 'Caretos', que são utilizadas pelos seus habitantes. Durante os festejos, pelas ruas da aldeia são acesas fogueiras onde se cozinha a feijoada e a carne de porco que é distribuída a todos os presentes. O ponto alto da celebração passa-se na terça-feira, quando é feita a leitura dos testamentos, as 'Deixadas', e são queimados os 'Compadres'. Os testamentos são textos jocosos e irónicos escritos em verso, que pretendem criticar publicamente os solteiros da aldeia. O testamento do compadre é escrito e lido pelos rapazes e pretende criticar as raparigas. Por sua vez, o testamento da comadre é escrito e lido pelas raparigas e pretende criticar os rapazes. A todos eles são associadas partes da anatomia do burro e da burra, conforme o defeito que se queira apontar. No final, os dois bonecos de palha representando os compadres são queimados no meio de explosões e dos uivos dos caretos.

in raízes no sapo

Chuva

Chove uma grossa chuva inesperada,

Que a tarde não pediu mas agradece.

Chove na rua, já de si molhada

Duma vida que é chuva e não parece.

Chove, grossa e constante,

Uma paz que há-de ser

Uma gota invisível e distante

Na janela , a escorrer...

Miguel Torga

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Sobre o Referendo local ao destino do Estádio Mário Duarte

Dos Princípios às Circunstâncias

Por Jorge Ferreira

A Nova Democracia pediu que a Assembleia Municipal de Aveiro fizesse um debate político sobre a realização de um referendo local sobre o destino do Estádio Mário Duarte. E fê-lo porque essa é a sede própria para o fazer. Por duas razões. A primeira é porque é à Assembleia Municipal que compete convocá-lo se for o caso. A segunda porque é lá que está a representação política do concelho escolhida livre e democraticamente pelos eleitores.

E cumpre esclarecer desde já que a Nova Democracia não tem preconceito político sobre a solução técnica. O nosso ponto de partida é que deve ser a população a decidir o que fazer. Pela importância da decisão. Pelo impacto na identidade do concelho da decisão. Pelas consequências da decisão. Mesmo que a Câmara consiga negociar uma solução que garanta a preservação do Estádio. Mesmo que não o faça.

Também já afirmámos claramente que a realização do referendo pressupõe toda a informação. Sobre o que está decidido e sobre as consequências da decisão popular. Custos, vantagens, inconvenientes. Se o povo de Aveiro recusar a solução que está decidida pela anterior maioria isso significa que se vai ter de pagar? Sim ou não? E se sim quanto? E compensa? É ou não possível decidir por solução diferente? E é viável? Tudo isto deve ser divulgado, discutido e decidido. Pelo povo.

Em democracia não há que ter medo. Sabemos o que Élio Maia pensa sobre o Estádio. Sobre o novo e sobre o velho. Apenas consideramos que todas as hipóteses devem ser estudadas e ponderadas e nenhuma deve ser excluída à partida.

A situação financeira da Câmara é caótica. A dívida está por calcular, aguardando-se pelos resultados da auditoria em curso. Ora, diz o povo que quem não tem dinheiro não tem vícios. Logo, nenhuma hipótese deve ser liminarmente desconsiderada. Inclusivamente a da eventual venda do Estádio novo a possíveis investidores privados interessados.

E é de saudar o esforço que tem sido feito pelo Executivo no sentido de acorrer às necessidades através da negociação e celebração de acordos de pagamento de dívidas do município. Esta é a tarefa urgente. Só que isso não resolve tudo. É preciso estratégia e rumo. O que fazer para que no futuro a Câmara tenha uma situação estruturalmente equilibrada de forma a poder acorrer às necessidades de desenvolvimento e de bem estar da população? Este é o debate importante. Que ninguém fuja ao debate.

(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

Concerto Comemorativo dos 40 Anos do Programa "Cinco Minutos de Jazz"

É hoje à noite, pelas 21h30 no Teatro Aveirense.


"Cinco Minutos de Jazz" foi para o ar a primeira noite em 21 de Fevereiro 1966. Foi na Rádio Renascença a convite do saudoso João Martins, radialista de grande prestígio e como rubrica do programa com grande audiência "23ª hora" lá se manteve até 1975 até quando os emissores da RR foram dinamitados em 1983 voltou desta vez por convite de João David Nunes que na altura dirigia a Rádio Comercial para esta popular estação de rádio onde se manteve até 1993. Desde então faz parte da programação nacional e internacional da RDP Antena 1 de segunda a sexta às 18.50h, 22.50h e 01.50. É um programa pioneiro na divulgação do jazz em Portugal que com o seu formato é ao longo destes anos co-responsável pela popularidade que o jazz tem hoje neste país. Programa jazz de todos os estilos: antigo (New Orleans), clássico (Swing), moderno (BeBop) e contemporâneo (Free)". José Duarte (responsável pelo Programa e docente na Universidade de Aveiro). Os Lisbon Swingers são uma BIG BAND constituída por um grupo de músicos interessados em interpretar grandes temas de Jazz, nomeadamente os clássicos americanos da era do swing. Têm a direcção do consagrado trombonista, maestro e arranjador Claus Nymark, também professor na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal.

Organização: Universidade de Aveiro, Teatro Aveirense

Mais informações aqui

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

PND quer referendo em debate na Assembleia

in Diário de Aveiro
por João Peixinho
Campanha para o referendo pela manutenção do Mário Duarte
A responsável distrital do Partido da Nova Democracia, Susana Barbosa, defende que a Câmara deve encontrar uma solução para ultrapassar o entrave financeiro para «voltar atrás na decisão», preservando o espaço do antigo Mário Duarte e não o desenvolvimento de um plano de urbanização da zona.
Numa audiência, anteontem, com a presidente da Assembleia Municipal, Regina Bastos, Susana Barbosa propôs à autarca que leve «o assunto à população aveirense». O PND pretende que seja colocado o asunto «a debate na Assembleia Municipal logo que possível» no sentido da realização de um referendo sobre a utilização daquela área.
A preservação da actual imagem do Mário Duarte também já foi desejo expresso pelo presidente da Câmara, Élio Maia, mas com a ratificação do Plano de Pormenor do Parque, em Conselho de Ministros, no final do pasado mês de Janeiro, além de aprovado em Assembleia Municipal o assunto assume outros contornos. Voltar atrás significa a Câmara ter de despender 15 milhões de euros , que é o valor de uma operação de lease-back.
Segundo o presidente da Câmara, «continuam as negociações para resolver a situação» de forma a preservar o antigo Mário Duarte.
Se as negociações tiverem êxito será uma questão de «revisão ao plano poder solucionar o problema», segundo a Câmara. Para o PND, o plano «não é irreversível» embora admita que é de «dfícil solução dado os valores que estarão em causa e com a situação de endividamento da Câmara, será penoso para as contas da Câmara».
Voltar atrás significaria evitar a urbanização, que prevê a construção de oito blocos de habitação, espaços comerciais e desportivos. A urbanização da zona é a última opção encontrada para o local, depois de falhada a venda do velho estádio à Universidade.

CURIOSO este «reforço da atenção sobre Aveiro»

A ler Diário de Aveiro e Nosso Rumo

NovaDemocracia contra projecto da OTA

Uma delegação da Nova Democracia constituída por Manuel Monteiro, João Almeida Garrett e Sara Marques, foi hoje recebida pela Comissão Parlamentar de Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

A audiência destinou–se a ouvir os promotores e subscritores de uma Petição dirigida à Assembleia da República, pedindo a reavaliação do Projecto da OTA. A referida Petição tem cerca de 4.500 assinaturas.

Continue a ler Democracia Liberal

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Luz

«Um pouco de Luz vence muitas trevas»
Paul Claudel

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Força Benfica!

Bem sei que nesta altura poucos se atreverão a acreditar numa possibilidade de vitória do Benfica. Mas que querem, sou benfiquista de coração. E como qualquer benfiquista que se preze, não posso deixar de acreditar no impossível!

Que tem feito o governo na luta contra a pobreza?

Entre tanta mediatização com as (mal)benditas caricaturas, na semana passada ficou bastante à margem da comunicação social o alerta da OIKOS ao governo, para a luta contra a pobreza.

A organização não governamental para o desenvolvimento, OIKOS-Cooperação e Desenvolvimento, apelou ao governo para ratificar internamente compromissos assumidos perante a União Europeia no âmbito da luta contra a pobreza, que abrem caminho à concretização de oito objectivos estipulados no ano 2000. A redução para metade da pobreza extrema e da fome, e a redução em dois terços da mortalidade das crianças, até 2015, são alguns dos Objectivos De Desenvolvimento do Milénio (ODM).

Não é possível marcar golos se estivermos quietos”, disse Kumi Naidoo, presidente do Apelo Global para a Acção da Luta contra a Pobreza / Pobreza Zero, e ainda que “15 milhões de pessoas no mundo pediram acção na luta contra a pobreza e os seus governantes não ouviram os apelos.”


Portugal nesta matéria não foi excepção, e o director executivo da OIKOS, João Fernandes, disse que os compromissos foram assumidos no âmbito da União Europeia e que considera que só com a ratificação desses compromissos será possível os portugueses estarem informados sobre os planos da luta mundial contra a pobreza e sensibilizar a opinião pública para ajudar.

É incrível constatar que dos 189 Chefes de Estado e de Governo, que no ano 2000 assinaram a Declaração do Milénio que levaram à formulação dos oito objectivos de desenvolvimento até 2015, passados cinco anos, todos os países em geral, tenham falhado no empenho para concretizar esses objectivos, principalmente os países ditos desenvolvidos e com crescimentos económicos espectaculares. Mais incrível ainda, foi constatar o forte destaque neste empenho, que se verificou em progressos nos países em vias de desenvolvimento como o Uganda que está a conseguir estagnar a SIDA ou como Moçambique na área da educação.

Creio que está na altura de exigir informações aos nossos governantes, sobre o que não tem sido feito para cooperar com os objectivos a que nos propusemos. Como portugueses e como cidadãos da Europa e do Mundo, temos a obrigação de para além de lamentos passarmos à acção. É inadmissível e vergonhoso para todos nós, continuarmos a conviver com situações como “a morte de uma criança a cada três segundos” ou “a morte de uma mãe a cada hora ao dar à luz”, sem que isto nos incomode e nos revolte.

Não podemos continuar a considerarmo-nos desenvolvidos, enquanto mais de cem milhões de crianças não vão à escola e 1,2 milhões de pessoas vivem na pobreza extrema. O egoísmo das sociedades de hoje em dia está a ultrapassar todos os limites do razoável, quando segundo dados da OIKOS podemos verificar que os países ricos dão agora “metade” do que davam em 1960 para causas humanitárias.

É urgente consciencializar para estes problemas os nossos políticos que passam pelas desigualdades do mundo com discursos supérfluos, não assumindo o falhanço que representa cada mandato que cumpram no poder, se se mantiverem isolados no contínuo cinismo de tudo apregoar e de nada fazer.

(publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Necessária uma NOVA CONSTITUIÇÃO

Por Manuel Monteiro, no Democracia Liberal

APBV alerta para lóbis na Protecção Civil

O presidente da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários (APBV), Paulo de Jesus, diz esperar que Arnaldo Cruz, empossado na passada quinta-feira como presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), tenha liberdade para trabalhar.
Continue a ler no Democracia Liberal

António Jorge Pinho do C.E. de Aveiro da NovaDemocracia

O meu amigo e companheiro de partido António Jorge Pinho, representante da NovaDemocracia em Arouca, foi este fim-de-semana, reeleito para os órgãos sociais da FAJDA – Federação das Associações Juvenis do Distrito de Aveiro, sendo agora vice-presidente da Direcção daquela estrutura.
Quase em simultâneo, decorreram as eleições para o Conselho Consultivo da Delegação Regional de Aveiro do Instituto Português da Juventude. António Jorge, continua a integrar este órgão, desta feita, reeleito pela lista “Aveiro Continua Jovem”.

Parabéns António Jorge!

Paulo Jesus do C.E. de Aveiro da NovaDemocracia

1º Presidente da APBV

O meu amigo e companheiro de partido Paulo Jesus, representante da NovaDemocracia em Espinho, sócio-fundador nº 1 e mentor da APBV(Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários), foi eleito, no passado sábado, presidente da associação por unanimidade dos membros presentes com 150 votos, sem votos contra, brancos ou nulos.A tomada de posse de Paulo Jesus ocorreu a seguir à sua eleição, no salão nobre dos Bombeiros Voluntários de Espinho.

Parabéns Paulo!

domingo, fevereiro 19, 2006

Pintura e Poesia


«A pintura é poesia silenciosa, a poesia é pintura que fala»

citado em "Plutarco, Obras Morais, A glória dos atenienses"
Simônides de Ceos
Grécia Antiga, [556-468], Poeta

«Passagem»

É o título da mostra do artista plástico aveirense Artur Fino que está em exposição na Galeria Morgados da Pedricosa, até ao final do mês.

Esta mostra é composta por 51 obras que vão desde o desenho à pintura.

Os Sonhos de Einstein

Uma produção Teatro da Trindade / Inatel, que estará em cena na próxima quinta feira em duas sessões no Teatro Aveirense em Aveiro, uma pelas 14h30 e outra pela 21h30.

Preso a um casamento infeliz e a um emprego muito aquém das suas capacidades intelectuais, o jovem Albert Einstein deixa-se levar pelos seus sonhos, seduzido pelo canto de sereia de Josette, uma mulher bela e esquiva, que se deslocou do seu lugar no futuro. Einstein parece ser a única pessoa que pode ajudá-la, pois será ele quem desvendará em breve os mistérios do tempo e do espaço. Será ela alguém que apareceu vinda do futuro ou, na verdade, o próprio tempo? "As vozes dos dois cantores complementam-se brilhantemente num musical onde a música nos traz à memória outros musicais desde "O Fantasma da Ópera" até "Cats"."

Saiba mais informações aqui

Manuel Monteiro recebido por Freitas do Amaral

Na Próxima Segunda-feira, dia 20, pelas 17h30, o Presidente da NovaDemocracia, Dr. Manuel Monteiro será recebido no Palácio das Necessidades pelo Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros, Prof. Freitas do Amaral. A reunião foi pedida pela NovaDemocracia para abordar a posição de Portugal face à situação em Cabinda.
Continue a ler aqui

O silêncio

Quando a ternura
parece já do ofício fatigada,

E o sono, a mais incerta barca,
inda demora,

Quando azuis irrompem
os teus olhos

e procuram
nos meus navegação segura,

é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,

pelo silêncio fascinadas.

Eugénio de Andrade

sábado, fevereiro 18, 2006

Azulejo de Aveiro

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

É verdade

Para alguém que queria saber se eu gostava dos "Toranja" ; )

- Pois gosto mesmo bastante! Da música e das letras.

É segredo

Este anúncio aqui

ANIME WEEKEND Aveiro 2006

Anime Weekend Aveiro 2006 e Outras Vertentes da Cultura Japonesa, é o primeiro grande evento em Portugal dedicado às novas expressões da cultura japonesa, que decorre até ao dia 19 de Fevereiro no Parque de Exposições de Aveiro.
Um certame dedicado ao Japão, com ateliers, exposições, cozinha japonesa, projecções audiovisuais, concertos, lojas.

NovaDemocracia vai ser recebida na Assembleia Municipal de Aveiro

Regina Bastos, Presidente da Assembleia Municipal de Aveiro, receberá na próxima segunda-feira, pelas 10h30, uma delegação da NovaDemocracia.

A delegação composta por Susana Barbosa, Edgar Jorge e Diamantino Mendonça, irá propor que a Assembleia Municipal debata a realização de um referendo local sobre o destino do Estádio Mário Duarte.

Noves fora nada

Por Jorge Ferreira

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Extinção de freguesias pode atingir São Jacinto e Eirol

Governo prepara nova legislação para a criação, abolição e fusão de autarquias

Se for avante a proposta do Governo de abolir as freguesias com menos de mil eleitores nos municípios com mais de 50 mil habitantes, São Jacinto e Eirol poderão estar ameaçadas.

Continue a ler aqui

A Gestão de Resíduos Industriais - Que Futuro?

Seminário próximo dia 22 de Fevereiro, no Auditório da AIDA.

A complexidade e a gravidade dos problemas relacionados com a gestão de resíduos revestem-se hoje de uma tal magnitude que não é possível aos empresários corresponder à tarefa fundamental de cumprimento da legislação e defesa do ambiente, sem estruturar uma consistente gestão de resíduos. Os resíduos devem pois ser alvo de uma gestão preventiva e destino adequado, em função das suas características de forma a garantir a preservação dos recursos naturais e minimizar os impactes negativos sobre a saúde pública e o ambiente.

Saiba mais informações aqui

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Aveiro antiga - pontes

Arlequim servidor de dois amos

Pela Casa da Comédia, no Teatro Aveirense, na próxima sexta-feira, pelas 21h30.

Esta peça de Goldoni apresenta um enredo típico de Commedia dell`Arte, com dois pares de apaixonados, cujos amores contrariados estão no centro da acção. A sucessão de equívocos e imbróglios, devido em grande parte à iniciativa de Arlequim que decide servir dois patrões, resolve-se como de costume no final da peça, acabando tudo em bem. "Com três simples telões, figurinos coloridos, muita música (interpretada ao vivo) e a energia contagiante dos actores, eis um espectáculo que não deixará de agradar a grandes e pequenos."

Mais informações, aqui

O Homem

«Que é o homem na natureza? Um nada diante do infinito, um tudo diante do nada, um meio entre tudo e nada.»
Pascal

Não pode ser o Fim

Fumaças já é uma tradição! Das boas.

Daquelas que têm de se preservar.

Não me conformo com o fim!

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Ruas de amargura em Aveiro

Cada vez mais, lemos nos nossos jornais de Aveiro, notícias de assaltos, crimes e violência. Mas como tudo na vida, creio que só sentimos verdadeiramente a realidade, quando ela nos bate à porta.

O meu escritório que fica na Rua Dr. João de Moura, aquela que sofre alterações de trânsito quase de mês a mês, já sofreu tentativas de assalto por diversas vezes. Felizmente todas inglórias, uma vez que graças a um dispositivo de alarme, os ladrões nunca foram além de arrombamento de portas ou quebra de vidros. Já o mesmo não poderá dizer a minha vizinha, a quem assaltaram no final do ano, carregando móveis, computadores e haveres diversos.

Em Janeiro passado, um amigo próximo resolveu estacionar o carro à noite no parque que se situa por detrás do Tribunal e dirigir-se a um café da Praça, onde diz não ter demorado mais de meia hora. Quando regressou ao local onde tinha deixado a viatura, jurou ter dado mais de três voltas ao quarteirão para constatar o óbvio, que pura e simplesmente ela tinha desaparecido quase que por magia. Daquelas coisas que julgamos que só acontecem nos filmes, ou aos outros!

Quinta-feira passada por volta das 20h30, em plena Avenida Dr. Lourenço Peixinho, junto ao café Zig-Zag, um familiar meu assistiu a um assalto efectuado a um senhor de oitenta e um anos. Duas jovens raparigas que o abordaram para lhe solicitar cinco euros para despesas, acabaram por lhe sacar a carteira, dando-lhe de seguida uma pancada que o deitou ao chão. Um arrumador de automóveis que ali se encontrava por perto, juntamente com o meu familiar, presenciando ambos de longe a cena, deram uma corrida e acabaram por conseguir apanhar uma das raparigas que foi de seguida entregue à PSP.

Sinais dos tempos. À semelhança do que acontece um pouco por todos os grandes centros do nosso país e do mundo!

Aveiro, apesar de continuar incomparavelmente linda, também não pára de crescer, aliando a este crescimento fenómenos menos positivos do desenvolvimento. Tem aumentado a prostituição que se vê a olho nu. Têm aumentado os assaltos, principalmente a automóveis e habitações, têm aumentado o número de mendigos nas ruas.

Deixamos aqui um alerta para que todos os agentes intervenientes na segurança da nossa cidade, continuem a colaborar e a ir mais longe no combate ao crime. A cidade não tem sido acompanhada em termos de segurança, na mesma medida do seu crescimento.
(publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)

Tampas que valem cadeiras de rodas

Muito interessante. Colabore!
Conta-nos como descobriu a Associação Tampa-Amiga, o Nuno Quintaneiro, no Código da Vivência

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Agostinho da Silva (1906 - 2006)

Compreensão Sábia e Activa

A primeira condição para libertar os outros é libertar-se a si próprio; quem apareça manchado de superstição ou de fanatismo ou incapaz de separar e distinguir ou dominado pelos sentimentos e impulsos, não o tomarei eu como guia do povo; antes de tudo uma clara inteligência, eternamente crítica, senhora do mundo e destruidora das esfinges; banirá do seu campo a histeria e a retórica; e substituirá a musa trágica por Platão e os geómetras. Hei-de vê-lo depois de despido de egoísmo, atente somente aos motivos gerais; o seu bem será sempre o bem alheio; terá como inferior o que se deleita na alegria pessoal e não põe sobre tudo o serviço dos outros; à sua felicidade nada falta senão a felicidade de todos; esquecido de si, batalhará, enquanto lhe restar um alento, para destruir a ignorância e a miséria que impedem os seus irmãos de percorrer a ampla estrada em que ele marcha.
Nenhuma vontade de domínio; mandar é do mundo das aparências, tornar melhor de um sólido universo de verdades; se tiver algum poder somente o veja como um indício de que estão ainda muito baixos os homens que lho dão; incite-o o sentir-se superior a mais nobre e rude esforço para que se esbatam e percam as diferenças; não aproveite para mostrar a sua força a fraqueza dos outros; o bom lutador deseja que o combatam mais rijos lutadores. Será grato aos contrários, mesmo aos que veem armados da calúnia e da injúria; compassivo da inferioridade que demonstram fará tudo que puder para que melhorem e se elevem; responderá à mentira com a verdade e ao ódio com o bem; tenazmente se recusará a entrar nos caminhos tortuosos; se o conseguirem abater, tocará com humildade a terra a que o lançaram, descobrirá sempre que do seu lado esteve o erro e de novo terá forças para a luta; e se o aplaudirem pense logo que houve um erro também.

Agostinho da Silva, in 'Considerações e Outros Textos'

Raul Martins candidato à concelhia do PS / Aveiro

O economista e membro da Assembleia Municipal, Raul Martins, é o único candidato conhecido à presidência da concelhia de Aveiro do PS de Aveiro. O actual líder, José Costa não se recandidata.
Continue a ler aqui

Beira-Mar soma e segue

Beira-Mar vence e distancia-se dos adversários

Mais uma vitória em Aveiro. 17º jogo seguido sem o Beira-Mar perder. O Beira-Mar voltou a vencer este domingo, frente ao Marco, na 22ª jornada do Campeonato da Liga de Honra. Três golos de Rui Lima, Roma e Jorge Leitão, do Beira-Mar, e dois golos de Quim, do Marco, fizeram a história do jogo.

Saiba mais aqui

domingo, fevereiro 12, 2006

Homenagem a Fernando Lavrador (1928 - 2005)

Realiza-se entre 10 e 26 de Fevereiro, no Teatro Aveirense, um ciclo de homenagens ao Eng. Fernando Gonçalves Lavrador, membro fundador do Clube Português de Cinematografia, mais tarde Cineclube do Porto, colaborador do Círculo de Cultura Cinematográfica de Coimbra e, depois, do Clube de Cinema de Coimbra, tendo também colaborado, mais tarde, no ressurgimento do Cineclube de Aveiro.

A iniciativa, a cargo da ADERAV - Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro, contará com uma exposição fotobiográfica, patente no Teatro Aveirense até 26 de Fevereiro, subordinada ao tema «Eng.º Fernando Lavrador, Vida e Obra», que decorre no café do Teatro Aveirense.

(Fonte: ADERAV)

Fernando Lavrador

Dados Biográficos, aqui

Sobre a audiência da ND com José Mota em Espinho

Por Jorge Ferreira , aqui e aqui

José Mota recebeu na passada sexta-feira uma delegação da Nova Democracia. Esta audiência inseriu-se numa ronda de contactos com autarcas eleitos em Outubro passado que o PND está a realizar no distrito de Aveiro.

O PND já manteve reuniões de trabalho com os Presidentes de Câmara de Sever do Vouga e de Aveiro e em breve outros se seguirão. Durante a reunião foram abordados importantes assuntos relativos à política local, designadamente a situação actual do projecto de enterramento da linha ferroviária e os problemas existentes no bairro dos pescadores.

A situação dos pescadores é um assunto que me é muito caro. Durante a campanha eleitoral para as legislativas prometi-lhes que mesmo que não fosse eleito não deixaria de lutar pela satisfação das suas aspirações e é isso que continuo a fazer. Os políticos não assumem só compromissos para o caso de serem eleitos, embora nessa circunstância tenham naturalmente mais responsabilidades porque ficam com o poder nas mãos para resolverem os problemas. Também os devem assumir quando não são, porque os problemas não desaparecem por magia.

Sobre o enterramento da linha, trata-se de uma obra que deve encher os espinhenses de orgulho e que vai permitir a requalificação do centro da cidade. Na Nova Democracia não existimos para dizer mal quando está bem. Já quanto à situação política local, a gestão autárquica de Espinho padece de todos os vícios próprios de quem já está há muito tempo no poder e revela a necessidade de haver uma oposição séria e credível, que no concelho não tem existido.

Com José Mota ficou combinado realizar outro encontro de trabalho em breve.

Exposição «Primeira Colectiva 2006»

Está patente ao público até ao próximo dia 17 de Março, na Galeria de Arte da Vera Cruz, uma nova exposição com conceituados artistas plásticos portugueses.


As obras expostas são da autoria de Albino Moura, Alfredo Luz, António Neves, Bual, Cargaleiro, Cruzeiro Seixas, Damião Porto, Fernanda Amado, Fernando Gaspar, Gracinda Candeias, Guilherme Parente, João Cutileiro, Júlio Pires, Júlio Resende, Mário Portugal, Mota Urgeiro, Neves Sousa, Paulo Ossião, Ricardo Paula e Thierry Ferreira.


Mais informações: Galeria de Arte da Vera Cruz, Lda, Terça a Sábado, das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 20h00, Largo da Apresentação, 3A 3800 – 106 Aveiro, Tel: 234 428 624 - Tlm: 966 626 885 – Fax: 234 428 876, Email:
info@galeriaveracruz.com, Web: www.galeriaveracruz.com

sábado, fevereiro 11, 2006

Assim...

Odiando mostramo-nos à luz do sol; amando, escondemo-nos no interior duma transfiguração esplendorosa.
Teixeira de Pascoaes

O mal e o bem

O mal e o bem progridem ao mesmo tempo. São como duas forças paralelas que se prolongam animadas dum movimento igual em velocidade. O reino de Deus aumenta, junto do reino de Satã que se dilata. O dia e a noite crescem sobre a terra. A luz é cada vez mais clara e a treva cada vez mais negra.
Teixeira de Pascoaes

Esta está boa!

A SECRETA SECRETA (3)

Curiosa foi a reacção de Vitalino Canas após a audiência parlamentar que afirmou às televisões que tinha ficado demonstrado que não havia nenhuma estrutura de informações a funcionar no gabinete do Secretário-Geral do SIRP... nem no gabinete do Primeiro-Ministro. Eu gostava que Vitalino Canas informasse o país sobre quem é que terá afirmado que existiria tal estrutura no gabinete de José Sócrates! No afã justificativo será que o deputado socialista decidiu responder a uma questão que a sua imaginação julgou ter sido colocada por alguém sem o ter de facto sido? Ou foi apenas um lapsus linguae?

Ovos moles com origem protegida

na primeira página do Diário de Aveiro

O Ministério da Agricultura atribuiu ontem a denominação de Indicação Geográfica Protegida (IGP) aos ovos moles de Aveiro.O despacho governamental foi assinado pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Rui Nobre Gonçalves, que deste modo concedeu a protecção nacional a Aveiro como Indicação Geográfica para ovos-moles.A marca, agora geograficamente protegida, «Ovos moles de Aveiro» foi atribuída no âmbito da legislação comunitária relativa à protecção das indicações geográficas e das denominações de origem dos produtos agrícolas e dos géneros alimentícios.Com esta deliberação do Ministério da Agricultura, os ovos moles de Aveiro são o primeiro produto de padaria/confeitaria ao qual é atribuído uma protecção no âmbito da legislação comunitária. «Trata-se de um produto com reputação amplamente conhecida, sendo determinante a qualidade da matéria-prima oriunda da região, o saber fazer e o seu modo de apresentação», justifica o Ministério da Agricultura em comunicado.Para o Governo, a atribuição destas protecções «constitui uma mais valia significativa para os diversos agentes envolvidos nas respectivas fileiras, para os territórios abrangidos e para o consumidor, que cada vez mais procura um produto diferenciado, com garantias de segurança e qualidade alimentar». O Ministério da Tutela quer, assim, «o reforço da competitividade, dos produtos e dos territórios, ao mesmo tempo que se preservam e valorizam os nossos recursos genéticos, gastronómicos, culturais e paisagísticos».

José Manuel R. Silva

Retrato da fome

Com a devida vénia ao Comunicar a Direito

WORLD PRESS PHOTO

O canadiano Finbarr O`Reilly, da agência Reuters, foi distinguido com o prémio por uma fotografia que ilustra a fome no Níger. A imagem retrata um bebé com a mão colocada sobre a boca da mãe e foi tirada num centro de emergência alimentar de Tahoua, no noroeste do Níger.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

O Referendo sobre o Mário Duarte (2)

A Nova Democracia tem vindo a propor a realização de um referendo local sobre o destino do Estádio Mário Duarte em Aveiro. E tem-no feito por considerar que devem ser os aveirenses a decidir sobre o que fazer com aquele espaço nobre da cidade.
Com a construção do novo Estádio para o Euro 2004 tornou-se óbvio que não faz sentido ter e manter dois estádios, desde logo pela despesa que isso implica. A questão que se coloca é então: o que fazer com o velho Estádio?
A solução autárquica tradicional para qualquer problema de equipamento/território é urbanizar. Desde logo porque é na urbanização que as autarquias vêem uma tentadora fonte de receitas. Mais a mais num concelho em que a dívida é o que se sabe, ou melhor dizendo, é tão grande que nem se sabe, aguardando-se que uma auditoria externa e independente venha a dizer quanto é.
Foi esta a solução encontrada pelo anterior executivo municipal. Esta solução permitiu, ao que parece, aliás, um adiantamento de dinheiro significativo à autarquia. Seria curioso saber quanto foi, o que foi feito dele, em que é que foi utilizado e com que benefícios para a comunidade. Talvez um dia.
Entretanto, o Conselho de Ministros acaba de ratificar, por Resolução do Conselho de Ministros, o Plano de Pormenor respectivo.
Ora, convém começar por desfazer uma dúvida. Nada do que está decidido é irreversível, como de resto o Presidente da Câmara já declarou. A Câmara Municipal de Aveiro conserva ainda o poder de voltar atrás na decisão que está tomada. Importa naturalmemte conhecer os custos e as responsabilidades que para o município daí advirão. Seria, pois, da maior utilidade que a Câmara Municipal de Aveiro começasse por aqui. Que explicasse claramente o que está feito, o que está pago, em que é que foi gasto, quanto custa recuar e, sobretudo, qual é a vontade política do executivo camarário a este respeito.
Temos presente que em entrevista dada ao Diário de Aveiro após as eleições, Élio Maia afirmou que em relação ao Mário Duarte que “temos o desejo profundo de ver se ainda é possível, respeitando os compromissos e o enquadramento legal, manter o velhinho estádio. É um património desportivo e histórico e faremos o possível para o salvaguardar.Pergunta: Travar esse empreendimento representa uma perda de receitas de muitos milhões de euros... Resposta: É verdade, mas há patrimónios de uma comunidade que valem muito mais. Há uma memória muito grande que urge preservar. Por outro lado, essa zona deve fazer parte de um corredor verde fundamental desde a Baixa de Santo António até Santiago, passando pelo parque municipal”.
Também temos presente que no seu programa eleitoral Élio Maia prometeu dar mais importância à participação dos cidadãos nas decisões. Ora, que mais nobre forma de participação existe do que colocar nas mãos dos cidadãos o destino a dar ao velhinho Estádio Mário Duarte?

Hoje, NovaDemocracia em Espinho

Pelas 15h00, uma delegação da NovaDemocracia composta por Jorge Ferreira, Susana Barbosa, Paulo Jesus e Elpídeo Sousa, reunir-se-á com o Presidente da Câmara Municipal de Espinho, José Mota.
Serão discutidos vários assuntos respeitantes ao concelho de Espinho, com principal destaque para o enterramento da linha férrea. Pelas 16h00 horas realizar-se-á, junto à Câmara Municipal de Espinho, uma conferência de imprensa.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Sugestão

Editora: Editorial Notícias, 2004

“A Rua do Quebra-Potes é uma rua irregular e longa, muito longa! Parece traçar um diâmetro na Eternidade.” Assim começa o primeiro romance de Natália Correia ora reeditado pela Editorial Notícias. Objecto singular no universo literário da grande escritora, distancia-se do barroco fulgurante do seu teatro (“O Encoberto”, “Erros Meus, Má Fortuna, Amor Ardente”, “A Pécora”), revisitação dos principais mitos da cultura portuguesa, do lirismo místico da sua poesia, da espessura dos seus ensaios sobre a questão da Identidade (“Somos Todos Hispanos”) ou da adaptação dos mitos clássicos gregos ao Portugal contemporâneo patente nos seus dois outros romances (“A Madona”, “A ilha de Circe”). Nesta obra, primorosa na construção dos ambientes e dos retratos e na descrição dos tipos e das situações, cria uma impressiva galeria de figuras do quotidiano de Lisboa de finais dos anos quarenta, do marçano ao vendedor de castanhas, da actriz reformada à dona de uma pensão. Natália nunca amou tanto as suas personagens. Elas retribuem-lhe, assumindo uma pungente humanidade.

in www.lisboacultural.pt

A Bela Adormecida

Hoje, pelas 21h30, no Teatro Aveirense, pelo Ballet do Teatro Hermitage de São Petersburgo.

Dos bailados chamados do "grande reportório" A BELA ADORMECIDA é dos que mais interesse desperta no grande público. A Bela Adormecida na sua arquitectura musical e coreográfica é considerada o exemplo mais puro do Bailado Clássico enquanto património universal. A peça, baseada num conto do século XVIII de Perrault, conta a história de uma jovem princesa que cai num sono profundo depois de se picar num fuso. Uma maldição de uma velha fada que só será desfeita com o beijo do príncipe encantado...

Mais informações aqui

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Tertúlia "Públicos Juvenis para a Cultura"

Reflectir sobre os públicos juvenis para a cultura é o ponto de partida da tertúlia que irá ter lugar hoje, pelas 21h30, no Bar Café do Teatro Aveirense.
No final haverá uma "viagem acidental" onde os caminhos da poesia se irão cruzar com o multimédia...
Organização do Teatro Aveirense e da Casa Municipal da Juventude
Entrada Livre

O sonho de uma vida melhor

Projecto da Cáritas de Aveiro junto de comunidade cigana

na primeira página DA

Sal de Aveiro

Com água e luz, a alma aveirense é feita de sal. Sal fino. Sal finíssimo. Diferente do sal traçado do Tejo ou do sal grosso de Setúbal. Sal. Sal a que já chamaram tudo: «ouro branco», «sangue branco», «grão divino», «sal da vida», «milagre branco». Às quadrículas azuis das marinhas chamou Almada Negreiros «janelas do céu». D. João de Lima Vidal viu nas salinas «tabuleiros de cristal». Poesia de sal. O sal inspirou os poetas. O sal temperou sonhos. O sal purificou a paisagem. Mas o sal também é suor. Muito suor. É labuta de gente crestada pelo Sol há mais de mil anos. (O mais antigo escrito que testemunha a existência de salinas em Aveiro é do ano de 959). Gente laboriosa. Gente salgada. Sal da terra.

in Aveiro, Cidade de Água, Sal, Argila e Luz

terça-feira, fevereiro 07, 2006

"Aveiro"

É o nome do novo blog de Jorge Ferreira, aqui

Novo na blogosfera, mas já com excelente arquivo.

Aveiro merece!

S. Jacinto - continua tão perto e tão longe...

Sobre o ferry-boat...

Alguém dá uma ajuda?

Saiba mais aqui

Liberdade com expressão

Muito se tem falado nos últimos dias de liberdade. Liberdade de expressão, claro que sim, mas acima de tudo que seja liberdade com expressão e responsabilidade.

Correram o mundo, as notícias das caricaturas, incendiaram revolta, reavivaram ódios, desencadearam atentados. Faz-nos pensar quão frágil é a humanidade, em si mesma tão caricata, tão intolerante, tão volúvel.

Sem ousar dividir o mundo entre bons e maus, entre ocidente e oriente, ou entre norte e sul, é importante termos a noção que numa era em que tanto se fala de globalização, a humanidade caminha a passos largos para usufruir dessa globalização mas a passos muito curtos para saber com ela conviver.

Exemplos disso existem todos os dias, e infelizmente as diferenças, as desigualdades e as intolerâncias não se ficam por caricaturas. Estamos longe duma almejada liberdade de expressão a nível mundial, embora materialmente convenha às sociedades modernas a proximidade do consumo e o utilitarismo das relações internacionais assentes nas trocas de interesses e na compra e venda de produtos.

A coca-cola consome-se em todo o planeta, mas o seu custo é desigual em cada canto e a sua publicidade tem peso e medida por conta certa. Não pode haver liberdade de expressão enquanto existirem direitos desiguais e deveres desconcertados. As políticas actuais preocupam-se mais com a rentabilidade do que com a humanidade.

É urgente que se comece a equacionar que se é inevitável a globalização, também é inevitável o confronto de direitos e deveres a nível mundial. Não podemos continuar a tapar o “sol com uma peneira”. Não podemos continuar a achar normal que haja concorrência com produtos produzidos por seres humanos que trabalham o dobro de outros, e que não têm direito a férias quanto mais a liberdade de expressão!

Será bom que utilizemos a nossa liberdade de expressão, para reclamarmos mais pela resolução de problemas com expressão. Ter liberdade também implica ter responsabilidade e não poderemos ser verdadeiramente livres enquanto existir tanta desigualdade.

(publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Pois...

«Todos sentimos e partilhamos um desgosto de um amigo. Mas, é necessário um espírito e uma natureza sãos e bons para nos alegrarmos com o seu êxito.»
Oscar Wilde

Convergência para uma Verdadeira Alternativa Democrática

No Democracia Liberal, por Manuel Monteiro

domingo, fevereiro 05, 2006

Sou de azul e vermelho

Sou de azul.

Azul de mar, azul de céu,

Azul de infinito.

Sinto-me de azul.

Feita de azul,

E vermelho...

Vermelho de coração.

Helène de Beauvoir

Evocação de Helène de Beauvoir encerra com conferência. Na próxima quinta-feira, irá decorrer uma conferência com a temática «As Irmãs Beauvoir e Portugal», promovida pela Universidade de Aveiro. O evento vai marcar o encerramento das exposições «Cadernos de Esboços 1» e «Óleos», de Hélène Beauvoir, patente no Campus Universitário de Santiago.

Saiba mais aqui

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

PND propõe referendo sobre antigo Mário Duarte

Por J.P.
Publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro

Um referendo «sobre o destino a dar» ao antigo estádio Mário Duarte e a «finalidade da requalificação da zona envolvente» é a sugestão da direcção de Aveiro do Partido da Nova Democracia, liderado por Manuel Monteiro.
Em carta dirigida à presidente da Assembeleia Municipal de Aveiro, Regina Bastos, e assinada pela coordenadora da direcção de Aveiro do partido, Susana Barbosa, são apresentados dois argumentos para o referendo.
A carta refere que «o Conselho de Ministros acabou de aprovar o Plano de Pormenor do parque do Estádio Mário Duarte» e «o destino a dar àquela zona da cidade deve ser uma solução de todos e não de alguns, até tendo em conta que se trata de um equipamento que é muito mais do que isso, estando já inscrito no património da cidade e no seu imaginário colectivo».
O referendo é ainda justificado pelo PND, considerando que a Assembeleia Municipal «não deve estar à margem da discussão deste problema».
O destino para aquela área ainda é desconhecido. Depois da saída do Beira-Mar para o novo estádio e de um plano para uma nova urbanização para aquela área, traçado pelo anterior executivo socialista, o actual presidente, Élio Maia, expressou o desejo de preservar a zona. Posteriormente, o Conselho de Ministros ratificou o Plano de Pormenor do Parque, aprovado em Assembeleia Municipal, em 2004, o que foi interpretado como um corte no plano de Élio Maia.

O referendo sobre o Mário Duarte (I)

Por Jorge Ferreira no Tomarpartido

Apesar de existirem há vários anos leis que prevêem o instituto do referendo, quer a nível nacional quer a nível local, circunstâncias várias têm contribuído para que eles tardem a tornar-se um hábito democrático e natural na vida política portuguesa.


Herdeiros de uma tradição administrativa centralista e burocrática, com o poder concentrado e apenas acessível a um pequeno grupo, ainda que eleito, o país não tem inscrito no seu código genético cívico, a participação referendária como método de decisão política.


Ao nível da decisão local, a figura do referendo está por testar. Todos reconhecem a sua valia política ao nível pedagógico, para motivar os eleitores a participar activa e decisivamente na vida pública. Mas cumpre reconhecer que poucos se mostram genuinamente interessados em utilizar este instrumento de participação do povo na decisão. Evidentemente que quando se devolve o poder ao povo mandam menos os políticos. E, no fundo, estes julgam suficiente e bastante o pronunciamento universal, geral e periódico através dos clássicos mecanismos da democracia representativa. Isto é, através de eleições de quatro em quatro de três em três ou de cinco em cinco anos.


Mas será que isto chega? Pensamos que não. Não ignoramos que a ideia de realizar um referendo é sempre simpática aos olhos dos eleitores, mas que depois pode ir uma grande distância entre a simpatia da ideia e a a participação efectiva dos eleitores através do voto no referendo.


Temos presentes as experiências do passado com os referendos de âmbito nacional sobre o aborto e a regionalização. Muitos os desejaram, mas poucos votaram.


Tal não impede, porém, que se continue a apostar na ideia, em si boa, de chamar os cidadãos a decidir directamente sobre certas matérias do seu interesse e quando esteja em causa um inquestionável interesse público. Com as devidas cautelas e a necessária prudência.


Não fará, por exemplo nenhum sentido, referendarem-se questões apenas de interesse sectorial a que a generalidade das pessoas não é sensível. Como não faz sentido fazer-se um referendo sem ter toda a informação sobre a matéria em causa disponível. Informação técnica e política. Os fundamentos e as alternativas. Os custos e as implicações.


Só assim a opção referendária será consciente e responsável. Os referendos são corpos estranhos numa sociedade conformada com o tradicional “eles é que sabem”, alheada da informação cativada pelo poder e resignada à indiferença cívica.


É por este conjunto de razões de índole ideológica que a Nova Democracia propôs publicamente a realização de um referendo local sobre o destino do Estádio Mário Duarte em Aveiro. As outras razões ficam para a próxima semana.


(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

a lua é de queijo?

Estreia no próximo sábado, esta peça de teatro para a infância de Claudia Stattmiller, no Estaleiro Teatral, pelas 16h00, apresentada pela Efémero - Companhia de Teatro de Aveiro, na sua 35ª produção.

SINOPSE

Xico e Patrício são dois ratos com uma vida bastante diferente até ao dia em que se encontram e descobrem que têm um sonho em comum. Xico é mais velho e transporta consigo todo um saber popular. Em contraste, Patrício é um verdadeiro rato de biblioteca, muito curioso, que sabe tudo o que se passa à sua volta.
Estas personagens são a personificação do senso comum e do senso científico.
Xico e Patrício têm em comum… uma fome imensa! Uma fome não só de alimento mas também de aventura e de vontade de conquistar o desconhecido. Assim, num momento de alucinação causada pela fome, são vítimas de uma miragem… a lua parece-lhes um enorme e suculento queijo! A partir daqui vão tornar-se grandes amigos e fazer tudo para tentar alcançar a lua, planeando então uma viagem de foguetão! Patrício sabe que há dia e noite porque a terra gira à volta do sol… Xico conhece a poesia das estrelas!

Mais informações aqui

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Rembrandt

Os Donos do Voto

Por Jorge Ferreira no Comunicar a Direito

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

L`HOMME

Não: toda a palavra é a mais. Sossega!
Deixa, da tua voz, só o silêncio anterior!
Como um mar vago a uma praia deserta, chega
Ao meu coração a dor.

Que dor? Não sei. Quem sabe saber o que sente?
Nem um gesto. Sobreviva apenas ao que tem que morrer
O luar e a hora e o vago perfume indolente
E as palavras por dizer.

Fernando Pessoa

Olívia Byington

Dá um Concerto no próximo sábado, no Teatro Aveirense pelas 21h30.

Poucas cantoras brasileiras têm o prestígio e o currículo variado desta soprano nascida no Rio de Janeiro. De Tom Jobim a Chico Buarque, passando por Djavan, Edu Lobo, Jacques Morelembaum e Egberto Gismonti, Olivia Byington já dividiu o palco com as maiores estrelas da música brasileira. Neste espectáculo, Olívia mistura Lenine e Caetano Veloso, passando por Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Chico Buarque, sem deixar a cadência dos sambas memoráveis de Noel Rosa e Assis Valente. O seu novo repertório inclui uma canção do compositor e instrumentista português Pedro Jóia em parceria com Tiago Torres da Silva.

Saiba mais informações aqui