quarta-feira, janeiro 30, 2008

Luto Nacional

Artigo publicado no momento da demissão do Ministro da Saúde, Correia de Campos
Com a devida vénia ao Diário de Aveiro
Propomos «Luto Nacional» por todos aqueles que em Portugal têm falecido por falta de assistência médica devida. Um dia seria pouco, para manifestar a revolta pela morte de tantos, que nos têm deixado nestas condições. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) é neste momento uma fraude, e não podemos compreender como é possível que o Ministro da Saúde, Correia de Campos, ainda continue a exercer funções, numa altura em que se verifica diariamente que o modelo de reestruturação da saúde e da rede de urgências, se tornou num erro fatal.

O governo de José Sócrates, tem vindo a desgovernar Portugal a vários níveis, mas neste momento, o que mais nos preocupa é o sector da saúde e a leviandade e displicência com que este governo tem vindo a adiar uma tomada de posição, para a alteração dos planos ineficientes adoptados, que colocam diariamente em risco a vida de todos os portugueses. Esta semana, em declarações prestadas à SIC Notícias, o próprio Manuel Alegre se demonstrou discordante das medidas que estão a ser adoptadas pelo seu companheiro de partido, Correia de Campos, que como afirmo, defraudam a defesa da própria «bandeira da saúde», que o partido Socialista sempre incrementou ao longo da sua história política em Portugal.

O Partido da Liberdade – PL, ainda que seja um partido em construção, estando já na rua a proceder à recolha das 7500 assinaturas necessárias para a constituição de um novo partido, está atento às críticas que os cidadãos não poupam a este governo, e constata a revolta instalada nos portugueses, gerada pelo descontentamento dos encerramentos dos serviços de urgências um pouco por todo o país. O distrito de Aveiro, tem vindo a ser um dos mais penalizados, e os encerramentos dos serviços de urgências, entre outros, os de Anadia, Santa Maria da Feira e Sever do Vouga não têm passado despercebidos nas contestações da população.

O «direito à vida» é para nós um bem inalienável, e é constante da lista das prioridades de orçamento de estado, em qualquer que seja o enquadramento político existente. Não é pois para nós plausível, que em pleno século XXI se regrida em termos de direito à saúde, sacrificando «vidas».

É assim condenável que este governo se vanglorie da baixa do défice público, que como todos sabemos se constatou à custa da subida dos impostos que afectam todos os cidadãos, e não pela optimização dos recursos do estado, e que em contrapartida, sem qualquer escrúpulos, os cortes nas despesas venham a incidir precisamente nos cuidados primários da população, encerrando serviços médicos essenciais, como maternidades, serviços hospitalares em geral, e serviços de urgências em centros de saúde e hospitais em particular. E é ainda mais condenável que se operem alterações sem em primeiro lugar se estudarem alternativas possíveis de assistência e transportes adequados.

Consideramos que políticas como as que estão a ser seguidas por este Ministério da Saúde, são políticas criminosas por atentado à vida humana, e solicitamos a imediata demissão do ministro Correia de Campos.


Continuar a pactuar com este governo de José Sócrates, que vive consecutivamente em «folclore político», imbuído no espírito da ganância de poderes internacionais, e longe das realidades das pessoas, é continuar a desrespeitar Portugal e a desconsiderar a dignidade dos portugueses. É urgente sair para a rua, junto a cada serviço encerrado, perto de todos os que perderam entes queridos, e não poupar as vozes de protesto, até que se operem as mudanças necessárias no SNS desta vergonha nacional.
Susana Barbosa
1ª Signatária do Partido da Liberdade
(artigo publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

domingo, janeiro 27, 2008

Pequena política

Com a devida vénia ao Expresso

PERDER A FACE O PND está em risco de extinção por falta de militantes. Esta semana, cavou mais um prego no seu caixão, mostrando que a sua pequenez não está só no número de votos, mas no seu modo de intervenção política. Espalhando cartazes no Funchal, com a figura de Alberto João Jardim "travestido" em D. Corleone, perdeu a face e deu argumentos a todos os adversários do líder madeirense. E quando o seu líder, Manuel Monteiro, afirma que "o apoio dos ciganos e dos feirantes" o fez repensar o modelo do partido, pensaremos o quê? Que vale a pena?
(publicado na edição do Expresso de 26 de Janeiro)

domingo, janeiro 20, 2008

Liberdade Nacional para transformar Portugal

Com a devida vénia ao Diário de Aveiro
A «Liberdade Nacional» por que nos batemos, assenta em valores ideológicos de responsabilidade e respeito pela nação. Para tal temos de lutar pela nossa independência e pela recuperação da nossa soberania em Portugal. Não podemos permitir que o nosso país continue a ser acantonado para os últimos lugares das tabelas dos indicadores de qualidade de vida e progresso, quando os nossos emigrantes se evidenciam, quando recompensados fora da sua terra, rentáveis, e dos melhores trabalhadores desta Europa federalista e defensora apenas dos interesses dos mais ricos.
Esta semana, a Comissão Instaladora do Partido da Liberdade – PL, já fez sair para a rua o processo de recolha das 7500 assinaturas necessárias, para a inscrição deste novo partido no Tribunal Constitucional.

Em contacto com os cidadãos, múltiplas e curiosas questões nos são colocadas, entre as quais destaco duas em particular:

1 – Porquê o nome de Partido da Liberdade? (transmitindo-nos a ideia de que já existe libertinagem a mais…)

2 – Vai haver outra revolução? (alguns destes, acrescentando mesmo – era de uma revolução a sério que este país precisava!)

Perante estas e muitas outras questões, assim como perante os demasiados comentários de desânimo e de desilusão que escutamos, não nos restam dúvidas que os portugueses estão a entrar num perigosíssimo estado de revolta, que a curto prazo, dadas as dificuldades financeiras pelo constante estrangulamento das famílias, dada a perda diária de direitos fundamentais tal como a protecção ao trabalho, o direito à saúde, o direito à justiça e o direito ao ensino, temos como consequências a insegurança, a desconfiança, e um mal-estar generalizado, gerando-se neste momento situações caóticas de desespero, que acumuladas num crescente número de cidadãos, poderão mesmo encaminhar-se para uma rebelião.

Aproveitamos assim para explicar, que por estarmos em consonância com este sentir da realidade, entendemos a urgência de lutar por uma nova liberdade no nosso país. Uma «liberdade com responsabilidade» jamais alcançada pelos ideais de «Abril de 1974». Só conseguiremos ser «verdadeiramente livres» se formos responsáveis e merecedores desta liberdade e isto implica respeito por nós e por tudo e todos os que nos rodeiam, não significando em momento algum «libertinagem», porque esta forma de estar não «olha a meios para ser livre», nem tão pouco espelhando valores de «liberalismos desenfreados», que rapidamente se transformam em princípios redutores da verdadeira liberdade.

A «Liberdade Nacional» por que nos batemos, assenta em valores ideológicos de responsabilidade e respeito pela nação. Para tal temos de lutar pela nossa independência e pela recuperação da nossa soberania em Portugal. Não podemos permitir que o nosso país continue a ser acantonado para os últimos lugares das tabelas dos indicadores de qualidade de vida e progresso, quando os nossos emigrantes se evidenciam, quando recompensados fora da sua terra, rentáveis, e dos melhores trabalhadores desta Europa federalista e defensora apenas dos interesses dos mais ricos.

A «Liberdade Nacional» bate-se por devolver ao nosso povo os «direitos» perdidos ao longo destes últimos anos, mas simultaneamente também exigirá que este mesmo povo entenda os seus «deveres» para com a nação, e o respeito pela família, a história e a cultura, e a preservação da natureza e do meio ambiente, que envolvem o nosso país.

Chegou a hora de exigirmos uma nova forma de estar aos portugueses, começando pelos próprios políticos que mais não são do que escravos do sistema. O exemplo terá de voltar a vir «de cima». Tal como os nossos filhos são fruto da educação que recebem, o nosso povo é o espelho dos governantes que nos desgovernam, e por conseguinte, da mesma forma que constatamos um governo atolado em dívidas, também constatamos que as nossas famílias se endividaram até aos extremos, vivendo hoje grande parte delas o fantasma da «falência».

Vivemos agora escravos do «euro» e desta Europa que nos dita as leis, deste mundo globalizado que nos pretende fazer engolir o «self-service», às pressas, para tenhamos sempre mais tempo para «comprar do que para pensar», e viver sob esta falta de objectivos e sob esta tensão é deixarmos de ser livres, é submetermo-nos ao preço elevado das «leis dos facilitismos oportunistas», que nos demovem da capacidade de intervir e de elevar a nossa voz contra a concentração do poder, cada vez mais preocupado nos interesses de menos!

A verdadeira Liberdade, também consiste no retorno às origens, no retomar dos prazeres da vida que não custam dinheiro e valem por uma eternidade. Por vezes aqui tão perto, por vezes ao nosso lado, por vezes tão fáceis de alcançar, basta deixarmos de lado o «comodismo» e pôr à prova «a coragem» numa busca incessante pelo bem comum, através do bom senso e da verdade.

Lutaremos pois, pela verdadeira Liberdade para mudar Portugal, contra o sistema vigente, contra os poderes instalados, a bem da dignidade nacional e pela recuperação do orgulho de ser português.
Susana Barbosa
1ª Signatária do Partido da Liberdade
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

Susana Barbosa lança Partido da Liberdade

Com a devida vénia ao Jornal Beira Vouga
Após um período de reflexão, Susana Barbosa, com raízes na freguesia de Rocas do Vouga, desfiliou-se do partido da Nova Democracia (PND), para liderar um novo projecto político de âmbito nacional. Ainda durante este mês de Janeiro, dará início à recolha das 7500 assinaturas necessárias à inscrição de um novo partido no Tribunal Constitucional, o Partido da Liberdade (PL), o primeiro a ser liderado por uma mulher.

Susana Barbosa, fundadora do PND, no qual se manteve durante os cerca de cinco anos da sua existência em todas as direcções nacionais do partido, e simultaneamente como Coordenadora Distrital de Aveiro, permaneceu ao longo destes anos ao lado de Manuel Monteiro, “sempre evidenciando de forma clara as suas divergências e os seus diferentes pontos de vista do líder do partido”.
Com o Partido da Liberdade, Susana Barbosa espera “colocar em prática tudo o que não conseguiu que o PND fizesse a nível nacional, durante a sua existência”. A ex PND critica ainda o facto do “PND nunca ter sido capaz de provar na prática o que defende em teoria, o que o torna um partido frágil que não consegue convencer os portugueses”.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

SUSANA BARBOSA SAIU DO PND E AVANÇA COM O PARTIDO DA LIBERDADE

Com a devida vénia à Gazeta Popular
ENTREVISTA conduzida por António Veríssimo
"As obsessões e os preconceitos dentro do PND são tantos, que lutar contra a corrente começa a representar «patinar no molhado», não se saindo do mesmo sítio"
Depois de ter protagonizado uma real oposição a Manuel Monteiro, demitiu-se da liderança da distrital de Aveiro, anunciou a intenção de se candidatar à liderança nacional da Nova Democracia e agora demitiu-se do partido. Não valeram de nada estes anos de militância?
A nossa vida é fruto do que conseguimos fazer com a aprendizagem de todos os dias. Cada dia vale a pena se a alma não for pequena, isto é, se soubermos tirar partido pela positiva, do que de bom e de mau nos vai acontecendo. Não teria sido possível candidatar-me à liderança nacional do partido se não tivesse feito o percurso que fiz. Os cinco anos em que me dediquei inteiramente ao projecto do partido, permanecendo em todas as direcções nacionais e sempre na liderança da distrital de Aveiro, deram-me um conhecimento e um traquejo político, sem os quais jamais seria possível conceber-me politicamente naquilo que hoje sou e naquilo que hoje pretendo levar por diante.
Pode dizer-se que tudo isto aconteceu devido aos laços que Manuel Monteiro nunca conseguiu desfazer face ao CDS/PP?
De certa forma sim. Os discursos que o líder do PND protagoniza caem redondos em críticas ao seu antigo partido, é uma espécie de vício, em vez de criar novos rumos, preocupa-se mais com o passado do que com o futuro e é muito difícil conseguir que o partido da Nova Democracia deixe de ser um projecto pessoal, para ser um projecto colectivo, que lute verdadeiramente contra o sistema e por uma verdadeira direita moderna e popular. Eu comecei a sentir que lutava contra o sistema dentro do meu próprio partido.
A entrada de novos militantes de cariz nacionalista, que depois foram “convidados” a sair do partido, o que mereceu da sua parte total repúdio, não terá sido a gota que faltava para o rompimento final?
Essa atitude da direcção criou-me uma enorme revolta e foi sem dúvida o que me levou a parar um pouco e a reflectir sobre a minha continuidade no partido. As obsessões e os preconceitos dentro do PND são tantos, que lutar contra a corrente começa a representar «patinar no molhado», não se sai do mesmo sítio.
Agora, aventura-se na criação de um partido novo. A ideia é este partido ser o herdeiro dos ideais da Nova Democracia?
Eu nunca estive contra os ideais do PND, principalmente depois do II Congresso que organizámos em Aveiro, quando ficou definido para o partido um rumo inequívoco de um partido de direita. O problema é a prática, ou a falta dela, dos princípios e dos valores de direita. Entre a teoria e a realidade do partido existe uma clivagem tão grande, que se torna desconcertante e desmotivante tentar convencer quem quer que seja desses mesmos ideais. Num partido novo, temos mesmo que dar o exemplo daquilo que apregoamos, sob pena de voltarmos a ser mais do mesmo, e para isso já existem tantos a fazê-lo em todas as facções políticas. Só teremos sucesso se contribuirmos para a baixa da abstenção em Portugal, e isso só será possível se conseguirmos convencer os cidadãos que somos realmente diferentes, mas provando-o, porque de discursos está o povo farto.
Numa altura em que se exige que cada partido tenha um mínimo de cinco mil filiados para existir, o que tem levado todos os pequenos partidos a unirem-se no combate a tal pretensão, não acha que é um risco avançar para a ideia de um novo partido?
Sou inteiramente contra essa Lei dos Partidos Políticos, assim como também sou contra a exigência de 7500 assinaturas para formar um novo partido. Trata-se de uma Lei anti-democrática e mal dimensionada para um pequeno país como o nosso, que foi elaborada numa lógica de defesa dos partidos do sistema e isto por si só já demonstra o quanto há para mudar na mentalidade política instaurada. Obviamente que tenho noção do risco que é avançar com um novo partido, mas acredito que os portugueses sentem cada vez mais a falta de um partido de «direita a sério». A minha experiência junto das «bases», diz-me que quando somos verdadeiros as pessoas nos procuram e vêm ao nosso encontro, e esta simbiose de interesses em que existe a partilha no diálogo, motiva e faz com que as pessoas participem de forma livre e espontânea.
O novo partido (o Partido da Liberdade) vai ser um partido de direita. Pondo de lado o rótulo, afinal quem são os destinatários deste seu novo projecto?
Os destinatários para este nosso novo projecto, o Partido da Liberdade, serão todos os cidadãos descontentes com o sistema e que se identifiquem com os princípios duma direita verdadeira acreditada nos valores da família, das nossas raízes e da nossa cultura, do trabalho, do reconhecimento e do mérito, da justiça e da liberdade com responsabilidade. Acredito que são imensas as pessoas que hoje não se revêem em nenhum dos partidos existentes e que anseiam por participar em algo de novo e diferente.
Sabendo nós que o novo partido irá ter sede nacional em Aveiro, não poderá parecer que vai ser mais um partido regional do que um partido nacional?
O Partido da Liberdade virá a ter a sua sede nacional em Aveiro, em primeiro lugar porque a sua concepção foi em Aveiro e simultaneamente porque como se sabe, Aveiro pela sua história política representa em Portugal a capital da liberdade. Por outro lado, agrada-nos muito a descentralização de Lisboa e a ideia da diferença em relação aos demais partidos, queremos provar que é possível e viável fazer política a partir de outros lados que nos aproximem mais do país no seu todo, das pessoas e das suas realidades, e não tanto da ganância dos interesses, e da ofuscação das luzes.
Sem figuras políticas de renome, não lhe parece que vai ser mais difícil vender a ideia de partido novo?
Pelo contrário, entendemos que sem figuras de renome, será mais fácil fazer crer que se trata de algo «verdadeiramente novo». Os portugueses estão fartos daquilo que o sistema lhes tem oferecido, que não passam de presentes envenenados, numa autêntica dança de ambições na roda do poder à volta dos mesmos. É urgente que se criem alternativas sinceras que não passem de meras ilusões.
Além de nacionalistas e democratas cristãos, que presumimos terão lugar no novo partido, que outras correntes ideológicas quer conquistar para o projecto?
Queremos conquistar todos os portugueses que ainda acreditam na independência nacional, nos valores patrióticos da nação e que queiram lutar ao nosso lado sem preconceitos nem amarras, por uma sociedade mais justa e livre. Dirigimo-nos a todos os que queiram lutar pela liberdade com responsabilidade, porque após 34 anos de uma revolução por uma suposta liberdade, todos sabemos que nos encontramos reféns de um sistema que em pouco tempo se tornou caduco e decadente, levando Portugal ao caos em que se encontra, tanto a nível social, como económico, como político. Não podemos continuar a pactuar com interesses que arrastam o país para um lamaçal de corrupção, crime e insegurança, que tiram aos cidadãos a auto-estima e o orgulho de serem portugueses. Queremos lutar ao lado de todos os que também ambicionem por uma Europa livre e que não queiram ser escravos do euro e desta Europa federalista defensora dos interesses de alguns, e ao lado de quem se entenda contra a globalização desenfreada. Queremos uma nova Constituição da República para uma liberdade a sério, que defenda os valores duma democracia sustentável e que não seja apenas baluarte das mentiras dos políticos, espelhando cada vez mais o poder nas mãos de menos!

O que penso de:

MANUEL MONTEIRO

Um político ressabiado que não consegue libertar-se do passado.

PAULO PORTAS

Um político ressabido que não consegue libertar-se da ganância.

JOSÉ SÓCRATES

Pior que um cego, é o arrogante e prepotente que se recusa a ver.

LUÍS FILIPE MENEZES

Um homem que ambicionou uma grande nau, só conseguindo ampliar tormentas.

JERÓNIMO DE SOUSA

Um homem sério a gerir um império decadente.

FRANCISCO LOUÇÃ

A triste ilusão da esquerda.

(Publicado na Gazeta Popular em 11.01.2008)

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Ex-líder distrital do PND cria Partido da Liberdade

Com a devida vénia ao Diário de Aveiro
Susana Barbosa quer «partido de direita verdadeiramente novo»
A ex-líder distrital de Aveiro do Partido da Nova Democracia (PND) desfiliou-se deste movimento e anunciou a criação de um novo partido político: o Partido da Liberdade.
por Rui Cunha
Susana Barbosa, antiga coordenadora distrital de Aveiro do Partido da Nova Democracia (PND), pretende avançar com a criação de uma nova força política. O nome já foi escolhido - Partido da Liberdade (PL) - e a recolha das 7500 assinaturas necessárias para apresentação ao Tribunal Constitucional será iniciada este mês.
Susana Barbosa anunciou esta semana a sua desfiliação do PND, partido que ajudou a fundar juntamente com Manuel Monteiro, ex-presidente do CDS, preparando-se agora para «liderar um novo projecto político em Portugal».
A antiga dirigente distrital salienta as «divergências» verificadas com Manuel Monteiro ao longo dos cinco anos em que permaneceu na Nova Democracia e lembra que se chegou a perfilar como candidata à presidência do partido após a demissão do líder nacional, na sequência dos maus resultados obtidos nas últimas eleições autárquicas de Lisboa.
Susana Barbosa recorda que Manuel Monteiro «apelou ao surgimento de novas caras para a presidência», tendo angariado o apoio de «uma ala nacionalista do PND», que viria a ser expulsa pela actual direcção.
A antiga coordenadora distrital da Nova Democracia avalia que o partido de Manuel Monteiro «nunca foi capaz de provar na prática o que defende em teoria», não conseguindo «convencer os portugueses».
«Irei colocar em prática tudo o que não consegui que o PND fizesse a nível nacional» refere Susana Barbosa sobre o PL, sublinhando que a nova força política irá defender os «valores de direita».
«Os portugueses continuam a sentir a carência de um partido de direita verdadeiramente novo que acima de tudo consiga dar o exemplo em todos os seus passos desde a sua criação», afirma, acrescentando: «Existem hoje muitos cidadãos descontentes com o sistema que não se revêem em nenhum dos partidos existentes, e prova disso são os crescentes níveis de abstenção e o alheamento e descrédito da política». Susana Barbosa diz ainda que a democracia portuguesa se encontra «esvaziada e decadente», denunciando os «políticos viciados e oportunistas».
«É urgente que se criem alternativas sérias que não constituam meras alternâncias que só têm levado Portugal ao lamaçal do crime e da corrupção, da insegurança, do liberalismo desenfreado, e, por tudo isto, à falta de auto-estima dos portugueses» ajuíza.
Acrescenta que «Portugal chegou ao caos» e está «amarrado a um sistema preconceituoso e centralista», defendendo como «urgente» a elaboração de uma «nova Constituição da República».
A responsável realça que o PL será o primeiro em Portugal a ser liderado por uma mulher e a ter sede nacional em Aveiro, «capital da liberdade» e «longe da centralização e das luzes da ribalta e mais perto do país real».
Manuel Monteiro, citado pela Agência Lusa, afirmou apenas que «o direito de constituição de partidos é universal para qualquer cidadão», referindoque a saída de Susana Barbosa do PND «é tardia e corresponde ao sentimento da esmagadora maioria dos membros do partido, que não se identificavam com as suas tomadas de posição».
(artigo publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

quinta-feira, janeiro 10, 2008

PND: Opositora de Monteiro anuncia saída e formação de novo partido

Notícia com a devida vénia a:

RTP - NOTÍCIAS.rtp.pt
EXPRESSO
SOL

Diário Digital
Lusa


A fundadora do Partido da Nova Democracia Susana Barbosa anunciou hoje a sua desfiliação do PND e a constituição de uma nova formação política, o Partido da Liberdade.
Em comunicado, Susana Barbosa justificou a sua saída do PND com a «expulsão da ala nacionalista que a apoiava» na sua candidatura à liderança contra a actual direcção, da qual era crítica.
Assegurando que ainda este mês vai começar a recolher as 7.500 assinaturas necessárias para registar no Tribunal Constitucional o novo partido, Susana Barbosa afirmou que «os portugueses continuam a sentir a carência de um partido de direita verdadeiramente novo».
Entre as bandeiras do novo partido, que terá sede em Aveiro, estarão a defesa de uma nova Constituição, de «valores patrióticos» e a rejeição «desta Europa federalista e dos interesses dos mais ricos».
Em relação ao partido que abandonou formalmente, Susana Barbosa referiu que «o PND nunca foi capaz de provar na prática o que defende em teoria, o que o torna um partido frágil que não consegue convencer os portugueses».
O presidente demissionário do PND, Manuel Monteiro, afirmou apenas que «o direito de constituição de partidos é universal para qualquer cidadão» e referiu que a saída de Susana Barbosa do PND «é tardia e corresponde ao sentimento da esmagadora maioria dos membros do partido, que não se identificavam com as suas tomadas de posição».
Questionado sobre uma eventual fractura no PND devido à saída de Susana Barbosa e a constituição de um novo partido, Manuel Monteiro garantiu não ter «nada a recear».

Cisão na Nova Democracia

Com a devida vénia ao Jornal de Notícias
A fundadora do Partido da Nova Democracia Susana Barbosa anunciou ontem a sua desfiliação do PND e a constituição de uma nova formação política, o Partido da Liberdade.
Em comunicado, Susana Barbosa justificou a sua saída do PND com a "expulsão da ala nacionalista que a apoiava" na sua candidatura à liderança contra a actual direcção. Assegurando que ainda este mês vai começar a recolher as 7.500 assinaturas necessárias para registar no Tribunal Constitucional o novo partido, Susana Barbosa afirmou que "os portugueses continuam a sentir a carência de um partido de direita verdadeiramente novo"
Entre as bandeiras do novo partido, que terá sede em Aveiro, estarão a defesa de uma nova Constituição, de "valores patrióticos" e a rejeição "desta Europa federalista e dos interesses dos mais ricos".
Em relação ao partido que abandonou formalmente, Susana Barbosa referiu que "o PND nunca foi capaz de provar na prática o que defende em teoria, o que o torna um partido frágil que não consegue convencer os portugueses". O líder do PND, Manuel Monteiro, reagiu dizendo apenas que "o direito de constituição de partidos é universal para qualquer cidadão".

Susana Barbosa quer criar Partido da Liberdade

Com a devida vénia à Rádio Terra Nova

Susana Barbosa iniciou já o processo para a criação do Partido da Liberdade.

Após um período de reflexão, Susana Barbosa desfiliou-se do Partido da Nova Democracia (PND) para liderar este novo projecto político em Portugal.

Ainda durante este mês de Janeiro, dará início à recolha das 7500 assinaturas necessárias à inscrição do novo partido no Tribunal Constitucional.

Susana Barbosa, fundadora do PND, manteve-se durante os cerca de cinco anos da sua existência, em todas as direcções nacionais do partido, e simultaneamente, como coordenadora distrital de Aveiro.

O Partido da Liberdade será o primeiro liderado por uma mulher. Terá a sua sede nacional em Aveiro.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Susana Barbosa avança com um novo projecto, o Partido da Liberdade

Comunicado
Após um período de reflexão, Susana Barbosa, desfiliou-se do partido da Nova Democracia (PND), para liderar um novo projecto político em Portugal. Ainda durante este mês de Janeiro, dará início à recolha das 7500 assinaturas necessárias à inscrição de um novo partido no Tribunal Constitucional, o Partido da Liberdade (PL).

Susana Barbosa, fundadora do PND, no qual se manteve durante os cerca de cinco anos da sua existência em todas as direcções nacionais do partido, e simultaneamente como Coordenadora Distrital de Aveiro, permaneceu ao longo destes anos ao lado de Manuel Monteiro, sempre evidenciando de forma clara as suas divergências e os seus diferentes pontos de vista do líder do partido.

Após a demissão de Manuel Monteiro da liderança do PND, na decorrência dos maus resultados obtidos nas últimas eleições autárquicas de Lisboa, o mesmo apelou ao surgimento de novas caras para a presidência e Susana Barbosa apresentou a sua candidatura à liderança do partido, sendo apoiada entre outros, por uma ala nacionalista do PND.

Susana Barbosa, apresentou a demissão de todos os cargos que mantinha no PND, a fim de se dedicar exclusivamente à sua candidatura contra a actual liderança, mas a expulsão da ala nacionalista que a apoiava, por parte da actual direcção do partido, levou a candidata a reflectir se valeria a pena continuar a lutar por um partido político com o qual cada vez menos se identificava.

«Partido da Liberdade», é agora o projecto político que Susana Barbosa vai apresentar aos portugueses afirmando que «irei colocar em prática tudo o que não consegui que o PND fizesse a nível nacional, durante a sua existência».

Susana Barbosa, que sempre se mostrou convicta dos princípios que em teoria o PND assumiu, principalmente após o II Congresso realizado em Aveiro, onde ficou defendido um rumo inequívoco para o partido apoiado nos valores da direita, afirma que «o PND nunca foi capaz de provar na prática o que defende em teoria, o que o torna um partido frágil que não consegue convencer os portugueses».

Para Susana Barbosa, os portugueses continuam a sentir a carência de um partido de direita «verdadeiramente novo» que acima de tudo consiga «dar o exemplo» em todos os seus passos desde a sua criação. Afirma ainda que «existem hoje muitos cidadãos descontentes do sistema, que não se revêem em nenhum dos partidos existentes, e prova disso são os crescentes níveis de abstenção e o alheamento e descrédito da política, tornando uma democracia que em Portugal ainda é jovem, esvaziada e decadente, feita por políticos viciados e oportunistas. É urgente que se criem alternativas sérias, que não constituam meras alternâncias que só têm levado Portugal ao lamaçal do crime e da corrupção, da insegurança, do desemprego, do liberalismo desenfreado, e por tudo isto, à falta de auto-estima dos portugueses».

O Partido da Liberdade, será o primeiro no nosso país a ser liderado por uma mulher, o primeiro que terá a sua sede nacional em Aveiro que representa pelo seu passado político a capital da liberdade, longe da centralização e das luzes da ribalta, e mais perto do país real no seu todo e dos seus problemas, de encontro ao diálogo directo com toda a população.

Susana Barbosa diz ainda que «passados 34 anos de uma revolução por uma suposta liberdade, Portugal chegou ao caos, e está hoje amarrado a um sistema preconceituoso e centralista de tal forma, que se torna urgente lutar por uma nova liberdade, por uma nova Constituição da República, pela recuperação dos princípios perdidos que importa preservar, e pela afirmação de um país com valores patrióticos e fraternos, assentes na independência nacional, nas nossas raízes, na nossa cultura, no trabalho, no reconhecimento e no mérito, na saúde, na segurança e na justiça, livre da escravidão desta Europa federalista e dos interesses dos mais ricos e consciente da sua universalidade, mas negando uma globalização desenfreada», e remata afirmando, «só seremos verdadeiramente livres se formos responsáveis por essa liberdade e esta forma de estar é antagónica à arrogância, à prepotência, à libertinagem e aos liberalismos com que hoje somos obrigados a conviver em Portugal».

Aveiro, 9 de Janeiro de 2008

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Em 2008

Aqui declaro que não tem fronteiras.
Filho da sua pátria e do seu povo,
A mensagem que traz é um grito novo,
Um metro de medir coisas inteiras.
Redonda e quente como um grande abraço
De pólo a pólo, a sua humanidade,
Tendo raízes e localidade,
É um sonho aberto que saiu do laço.
Vento da primavera que semeia
Nas montanhas, nos campos e na areia
A mesma lúdica semente,
Se parasse de medo no caminho,
Também parava a vela do moinho
Que mói depois o pão de toda a gente.


Miguel Torga