Ex-líder distrital do PND cria Partido da Liberdade
Com a devida vénia ao Diário de Aveiro
Susana Barbosa quer «partido de direita verdadeiramente novo»
A ex-líder distrital de Aveiro do Partido da Nova Democracia (PND) desfiliou-se deste movimento e anunciou a criação de um novo partido político: o Partido da Liberdade.
por Rui Cunha
Susana Barbosa, antiga coordenadora distrital de Aveiro do Partido da Nova Democracia (PND), pretende avançar com a criação de uma nova força política. O nome já foi escolhido - Partido da Liberdade (PL) - e a recolha das 7500 assinaturas necessárias para apresentação ao Tribunal Constitucional será iniciada este mês.
Susana Barbosa anunciou esta semana a sua desfiliação do PND, partido que ajudou a fundar juntamente com Manuel Monteiro, ex-presidente do CDS, preparando-se agora para «liderar um novo projecto político em Portugal».
A antiga dirigente distrital salienta as «divergências» verificadas com Manuel Monteiro ao longo dos cinco anos em que permaneceu na Nova Democracia e lembra que se chegou a perfilar como candidata à presidência do partido após a demissão do líder nacional, na sequência dos maus resultados obtidos nas últimas eleições autárquicas de Lisboa.
Susana Barbosa recorda que Manuel Monteiro «apelou ao surgimento de novas caras para a presidência», tendo angariado o apoio de «uma ala nacionalista do PND», que viria a ser expulsa pela actual direcção.
A antiga coordenadora distrital da Nova Democracia avalia que o partido de Manuel Monteiro «nunca foi capaz de provar na prática o que defende em teoria», não conseguindo «convencer os portugueses».
«Irei colocar em prática tudo o que não consegui que o PND fizesse a nível nacional» refere Susana Barbosa sobre o PL, sublinhando que a nova força política irá defender os «valores de direita».
«Os portugueses continuam a sentir a carência de um partido de direita verdadeiramente novo que acima de tudo consiga dar o exemplo em todos os seus passos desde a sua criação», afirma, acrescentando: «Existem hoje muitos cidadãos descontentes com o sistema que não se revêem em nenhum dos partidos existentes, e prova disso são os crescentes níveis de abstenção e o alheamento e descrédito da política». Susana Barbosa diz ainda que a democracia portuguesa se encontra «esvaziada e decadente», denunciando os «políticos viciados e oportunistas».
«É urgente que se criem alternativas sérias que não constituam meras alternâncias que só têm levado Portugal ao lamaçal do crime e da corrupção, da insegurança, do liberalismo desenfreado, e, por tudo isto, à falta de auto-estima dos portugueses» ajuíza.
Acrescenta que «Portugal chegou ao caos» e está «amarrado a um sistema preconceituoso e centralista», defendendo como «urgente» a elaboração de uma «nova Constituição da República».
A responsável realça que o PL será o primeiro em Portugal a ser liderado por uma mulher e a ter sede nacional em Aveiro, «capital da liberdade» e «longe da centralização e das luzes da ribalta e mais perto do país real».
Manuel Monteiro, citado pela Agência Lusa, afirmou apenas que «o direito de constituição de partidos é universal para qualquer cidadão», referindoque a saída de Susana Barbosa do PND «é tardia e corresponde ao sentimento da esmagadora maioria dos membros do partido, que não se identificavam com as suas tomadas de posição».
(artigo publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)
7 Comments:
Viva.
Pelos visto voltou a democracia e a liberdade a esta sua casa.
Já me questionava do motivo de tamanha censura a estes seus modestos convidados.
Bom... vivemos num país livre, em que o direito à opinião, expressão e convicções ainda vai sendo possível.
Portanto, resta-me desejar-lhe as maiores felicidades nesta sua nova campanha.
Mas não se esqueça dos 5000 mil.
Cumprimentos
Pelos vistos, não poderemos mesmo nunca mais esquecer Miguel!
Quanto aos comentários, de repente esta casa foi invadida por anónimos desbocados e grosseiros, enfim... nesta altura infelizmente seria de se esperar... espero que tenham desistido, caso contrário serei obrigada a activar a moderação de comentários por aqui, uma casa que como sabe sempre prezou pela democracia e pela liberdade!
Olá Susaninha:
Li a notícia no Diário de Aveiro. Sei que é desgastante contrariar o desígnio que muitos nos querem impor.
O tempo que vivemos é o das pessoas procurarem os caminhos mais fáceis para se imporem, despindo-se a maioria das vezes da própria personalidade e carácter.
Isso é fácil para uns, para outros, é muito difícil ou mesmo impossível, já que os preservam como a própria vida.
Essa é talvez mais uma diferença que há entre o “Ter” e o “Ser”.
E não compartilhando como certamente já se apercebeu da doutrina e caminhos que procura para si e para os outros que sei estar convicta de serem os melhores, estimo-a e respeito o seu modo de pensar.
Sento-me com gosto à sua “mesa” onde nestas conversas e pensamentos, vou absorvendo e aprendendo o modo como vê o mundo.
Somos eternos Aprendizes e andamos toda a vida a aprender uns com os outros.
Quando "partimos" nunca ninguém deixa grande legado, mas pelo menos, fica muito caminho já desbravado.
Estava muito linda na fotografia.:)
Beijinho Susana e Felicidades.
a coragem da ruptura. bjo.
http://nacionalistaslivres.blogspot.com/2008/01/comunicado-ainda-outra-capitulao-o.html
Boa semana, bom trabalho, um beijinho Susana.
Vá em frente.
Boa sorte.
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