sexta-feira, novembro 30, 2007

Carta ao Ministro da Administração Interna

Aqui publico carta enviada ontem ao Sr. Ministro da Administração Interna, solicitando esclarecimentos sobre a veracidade e legitimidade das alegadas informações prestadas por elementos ligados ao Serviço de Informações de Segurança (SIS), ao Dr. Manuel Monteiro, sobre a entrada de militantes "considerados perigosos" no seio do PND, de elementos provenientes do Partido Nacional Renovador (PNR):

Aveiro, 29 de Novembro de 2007

Excelentíssimo Senhor Ministro da Administração Interna

Como militante fundadora do Partido da Nova Democracia (PND) fui surpreendida com uma notícia publicada no Diário de Notícias de 26 do corrente, na qual se afirmava que o Serviço de Informações e Segurança (SIS) prestou informações ao Dr. Manuel Monteiro acerca de "elementos perigosos" que estariam a inscrever-se no PND.


Acontece que para além de militante fundadora, sou candidata à liderança deste partido, pelo que são para mim, como aliás para qualquer cidadão de um Portugal Democrático, altamente preocupantes as notícias de actividades promíscuas entre uma Direcção partidária e um serviço de informações do Estado.

Como não vivemos num Estalinismo saloio, a lei, e bem, veda expressamente ao denominado SIS, a ingerência no tipo de actividades denunciadas.

No entanto, não tendo o Dr. Manuel Monteiro, beneficiário das eventuais informações ilícitas, desmentido cabalmente tais acções, dirijo-me a Vossa Excelência como Ministro da tutela pedindo um esclarecimento que reponha a verdade e a dignidade dos serviços atingidos pela notícia, e em consequência do PND.

Aproveito para apresentar os meus melhores cumprimentos,

Susana Barbosa

A Extinção do PND?

Com a devida vénia ao Diário de Aveiro

Ver texto neste blog no dia 28 de Novembro, hoje publicado na íntegra no jornal Diário de Aveiro

Expulsão de Luísa Mesquita

A versão do PCP, aqui : PCP acusa Luísa Mesquita de mentir

A versão de Luísa Mesquita, aqui : Luísa Mesquita acusa PCP de mentir

ASSIM VAI A DEMOCRACIA EM PORTUGAL...

quinta-feira, novembro 29, 2007

Diário de Notícias

Manuel Monteiro desafiado a provar existência de extremistas no PND
A ex-líder distrital de Aveiro do Partido da Nova Democracia (PND) só apoia expulsões de militantes ligados à extrema-direita com "provas".
Uma tomada de posição assumida por Susana Barbosa, fundadora do PND e candidata anunciada à direcção nacional, na sequência da notícia avançada pelo DN na segunda-feira, segundo a qual o presidente demissionário, Manuel Monteiro, foi avisado pelo Serviço de Informações de Segurança (SIS) da existên- cia no partido de activistas ligados à extrema-direita, nomeadamente do Partido Nacional Renovador (PNR).
Susana Barbosa atribui "o alarmismo" gerado por Monteiro a uma "ganância desmedida de cavalgar na comunicação social à custa dos nacionalistas" que admite serem "uma parte" dos seus apoiantes. "São moderados e democratas, nada têm a ver com a extrema-direita", garantiu. Monteiro convocou uma reunião para sábado, em Aveiro, para analisar os processos de militantes em causa.
- J.A.

Na Rádio

Aveiro: Susana Barbosa admite expulsões no PND se Manuel Monteiro provar presença de militantes xenófobos e racistas.

Continua instalada a confusão no PND e nas relações entre os líderes nacional e distrital de Aveiro. Susana Barbosa vem afirmar que Manuel Monteiro elege como inimigos todos os que não estão do seu lado. A candidata à liderança nacional assume que vai tentar criar condições para receber todos os militantes de todas as tendências e mostra-se desagradada com a marcação da reunião da direcção nacional do PND para Sábado em Aveiro. Susana Barbosa diz que o partido quer expulsar militantes conotados com radicalismos ou extremismos. Vai mais longe e garante que se Manuel Monteiro apresentar provas de que são militantes xenófobos e racistas apoiará as ditas expulsões.

Entretanto, o ex-coordenador distrital da Juventude do PND/Aveiro, Rui Pires da Silva, "retirou qualquer confiança política à candidata". Depois de ter declarado apoio a Susana Barbosa fez "marcha-atrás" e decidiu apoiar Manuel Monteiro.

Notícia

PND: Candidata a líder acusa Monteiro de usar os nacionalistas para ser noticiado
A candidata à liderança do Partido da Nova Democracia (PND) Susana Barbosa acusou hoje Manuel Monteiro de não fazer nada pelo partido, sendo apenas movido por uma «ganância desmedida de cavalgar na comunicação social à custa dos nacionalistas».

Para Susana Barbosa, Manuel Monteiro prefere vitimizar-se, dizendo desconhecer as intenções dos indivíduos que transitaram do Partido Nacional Renovador (PNR) para o PND, para assim despertar o interesse da comunicação social, «já que por mérito próprio, o partido nada tem feito, nem nada tem contribuído de válido para o país, para que seja noticiado», defende em comunicado a candidata à liderança do PND.

Para além de criticar aquilo que considera ser apenas uma estratégia de Monteiro para aparecer na comunicação social, Susana Barbosa diz ainda que o presidente do PND não se pode esquecer que também ele conta com o apoio de nacionalistas.

«Tudo isto não passa de uma farsa, porque eu não tenho mais apoiantes que tenham vindo do PNR, do que o próprio Manuel Monteiro. E de resto foi o presidente demissionário do PND que os admitiu no partido e inclusivamente que os nomeou para cargos de chefia», denuncia Susana Barbosa, em comunicado.

«Foi assim com Emanuel Guerreiro, a quem Manuel Monteiro abriu as portas do PND, e nomeou para coordenador das Novas Gerações em Lisboa. Foi assim com Rui Pinheiro que também vindo do PNR, foi admitido e nomeado para coordenador das Novas Gerações do Porto», exemplifica Susana Barbosa.

No entanto, a candidata a líder do PND considera que sem provas, os militantes acusados por Manuel Monteiro de racismo e xenofobia não deverão ser expulsos do partido.

Caso o sejam, Monteiro terá que expulsar também «um dos últimos pilares do partido, o Sr. presidente do Conselho Geral e presidente do Congresso, Dr. Luís Teixeira e Melo», conhecido por ser monárquico e «nacionalista por convicção».

IZM.
Lusa/Fim

quarta-feira, novembro 28, 2007

A Extinção do PND?

Se Manuel Monteiro tivesse hoje um «pingo» de credibilidade política neste país, já teria constituído matéria para «tema de abertura» em todos os telejornais. Como todos sabemos que isso não acontece, o mais que ele conseguiu, foi arrasar com o que resta do seu capital político, e pior do que isso, arrasar consigo o Partido da Nova Democracia (PND), do qual também sou fundadora e candidata à sua liderança, e este ponto é o que realmente me incomoda.

Manuel Monteiro, perante os péssimos resultados das últimas eleições autárquicas de Lisboa, num dos seus únicos laivos de lucidez política neste partido, demitiu-se de presidente da direcção do PND, apelando ao aparecimento no partido de caras novas, ao que eu respondi face ao vazio de poder, com a minha candidatura. Desde então, o «eterno presidente demissionário», Manuel Monteiro, num malabarismo político de baixíssimo nível, não deixa de fazer cair máscara sobre máscara, evidenciando que os seus famosos «trinta anos» de política, mais não serviram do que para o tornar um ressabiado político de «antigos ódios», e como se tal não bastasse, um gerador de presentes e futuros «novos ódios políticos», o que efectivamente torna pesada e penosa a carreira de qualquer um.

Em primeiro lugar, fez guerra aberta aos nacionalistas dentro do partido que como é sabido constituem uma parte dos apoiantes à minha candidatura. Em segundo lugar, não satisfeito com a ameaça, após o Conselho Geral do PND em Guimarães, em que sentiu pela primeira vez na história do partido, uma oposição de 24% dos conselheiros, foi para os meios de comunicação social, afirmar que o PND tinha sido invadido por xenófobos e racistas. Ainda não satisfeito com os resultados obtidos, entrou em derrapagem total, numa lógica política de «mato já, ou deixo-me morrer», afirmando que os extremistas e os radicais pretendiam «tomar de assalto» a Nova Democracia, e que a sua oposição partidária estava «estrategicamente organizada» contra ele, como se de uma «máfia» se tratasse. O próximo passo, já o avisou publicamente, será a expulsão de todos os que evidenciem tendências políticas não conciliáveis com os princípios do PND, o que infelizmente para a democracia, quer apenas dizer que será a expulsão de todos os que «se não estão comigo, estão contra mim».

Compreendo o desespero político de Manuel Monteiro, que luta pela sua sobrevivência política, o que já não posso compreender são os meios que ele utiliza para este processo político-administrativo da eliminação da oposição. O recurso sistemático a «cabalas», para desviar a atenção do que realmente está mal, não fica bem a nenhum político, quanto mais, quando no seio do PND já se chega ao ponto das «mentiras» e do insulto pessoal permanente, num ambiente tenebroso, intimidatório e de atitudes inquisitórias e de discriminação, onde se «divide para reinar», e o recurso à censura voltou a ser, trinta e três anos após a «revolução dos cravos», uma realidade.

Ora perante tal cenário, como fundadora do PND e candidata à liderança do que restar, se restar, deste partido fragmentado, resta-me lutar para que Manuel Monteiro não leve mesmo este caminho à extinção de um projecto, que em teoria é emergente a Portugal, e tudo farei para o salvaguardar de «injustiças» sejam elas contra os nacionalistas, contra a juventude, ou contra qualquer dirigente ou militante em particular. Se queremos salvar o nosso partido, tem de haver lugar à harmonia, ao diálogo, à conciliação das diferenças, e à união de todos aqueles que ainda não deixaram de lutar, pertencendo estes à actual direcção demissionária ou à oposição existente, ou ainda a outras que poderão vir a surgir como alternativa até ao próximo Congresso, em suma a todos os militantes.

Sou uma mulher tolerante mas lutadora, que ajudei a fundar este partido, acreditando na altura, que Manuel Monteiro ainda poderia dar a cara a este projecto, como um dos últimos políticos com credibilidade que passou pelo sistema. Infelizmente, cedo me desiludi, pois logo após o Congresso Fundador realizado há quatro anos, quando verifiquei que nada do que defendíamos em teoria, se colocava em prática no nosso partido, e já nessa altura me demiti da direcção para que fui eleita, vindo meio ano depois a ser nomeada pelo próprio Manuel Monteiro, na Junta de Freguesia da Vera Cruz de Aveiro, para o cargo de Coordenadora Distrital.

Apesar de todas as divergências políticas, que ao longo dos anos fui tendo com Manuel Monteiro e com todas as direcções «alegóricas» que foi constituindo durante este tempo, sempre dei o meu melhor ao PND a nível nacional e em particular ao distrito de Aveiro, ao qual me dediquei incondicionalmente. Fiz parte da segunda e terceira direcções do partido por inerência do cargo de Coordenadora Distrital de Aveiro, para o qual fui eleita por duas vezes. Travei lutas dentro do partido como a criação de estatutos para os Círculos Eleitorais e para a Juventude, que a muito custo consegui implementar, e pude ter o orgulho de organizar o II Congresso Nacional do PND em Aveiro, onde vi aprovado o rumo de um partido que se afirmou então pela «não esquerda socialista» e como uma «verdadeira direita».

O rumo apontado neste Congresso de Aveiro, nunca foi na verdade colocado em prática, e as consecutivas faltas de estratégia política, foram fazendo do PND um partido cada vez mais frágil, e sem vitórias políticas. Manuel Monteiro que permaneceu na sede nacional do Porto durante dois anos, e está agora há cerca de dois anos em Lisboa, deixou cair os dois principais Círculos Eleitorais por onde passou, e viu encerrar a primeira sede nacional, constituída no Porto, nunca conseguindo triunfar no PND.

Graças à falta de verdade política dos objectivos, Manuel Monteiro conseguiu sempre baralhar o eleitorado que ainda hoje o confunde com o CDS/PP. Pudera… nas eleições às presidenciais, levou o PND a apoiar Cavaco Silva, e «eu fui contra». No referendo ao aborto, levou o partido a votar “NIM”, e «eu fui contra». Ora cada um recolhe os frutos que semeia, e Manuel Monteiro nada colhe porque não semeia ideologia nem os princípios que em teoria o partido defende. Talvez isso aconteça porque na verdade, poucos o sabem, mas os principais textos e o programa político do PND, não tiveram uma prestação determinante de Manuel Monteiro. Têm portanto razão, todos aqueles que afirmam politicamente, que em relação ao nosso presidente demissionário, existe sempre «um Criador para lá da criatura».

Não admito pois, ser conotada de «marioneta» de ninguém, a não ser de mim própria. E se durante muito tempo ergui uma voz isolada para dizer «não», hoje sou apoiada por muitas outras vozes que todos os dias crescem à minha volta para dizer «basta», ainda que a todo o custo, o «sistema» dentro de um partido que se diz democrata e liberal nos queira «abafar», no seu conceito mais retrógrado de «nada democrata» e liberalista, sem saber viver em «verdadeira liberdade». Sempre tive as minhas convicções e a minha ideia de um partido novo, que fosse de encontro aos interesses e às oportunidades de Portugal, e não de encontro ao oportunismo de alguns.

Por conseguinte, continuo a lutar pelo partido em que acredito, que está lá nos nossos princípios e no nosso programa político, mas que não se cumpre na prática dos nossos desideratos. Defendo os homens pelas suas acções, e tudo o resto é demagogia. Ao contrário de Manuel Monteiro, que meses após a inauguração da sede de Aveiro, só correu para cá, logo após a minha demissão, a «bater à porta» dos meus apoiantes, para pedir auxílio. Apoiantes estes de quem ele nunca quis saber, e que ao contrário do que ele proclama, não são xenófobos nem racistas. Mandou «recados» e «falsos sorrisos», mas todos lhe bateram com a porta. De mais do mesmo está o país cansado!

Esta semana, logo após a minha demissão, Manuel Monteiro anunciou uma urgente reunião da Direcção Nacional do PND, a realizar curiosamente onde? Na sede distrital de Aveiro, e refira-se, a única sede distrital do país. Cerca de «nove meses» depois da última reunião da Direcção Nacional, não tendo regressado jamais a esta sede, depois do dia da sua inauguração, vem a Aveiro, fazer o quê? Apresentar finalmente uma nova estratégia para o partido? Debater um novo rumo a seguir e uma organização? Apresentar novos projectos? NÃO, vem apenas tratar da expulsão dos «ditos infiltrados, radicais e extremistas» que entraram ou estão para entrar no PND.

Tudo isto não passa de uma farsa, porque eu não tenho mais apoiantes que tenham vindo do PNR, do que o próprio Manuel Monteiro. E de resto foi o presidente demissionário do PND que os admitiu no partido e inclusivamente que os nomeou para
cargos de chefia. Foi assim com Emanuel Guerreiro, a quem Manuel Monteiro abriu as portas do PND, e nomeou para coordenador das Novas Gerações em Lisboa. Foi assim com Rui Pinheiro que também vindo do PNR, foi admitido e nomeado para coordenador das Novas Gerações do Porto. Foi assim com Manuel Brás, fundador do PNR, a quem Manuel Monteiro admitiu e convidou particularmente para a sua lista do PND às autárquicas à Câmara de Lisboa. Foi assim com David Araújo, também fundador do PNR, e admitido por Manuel Monteiro no PND. Será assim com todos os outros que venham a ser admitidos no nosso partido, porque como é do conhecimento geral, não cabe à Susana Barbosa, admitir ou expulsar quem quer que seja neste partido.

Mas afinal, o «alarmismo» gerado por Manuel Monteiro vitimando-se de ser invadido por elementos que vieram de outros lados, que para ele são desprezíveis, mais não se deve do que à sua própria distracção? Se eles cá estão, é porque vieram a fugir precisamente dos xenófobos e dos racistas, e ainda mais, é porque o PND os admitiu, e ponto final.

SE NA VERDADADE MANUEL MONTEIRO É QUE AGORA MUDOU DE OPINIÃO, AVISADO PELO DITO «SIS», E SE ELEMENTOS QUE PROMOVEU, PASSARAM A SER XENÓFOBOS E RACISTAS, QUE O CONSTATE COM PROVAS, QUE SEREI EU A PRIMEIRA A APOIAR AS DITAS EXPULSÕES!

De resto, tudo o mais é «alegórico», numa ganância desmedida de cavalgar na comunicação social à custa dos nacionalistas, já que por mérito próprio, este partido nada tem feito, nem nada tem contribuído de válido para o país, para que seja noticiado.

Aqui por Aveiro, Sr. Dr. Manuel Monteiro, como as pessoas de bom senso tão bem sabem, não há «gangs», nem «máfias» que apoiem a Susana Barbosa, que agora até se encontra despojada de cargos e da Sede Distrital. Por aqui, continuam a existir pessoas de bem, que se encontram para construir partido, e muitas outras do seio do PND, que vêm de norte a sul do país ao nosso encontro, dar-nos a sua solidariedade e o seu apoio para juntos lutarmos por um partido mais digno. E acredite que cada vez são mais!

Infelizmente os erros do passado e a história de Manuel Monteiro, repetem-se por Aveiro. Enquanto líder do CDS/PP e depois como líder do PND, sempre menosprezou por aqui aqueles que trabalham. E ter «esta atitude» paga-se caro. Já lhe custou a saída de CDS/PP, será que lhe irá custar a sua saída do PND? E agora que regressa a Aveiro, à cidade da liberdade, à sede que eu mesma construí, para lá assinar cartas de «expulsões» a todos os nacionalistas admitidos, deixo-lhe apenas um «alerta», para tanto, não se esqueça de assinar, também, a carta de expulsão de um dos últimos pilares deste partido, o Sr. presidente do Conselho Geral e presidente do Congresso, Dr. Luís Teixeira e Melo, que todos conhecemos monárquico e nacionalista por convicção.

Susana Barbosa
Fundadora do Partido da Nova Democracia

sábado, novembro 24, 2007

Caminhando no Outono

quinta-feira, novembro 22, 2007

Assalto à Nova Democracia

Com a devida vénia à revista SÁBADO
...
A finalizar a peça, o jornalista Jaime Martins Alberto, escreve:
«Seja como for, uma coisa é certa: a guerra vai continuar. E a solução não é certamente o repto que Manuel Monteiro, fundador e principal ideólogo do partido, deixa através da SÁBADO aos seus opositores: "Não os queremos cá. Eles que vão para o CDS. O Paulo Portas de certeza que os receberá de braços abertos".»
Quanta estratégia política!!! Quanto desespero... Tantos ódios, para quê?
Susana Barbosa

do Diário de Aveiro

Ex-dirigente confirma candidatura à presidência de Manuel Monteiro

Susana Barbosa abandona liderança do PND/Aveiro

Com a devida vénia ao
Diário de Aveiro

A coordenadora distrital de Aveiro do Partido da Nova Democracia (PND), Susana Barbosa, demitiu-se deste cargo e confirmou a sua candidatura à liderança do partido.

Susana Barbosa apresentou a sua demissão do cargo de coordenadora distrital de Aveiro do Partido da Nova Democracia (PND) e confirmou a sua candidatura à liderança nacional, actualmente exercida por Manuel Monteiro.

Depois de no último Conselho Geral do PND ter votado a favor de uma proposta de demissão da equipa liderada por Monteiro, a antiga dirigente entende que «não é politicamente coerente continuar a fazer parte da mesma direcção e simultaneamente continuar a fazer oposição».

Susana Barbosa demitiu-se também do Conselho Político, por se tratar de «mais um órgão inoperante do partido».

«Desta forma fico com total liberdade para manifestar as minhas opiniões e para constituir uma oposição clara à actual direcção nacional, uma vez que não posso pactuar com uma direcção que tem um presidente permanentemente demissionário e que, por incompetência, aceita ser apoiada por comissões, demonstrando assim a sua própria incapacidade de levar por diante o rumo do PND» afirma Susana Barbosa. A responsável afirma-se ainda vítima de uma tentativa de «assassinato político» por parte de Manuel Monteiro e acusa o dirigente nacional de procurar a «eliminação da oposição» interna.

A ex-líder distrital acusa a direcção de Manuel Monteiro de seguir uma «prática política inaceitável». «Só aceitarei responsabilidades no PND quando efectivamente sentir que há lugar à mudança para uma política séria, transparente e sem ziguezagues que levam à falta de credibilidade da política e dos políticos em Portugal», acrescentou.

A antiga dirigente diz ainda que a distrital de Aveiro «terá que assumir a responsabilidade de ter pactuado com os intentos» de Manuel Monteiro e conclui que existem militantes «muito interessados» na sua sucessão, herdando «o fruto de um trabalho incansável de anos» de que é exemplo «a única sede distrital do país» e «uma marca de intervenção na sociedade política aveirense por todos reconhecida».

quarta-feira, novembro 21, 2007

Notícia da Lusa

PND: Líder distrital de Aveiro acusa Monteiro de ter perdido credibilidade

Lisboa, 19 Nov. (Lusa) – A dirigente do PND Susana Barbosa anunciou hoje a sua demissão da distrital de Aveiro e reafirmou a sua candidatura à sucessão de Manuel Monteiro, acusando o líder demissionário de ter perdido "completamente" a credibilidade.
"Não é politicamente coerente continuar a fazer parte da mesma Direcção, e simultaneamente continuar a fazer oposição, uma vez que como Coordenadora Distrital eleita pertenço por inerência à Direcção Nacional do Partido da Nova Democracia", declarou Susana Barbosa, em comunicado.
"O Dr. Manuel Monteiro perdeu totalmente a sua credibilidade, com muita pena minha, porque já foi um grande dirigente partidário", declarou hoje à Lusa Susana Barbosa.
No passado dia 10 de Novembro, no último Conselho Geral do partido, Susana Barbosa votou favoravelmente uma proposta de demissão da actual direcção do partido, um documento que contou com o apoio de 24 por cento dos conselheiros, entre os quais se encontravam alguns militantes nacionalistas que terão abandonado recentemente o Partido Nacional Renovador (PNR).
A dirigente da Nova Democracia fez também questão de realçar que o PND, ao longo da sua curta existência, conheceu apenas um líder porque "jamais alguém tinha confrontado Manuel Monteiro", até porque as votações são feitas de braço no ar, o que alegadamente pode constranger os militantes.
"Quero ser uma alternativa para ir para a frente e não para destruir o partido, como tem vindo a acontecer", explicou a dirigente do PND, acusando Manuel Monteiro de estar a "fragilizar" o partido, não clarificando o seu futuro, mantendo assim "uma situação que se tem degradado de semana para semana".
Por outro lado, Susana Barbosa critica ainda a prática política da actual Direcção Nacional do PND, que considera ser "inaceitável", nomeadamente pelo que se passou no último Conselho Geral do partido, onde alguns militantes convocados não puderam votar, por alegadamente as suas fichas de inscrição se encontrarem ainda a ser avaliadas.
"Até hoje não sei porque é que não deixaram estes militantes votar, eles foram eleitos conselheiros gerais do partido em Aveiro e chegaram mesmo a ser convocados para o Conselho Geral por e-mail, como acontece com todos os outros militantes", argumentou Susana Barbosa, acrescentando que esta situação "demonstra um processo eleitoral ridículo"
Susana Barbosa explicou à Lusa que o PND é cada vez mais um "partido fantasma, onde não há opiniões nem reuniões há mais de um ano", situação que é, aliás, extensível ao Conselho Político da Nova Democracia, que na opinião da candidata é apenas "mais um órgão inoperante do partido"
Para a candidata à liderança do PND, a responsabilidade pela inoperância do partido pertence a Manuel Monteiro, um "presidente permanentemente demissionário", que acusa de estar a criar uma série de ambiguidades no partido, dando como exemplo a marcação do congresso da Nova Democracia.
"O Dr. Manuel Monteiro adiou o congresso e agora não o marca, diz que será para meados do ano que vem, mas não dá certezas de nada. É tudo ambíguo e continuamos nesta ambiguidade interminável", argumentou Susana Barbosa.
A líder demissionária da distrital de Aveiro, por sua vez, quer ir para a rua fazer campanha "isenta de cargos" e com "total liberdade" para manifestar as suas opiniões, constituindo assim "uma oposição clara à actual Direcção Nacional"."Pretendo um partido novo, que não deva nada ao poder nem ao sistema", concluiu Susana Barbosa.
A Lusa tentou por diversas vezes entrar em contacto com Manuel Monteiro, líder demissionário do PND, mas tal não foi possível.
IZM.
Lusa/Fim

segunda-feira, novembro 19, 2007

Notícia

Nova Democracia
Líder distrital de Aveiro demite-se
Com a devida vénia ao SOL
Por Pedro Guerreiro

Susana Barbosa demitiu-se da coordenação distrital do PND de Aveiro e reafirma a candidatura ao lugar de Manuel Monteiro, agora acusado de racismo pelos militantes nacionalistas.
A coordenadora distrital de Aveiro apresentou formalmente o seu pedido de demissão a Manuel Monteiro, actual líder do Partido da Nova Democracia.
«Não posso pactuar com uma direcção com o presidente permanentemente demissionário», declarou Susana Barbosa em comunicado, esclarecendo que também se demite da direcção nacional e do conselho político do partido.
No documento, Susana Barbosa refere-se aos alertas de invasão do partido de Monteiro por elementos de extrema-direita como «uma fuga para a frente», e qualifica a associação que lhe é feita a alegados militantes xenófobos como «um assassinato político».
Fundadora do Partido da Nova Democracia, Susana Barbosa é uma empresária de 43 anos e foi aluna de Manuel Monteiro durante uma pós-graduação em Estudos Europeus. Cedo entrou em rota de colisão com o antigo líder do CDS e este ano apresentou a sua candidatura à presidência do PND.
Ao SOL, a líder distrital de Aveiro afirma querer concentrar-se na sua candidatura «juntamente com os militantes de base» e «livre de cargos», querendo desta forma «marcar a diferença em relação a Manuel Monteiro», demissionário desde o Verão passado.
No último Conselho Geral do partido, dia 10 de Novembro, Susana Barbosa votou favoravelmente uma proposta de demissão da direcção de Monteiro. O documento contou com o apoio de 24 por cento dos conselheiros do partido, entre os quais vários militantes nacionalistas que recentemente abandonaram o Partido Nacional Renovador (PNR).
Nessa ocasião, Manuel Monteiro denunciou uma «invasão» de «gente treinada politicamente e orientada com o objectivo de tomar conta do partido», acusando os novos militantes de «racismo e xenofobia».
Já antes do último Conselho Geral, Monteiro disse ao SOL estar a «estudar ficha a ficha» os militantes nacionalistas do PND, prometendo a expulsão de elementos associados a movimentos xenófobos ou racistas.

Nacionalistas acusam Monteiro

A ameaça de expulsão dos militantes nacionalistas, que negam a associação a ideologias racistas, lançou o PND em acesso debate interno. O sector visado pelos avisos de Monteiro acusa o líder de «hipocrisia» e qualificam-no como «um déspota de memória curta».
Em comunicado, os militantes nacionalistas do PND prometem «muito em breve, proceder judicialmente» contra Monteiro, que acusam ainda de ter proferido «declarações passíveis de serem consideradas racistas e xenófobas».
Em causa estão declarações feitas por Monteiro durante as eleições intercalares de Lisboa, quando sugeriu «implodir» os centros comerciais do Martim Moniz, declarando que os comerciantes chineses «terão que sair do país» caso não acatem princípios de concorrência leal.

Comunicado

Susana Barbosa reafirma a sua candidatura à liderança nacional do PND e demite-se de coordenadora distrital

«Nada neste mundo muda, se não houver quem tente». É com este espírito, que Susana Barbosa reafirma em comunicado, a sua candidatura à liderança nacional do Partido da Nova Democracia (PND), e diz já ter apresentado «formalmente», a sua demissão de Coordenadora Distrital de Aveiro.

Susana Barbosa, que no último Conselho Geral do PND votou a favor de uma proposta de demissão da Direcção Nacional, entende que «não é politicamente coerente continuar a fazer parte da mesma Direcção, e simultaneamente continuar a fazer oposição, uma vez que como Coordenadora Distrital eleita, pertenço por inerência à Direcção Nacional do PND».

Susana Barbosa, afirma ter apresentado também a sua demissão do Conselho Político, uma vez que se trata de «mais um órgão inoperante do partido».

Desvinculada destes cargos, Susana Barbosa considerou que «desta forma fico com total liberdade para manifestar as minhas opiniões e para constituir uma oposição clara à actual Direcção Nacional, uma vez que não posso pactuar numa Direcção com um “presidente permanentemente demissionário” e numa Direcção que por incompetência, aceita ser apoiada por “comissões”, demonstrando assim a sua própria incapacidade de levar por diante o rumo do PND.

Susana Barbosa afirma ainda que «recuso dar a cara numa Direcção Nacional que tem uma prática política que quanto a mim é inaceitável, e apesar me identificar com os princípios políticos do PND, não me revejo na “sua atitude” e só aceitarei responsabilidades no PND, quando efectivamente sentir que há lugar à mudança para uma política séria, transparente, e sem “ziguezagues” que levam à falta de credibilidade da política e dos políticos em Portugal».

Quanto à distrital de Aveiro, Susana Barbosa comenta que «a distrital terá que assumir a responsabilidade de ter pactuado com os intentos do Dr. Manuel Monteiro, que mais não tem pretendido do que fazer-me um “assassinato político público”, inábil, e apoiado num processo político-administrativo de eliminação da oposição», e conclui constatando que «de toda a forma, a distrital terá por certo elementos muito interessados na sua liderança, que recebem o fruto de um trabalho incansável de anos, ficando ao seu dispor a “única sede distrital do país” para além da sede nacional de Lisboa, e uma marca de intervenção na sociedade política aveirense, hoje por todos reconhecida».

«Só é vencido quem desiste de lutar», remata Susana Barbosa, e «eu cá continuarei atenta e a lutar por aquilo em que verdadeiramente acredito, e faço um apelo ao bom senso e deixo um alerta ao PND, que “a fuga para a frente” e o “desespero” em política são maus conselheiros e não têm preservado o bom nome do nosso partido».

sexta-feira, novembro 16, 2007

A 25ª sessão dos «Serões da Avenida»

Com a devida vénia à Rádio Terra Nova
Aveiro: PND debate «nacionalismo moderado e democrático versus extremismos ou radicalismos»
«Nacionalismo moderado e democrático versus extremismos ou radicalismos», é este o tema para a 25ª edição dos Serões da Avenida do Partido da Nova Democracia.
A distrital de Aveiro debate um tema fracturante que tem provocado troca de acusações entre a direcção de Manuel Monteiro e a líder da distrital de Aveiro, Susana Barbosa, que rejeita as acusações de racismo e xenofobia.
Encontro a partir das 21h30 na sede distrital do PND.

Notícia

Líder distrital do PND

Susana Barbosa recusa rótulo de «xenófoba ou racista»

Com a devida vénia ao
Diário de Aveiro

A líder distrital do Partido da Nova Democracia (PND), Susana Barbosa, recusa ser classificada como «xenófoba ou racista» e garante não ter o apoio de racistas, xenófobos ou neonazis dentro do partido.

Num comunicado em que procura fazer a «defesa da honra», a dirigente aveirense rebate as acusações de, no Conselho Geral do PND que decorreu sábado passado em Guimarães, ter subscrito uma moção contra o líder do partido, Manuel Monteiro, que foi apoiada pelos militantes mais radicais.

Susana Barbosa reconhece que, tal como 24 por cento dos conselheiros, votou a favor da moção redigida com críticas à actuação de Manuel Monteiro, mas garante não ter sido a autora do documento nem o ter subscrito, afirmando ainda que entre os votantes «não existiram xenófobos e racistas ao contrário do que afirma a comunicação social, por especulação».

«Desde sábado que temos vindo a ser bombardeados pela comunicação social com notícias deturpadas sobre o que aconteceu no sábado», lamenta.

A dirigente aveirense admite que o Conselho Geral decorreu «sob grande alarmismo e tensão» e relata que «dois conselheiros legalmente convocados foram excluídos de votar», mencionando ainda os «insultos pessoais» trocados entre militantes.

No comunicado, Susana Barbosa – que admite ser candidata à sucessão de Manuel Monteiro – adverte para a confusão «que se pretende criar» entre «nacionalistas democratas» e «nacional-socialistas», salientando que a situação está a ser «altamente prejudicial» para o PND.

A líder distrital de Aveiro mostra-se a favor da expulsão do partido de «elementos comprovadamente xenófobos ou racistas». «O PND deve ter muita atenção e celeridade neste processo, para que não se cometam equívocos», declarou.

terça-feira, novembro 13, 2007

Desmentido

Líder distrital de Aveiro rejeita ligação a neonazis
Por Pedro Guerreiro


Susana Barbosa, candidata à liderança do Partido da Nova Democracia, recusa ter o apoio de militantes racistas, um dia após Manuel Monteiro ter denunciado a «invasão da extrema-direita»

Segunda-feira, Manuel Monteiro afirmou à Lusa que o PND estava a ser invadido por indivíduos da «extrema-direita», que teriam entrado no partido «em grupo, cuidadosamente organizados».
No Conselho Geral do partido, realizado sábado em Guimarães, 24% dos conselheiros nacionais votaram favoravelmente uma proposta que pedia a demissão do líder do partido.
O documento foi apoiado por militantes da tendência nacionalista e contou com o voto de Susana Barbosa, líder da distrital de Aveiro e a principal opositora de Monteiro.
A candidata à liderança do partido nega, contudo, ter o apoio da extrema-direita. «Não existiram xenófobos e racistas entre aqueles que votaram na proposta, ao contrário do que afirma a comunicação social, por especulação. Como todos sabem não sou xenófoba nem racista, e não admito ser rotulada de ter o apoio de racistas, xenófobos ou neonazis dentro do PND», declarou Susana Barbosa, em comunicado.
A líder de Aveiro voltou ainda a afirmar que distingue militantes «nacionalistas democratas» de militantes «nacional-socialistas».
Segundo o SOL apurou, a ameaça de expulsão do partido feita por Manuel Monteiro aos militantes nacionalistas poderá motivar vários processos judiciais.
A Nova Democracia vai a congresso em Março, altura em que a liderança do partido poderá ser disputada entre Monteiro, que não confirma ser candidato ao lugar, e Susana Barbosa, que admitiu estar em reflexão quanto à continuidade da candidatura.

Carta aberta «Em defesa da honra»

Caros(as) Colegas
Desde sábado que temos vindo a ser "bombardeados" pela comunicação social, com notícias deturpadas sobre o que aconteceu no sábado no Conselho Geral do PND em Guimarães.

O Conselho Geral decorreu sob grande alarmismo e tensão, tendo sido dois conselheiros legalmente convocados para o Conselho Geral, excluídos de votar. Durante a reunião vários conselheiros chegaram mesmo ao caos de insultos pessoais, inclusive à minha pessoa.

Tive a oportunidade de me defender, mas não pude dispor dos sete minutos para a minha intervenção porque não me inscrevi na "primeira ronda", e por falta de tempo o Sr. Presidente do Conselho já não pode aceitar mais inscrições para a segunda volta de intervenções.

Venho assim, em defesa da honra, esclarecer-lhes o seguinte:

1. Votei numa proposta que foi colocada à mesa por vários militantes, mas que eu não subscrevi, ao contrário do que é dito pela comunicação social.

2. Votaram nesta proposta 24% dos conselheiros presentes, de braço no ar, pelo que todos os pudemos identificar.

3. Não existiram xenófobos e racistas entre aqueles que votaram na proposta, ao contrário do que afirma a comunicação social, por especulação.

4. Como todos sabem não sou xenófoba nem racista, e não admito ser rotulada de ter o apoio de racistas, xenófobos e/ou neonazis dentro do PND.

5. Percebo o interesse para a comunicação social deste tipo de notícias, e da confundibilidade que se pretende criar entre "nacionalistas democratas" e "nacional-socialistas", mas creio que para o PND, está a ser altamente prejudicial toda esta confusão.

6. Estou totalmente a favor que a existirem, se expulsem do partido elementos comprovadamente xenófobos ou racistas e creio que o PND deve ter muita atenção e celeridade neste processo, para que não se cometam equívocos.

7. Junto em anexo artigo publicado ontem na Lusa, com declarações minhas e do Dr. Manuel Monteiro.

Com respeitosos cumprimentos,

Susana Barbosa

Artigo da Lusa

MANUEL MONTEIRO CONTRA A EXTREMA DIREITA

O Partido da Nova Democracia está a ser invadido por indivíduos de extrema-direita, "gente treinada politicamente e orientada com o objectivo de tomar conta do partido", disse hoje à Lusa Manuel Monteiro, líder do partido.
Manuel Monteiro acredita que "estes indivíduos não estão no partido a titulo individual, mas sim em grupo, cuidadosamente organizados", de tal forma que, durante o Conselho Geral do PND, realizado no passado fim-de-semana, "tiveram o cuidado de se sentar estrategicamente na sala, uns à frente e outros a trás, de forma a parecerem muitos".

Com a devida vénia à Lusa
A polémica surgiu quando o semanário Sol noticiou, no inicio de Outubro, que o SIS e a PJ se encontravam a investigar a migração de alguns membros do Partido Nacional Renovador (PNR) para o PND e culminou com a ameaça de Manuel Monteiro de expulsar do partido os militantes que demonstrem afinidades com a ideologia de extrema-direita.
Durante o Conselho Geral do PND, realizado em Guimarães, Manuel Monteiro pediu aos militantes do partido que apoiam a ideologia de extrema-direita que abandonem a Nova Democracia e propôs a expulsão daqueles que se recusarem a abandonar o partido de livre vontade.
"Os princípios preconizados pelo PND, como partido de direita e conservador, são incompatíveis com ideias racistas ou xenófobas e nesse sentido vamos fazer uma identificação das pessoas que escreveram textos racistas e que participam ou participaram em blogues orientados por estes ideais", revelou o líder da Nova Democracia.
Diz ainda Manuel Monteiro que, depois da identificação destes indivíduos, o partido enviará uma carta aos visados, explicando que "os ideais do partido são incompatíveis com a ideologia de extrema-direita" e onde os militantes serão convidados a abandonar o PND.
Da mesma opinião é Susana Barbosa, líder da distrital de Aveiro e candidata à sucessão de Monteiro, advertindo, no entanto, para a necessidade de se distinguir entre nacionalistas e nacional-socialistas.
"É obvio que não sou xenófoba nem racista e, relativamente à expulsão dos indivíduos de extrema-direita do partido, estou de acordo com Manuel Monteiro", disse a líder distrital.Susana Barbosa foi uma das subscritoras de uma moção, apresentada no fim-de-semana, contra a direcção de Manuel Monteiro e que contou com o apoio da ala nacionalista do partido.
Contudo, a líder da distrital de Aveiro recusa qualquer conotação com a extrema-direita, dizendo contar com o apoio dos nacionalistas e não dos nacional-socialistas."Eu não tenho nada contra os nacionalistas, que são apenas uma parte do meu apoio, tenho sim contra o nacional-socialismo, é preciso distinguir", declarou Susana Barbosa, acusando ainda alguma comunicação social de agir de má fé ao colar os nacionalistas aos indivíduos de extrema-direita.
Segundo Manuel Monteiro, os indivíduos de extrema-direita terão começado a "invadir" a Nova Democracia após a sua demissão da liderança do partido.
"Eles pensaram que eu me ia embora e acharam que era o momento de atacar", disse o líder da Nova Democracia, acrescentando que a partir dessa data o número de fichas de inscrição de militantes aumentou de tal forma que, actualmente, "o número de fichas que estão para avaliação é incontável".
"Gostava de perceber os motivos que os levou a querer vir para a Nova Democracia", disse Manuel Monteiro, revelando ter informação que, caso venham a acontecer, as expulsões não serão pacíficas.
Contudo, diz Monteiro, o PND acordou e, como ficou claro neste Conselho Geral que foi o mais concorrido da história do partido, os militantes não apoiam esta ideologia.
Susana Barbosa, por seu lado, diz desconhecer se de facto existem indivíduos de extrema-direita no partido, preferindo criticar a postura de Manuel Monteiro, alegando que "o partido não pode ser de uma pessoa só".
O que a dirigente distrital afirma é vai seguir com a candidatura à liderança do partido, acreditando que dispõe de sérias possibilidades de enfrentar com êxito o actual líder.
Manuel Monteiro não sabe ainda se será candidato à liderança do PND, adiantando apenas que até ao Congresso, que deverá acontecer em meados do próximo ano, "é preciso arrumar a casa" e alcançar alguns objectivos internos.
IZM.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Futuro

«O Caminho faz-se caminhando»
O dia 10 de Novembro de 2007, marcou para sempre o PND. A partir deste dia, nada voltará a ser o mesmo no seio do partido. Acredito que pela força da verdade, vale a pena lutar e ter esperança no futuro.

quinta-feira, novembro 08, 2007

COMUNICADO: PND/Aveiro revoltado com PSD/M

Mais uma vez o PSD/M continua a dar mostras de mau comportamento. Depois das acusações insultuosas de Alberto João Jardim a Baltazar Aguiar, durante a última campanha eleitoral na Madeira, chegando mesmo a apelidar o líder madeirense do PND, de «fascista», foi a vez dos insultos de Jaime Ramos, líder parlamentar do PSD, já reconhecido de outras ocasiões em episódios lamentáveis com deputados da oposição.
Jaime Ramos, atacou ontem no parlamento Baltazar Aguiar e a sua família, com comentários que o PND/Aveiro considera «inqualificáveis».
O PND/Aveiro apresenta publicamente a sua solidariedade com Baltazar Aguiar e adverte o PSD para a dignificação da sua conduta, a bem da Democracia em Portugal.

quarta-feira, novembro 07, 2007

Uma Nova Direita «precisa-se»

O sistema político português não alimenta apenas uma máquina de Estado, mas sim duas, sendo que, uma delas alcança o poder, e a outra fica sempre à espera de vez, à porta. Ora esta situação torna-se tão viciosa quanto pesarosa, para todos os que pagam os seus impostos e gostariam de ver acontecer uma sociedade mais justa.
Nesta conformidade, no momento actual o país é governado pelo PS, estando à espreita o PSD, e se por hipótese nas próximas eleições legislativas o panorama se invertesse, ficaria de novo à espreita o PS. À esquerda restam para negociações o PCP e o Bloco de esquerda, e à direita, ou talvez também à esquerda conforme a conveniência, situa-se o CDS/PP, oportunista e populista, preparado para qualquer coligação desde que seja para alcançar o poder.
O peso desta situação de um sistema assente no “bipartidarismo” tem sido brutal para os portugueses, e a comprová-lo estão as sucessivas subidas de impostos, o aumento do desemprego e o aumento permanente do custo de vida. Analisamos de forma bem clara os resultados, conforme foi tornado público esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), na constatação da baixa do indicador de confiança dos consumidores portugueses, e revelado no Jornal de Notícias, em relação ao passado mês de Outubro.
Assim, a eficiência do Estado reside cada vez mais na efectiva cobrança de impostos, e cada vez menos no desenvolvimento socio-económico. De cada vez que um governo substitui outro, as reformas e as indemnizações a negociar com «os que caiem» são de tal ordem elevados, que para o país o benefício que se poderia retirar de uma «hipotética» mudança, acaba por se diluir no custo acarretado pelas substituições de cargos e chefias, já para nem falar das substituições paralelas e escandalosas das «frotas automóveis».
Hoje assistimos no Parlamento, ao debate do Orçamento do Estado 2008, e ao tão esperado confronto entre Sócrates e Santana. O «regresso ao passado» foi inevitável, e o tempo que se passou a falar sobre o Orçamento de 2005 foi além da conta do que seria de supor. O futuro de Portugal deveria ter «pesado» mais no debate, do que as acusações e defesas do passado, e José Sócrates não resistiu à questão «então, a direita portuguesa andou estes dois anos e o melhor que consegue arranjar foram dois protagonistas do passado?», referindo-se à dupla Portas/Santana, mediante o aplauso e o gozo generalizado da sua bancada.
«Tudo mais do mesmo», anotamos nós.
As diferenças entre PS, PSD e CDS/PP são cada vez mais reduzidas, e a oposição constituída pela «dita direita», é por conseguinte cada vez menos consistente, e pior do que isso, cada vez mais do mesmo!
«Uma Nova Direita» torna-se pois, uma emergência no panorama político português. Uma direita com a seriedade de princípios e valores que os outros já perderam. Uma verdadeira direita, sem medos de enfrentar o «sistema» e sem dele estar refém. Uma direita moderna, sem preconceitos de classes, que defenda o bom senso, na justiça e na liberdade, e em tudo o que é natural. Uma direita apta a preservar a identidade nacional, que lute pelo reganhar do reconhecimento e do mérito de quem trabalha e de tudo o que ainda há de bom, dentro de Portugal. Uma direita verdadeiramente empenhada em reavivar o orgulho de ser português, cumprindo a «missão» da sua existência, e não servindo-se dela para alimentar vaidades e ganância.
No próximo sábado, realizar-se-á finalmente o Conselho Geral do Partido da Nova Democracia (PND), e estamos crentes que também este dia marque um importante passo para a construção de «Uma Nova Direita», e uma alternativa credível ao sistema. A direita precisa de um «novo rumo», isento de «ódios» do passado, mas alicerçado em valores para a construção de um novo futuro. Portugal precisa de nós, e o PND deverá constituir uma nova esperança para os portugueses.
(publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)

sexta-feira, novembro 02, 2007

Confiança

O que é bonito neste mundo, e anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura...
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova...

Miguel Torga