quarta-feira, novembro 28, 2007

A Extinção do PND?

Se Manuel Monteiro tivesse hoje um «pingo» de credibilidade política neste país, já teria constituído matéria para «tema de abertura» em todos os telejornais. Como todos sabemos que isso não acontece, o mais que ele conseguiu, foi arrasar com o que resta do seu capital político, e pior do que isso, arrasar consigo o Partido da Nova Democracia (PND), do qual também sou fundadora e candidata à sua liderança, e este ponto é o que realmente me incomoda.

Manuel Monteiro, perante os péssimos resultados das últimas eleições autárquicas de Lisboa, num dos seus únicos laivos de lucidez política neste partido, demitiu-se de presidente da direcção do PND, apelando ao aparecimento no partido de caras novas, ao que eu respondi face ao vazio de poder, com a minha candidatura. Desde então, o «eterno presidente demissionário», Manuel Monteiro, num malabarismo político de baixíssimo nível, não deixa de fazer cair máscara sobre máscara, evidenciando que os seus famosos «trinta anos» de política, mais não serviram do que para o tornar um ressabiado político de «antigos ódios», e como se tal não bastasse, um gerador de presentes e futuros «novos ódios políticos», o que efectivamente torna pesada e penosa a carreira de qualquer um.

Em primeiro lugar, fez guerra aberta aos nacionalistas dentro do partido que como é sabido constituem uma parte dos apoiantes à minha candidatura. Em segundo lugar, não satisfeito com a ameaça, após o Conselho Geral do PND em Guimarães, em que sentiu pela primeira vez na história do partido, uma oposição de 24% dos conselheiros, foi para os meios de comunicação social, afirmar que o PND tinha sido invadido por xenófobos e racistas. Ainda não satisfeito com os resultados obtidos, entrou em derrapagem total, numa lógica política de «mato já, ou deixo-me morrer», afirmando que os extremistas e os radicais pretendiam «tomar de assalto» a Nova Democracia, e que a sua oposição partidária estava «estrategicamente organizada» contra ele, como se de uma «máfia» se tratasse. O próximo passo, já o avisou publicamente, será a expulsão de todos os que evidenciem tendências políticas não conciliáveis com os princípios do PND, o que infelizmente para a democracia, quer apenas dizer que será a expulsão de todos os que «se não estão comigo, estão contra mim».

Compreendo o desespero político de Manuel Monteiro, que luta pela sua sobrevivência política, o que já não posso compreender são os meios que ele utiliza para este processo político-administrativo da eliminação da oposição. O recurso sistemático a «cabalas», para desviar a atenção do que realmente está mal, não fica bem a nenhum político, quanto mais, quando no seio do PND já se chega ao ponto das «mentiras» e do insulto pessoal permanente, num ambiente tenebroso, intimidatório e de atitudes inquisitórias e de discriminação, onde se «divide para reinar», e o recurso à censura voltou a ser, trinta e três anos após a «revolução dos cravos», uma realidade.

Ora perante tal cenário, como fundadora do PND e candidata à liderança do que restar, se restar, deste partido fragmentado, resta-me lutar para que Manuel Monteiro não leve mesmo este caminho à extinção de um projecto, que em teoria é emergente a Portugal, e tudo farei para o salvaguardar de «injustiças» sejam elas contra os nacionalistas, contra a juventude, ou contra qualquer dirigente ou militante em particular. Se queremos salvar o nosso partido, tem de haver lugar à harmonia, ao diálogo, à conciliação das diferenças, e à união de todos aqueles que ainda não deixaram de lutar, pertencendo estes à actual direcção demissionária ou à oposição existente, ou ainda a outras que poderão vir a surgir como alternativa até ao próximo Congresso, em suma a todos os militantes.

Sou uma mulher tolerante mas lutadora, que ajudei a fundar este partido, acreditando na altura, que Manuel Monteiro ainda poderia dar a cara a este projecto, como um dos últimos políticos com credibilidade que passou pelo sistema. Infelizmente, cedo me desiludi, pois logo após o Congresso Fundador realizado há quatro anos, quando verifiquei que nada do que defendíamos em teoria, se colocava em prática no nosso partido, e já nessa altura me demiti da direcção para que fui eleita, vindo meio ano depois a ser nomeada pelo próprio Manuel Monteiro, na Junta de Freguesia da Vera Cruz de Aveiro, para o cargo de Coordenadora Distrital.

Apesar de todas as divergências políticas, que ao longo dos anos fui tendo com Manuel Monteiro e com todas as direcções «alegóricas» que foi constituindo durante este tempo, sempre dei o meu melhor ao PND a nível nacional e em particular ao distrito de Aveiro, ao qual me dediquei incondicionalmente. Fiz parte da segunda e terceira direcções do partido por inerência do cargo de Coordenadora Distrital de Aveiro, para o qual fui eleita por duas vezes. Travei lutas dentro do partido como a criação de estatutos para os Círculos Eleitorais e para a Juventude, que a muito custo consegui implementar, e pude ter o orgulho de organizar o II Congresso Nacional do PND em Aveiro, onde vi aprovado o rumo de um partido que se afirmou então pela «não esquerda socialista» e como uma «verdadeira direita».

O rumo apontado neste Congresso de Aveiro, nunca foi na verdade colocado em prática, e as consecutivas faltas de estratégia política, foram fazendo do PND um partido cada vez mais frágil, e sem vitórias políticas. Manuel Monteiro que permaneceu na sede nacional do Porto durante dois anos, e está agora há cerca de dois anos em Lisboa, deixou cair os dois principais Círculos Eleitorais por onde passou, e viu encerrar a primeira sede nacional, constituída no Porto, nunca conseguindo triunfar no PND.

Graças à falta de verdade política dos objectivos, Manuel Monteiro conseguiu sempre baralhar o eleitorado que ainda hoje o confunde com o CDS/PP. Pudera… nas eleições às presidenciais, levou o PND a apoiar Cavaco Silva, e «eu fui contra». No referendo ao aborto, levou o partido a votar “NIM”, e «eu fui contra». Ora cada um recolhe os frutos que semeia, e Manuel Monteiro nada colhe porque não semeia ideologia nem os princípios que em teoria o partido defende. Talvez isso aconteça porque na verdade, poucos o sabem, mas os principais textos e o programa político do PND, não tiveram uma prestação determinante de Manuel Monteiro. Têm portanto razão, todos aqueles que afirmam politicamente, que em relação ao nosso presidente demissionário, existe sempre «um Criador para lá da criatura».

Não admito pois, ser conotada de «marioneta» de ninguém, a não ser de mim própria. E se durante muito tempo ergui uma voz isolada para dizer «não», hoje sou apoiada por muitas outras vozes que todos os dias crescem à minha volta para dizer «basta», ainda que a todo o custo, o «sistema» dentro de um partido que se diz democrata e liberal nos queira «abafar», no seu conceito mais retrógrado de «nada democrata» e liberalista, sem saber viver em «verdadeira liberdade». Sempre tive as minhas convicções e a minha ideia de um partido novo, que fosse de encontro aos interesses e às oportunidades de Portugal, e não de encontro ao oportunismo de alguns.

Por conseguinte, continuo a lutar pelo partido em que acredito, que está lá nos nossos princípios e no nosso programa político, mas que não se cumpre na prática dos nossos desideratos. Defendo os homens pelas suas acções, e tudo o resto é demagogia. Ao contrário de Manuel Monteiro, que meses após a inauguração da sede de Aveiro, só correu para cá, logo após a minha demissão, a «bater à porta» dos meus apoiantes, para pedir auxílio. Apoiantes estes de quem ele nunca quis saber, e que ao contrário do que ele proclama, não são xenófobos nem racistas. Mandou «recados» e «falsos sorrisos», mas todos lhe bateram com a porta. De mais do mesmo está o país cansado!

Esta semana, logo após a minha demissão, Manuel Monteiro anunciou uma urgente reunião da Direcção Nacional do PND, a realizar curiosamente onde? Na sede distrital de Aveiro, e refira-se, a única sede distrital do país. Cerca de «nove meses» depois da última reunião da Direcção Nacional, não tendo regressado jamais a esta sede, depois do dia da sua inauguração, vem a Aveiro, fazer o quê? Apresentar finalmente uma nova estratégia para o partido? Debater um novo rumo a seguir e uma organização? Apresentar novos projectos? NÃO, vem apenas tratar da expulsão dos «ditos infiltrados, radicais e extremistas» que entraram ou estão para entrar no PND.

Tudo isto não passa de uma farsa, porque eu não tenho mais apoiantes que tenham vindo do PNR, do que o próprio Manuel Monteiro. E de resto foi o presidente demissionário do PND que os admitiu no partido e inclusivamente que os nomeou para
cargos de chefia. Foi assim com Emanuel Guerreiro, a quem Manuel Monteiro abriu as portas do PND, e nomeou para coordenador das Novas Gerações em Lisboa. Foi assim com Rui Pinheiro que também vindo do PNR, foi admitido e nomeado para coordenador das Novas Gerações do Porto. Foi assim com Manuel Brás, fundador do PNR, a quem Manuel Monteiro admitiu e convidou particularmente para a sua lista do PND às autárquicas à Câmara de Lisboa. Foi assim com David Araújo, também fundador do PNR, e admitido por Manuel Monteiro no PND. Será assim com todos os outros que venham a ser admitidos no nosso partido, porque como é do conhecimento geral, não cabe à Susana Barbosa, admitir ou expulsar quem quer que seja neste partido.

Mas afinal, o «alarmismo» gerado por Manuel Monteiro vitimando-se de ser invadido por elementos que vieram de outros lados, que para ele são desprezíveis, mais não se deve do que à sua própria distracção? Se eles cá estão, é porque vieram a fugir precisamente dos xenófobos e dos racistas, e ainda mais, é porque o PND os admitiu, e ponto final.

SE NA VERDADADE MANUEL MONTEIRO É QUE AGORA MUDOU DE OPINIÃO, AVISADO PELO DITO «SIS», E SE ELEMENTOS QUE PROMOVEU, PASSARAM A SER XENÓFOBOS E RACISTAS, QUE O CONSTATE COM PROVAS, QUE SEREI EU A PRIMEIRA A APOIAR AS DITAS EXPULSÕES!

De resto, tudo o mais é «alegórico», numa ganância desmedida de cavalgar na comunicação social à custa dos nacionalistas, já que por mérito próprio, este partido nada tem feito, nem nada tem contribuído de válido para o país, para que seja noticiado.

Aqui por Aveiro, Sr. Dr. Manuel Monteiro, como as pessoas de bom senso tão bem sabem, não há «gangs», nem «máfias» que apoiem a Susana Barbosa, que agora até se encontra despojada de cargos e da Sede Distrital. Por aqui, continuam a existir pessoas de bem, que se encontram para construir partido, e muitas outras do seio do PND, que vêm de norte a sul do país ao nosso encontro, dar-nos a sua solidariedade e o seu apoio para juntos lutarmos por um partido mais digno. E acredite que cada vez são mais!

Infelizmente os erros do passado e a história de Manuel Monteiro, repetem-se por Aveiro. Enquanto líder do CDS/PP e depois como líder do PND, sempre menosprezou por aqui aqueles que trabalham. E ter «esta atitude» paga-se caro. Já lhe custou a saída de CDS/PP, será que lhe irá custar a sua saída do PND? E agora que regressa a Aveiro, à cidade da liberdade, à sede que eu mesma construí, para lá assinar cartas de «expulsões» a todos os nacionalistas admitidos, deixo-lhe apenas um «alerta», para tanto, não se esqueça de assinar, também, a carta de expulsão de um dos últimos pilares deste partido, o Sr. presidente do Conselho Geral e presidente do Congresso, Dr. Luís Teixeira e Melo, que todos conhecemos monárquico e nacionalista por convicção.

Susana Barbosa
Fundadora do Partido da Nova Democracia

13 Comments:

At 10:10 da manhã, Blogger Bernardo Kolbl said...

O Nelito que vá para a Venezuela e leve o SIS com ele.
Ou que vá incendiar Paris. Ou dar o braço ao Mugabe.
Já fede, o senhor.
Luta Susana.
Um abraço.

 
At 10:27 da manhã, Blogger Bernardo Kolbl said...

Ler
http://www.movimentonacionalista.net/main.html

 
At 10:49 da manhã, Anonymous Anónimo said...

O PNR de hoje, não é o mesmo em termos doutrinários, do passado.

 
At 4:05 da tarde, Blogger Abrantes said...

Senhor anónimo de cima.
O PNR de hoje não é o mesmo do passado. Tem razão.
No passado foi a defesa da imagem do General Eanes e chamava-se Partido Renovador Democrático

 
At 5:31 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O Senhor anda distraído ou faz-se desentendido.
O PNR do passado, era o PNR do António Cruz Rodrigues, cidadão exemplar e um grande Patriota
(Blog Aliança Nacional), que nada tem a ver com os germanófilos.
Não foi à toa que os nazis correram com Ele.

Um Abraço

Issac

 
At 5:51 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Bem,mas não estamos aqui a discutir o PNR...(digo eu)

 
At 9:04 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Isto é que é escrever. Passei por aqui por acaso e fiquei a saber que há uma Susana Barbosa que vai salvar um partido de um politico chamado Manuel Monteiro. O Manuel Monteiro ainda sei quem é.
Agora que existia um partido a que ele pertence juntamente com Susana Barbosa -de que nunca ouvi falar- que é apoiada por uns nacionalistas que não são xenófobos nem racistas, isto é, uma verdadeira surpresa.
Bem, atrevo-me a dizer, cidadãos protejam-se. Já não nos basta os que nos governam, que não obstante a incompetência e demagogia, é gente esteticamente apresentável e lavadinha, para agora chegar aí um grupo de cabeças rapadas e lunáticos a quererem o nosso voto. Valha-nos Deus.
Quem vai aderir ao PNR sou eu. Ou melhor, vou tentar constituir um movimento civico: «Pelo Partido único», onde só poderão ser admitidos seres humanos com muito charme e boa aparência. Para já, ficamos mesmo com o Sócrates, o Santana, o Nuno Mlo e o Paulo Portas.
Digam ao Manuel Monteiro para se demitir de vez, porque, desse partido, será o único que poderá integrar o movimento.
Claro que terá que deixar de ir a Aveiro. Lisboa perdoa-se. De resto, as deslocações dos nossos membros deverão ser para paris, Milão ou Nova Yorque. Jamais para Aveiro ou para o Porto. Que pinderiquice.

 
At 9:07 da tarde, Anonymous Anónimo said...

A censura existe hà 33 anos e
era bom que fosse só no PND.
Esta democracia ainda não é para todos.
Felicidades.

 
At 10:45 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Santa Ingenuidade!
Ontem nazi, hoje benemérito
E é tudo por amor à camisola....
É que é já a seguir

 
At 12:43 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Emanuel Guerreiro, Rui Pinheiro, Manuel Brás, David Araújo.

Ó Susana, não seu esqueceu do Miguel Costa Marques, fundador da Nova Democracia em Coimbra, apoiante do Monteiro e nazi de fazer corar o Mário Machado e os outros skinheads?

 
At 10:26 da manhã, Blogger Nero said...

Germanófilos?
Gente fina anda aqui.
Cumprimentos.

 
At 6:09 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O pnr é um partido de extremismos , de nazis ,skins e marginais.
Por isso as pessoas normais tendem a afastar-se.

 
At 10:39 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O MONTEIRO É UM PARASITA DO SISTEMA QUE SÓ QUER É TACHO EM BRUXELAS! FORÇA SUSANA! ESTAMOS CONSIGO! Viva os nacionalistas!

Soares da Costa

 

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