A “alta velocidade” é mais um Freeport
Com a devida vénia ao Diário de Aveiro
«Freeport Outlet Alcochete – O Maior Outlet da Europa». Vejam bem, as fantásticas razões, que fazem com que o nosso pobre Portugal mereça distinções de ver incluídas “coisas”, que afinal, nem tão pouco são de sua pertença, nas listas “tão honrosas” que destacam os maiores disto e daquilo!
Por ironia da globalização, apenas o nome do local onde se situa esta desmesurada superfície comercial, é português. De resto, vamo-nos habituando a assistir à atribuição destas nomenclaturas estrangeiras, neste tipo de exploração económica e global, sem protestar, e a ver colocados de parte os nossos maiores patrimónios nacionais: a nossa língua portuguesa, a nossa cultura, a nossa indústria, e o nosso comércio.
Mas mais grave ainda, é constatar que na nossa economia portuguesa, tudo é permeável aos “donos do poder”. O lamaçal em que toda a implantação deste extraordinário “Outlet” se efectuou, jamais permitirá limpar os alicerces do mesmo, e jamais verá dignificada a imagem de Portugal em tão nefasta estrutura. “Compadrios”, “tios”, “primos”, “sobrinhos”, e “outros mais”, “luvas” de tantos e tantos milhões, que para além de lhes perdermos a conta, nos humilham profundamente no nosso ser mais íntimo, enquanto povo que vive com duras dificuldades.
Questionamos então: Perante esta inqualificável corrupção e tráfico de influências, porque ainda não se demitiu o primeiro-ministro? Perante as próprias desconfianças já instaladas mesmo a nível internacional, e as comprovadas escutas telefónicas, porque se permite a José Sócrates que continue a defender o indefensável?
Perguntamos ainda: Porque não exerce os seus poderes, para esta caótica situação, o Sr. Presidente da República?
É que esta situação embaraça a todos, e não é consequente da “crise económica global” que atravessamos, mas sim da crise de valores com que há décadas nos confrontamos.
Em Portugal “vale tudo” em proveito próprio dos protegidos do sistema, e continuará a ocorrer desta forma, enquanto as acusações, as buscas, as averiguações, e as investigações, levadas a cabo pelas entidades competentes, caírem sempre em “saco roto”, e não passarem de imensos folclores “para inglês ver”, pois após eternos “timings” processuais, as “vidinhas” dos iluminados corruptos, continuam bem salvaguardadas, sem nunca chegarem, sequer, a perder, o estatuto do “tratamento VIP”.
É uma vergonha sem “parança” que num país tão pequeno, a corrupção represente um cancro tão enraizado. Todos os dias se aumentam os “tachos” dos homens do poder, esses mesmos que, também todos os dias, por sua vez, têm a lata de pedir sacrifícios, e “aperto do cinto” a todos os portugueses.
E a festa vai continuar… o TGV continua a ser defendido, pois claro! Mais um “elefante branco”, para incremento de obras públicas, para servir os interesses dos lobies instalados, das assessorias contratadas aos amigos, aos tios, aos primos… e mais um agrado ao outro “José”, desta feita, a José Luís Zapatero e à portentosa Espanha.
Porque a nós, simples cidadãos deste tão pequeno rectângulo, não nos faz qualquer diferença os minutos que a extraordinária “alta velocidade” nos trará, comparada com o exorbitante custo de um simples bilhete, ou pior ainda, comparada com a diferença que representa a hipoteca do nosso futuro e do futuro dos nossos filhos, desta luxuosa benesse, que mais não é do que um presente envenenado para Portugal, e uma megalomania de uns tantos (para servir a tão poucos…), que continuam a assentar o nosso desenvolvimento numa verdadeira “fuga para a frente”, sem responsabilidade e sem escrúpulos.
Tudo isto, até que um dia, a corda rebente, e se passe a “gritar” por bom senso e verdadeira Justiça. Se necessário for, à custa da “Justiça por mãos próprias”.
Por ironia da globalização, apenas o nome do local onde se situa esta desmesurada superfície comercial, é português. De resto, vamo-nos habituando a assistir à atribuição destas nomenclaturas estrangeiras, neste tipo de exploração económica e global, sem protestar, e a ver colocados de parte os nossos maiores patrimónios nacionais: a nossa língua portuguesa, a nossa cultura, a nossa indústria, e o nosso comércio.
Mas mais grave ainda, é constatar que na nossa economia portuguesa, tudo é permeável aos “donos do poder”. O lamaçal em que toda a implantação deste extraordinário “Outlet” se efectuou, jamais permitirá limpar os alicerces do mesmo, e jamais verá dignificada a imagem de Portugal em tão nefasta estrutura. “Compadrios”, “tios”, “primos”, “sobrinhos”, e “outros mais”, “luvas” de tantos e tantos milhões, que para além de lhes perdermos a conta, nos humilham profundamente no nosso ser mais íntimo, enquanto povo que vive com duras dificuldades.
Questionamos então: Perante esta inqualificável corrupção e tráfico de influências, porque ainda não se demitiu o primeiro-ministro? Perante as próprias desconfianças já instaladas mesmo a nível internacional, e as comprovadas escutas telefónicas, porque se permite a José Sócrates que continue a defender o indefensável?
Perguntamos ainda: Porque não exerce os seus poderes, para esta caótica situação, o Sr. Presidente da República?
É que esta situação embaraça a todos, e não é consequente da “crise económica global” que atravessamos, mas sim da crise de valores com que há décadas nos confrontamos.
Em Portugal “vale tudo” em proveito próprio dos protegidos do sistema, e continuará a ocorrer desta forma, enquanto as acusações, as buscas, as averiguações, e as investigações, levadas a cabo pelas entidades competentes, caírem sempre em “saco roto”, e não passarem de imensos folclores “para inglês ver”, pois após eternos “timings” processuais, as “vidinhas” dos iluminados corruptos, continuam bem salvaguardadas, sem nunca chegarem, sequer, a perder, o estatuto do “tratamento VIP”.
É uma vergonha sem “parança” que num país tão pequeno, a corrupção represente um cancro tão enraizado. Todos os dias se aumentam os “tachos” dos homens do poder, esses mesmos que, também todos os dias, por sua vez, têm a lata de pedir sacrifícios, e “aperto do cinto” a todos os portugueses.
E a festa vai continuar… o TGV continua a ser defendido, pois claro! Mais um “elefante branco”, para incremento de obras públicas, para servir os interesses dos lobies instalados, das assessorias contratadas aos amigos, aos tios, aos primos… e mais um agrado ao outro “José”, desta feita, a José Luís Zapatero e à portentosa Espanha.
Porque a nós, simples cidadãos deste tão pequeno rectângulo, não nos faz qualquer diferença os minutos que a extraordinária “alta velocidade” nos trará, comparada com o exorbitante custo de um simples bilhete, ou pior ainda, comparada com a diferença que representa a hipoteca do nosso futuro e do futuro dos nossos filhos, desta luxuosa benesse, que mais não é do que um presente envenenado para Portugal, e uma megalomania de uns tantos (para servir a tão poucos…), que continuam a assentar o nosso desenvolvimento numa verdadeira “fuga para a frente”, sem responsabilidade e sem escrúpulos.
Tudo isto, até que um dia, a corda rebente, e se passe a “gritar” por bom senso e verdadeira Justiça. Se necessário for, à custa da “Justiça por mãos próprias”.
Susana Barbosa
1ª Signatária do Partido da Liberdade
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)