terça-feira, julho 31, 2007

A maioria...

O que é um político? É um tipo que faz trinta por uma linha para alcançar um lugar de poder e depois faz trinta por uma linha para o conservar. É um tipo que, sabendo cem por cento de uma verdade ou de uma mentira, usa apenas a fracção que mais convém à sua estratégia. Não há nenhuma diferença entre o comportamento político (...). Defendem todos as suas percentagens da verdade e da mentira.

Fernando Marques
in Jornal de Notícias

sexta-feira, julho 27, 2007

Hoje no Semanário

Com a devida vénia ao Semanário

Susana Barbosa já anunciou candidatura à liderança do PND
Manuel Monteiro prepara regresso ao CDS
Monteiro pondera enfrentar Portas para liderança no CDS

Em consequência pelo mau resultado obtido pela Nova Democracia nas eleições intercalares em Lisboa, que não foi além dos 0,61 por cento dos votos, menos que o PNR ou o MRPP, Manuel Monteiro apresentou a sua demissão de líder do partido, cargo que ocupava desde a sua fundação. Monteiro mantém-se em funções até à realização do Conselho Geral do PND, previsto para Setembro, e depois deixa de exercer funções dentro do partido. Atendendo às ambições políticas de Monteiro e à instabilidade vivida no CDS há mais de dois anos, espera-se um anúncio de uma candidatura sua à liderança dos democratas-cristãos, que liderou até à chegada de Paulo Portas em 1998 e onde introduziu um estilo popular.

No seu pedido demissão, Manuel Monteiro fez um apelo à necessária renovação do partido e ao surgimento de novas figuras de destaque. Em resposta, Susana Barbosa, presidente da Distrital de Aveiro da Nova Democracia já anunciou ser candidata à liderança do partido, avançando que defende um projecto de continuidade do rumo traçado pela actual direcção. Susana Barbosa está segura de que o PND constitui um projecto válido para Portugal e que, face à actual conjuntura de direita, ao contrário do que muitos já vaticinam, o PND não vai morrer, acreditando mesmo que para além da sua candidatura outras irão surgir no seio do partido.

De acordo com a instabilidade vivida no seio do CDS/PP, com o regresso de Portas a não consubstanciar, até aqui, um crescimento eleitoral dos centristas e os Castristas a ameaçarem deserção, Manuel Monteiro analisa a possibilidade de regressar ao partido que já liderou e onde obteve bons resultados. Deixando o projecto da Nova Democracia para trás, onde Monteiro nunca conseguiu alcançar os seus objectivos, designadamente obter para o partido representação parlamentar, abre a porta a um regresso ao CDS, que deixou em 1998, em cisão com Paulo Portas. | DAC

PND / Aveiro visita FICAVOUGA em Sever do Vouga


Uma comitiva elencada entre outros, pela líder distrital do PND/Aveiro, Susana Barbosa e pelo coordenador distrital das Novas Gerações, Rui Pires da Silva, numa acção promovida pela Juventude do distrito, visitará amanhã à noite a FICAVOUGA, em Sever do Vouga.

A concentração será pelas 22 horas na principal entrada da Feira.

Conheça o programa completo aqui

A 14ª sessão dos «Serões da Avenida»


A 14ª sessão dos «Serões da Avenida» do Partido da Nova Democracia (PND), realiza-se hoje, dia 27 de Julho, pelas 21h30, na Sede Distrital do PND em Aveiro, sita na Rua Engº Von Haff, nº 61 - 1ºA.

Depois da reunião do Conselho Geral do PND realizada no passado sábado em Lisboa, o partido encontra-se dividido entre as opiniões dos que entendem que a análise efectuada pelo presidente do partido aos últimos resultados eleitorais à C.M.L. está correcta, que é necessária uma renovação no partido e acham que deve surgir um novo líder e as dos que pediram a Manuel Monteiro para continuar a liderar o PND, ou ainda a opinião dos que entendem que se deveria extinguir o PND.

Neste momento está em jogo a continuidade do projecto do PND. Que estratégias deverão ser criadas para que o partido se afirme como um projecto válido? A quem interessa a existência do PND? A que tipo de cidadãos se deverá dirigir o PND? Poderão surgir a curto prazo novos partidos políticos em Portugal? Existem condições para o PND continuar?

Estas e outras questões estarão em cima da mesa para debate, sob o tema «Que futuro para o Partido da Nova Democracia?»

Susana Barbosa, apresentará e moderará o debate.

A entrada é livre.

quinta-feira, julho 26, 2007

Candidatura (2)


Aveiro: Presidente da distrital do PND assume candidatura à liderança do Partido da Nova Democracia

A presidente da distrital de Aveiro do PND é candidata à liderança do Partido da Nova Democracia. Susana Barbosa aceitou o desafio de Manuel Monteiro que fez um apelo à renovação e aceitou o desafio.

Com a devida vénia à Rádio Terranova FM 105

"Face a um cenário de extinção do PND, Susana Barbosa afirma a sua convicção no projecto, quer seja com a continuidade e disponibilidade para o partido, de Manuel Monteiro, tal como o próprio a defendeu no Conselho Geral, ou não. Defende ainda que um partido não pode depender apenas do líder, e quando asim acontece, é porque não existe um projecto sólido e consistente".

Susana Barbosa está segura de que o PND constitui um projecto válido para Portugal, e que face à actual conjuntura da direita, ao contrário do que muitos já vaticinam, o PND não vai morrer, acreditando mesmo que para além da sua candidatura, outras irão surgir no seio do partido.

in Democracia Liberal

Candidatura (1)

Susana Barbosa, coordenadora distrital de Aveiro do Partido da Nova Democracia (PND), vai candidatar-se à sucessão de Manuel Monteiro

O presidente do partido anunciou a sua demissão na sequência do resultado obtido nas eleições intercalares para a Câmara Municipal de Lisboa, em que foi o cabeça-de-lista do partido.

Com a devida vénia ao
AveiroFM
Susana Barbosa revelou ontem que tem sido «contactada por dirigentes e militantes de todo o país» apelando à sua candidatura para garantir a «continuidade do projecto».
Com a sua candidatura, a líder distrital pretende evitar a «extinção» do PND, tal como vincou em declarações à Aveiro FM.

quarta-feira, julho 25, 2007

Susana Barbosa é candidata à liderança do PND

Perante a demissão do presidente do PND – Partido da Nova Democracia, Dr. Manuel Monteiro, apresentada no passado sábado ao Conselho Geral do partido e aos meios de comunicação social, e perante o apelo do presidente e de outros conselheiros à renovação do partido e ao aparecimento de caras novas, a Dr.ª Susana Barbosa, Coordenadora distrital de Aveiro do PND, decidiu apresentar a sua candidatura à liderança do partido.
Após os maus resultados eleitorais obtidos pelo PND nas últimas eleições intercalares à Câmara Municipal de Lisboa, e o conhecimento público da demissão do Dr. Manuel Monteiro, a Dr.ª Susana Barbosa tem sido contactada por dirigentes e militantes do PND de todo o país, apelando à sua candidatura para a continuidade do projecto.
Face a um cenário de extinção do PND, Susana Barbosa afirma a sua convicção no projecto, quer seja com a continuidade e disponibilidade para o partido, de Manuel Monteiro, tal como o próprio a defendeu no Conselho Geral, ou não. Afirma ainda que um partido não pode depender apenas do líder, e que quando assim acontece, é porque não existe um projecto sólido e consistente.
Susana Barbosa, está segura de que o PND constitui um projecto válido para Portugal, e que face à actual conjuntura da direita, ao contrário do que muitos já vaticinam, o PND não vai morrer, acreditando mesmo que para além da sua candidatura, outras irão surgir no seio do partido.
Para Susana Barbosa, é urgente a refundação do PND, quer em termos ideológicos quer em termos de implantação política nacional. «O partido tem vindo a decrescer em termos de implantação, nos principais distritos do país, Lisboa e Porto, mantendo-se vivo e activo apenas nos distritos de Aveiro e Braga. Ora, não é possível continuar a construir partido apenas com o trabalho de dois distritos, conforme tenho vindo a chamar à atenção há muito tempo. Há um grande trabalho de fundo a fazer na organização e implantação política do PND a nível nacional» afirma ainda.
Susana Barbosa acredita que os actuais líderes da direita estão esgotados e que «é necessário que surjam com urgência alternativas, sob pena de continuarmos a ter em Portugal um défice cada vez maior na direita, que se traduz numa oposição frágil e desconcertada, num momento de crise nacional profunda difícil de ultrapassar, gerada pelos sucessivos governos de centro esquerda».
Susana Barbosa, pretende espelhar a nível nacional o trabalho que tem vindo a desenvolver no distrito de Aveiro, afirmando que um pequeno partido jamais conseguirá afirmar-se, se em primeiro lugar não criar sustentação nas bases. «Não há notoriedade, nem mediatização, nem luzes da ribalta que nos valham, se não cativarmos militância» afirma.
Consciente das dificuldades acrescidas que terá de enfrentar depois do mau resultado das últimas eleições, Susana Barbosa conta com o apoio de todos os que acreditam na continuidade do PND e na necessidade de refundar o partido para a construção de uma «Nova Direita», forte, genuína, solidária, dinâmica, e com uma «nova atitude».
Susana Barbosa, apresenta a sua candidatura, segura de que muitos desafios e hostilizações a esperam, e de que à partida o facto de ser a primeira e única mulher em Portugal a candidatar-se à liderança de um partido político, já constitui uma marca da diferença que pretende assumir, assim como o facto de não ter receios da sua falta de notoriedade nacional, assumindo-a como uma mais-valia junto dos eleitores cansados da velha política e dos políticos que mesmo ainda novos, já são velhos no sistema.
«O PND terá de se afirmar o partido da direita ideológica, hoje extinta no panorama político nacional. Terá de regressar às origens, à defesa de tudo o que é natural, contra o sistema e contra a utopia do socialismo e do capitalismo selvagem. O PND terá de ter a coragem de defender os interesses nacionais sem preconceitos, e o combate e as formas como se traduzirá esse combate, têm de ser claros, simples e sinceros, porque não tendo comunhão alguma com os poderes instituídos, o PND nada terá a perder, e muito terá a construir por Portugal» conclui Susana Barbosa.
(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal, e em versão adaptada na edição de hoje do Diário de Aveiro)

Por uma «Nova Direita»

Após as últimas eleições intercalares à Câmara Municipal de Lisboa, a «Direita» portuguesa entrou em reflexão profunda. Todos os partidos de direita, fragilizados e fragmentados, sofreram uma enorme derrota. O denominado voto de protesto, «ou de comodismo», foi a abstenção. PSD, CDS/PP e PND reuniram os seus Conselhos Nacionais no passado sábado. Nada voltará a ser igual.
A direita portuguesa está em crise e é urgente um refrescamento político nacional. Até Santana Lopes pondera a criação de uma nova força política que mobilize a direita e o centro-direita conforme noticiado no passado fim-de-semana.
«A nova força política poderá chamar-se Aliança Democrática Portugal (ADP). É essa a sigla já registada por Ricardo Alves Gomes, ex-adjunto de Santana no Governo, que abandonou o PSD em 2005 e mantém uma página "em construção" na internet com o logótipo da ADP – em tons verde, branco e azul» conforme artigo do Diário de Notícias.
A solução da direita portuguesa, passará mesmo pela criação de mais partidos políticos ou de uma aliança de direita?
De momento, não estamos certos de nada. Mas o que sabemos é que partidos novos com a imagem de políticos antigos na política, dificilmente conseguirão obter sucesso. Exemplo do que afirmamos foi no passado Ramalho Eanes, e mais recentemente Manuel Monteiro no nosso Partido da Nova Democracia. O primeiro «morreu» pouco depois de nascer e o segundo, o partido de que sou fundadora, com muita pena minha, não conseguiu ainda levantar voo, apesar de já levar cerca de quatro anos de existência.
Desiluda-se pois, Santana Lopes, se pensa que um novo partido com a sua imagem, depressa poderá singrar através da sua notoriedade, ainda que possa constituí-lo com a mais portentosa «máquina de marketing», como faz bem o seu estilo.
Não queremos com isto afirmar que as intenções não sejam boas, cada qual com as suas ideias e a sua forma particular de ser e de estar na política. Mas o que se constata, é que o povo português está farto de políticos que fazem ou já fizeram parte do sistema.
Em relação a uma «reunificação» da direita portuguesa, ao contrário do que afirmou José Adelino Maltez, especialista em Ciência Política, também cremos que ela será muito improvável, decerto mesmo impossível, dadas as características dos actuais líderes da direita, muito diferenciadas das características de «elevação» de políticos como Sá Carneiro ou Adelino Amaro da Costa, que quando criaram a «AD» souberam acima dos interesses pessoais colocar os interesses do país.
Vamos pois lutar por uma «Nova Direita», intenção inquestionável do PND – Partido da Nova Democracia, e objectivo a que nunca deixou de se propor. Acreditamos que ainda é possível fazê-lo no actual contexto partidário, se soubermos renovar a imagem e a organização do nosso partido.
Apresentarmos o PND na política portuguesa, como uma «verdadeira alternativa de direita» face ao estrangulamento de «mais do mesmo» dos demais partidos, é o nosso desiderato. Mas para que tal aconteça, não podemos comungar com o sistema, temos de ter a coragem de nos afirmarmos genuínos, sinceros, num combate sério pelos interesses de Portugal, com uma «nova atitude» na política, porque o povo tem razão para estar saturado da política e dos políticos, e «desconfia», quando sente que o que se diz não corresponde ao que se faz!
(publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)

segunda-feira, julho 23, 2007

Sabedoria

«O sábio procura a sabedoria, o tolo encontrou-a»
Georg Christoph Lichtenberg
Alemanha [1742-1799] Físico/Escritor

O Defeito dos Homens Activos

Aos activos falta, habitualmente, a actividade superior: refiro-me à individual. Eles são activos enquanto funcionários, comerciantes, eruditos, isto é, como seres genéricos, mas não enquanto pessoas perfeitamente individualizadas e únicas; neste aspecto, são indolentes. A infelicidade das pessoas activas é a sua actividade ser quase sempre um tanto absurda. Não se pode, por exemplo, perguntar ao banqueiro, que junta dinheiro, qual o objectivo da sua incansável actividade: ela é irracional. Os homens activos rebolam como rebola a pedra, em conformidade com a estupidez da mecânica. Todos os homens se dividem, como em todos os tempos também ainda actualmente, em escravos e livres; pois quem não tiver para si dois terços do seu dia é um escravo, seja ele, de resto, o que quiser: político, comerciante, funcionário, erudito.
Friedrich Nietzsche, in 'Humano, Demasiado Humano'

sábado, julho 21, 2007

I Encontro Internacional de Embarcações Tradicionais

A Região de Turismo Rota da Luz apresenta, de 23 a 29 de Julho 2007, o I Encontro Internacional de Embarcações Tradicionais, onde embarcações tradicionais portuguesas, espanholas e francesas irão ancorar nos canais urbanos de Aveiro. Não perca a regata de Moliceiros no próximo dia 28 de Julho.
Semana gastronómica especial sabores da ria e do mar, exposição de apetrechos náuticos, conferências e seminários com participações internacionais, trabalho de artífices e mestres pintores ao vivo, além de outras actividades agendadas, virão confirmar as características únicas da Ria de Aveiro para o desenvolvimento do turismo náutico e afirmar esta região como destino diferenciador, motivador de experiências excepcionais.
A Regata dos Moliceiros, que no dia 28 de Julho irá potenciar na Ria de Aveiro um espectáculo de beleza extraordinária, assume-se como o mais singular evento náutico tradicional em Portugal, apresentando na edição/07 um programa de animação inovador e alargado a diversas áreas culturais e de lazer.

Rota da Luz - região de turismo

sexta-feira, julho 20, 2007

Hoje, a 13ª sessão dos «Serões da Avenida»


A 13ª sessão dos «Serões da Avenida» do Partido da Nova Democracia (PND), realiza-se hoje, pelas 21h30, na Sede Distrital do PND em Aveiro, sita na Rua Engº Von Haff, nº 61 - 1ºA.

Depois das últimas eleições à Câmara de Lisboa, PND, CDS/PP e PSD entraram em fase de reflexão interna sobre os resultados que não conseguiram obter. PND E PSD, têm já em agenda a marcação do seus Conselhos Gerais para o próximo sábado.

A crise instalada na direita portuguesa é uma realidade e merece reflexão. Que alterações irão sofrer os principais partidos da direita? Será que na verdade sofrerão mudanças significativas? Porque têm falhado as estratégias dos partidos da direita?

Estas e outras questões estarão em cima da mesa para debate, sob o tema «O estado da direita portuguesa»

Susana Barbosa, apresentará e moderará o debate.

A entrada é livre.

Participem e ajudem a construir Partido!

XVII Ficavouga 2007

Apesar do cartaz da XVII edição da Ficavouga, que decorre entre os dias 21 e 29 de Julho, ser considerado um dos mais baratos dos últimos anos, a presença de Rui Veloso, o cabeça de cartaz deste ano, assegura a qualidade do evento, assim como a adesão à festa. Durante os nove dias, a Ficavouga traz ainda a Orquestra Ligeira do Exército, um quinteto italiano, um Tributo aos Xutos e Pontapés, grupos de música locais, bandas filarmónicas e ranchos folclóricos do concelho. No desporto, o destaque vai para o atletismo e para o Ralicross/Kartcross Rota da Luz, responsável pela vinda de milhares de pessoas.

quarta-feira, julho 18, 2007

Crise de valores, crise na direita

Os resultados obtidos nas eleições intercalares em Lisboa no passado domingo, não nos podem deixar indiferentes e merecem uma reflexão séria e objectiva.
Passados dois anos de mais um desgoverno socialista, seria mais que desejável o erguer do «cartão vermelho» ao PS nas eleições à Capital. Surpreendentemente, ou talvez não, dadas as péssimas estratégias utilizadas pelos partidos da direita, os socialistas ganham a Câmara Municipal de Lisboa e assistimos a um reforço generalizado pela vitória das esquerdas e a uma abstenção nunca antes registada, denunciando o desinteresse e descrédito dos cidadãos pela política em geral e pelos políticos em questão.
A direita mais não pode colher, que o que semeou nestas eleições, e o que se viu foi uma direita desunida, desnorteada, tão mediática quanto ofuscada pelas luzes da ribalta. Mera ilusão, tudo mais do mesmo, não se conseguindo destrinçar a diferença, a sinceridade dos objectivos a que se propunham, e antes tomando assento em projectos pessoais, egocêntricos, deixando-se levar ao sabor das correntes e sem valores ideológicos. Foi uma pena, deu-se um brinde ao poder, ficou a perder Lisboa, ficou a perder Portugal.
Assim, nada voltará a ser igual. Instauram-se as crises de lideranças à direita. O PSD já antes fragilizado, volta à eterna dúvida sobre a «altura» do seu líder. O CDS-PP, mais fragmentado do que nunca, vê-se mais uma vez ludibriado com o «regresso do herói» Paulo Portas, que só mesmo a tontos pode ainda enganar. O PND, não teve perspicácia para tirar partido do momento único que teve em mãos, nem para tirar partido da crise já instalada na restante direita, deixando-se abater por mais do mesmo.
A direita está em crise. E é tão grave esta crise, quanto grave é a crise de valores que atravessamos no nosso país. «Como de pão para a boca», Portugal necessita de uma direita que lute verdadeiramente por princípios, de uma direita ideológica que não se acobarde aos poderes instituídos, que assente sem preconceitos o seu rumo na defesa dos interesses dos portugueses, na solidariedade e coesão do seu povo, no reconhecimento e mérito dos capazes e de tudo o que ainda temos de bom.
A verdadeira direita, tem de saber dar o exemplo, exigindo em primeiro lugar de si própria para poder exigir dos outros. Tem de ser livre e isenta das amarras do poder, dos compadrios, da corrupção a qualquer nível que ela exista. A verdadeira direita tem de ser uma direita unida, solidária, que só poderá ter a pretensão de entrar no «jogo», a partir do momento em que exista sinceramente fortalecida, com raízes, e sustentação ideológica forte que lhe imprima auto-confiança em si própria.
O PND-Partido da Nova Democracia, continuará a lutar por esta Nova Direita, na firme certeza de que só convencerá os eleitores, quando alcançar a maturidade de convencer em primeiro lugar as bases que o sustentam.
(publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)

segunda-feira, julho 16, 2007

Caminhos (1)


sexta-feira, julho 13, 2007

12ª sessão dos «Serões da Avenida»

A 12ª sessão dos «Serões da Avenida» do Partido da Nova Democracia (PND), realiza-se hoje pelas 21h30, na Sede Distrital do PND em Aveiro, sita na Rua Engº Von Haff, nº 61 - 1ºA.

A regulamentação da lei da interrupção voluntária da gravidez (IVG), publicada a 21 de Junho em Diário da República, entra em vigor no próximo dia 15 de Julho. De acordo com Jorge Branco, presidente da Comissão de Saúde Materna, os hospitais de Portimão e Garcia de Orta (em Almada) e a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, são as unidades que já fazem interrupções voluntárias da gravidez até às 10 semanas. A estas unidades vão juntar-se 12 hospitais da Administração Regional de Saúde do Norte, que a partir de segunda-feira começam a realizar abortos a pedido da mulher.

Estarão estas unidades devidamente preparadas para a IVG? As pressões da população têm sido muito grandes, mas bastará apenas cumprir com os requisitos da lei? Que preparação tem sido efectuada junto das pessoas?

Estas e outras questões estarão em cima da mesa para debate, sob o tema «Estão criadas as condições necessárias para a IVG em Portugal?», esta semana com a participação especial de Rui Pires da Silva, coordenador distrital das Novas Gerações e de Edgar Jorge, membro das direcções nacional e distrital do PND.

Susana Barbosa, apresentará e moderará o debate.

A entrada é livre.

quarta-feira, julho 11, 2007

Ser Patriota – Orgulho ou preconceito?

O patriótico, começa finalmente a cativar um lugar na sociedade portuguesa, felizmente, e principalmente junto dos nossos jovens, que já se aperceberam que sem sublimação, sem dignidade e sem auto-confiança, jamais poderemos constituir uma nação forte, independente, capaz de proteger os interesses nacionais e de preservar os valores mais importantes que nos unem, como a nossa história e as nossas tradições.

O amor à Pátria, considerado por muitos confrangedor, constitui já nos dias de hoje o único sentimento construtivo que nos poderá levar à luta pela elevação de Portugal. De certa forma, o regresso às origens no que de mais puro e íntegro esse regresso poderá representar, será o único caminho possível para o retomar de princípios e valores esquecidos pela sociedade e pelo capitalismo desenfreado que é urgente combater.

Este caminho que aqui hoje vos proponho, com moderação e reflexão, é um caminho duro, sem facilitismos, porque não se afigura fácil o futuro que nos espreita. Mas será o único caminho que poderá ir de encontro à genuína forma de servir os interesses da nação e dos portugueses.

Ser patriótico, implica ser um verdadeiro nacionalista que é aquele que acima de tudo defende a preservação das suas raízes, baseado em aspirações de dignidade para tudo e todos os que o rodeiam. Defender a natureza, defender os animais, defender os homens e o direito à vida, são causas primárias de um verdadeiro patriota.

Será natural que no nosso percurso de vida defendamos em primeiro lugar tudo o que nos é próximo. Estranho será quando alguém nos transmite ideias que pretendem salvar o mundo, mas que na prática do seu dia-a-dia constatamos que nem o seu semelhante dentro da sua própria casa consegue ajudar.

Assim, tal como eu que sou natural de Rocas do Vouga – Sever do Vouga, também é natural que eu sinta um carinho especial pela minha terra e por quem nela me viu nascer e andou comigo ao colo. E natural será ainda que eu me sinta grata aos pais que me criaram e me deram a vida, assim como identificada ao meu distrito, ao país que me viu crescer, ao continente onde me insiro, e por fim até ao planeta que a todos nos acolhe ou ao universo que nos mantém vivos, sempre por uma ordem de emoções e interesses crescentes, do que naturalmente nos está mais próximo.

Se infelizmente todos passamos na vida por incidentes locais, nacionais ou mundiais, o nosso instinto leva-nos de imediato a proteger quem nos é próximo. Em primeiro lugar atenderemos a quem temos connosco, depois aos restantes familiares e amigos, depois aos nossos vizinhos, às gentes da nossa terra, ao nosso povo, ao nosso continente… E tal como ser nacionalista é uma atitude natural de um ser humano equilibrado e em harmonia com a vida que aí desfruta, também ser patriota deveria ser uma postura normal de alguém que defende e pretende servir os interesses da nação onde nasceu.

Devemos pois perceber que para conseguir transformar Portugal e para sair deste «cinzentão» que parece insistir em descolorir o nosso povo, será necessário que em primeiro lugar tratemos da auto-estima do país, dignificando a nossa sociedade com actos de coragem e sinais de verdadeira mudança. Para nos tornarmos auto-confiantes, é necessário que acreditemos antes de mais em nós próprios e na nossa capacidade de lutar pelo que é nosso.

Comecemos pois, por amar e cuidar do que nos pertence, com orgulho de termos o que temos, e com orgulho de sermos o que somos. Aprendamos a gostar de nós próprios, da nossa cultura. Vamos à luta, sem amarras, pelas nossas raízes, pelos nossos princípios, pela nossa liberdade, mas sem preconceitos. Vamos com alma, com chama e com paixão, com o objectivo inquestionável de fazer melhor, porque os tempos terão de ser de viragem, dura, e crua, mas também de um caminho tão difícil quanto fascinante.

(publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)

domingo, julho 08, 2007

É Preciso Restaurar o Homem

A minha civilização repousa sobre o culto do Homem através dos indivíduos. Teve o desígnio, durante séculos, de mostrar o Homem, assim como ensinou a distinguir uma catedral através das pedras. Pregou esse Homem que dominava o indivíduo...

Porque o Homem da minha civilização não se define através dos homens. São os homens que se definem através dele. Há nele, como em todo o Ser, qualquer coisa que os materiais que o compõem não explicam. Uma catedral é uma coisa muito diferente de uma soma de pedras. É geometria e arquitectura. Não são as pedras que a definem, é ela que enriquece as pedras com o seu próprio significado. Essas pedras ficam enobrecidas por serem pedras de uma catedral. As pedras mais diversas servem a sua unidade. A catedral as absorve, até às gárgulas mais horrendas, no seu cântico.

Mas, pouco a pouco, esqueci a minha verdade. Julguei que o Homem resumia os homens, tal como a Pedra resume as pedras. Confundi catedral e soma de pedras, e, pouco a pouco, a herança desvaneceu-se. É preciso restaurar o Homem. Ele é a essência da minha cultura. Ele é a chave da minha Comunidade. Ele é o princípio da minha vitória.

Antoine de Saint-Exupéry, in 'Piloto de Guerra'

sexta-feira, julho 06, 2007

Hoje, 11ª sessão dos «Serões da Avenida»

A 11ª sessão dos «Serões da Avenida» do Partido da Nova Democracia (PND), realiza-se hoje, dia 06 de Julho, pelas 21h30, na Sede Distrital do PND em Aveiro, sita na Rua Engº Von Haff, nº 61 - 1ºA.

O possível encerramento da Praça do Peixe tem sido alvo de discussões em Aveiro. Se por um lado a coligação da Câmara PSD/CDS insiste em afirmar que se identificam problemas de funcionamento do equipamento, a oposição em geral não reconhece que os mesmos, ainda que existentes, sejam impedimento para o funcionamento do Mercado.
A Assembleia de Freguesia da Vera Cruz, também já se colocou contra o encerramento da Praça do Peixe, tendo aprovado por unanimdade uma moção contra essa possibilidade levantada. Agora um abaixo-assinado contra o fecho da Praça do Peixe já foi posto a circular na Beira-Mar, por um grupo de moradores. Após as recentes obras na Praça do Peixe, como se compreende que passado tão pouco tempo já se verifique a necessidade de obras de correcção? Não foram efectuadas as "vistorias"necessárias? Que interesses poderão estar na base deste encerramento?
Estas e outras questões estarão em cima da mesa para debate, sob o tema «Que desfecho para a Praça do Peixe?» Susana Barbosa, apresentará e moderará o debate.
A entrada é livre.
Compareçam e ajudem-nos a perceber a polémica questão!

quarta-feira, julho 04, 2007

Mãos ao Ar!

Foi hoje tornado público que o «Fisco» já executou de Janeiro a Junho deste ano de 2007, um total de 300 000 penhoras a contribuintes com dívidas em atraso. Foram assim arrecadados nos cofres de Estado cerca de 244 milhões de Euros de bens que terão de ser vendidos em hasta pública, como todos sabemos a preços muito inferiores aos seus reais valores. Se os portugueses são em média dos cidadãos europeus com menores rendimentos e maior taxa fiscal, não seria melhor começar a equacionar um «choque fiscal no seu contrário», em vez de asfixiar de vez as famílias?
Sempre fui a favor do cumprimento das dívidas de todos os cidadãos para com o Estado, como de igual modo dos cidadãos ou das empresas para com os seus fornecedores, ou instituições financeiras, seguradoras, etc., etc. O ideal seria um cumprimento de todos, dentro dos prazos estabelecidos. Mas questionamos, e o Estado cumpre de igual modo com os contribuintes a quem deve? Ao que sabemos um pouco por todo o canto e esquina deste país, existem dívidas por solver do próprio Estado aos contribuintes singulares, às empresas, às instituições…
E estes cidadãos e estas entidades colectivas credoras do Estado, podem “dar de troco” a mesma atitude prosseguindo com a execução de penhoras de património ao Estado? Respondemos: nem sempre, ou quase nunca! Porque os procedimentos nestes casos inversos são muito mais «complex» do que «simplex». Porque os custos para agir são de tal ordem elevados que tornam impraticáveis o avanço de processos. Porque como muitos destes contribuintes já estão de tal modo «estrangulados» com o incumprimento do Estado, acabam eles próprios por deixar de cumprir com a liquidação dos seus impostos, sujeitando-se por «ironia da situação» a verem-se envolvidos em processos de penhora, promovidos pelo seu maior devedor: o próprio Estado!
Se alguns casos de penhoras são realmente o último recurso para resolução de problemas, existem muitos outros que por certo poderiam ter solução. E nesta prepotência de Estado, que actua para tal contando com as receitas dos impostos dos que são seus devedores e não devedores, «leva o justo pelo pecador». E esta situação é tão mais grave, quanto mais envolvidos se encontram nestes processos, também aqueles que são credores do Estado por «adiantamento de impostos», tal como os pagamentos especiais por conta (PEC´s), ou mesmo as quantias de impostos sobre valor acrescentado (IVA`s) quando as mesmas ainda não foram recebidas dos clientes, que num caso e noutro são de cariz obrigatório e submetidos a avultadas multas quando não apresentados nos prazos estipulados.
Cremos pois, que existem mais situações geradas por contra – senso do que por bom – senso e os «simplex`s» do Estado são criados na sua maioria a pensar na forma mais rápida de resolver os seus problemas e não na forma de resolver os problemas dos contribuintes. «Cobrar», «cobrar», «cobrar», pelos meios mais eficientes possíveis, tem sido a principal preocupação deste governo, «secando» tudo e todos à sua volta.
- E servir melhor? - E aumentar a produtividade? - E encontrar soluções para diminuir o desemprego? – E estimular os pequenos e médios investidores?
A carga fiscal em Portugal é neste momento tão elevada, que à medida que o Estado vai engordando as receitas para manter o seu «status» e para alimentar a sua máquina, Portugal vai-se esvaziando de classe média, de investimentos, de valores, de produtividade. Hoje compra-se tudo feito e tudo a crédito. O sistema está «montado» apenas para os grandes grupos económicos e financeiros, que atingem lucros tão brutais quanto o fosso social que geram na sociedade.
Portugal gera hoje cada vez maior pobreza nas famílias de muitos, e cada vez maiores riquezas nas mãos de tão poucos. As classes médias são obrigadas a levantar «as mãos ao ar!», quando vêem os seus bens ameaçados, enquanto uns poucos burgueses não têm «mãos a medir» quando comparam os seus lucros. Quem nos quer apregoar socialismo? Quem nos quer apregoar igualdade?
BASTA DE DEMAGOGIA. Enquanto é tempo.
(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)

segunda-feira, julho 02, 2007

Dificultar Equivale a Facilitar e Inversamente

«Muita coisa, que em certas fases do homem lhe dificulta a vida, serve, numa fase superior, para lha facilitar, porque esses homens aprenderam a conhecer maiores complicações da vida. O inverso sucede igualmente: é assim, por exemplo, que a religião tem um duplo rosto, conforme uma pessoa ergue para ela o olhar, para que ela o livre da sua cruz e das suas penas, ou baixa para ela o olhar como para as cadeias que lhe foram postas, a fim de que não suba pelos ares demasiado alto.»
Friedrich Nietzsche, in 'Humano, Demasiado Humano'