sábado, dezembro 30, 2006

Flores e Feliz Ano Novo!

Hossana!

Junquem de flores o chão do velho mundo:

Vem o futuro aí!

Desejado por todos os poetas

E profetas

Da vida,

Deixou a sua ermida

E meteu-se a caminho.

Ninguém o viu ainda, mas é belo.

É o futuro...

Ponham pois rosmaninho

Em cada rua,

Em cada porta,

Em cada muro,

E tenham confiança nos milagres

Desse Messias que renova o tempo.

O passado passou.

O presente agoniza.

Cubram de flores a única verdade

Que se eterniza!

Miguel Torga

Generosidade

«A verdadeira generosidade para com o futuro consiste em dar tudo ao presente»
Albert Camus

Obrigado... Durão Barroso

Balanço do Ano

Aborto: o tema em que todos os nãos serão sempre provisórios e só um sim será definitivo. As esquerdas, com o auxílio prestimoso e cúmplice de alegadas direitas, conseguiram impôr novo referendo, sem que ninguém dentro do sistema tenha tido a coragem de se opôr. Bem mais importante é defender a natalidade, mas aí ninguém faz nada. É mais difícil e não dá títulos nos jornais.
Aveiro: é um dos distritos com mais desemprego, mais insegurança e mais crise social do país. É dos que mais condições tem para sair da crise. Tem empresas, ainda, investidores, ainda e dinâmica. Falta-lhe estratégia e autarcas com capacidade de liderança.
Câmara Municipal de Aveiro: um ano depois de ter ganho as eleições a coligação CDS/PEM/PSD ainda não foi capaz de apurar a dívida municipal. Os problemas que existiam, agravaram-se. Élio Maia é uma sombra do eficaz Presidente de Junta que foi. A mais insignificante promessa eleitoral está por cumprir. Um desastre que lembra o desastre que foi a mesma coligação, sem PEM, no Governo de Durão Barroso e Santana Lopes.
Continue a ler, por Jorge Ferreira, no Aveiro

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Infeliz

O Homem cobarde, egocêntrico e oportunista é o ser mais infeliz à face da terra.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Aqui

Também nesta época... Aveiro, maravilhosa!

sábado, dezembro 23, 2006

Feliz Natal

David Gois, in Don Juan

Sobre nós (4)

Adoro: a Paz

Detesto: o indefensável

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Almada Negreiros «Maternidade»

Autor: José Sobral de Almada Negreiros (1893 - 1970)
Século XX (1935)
Tipo: óleo sobre tela - Dimensões: 100 x 100 cm
Local: Centro de Arte Moderna (Lisboa)

quinta-feira, dezembro 21, 2006

O Natal de cada dia…

Faz-se quando o Homem puder.
Hoje mesmo senti que Natal é pouco mais que uma forma de estar, que se alcança ou não, consoante o nosso estado de espírito: com alegria e esperança, se alguma “luz” nos ilumina; com tristeza e desânimo se a dor e a amargura nos invadem, vencendo-nos; ou, simplesmente com indiferença, se arrefecemos e nem o arco-íris vislumbramos, quanto mais o Pai Natal.

Num tempo, em que muito distante mora o verdadeiro espírito natalício, a sociedade em que vivemos confunde tudo, e os seus filhos aprendem que Natal é a melhor época do ano porque se lucra mais… com brinquedos, com roupas, com carros, com dinheiro, sei lá…, com tudo e tão pouco! Uma correria desenfreada às compras parece não ter fim. Um tempo suposto de paz, reflexão, e fraternidade, dá lugar ao frenesim, ao cansaço e ao stress sem fim.
Quando ontem à tarde saía do escritório, fui abordada por duas mulheres ucranianas que andavam pelas ruas de Aveiro a vender bonecas artesanais, típicas do seu país. Diziam-me num português ainda muito atrapalhado, que precisavam de vender porque não conseguiam trabalho e o dinheiro escasseava para se alimentarem. Enquanto falavam e me convenciam a comprar, eu pude perceber a educação e o bom trato com que se apresentavam. Uma era estudante universitária e outra dizia ter um curso de economia. Falavam do Natal do seu país com muita alegria e do hábito de oferecer aquelas típicas bonecas artesanais nesta altura do ano.
Fiquei verdadeiramente impressionada com a esperança daquelas mulheres, que apesar das dificuldades e da distância do seu país, encaravam a possibilidade de uma vida melhor com coragem, com tão pouco ao seu alcance, e com tanta vontade de conquistar. Pensei nas lástimas dos nossos desempregados e na forma como tantos se acomodam aos rendimentos mínimos. Pensei como as bonecas “Barbies”, protótipo das sociedades de consumo, se instalaram de forma obsessiva também por cá, fazendo esquecer as antigas bonecas de “trapos” feitas com materiais reciclados. Pensei como eram possíveis aqueles sorrisos rasgados nas caras daquelas mulheres, que com toda a certeza por tantas agruras da vida estariam a passar.
A vida é portanto tão relativa, quanto relativas são as dificuldades. Alguns que mantêm viva a chama da esperança, lutando, e outros que desistem tão facilmente de lutar. Importa pois, não deixar fugir a força para continuar, e sem ter a pretensão de pensar que isolados podemos salvar o mundo, podemos no entanto em cada dia reflectir mais nos outros e no mundo que nos rodeia. Não adianta querer defender causas humanitárias globais se no nosso dia-a-dia menosprezamos quem passa ao nosso lado necessitando de ajuda, ou mesmo aqueles que vivem connosco e precisam de nós.
Tentemos pois, fazer do Natal uma época de amizade, de fraternidade, de solidariedade, valores por vezes tão esquecidos e tão postos de parte. E façamo-lo em primeiro lugar, com as pessoas que nos querem maior bem, como os nossos pais, os nossos filhos, a nossa família, os nossos amigos, ou até quem sabe, com quem passa por obra do destino ao nosso lado…
Deixo a todos um grande abraço e o desejo sincero de um Feliz Natal!
(Publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)

quarta-feira, dezembro 20, 2006

O Gosto pela Simplicidade

Cansado às vezes do artificialismo que domina hoje em todos os géneros, enfadado com os chistes, os lances espirituosos, com as troças e com todo esse espírito que se quer colocar nas menores coisas, digo comigo mesmo: se eu pudesse encontrar um homem que não fosse espirituoso, com quem não fosse preciso sê-lo, um homem ingénuo e modesto, que falasse somente para se fazer entender e para exprimir os sentimentos do seu coração, um homem que só tivesse a razão e um pouco de naturalidade: com que ardor eu correria para descansar na sua conversa ao invés do jargão e dos epigramas do resto dos homens! Como é que acontece perder-se o gosto pela simplicidade a ponto de não mais se perceber que ele foi perdido? Não há virtudes nem prazeres que dela não retirem encantos e as suas graças mais tocantes. Existe alguma coisa de grande ou de amável quando dela a gente se afasta? Do momento que ela não é reconhecida, não é falsa a grandeza, o espírito desprezível, a razão enganadora e todos os defeitos mais hediondos?
Luc de Clapiers Vauvenargues, in 'Das Leis do Espírito'
Escritor, França [1715-1747]

terça-feira, dezembro 19, 2006

Nova Democracia dirigiu-se aos deputados

A Nova Democracia dirigiu-se aos Deputados, via e-mail. Eis o teor das perguntas feitas:

1. Concorda V. Exa com um novo Aeroporto na OTA?

2. Caso não concorde, o que entende poder/dever ser feito para evitar tal obra?

3. Tem V.Exa directa ou indirectamente interesses patrimoniais na área abrangida pelo futuro aeroporto?

4. Conhece V.Exa as Empresas, e respectivos sócios, que fizeram os estudos justificativos da manutenção desta opção por parte do Governo? Sabe V.Exa se algumas dessas Empresas foram apenas constituídas em momento próximo da decisão governamental?

5. Concorda V.Exa com a divulgação dos nomes dos proprietários da área abrangida pelo futuro Aeroporto da OTA, bem como das datas da respectiva aquisição de propriedade?

via Democracia Liberal

Aveiro reconhecido como destino costeiro turístico de qualidade

A Ria de Aveiro e a zona costeira limítrofe foram distinguidas como destino costeiro turístico de qualidade, através de um projecto europeu. A região lagunar é a primeira a nível nacional a ser reconhecida com este galardão
O município de Aveiro recebeu ontem o certificado «Quality Coast», passando desta forma a ser a primeira região de Portugal a ser reconhecida como destino costeiro turístico de qualidade, agradável tanto para os visitantes como para o ambiente, informou fonte da autarquia.

Continue a ler, no Diário de Aveiro

Comissão de Utentes mostra que EN109 não é alternativa

A Comissão de Utentes da A17 e A29 não desistem da sua luta contra a anunciada introdução de portagens nestas duas Scut’s e mostraram numa “viagem cruel” pela alternativa EN109, a tormenta que os automobilistas terão de enfrentar, para não suportar «mais uma taxa»
Continue a ler, no Diário de Aveiro

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Coragem

«A coragem é a escada por onde sobem as outras virtudes»

Clara Boothe Luce
Estados Unidos, [1903-1987]

Sobre nós (3)

Adoro: as Nossas Cores

Detesto: a desconfiança

Aveiro reflections

aveiro reflections by carbalhax

No Fio Da Navalha

Não há como ler um Orçamento para perceber a política real. Não a dos discursos, não a das promessas, não a das românticas intenções, mas a dura política da verdade. A Câmara Municipal de Aveiro não foge a esta regra implacável da política de governar.
A Câmara de Aveiro aprovou esta semana por maioria o orçamento municipal para 2007, que ascende a 190 milhões de euros, mais 40 milhões do que este ano.
O vereador responsável pelo pelouro financeiro, Pedro Ferreira, da coligação que lidera o executivo (CDS/PP-PSD), justificou o valor elevado do orçamento por incorporar várias dívidas contraídas durante a gestão socialista, nomeadamente às empresas SimRia, à Somague e à Etermar, cujos valores não eram reconhecidos pelo anterior executivo.
Continue a ler, por Jorge Ferreira, no Aveiro

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Questão de peso

Quando o orgulho pesa mais do que o amor, escasso valor possui o ser humano.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Portugal, um país de contrastes

Cada vez mais. Os pobres cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos. Este é o síndroma de um país em vias de desenvolvimento e esta é a situação real de Portugal. Um país que se quer mostrar desenvolvido mas que se afunda em cada dia no subdesenvolvimento quando socialmente se evidencia a pobreza e os sinais exteriores de riqueza são cada vez maiores nas mãos de menos!
No passado domingo, “Viver de Sobras” foi uma reportagem da SIC que chocou muita gente. Pessoas no limiar da pobreza revirando os caixotes de lixo de Lisboa, é um cenário triste e degradante dos nossos dias. Ainda mais, como foi constatado, se crianças e idosos fazem parte dessas pessoas que buscam no lixo sobras que lhes possam matar a fome.
É revoltante pensar que convivemos com situações destas tão perto de nós, num país onde tanto se desperdiça, onde o consumismo assola as carteiras dos deslumbrados, onde o “usa e deita fora” passou a ser fórmula dominante de uma forma de estar, onde a “quantidade” passou a ser sinónimo de qualidade e bem-estar. Hoje, neste pobre país que desprovido de princípios se julga cada vez mais dourado, vive-se na ilusão do endividamento das famílias, vive-se para a filosofia do “ter” e pior do que isso, ignora-se com facilitismo, a miséria a que muitos já estão condenados.
Hoje, no mesmo canal SIC, somos informados que a Banca portuguesa obtém de lucros uma média de 6,6 milhões de euros por dia!
Sem querermos invejar o bem dos outros, até porque só tenho a elogiar a obtenção de lucros se estes são alcançados de forma honesta, é de considerar extraordinário o crescente sucesso da Banca e das Empresas Financeiras, ainda mais quando o Banco de Portugal e o Banco Central Europeu têm permitido o aumento sucessivo das taxas de juro e foi já anunciado na semana passada novo aumento, para antes do final do corrente ano.
Em contrapartida, o atendimento bancário é cada vez mais despersonalizado e os funcionários bancários lastimam-se de trabalho excessivo e de horas de trabalho extraordinário mal pagas. As pequenas e médias empresas, essas, as que ainda sobrevivem, afundam-se em custos, juros e impostos de sêlo sobre os mesmos, que lhes absorve todo o lucro dos sucessivos exercícios.
Não será o exposto suficiente para perceber que as políticas adoptadas vão de mal a pior? Não vislumbra quem nos governa, que o rumo que leva o país não nos leva a nós a lado nenhum? ou melhor, que apenas nos leva a um resultado de contrastes socio-económicos desesperantes?
É vergonhoso ter constatar que Governo e Presidente da República andem tão preocupados com o “referendo ao aborto” e tão despreocupados com a “luta contra a pobreza”, bandeira de outros tempos, que hoje mais do que nunca deveria ser hasteada como primeira prioridade.
(Publicado nas edições de ontem do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)

terça-feira, dezembro 12, 2006

ENCONTROS DOS JERÓNIMOS - “Estado Garantia: o Estado Social do séc. XXI?”

A Revista Nova Cidadania, propriedade da Fundação Oliveira Martins, convida para a primeira sessão dos “ENCONTROS DOS JERÓNIMOS” dedicados ao tema “Estado Garantia: o Estado Social do séc. XXI?”, no próximo dia 16 de Dezembro (sábado), no refeitório do Mosteiro dos Jerónimos, entre as 9h30 e as 13h00.

Nesta primeira sessão dos Encontros dos Jerónimos, Fernando Adão da Fonseca, João Carlos Espada, João Cardoso Rosas, José Carlos Vieira de Andrade, José Gomes Canotilho e D. Manuel Clemente irão reflectir sobre “O que é o Estado Garantia?”, “Quais as suas obrigações e limites nas diversas áreas da sociedade?” “Quais as suas implicações ao nível do desenho das principais políticas públicas?”

A ENTRADA É LIVRE. Inscrição através do endereço de e-mail, do fax ou do telefone da NOVA CIDADANIA:

Revista Nova Cidadania

Rua Rodrigo da Fonseca 17, 1º - 1250 189 Lisboa

Tel. 213879131 Fax. 213859897 - E-mail: novacidadania@gmail.com

Continue a ler, via Democracia Liberal

Crónicas do Sistema (XIII)

A grande ofensiva contra a corrupção e o branqueamento de capitais, ao mais alto nível, conheceu uma nova evolução.
Depois dos bancos, das empresas de consultadoria e de um punhado de escritórios de advogados, um ano e três meses depois chegou a vez das buscas às construtoras e a mais umas empresas avulsas, o que constitui, para já, mais um passo em frente no vazio.
Até agora, nada se sabe, em concreto, sobre o andamento das investigações que agitaram a alta finança, os grandes empresários e os barões da advocacia, ao contrário do que é normal (veja-se o caso espanhol da ”Operação Suéter“).
Continue a ler "Mais do Mesmo", por Rui Costa Pinto, no Mais Actual

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Ontem

sábado, dezembro 09, 2006

Lucidez

«Apenas se vê bem com o coração»

Antoine de Saint-Exupéry
França [1900-1944] Escritor/Aviador

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Sentido de Estado

Cartoon de Pedro Afonso

Pérolas do Politicamente Correcto

O próximo referendo sobre o aborto desencadeou o habitual e infeliz desfile de lugares-comuns com que normalmente se procura disfarçar dificuldades políticas conjunturais, mas que são ideias perniciosas que é importante desmontar. Todas elas assentam num profundo temor do confronto de ideias e numa estéril preocupação com consensos pueris, falsos, artificiais e verdadeiramente estranhos à democracia.
Continue a ler, por Jorge Ferreira, no Aveiro

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Vermelho

De vermelho se veste a derrota,
De vermelho se ergue a vitória.
De vermelho se põe e nasce o sol,
De vermelho a poesia.
De vermelho a verdade,
De vermelho a mentira.
De vermelho o fogo,
Com vermelho se faz vida.
De vermelho a noite,
Com vermelho até ser dia.

Augusta Almeida

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Pelo Não a Cavaco, pelo Sim à Vida

Eu que não sou católica-praticante como Cavaco, eu que não sou social-democrata como Cavaco, eu que não devo favores políticos de conveniência, eu que sou acima de tudo uma pessoa livre para dizer o que penso e para defender as minhas convicções, digo “Não” a Cavaco e “Sim” à Vida!
Da mesma forma que não posso concordar com a posição hipócrita e desajustada da igreja católica que desaprova o uso de preservativos e de anticoncepcionais, também não concordo com a leviandade irresponsável e igualmente desajustada de todos os que defendem a liberalização do aborto sem limites de bom senso nem respeito pelo que de mais valioso deve ser assegurado à humanidade: a Vida.
Cavaco Silva, desiludindo a muitos, que não a mim, veio na passada semana tornar pública a sua concordância com o governo de José Sócrates, anunciando já a data de 11 de Fevereiro de 2007 para a realização do referendo sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), que foi considerada “adequada” pelos partidos com assento parlamentar, fazendo desta questão uma prioridade nacional dos problemas a resolver em Portugal.
À questão proposta pelo PS para o novo referendo: "Concorda que deixe de constituir crime o aborto realizado nas primeiras dez semanas de gravidez, com o consentimento da mulher, em estabelecimento legal de saúde?", que sempre me pareceu mal enunciada e tendenciosa, portanto, contraponho outra questão que me parece deveras importante: “Concorda que neste processo de avaliação sobre a IVG, se fale sempre, e só, em nome da mulher e jamais do homem”?
Na verdade é que, excluindo raras excepções de inseminação artificial por vontade própria apenas da mulher, uma gravidez não é fruto de um acto isolado da mulher mas sim resultado de uma relação homem/mulher que deve ser assumida com a responsabilidade dos dois. Tal como hoje não podem existir filhos de pais incógnitos, também uma gravidez ainda que as primeiras semanas, não pode existir de forma incógnita. Parece-me desta forma uma questão deveras importante para o debate desta matéria, creio que o homem é parte integrante desta problemática desde o momento em que é parte activa no acto da relação sexual. Se compreendemos que naturalmente é o corpo da mulher que vai sustentar fisicamente a criança, será de um egoísmo atroz equacionar que só por esse facto ela será dona exclusiva do ser que alimenta.
Dizer sim à despenalização da IVG, é pactuar como em tantas outras situações, com a desresponsabilização dos actos que se praticam. Num mundo civilizado e moderno da era das novas tecnologias pode-se e deve-se “fomentar a prevenção” ao invés de optar pela displicência do “deixa andar” e pelo facilitismo do “não interessa, deita fora”.
O maior problema desta delicada questão, é que o “politicamente correcto” se concentra em fazer da mulher uma vítima, quando existem meios para colmatar uma gravidez indesejada atempadamente. E ao invés, são por sua vez descurados os princípios éticos e morais do respeito pela própria vida que é na nossa essência o nosso maior bem.
(publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)

segunda-feira, dezembro 04, 2006

À boa maneira portuguesa

No sábado tive um dia fantástico, a par de uma gastronomia só possível em Portugal e que infelizmente nem sempre é possível ter ao dispor . Ao almoço, iscas de coração de novilho com molho de cebolada e batata cozida, um prato acompanhado por um bom vinho verde. Ao jantar, arroz de cabidela de galo caseiro, um prato acompanhado por um bom vinho velho do Dão. Ah! e é claro que não faltaram as boas sobremesas, nem as castanhas assadas à boa maneira do Outono. É em alturas como esta que penso como o nosso país é tão rico culturalmente e como isso se reflecte tão bem na sua gastronomia ímpar e heterogénea.
No domingo, choveu todo o dia, mas cá por dentro esteve muito quentinho.

Em Memória de Sá Carneiro e Amaro da Costa

1. Em 1980 Sá Carneiro, Amaro da Costa, suas respectivas mulheres, António Patrício Gouveia e dois pilotos, morriam na sequência da explosão do avião em que seguiam para o Porto. Recordo-me da noite em que tal sucedeu e recordo-me da longa conversa telefónica, provocada quase de imediato, que mantive com o Luís Bigotte Chorão. Eu era ao tempo um dos responsáveis pelo Gabinete de Juventude, na candidatura do General Soares Carneiro e tal como eu, muitos outros jovens acreditavam com total entusiasmo e espírito de entrega no projecto que aqueles homens tinham para Portugal. Nessa noite, mais do que a trágica e brutal perda de grandes líderes nacionais, desapareceu uma certa forma de fazer política, de estar na política, de sentir a política. Sá Carneiro e Amaro da Costa provocaram em muitos jovens de então o gosto pelo risco, pela iniciativa, pelo desafio, pela militância. Quando hoje vejo muitos jovens mais velhos do que a sua própria idade, sem nenhuma ideia ou projecto para a Nação a que pertencem sinto que o País envelheceu para lá do normal. E isso não é positivo. Em memória de Sá Carneiro e de Amaro da Costa saibamos reagir, resistir, acreditar e ter fé na nossa Pátria.
Continue a ler, por Manuel Monteiro, no Democracia Liberal

Ora nem mais...

O Caso Luísa Mesquita

Com aquela velocidade própria das agendas políticas e mediáticas do nosso tempo, o caso Luísa Mesquita passou rapidamente ao esquecimento. Pelo menos, até ser expulsa do partido, como já sucedeu a tantos antes de chegar a vez desta ortodoxa de ontem, ou até se decidir a sair, como se comprometeu perante o partido, o assunto não mais será falado.

Mas a natureza e o exercício do mandato parlamentar é dos assuntos que vale a pena debater, independentemente das conjunturas picantes, porque é um espelho da qualidade da democracia, diria mesmo, da essência da democracia.
Continue a ler, por Jorge Ferreira, no Aveiro

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Sobre nós (2)

Adoro: o Sentido de Humor.

Detesto: o negativo.

1º de Dezembro

Há 366 anos um valoroso grupo de portugueses decidiu dizer um Basta ao domínio espanhol e restaurar a Independência nacional. Hoje, quase quatro séculos depois, é necessário dizer bem alto que essa independência está posta em causa.
O actual governo dá infelizmente provas de falta de patriotismo e de total subserviência aos interesses de Espanha. E dá essa prova quando:

1. Aceita traçados de auto – estrada conformes com a vontade de Madrid
2. Aceita trajectos do TGV impostos por Madrid
3. Desactiva o Aeroporto do Porto e vira costas ao Porto de Leixões, seguindo uma estratégia favorável a Madrid
4. Ministros afirmam a sua crença no iberismo
5. Retira apoios aos agricultores portugueses, facilitando com isso a compra por parte de espanhóis de terras beneficiadas pelo Alqueva
6. Mantém uma taxa de IVA mais alta do que em Espanha empurrando milhares e milhares de portugueses, a fazerem as suas compras para lá da fronteira
7. Encerra serviços no Interior garantindo com isso uma maior atracção em relação à oferta espanhola

Por tudo isto reafirmamos que a Independência está em perigo e que também hoje existem muitos Migueis de Vasconcelos disfarçados de democratas, dispostos a vender Portugal.
Por Manuel Monteiro, no Democracia Liberal