«Dívida externa aumentou 54% com o governo de Sócrates»-Porque é que poucos ousam falar disto?
Com a devida vénia ao Diário de Aveiro
Já no final de 2008, mais propriamente no final do passado mês de Dezembro, fizemos uma chamada de atenção para os “alertas” do fiscalista e ex-ministro das finanças Medina Carreira, que na altura afirmou publicamente que a dívida externa de Portugal estava a aumentar «dois milhões de euros por hora», e que esta, já estaria cifrada naquela data, em cerca de 353 mil milhões de euros, o que representa praticamente 100% do PIB nacional.
Agora, segundo a publicação do Boletim Estatístico de Março de 2009, do Banco de Portugal, constata-se que «entre 2005 e 2008, o "Activo" de Portugal no estrangeiro, ou seja, tudo aquilo que o País possui no exterior, aumentou apenas 29.353,9 milhões de euros, ou seja, somente 11,6%, enquanto o "Passivo" de Portugal ao estrangeiro, ou seja, a Dívida Bruta (aquilo que o País deve ao estrangeiro) cresceu em 86.203,6 milhões de euros. A Dívida Líquida do nosso País ao estrangeiro, que se obtém subtraindo ao "Activo" do País o "Passivo" do País, aumentou em 56,849,7 milhões de euros, atingindo, em 2008, 161.531 milhões de euros. Como consequência, a Dívida Bruta (o "Passivo" do País), em 2008, era 2,67 vezes superior ao PIB, ou seja, a toda a riqueza criada em Portugal nesse ano. E a Dívida Líquida do País ("Passivo" menos "Activo"), medida em percentagem do PIB, cresceu de 70,2% para 97,2%. Por outras palavras, o "Passivo" do País ao exterior (aquilo que ele deve ao estrangeiro) é já superior ao seu "Activo" no estrangeiro (o que tem a haver do estrangeiro) em 161.531 milhões de euros».
De acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal no seu Boletim Estatístico de Março de 2009, constata-se pois, que como consequência do aumento vertiginoso do défice da Balança Corrente, o endividamento do País ao estrangeiro disparou durante o governo de Sócrates, e que «EM QUATRO ANOS, A DÍVIDA EXTERNA LÍQUIDA PORTUGUESA AUMENTOU EM 54%», o que tratando-se de uma matéria de extrema gravidade para o futuro de Portugal, e tratando-se de uma crescente, e já mesmo alucinante, hipoteca do futuro de todos os portugueses, muito nos admira que esta temática, passe mais uma vez, à margem da maioria dos principais meios de comunicação social.
Ainda segundo o mesmo Boletim Estatístico, «EM 2008, O CRÉDITO BANCÁRIO APLICADO NO IMOBILIÁRIO E NA HABITAÇÃO, ERA DEZ VEZES SUPERIOR AO CRÉDITO APLICADO NA AGRICULTURA E NA INDÚSTRIA», o que mais uma vez nos vem corroborar o que temos vindo a afirmar, pois prendendo-se esta consequência com a política de crédito, consentida pelo próprio Banco de Portugal, com uma maior abertura a sectores especulativos da banca na economia, premiando o lucro fácil mas incerto, em vez de dar apoio a sectores produtivos da economia, como à nossa agricultura, ao nosso comércio e à nossa indústria, que em suma representam a nossa sustentabilidade e a independência económica do nosso país.
Portugal, continua pois a girar ao contrário, constata-se que o governo de Sócrates continua a apoiar actividades especulativas em prol das actividades produtivas do nosso país. A par do crédito excessivo concedido à construção civil e à habitação, há que aduzir os elevados empréstimos concedidos a reconhecidos especuladores de investimentos na bolsa, que para além dos bancos privados se estendeu à concessão por parte da própria Caixa Geral de Depósitos, que se encontra agora também em sérias dificuldades para obter o reembolso dos mesmos.
É tempo de perceber que a política seguida pela governação de Sócrates, é favorável ao facilitismo e ao lucro desmesurado de alguns, e desfavorável aos interesses do desenvolvimento nacional assente em políticas produtivas de sustentabilidade. Sócrates ao longo destes quatro anos continuou a destruir o aparelho produtivo do nosso país, e com isso esgotou as classes médias, atirando o desemprego para níveis incomportáveis.
Agora com mais uma medida propagandística, Sócrates diz que os 25 mil estágios profissionais para jovens, existentes em 2008, serão aumentados para 40 mil em 2009. Desiludam-se, pois não se trata mais do que de uma política de “tapa-olhos”, para fazer baixar temporariamente o desemprego enquanto decorrerão os próximos actos eleitorais, pois após as formações e estágios em causa, não existirão empresas no activo para proporcionar empregos reais. Esta é a realidade.
Susana Barbosa
1ª Signatária do Partido da Liberdade
Agora, segundo a publicação do Boletim Estatístico de Março de 2009, do Banco de Portugal, constata-se que «entre 2005 e 2008, o "Activo" de Portugal no estrangeiro, ou seja, tudo aquilo que o País possui no exterior, aumentou apenas 29.353,9 milhões de euros, ou seja, somente 11,6%, enquanto o "Passivo" de Portugal ao estrangeiro, ou seja, a Dívida Bruta (aquilo que o País deve ao estrangeiro) cresceu em 86.203,6 milhões de euros. A Dívida Líquida do nosso País ao estrangeiro, que se obtém subtraindo ao "Activo" do País o "Passivo" do País, aumentou em 56,849,7 milhões de euros, atingindo, em 2008, 161.531 milhões de euros. Como consequência, a Dívida Bruta (o "Passivo" do País), em 2008, era 2,67 vezes superior ao PIB, ou seja, a toda a riqueza criada em Portugal nesse ano. E a Dívida Líquida do País ("Passivo" menos "Activo"), medida em percentagem do PIB, cresceu de 70,2% para 97,2%. Por outras palavras, o "Passivo" do País ao exterior (aquilo que ele deve ao estrangeiro) é já superior ao seu "Activo" no estrangeiro (o que tem a haver do estrangeiro) em 161.531 milhões de euros».
De acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal no seu Boletim Estatístico de Março de 2009, constata-se pois, que como consequência do aumento vertiginoso do défice da Balança Corrente, o endividamento do País ao estrangeiro disparou durante o governo de Sócrates, e que «EM QUATRO ANOS, A DÍVIDA EXTERNA LÍQUIDA PORTUGUESA AUMENTOU EM 54%», o que tratando-se de uma matéria de extrema gravidade para o futuro de Portugal, e tratando-se de uma crescente, e já mesmo alucinante, hipoteca do futuro de todos os portugueses, muito nos admira que esta temática, passe mais uma vez, à margem da maioria dos principais meios de comunicação social.
Ainda segundo o mesmo Boletim Estatístico, «EM 2008, O CRÉDITO BANCÁRIO APLICADO NO IMOBILIÁRIO E NA HABITAÇÃO, ERA DEZ VEZES SUPERIOR AO CRÉDITO APLICADO NA AGRICULTURA E NA INDÚSTRIA», o que mais uma vez nos vem corroborar o que temos vindo a afirmar, pois prendendo-se esta consequência com a política de crédito, consentida pelo próprio Banco de Portugal, com uma maior abertura a sectores especulativos da banca na economia, premiando o lucro fácil mas incerto, em vez de dar apoio a sectores produtivos da economia, como à nossa agricultura, ao nosso comércio e à nossa indústria, que em suma representam a nossa sustentabilidade e a independência económica do nosso país.
Portugal, continua pois a girar ao contrário, constata-se que o governo de Sócrates continua a apoiar actividades especulativas em prol das actividades produtivas do nosso país. A par do crédito excessivo concedido à construção civil e à habitação, há que aduzir os elevados empréstimos concedidos a reconhecidos especuladores de investimentos na bolsa, que para além dos bancos privados se estendeu à concessão por parte da própria Caixa Geral de Depósitos, que se encontra agora também em sérias dificuldades para obter o reembolso dos mesmos.
É tempo de perceber que a política seguida pela governação de Sócrates, é favorável ao facilitismo e ao lucro desmesurado de alguns, e desfavorável aos interesses do desenvolvimento nacional assente em políticas produtivas de sustentabilidade. Sócrates ao longo destes quatro anos continuou a destruir o aparelho produtivo do nosso país, e com isso esgotou as classes médias, atirando o desemprego para níveis incomportáveis.
Agora com mais uma medida propagandística, Sócrates diz que os 25 mil estágios profissionais para jovens, existentes em 2008, serão aumentados para 40 mil em 2009. Desiludam-se, pois não se trata mais do que de uma política de “tapa-olhos”, para fazer baixar temporariamente o desemprego enquanto decorrerão os próximos actos eleitorais, pois após as formações e estágios em causa, não existirão empresas no activo para proporcionar empregos reais. Esta é a realidade.
Susana Barbosa
1ª Signatária do Partido da Liberdade
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)