terça-feira, julho 29, 2008

Urge o grito da mudança

Com a devida vénia ao Diário de Aveiro
Após uma breve pausa, o regresso à escrita de opinião poderia visar inúmeros acontecimentos, mas de tudo o que foi girando por este Portugal, e diga-se que infelizmente muito pouco de bom, para além da nossa própria privilegiada natureza de sol e mar, o que mais nos deixou perplexos e em profunda reflexão, foram sem dúvida os graves incidentes ocorridos entre ciganos e africanos na zona da Quinta da Fonte, em Loures.

Na verdade, face a episódios como os que ali ocorreram, começa a já não haver lugar ao «politicamente correcto», e cremos que é tempo de agir em conformidade com a realidade, e não em função de políticas de facilitismo de suposta integração, que ao invés de evoluírem no nosso país com os erros constatados em outros países da União Europeia, mais não se limitam do que a copiar modelos gastos e ultrapassados de um «integracionismo» displicente, que apenas acumula mau estar e perigosidades tão inevitáveis, que jogam as vidas de milhares de cidadãos em autênticos «barris de pólvora» prestes a explodir a qualquer instante.

Importa agora desmontar para além da triste realidade em que as pessoas se encontram, os «interesses» que existem por detrás destas cortinas de miséria, e imputar responsabilidades a quem contribui para a formação desta marginalização, a fim de se encontrarem soluções sérias e controladoras destes fenómenos de degradação social.

Quem são então os culpados de todas estas marginalidades?

Não podemos de ânimo leve culpar apenas estas populações marginais, que declaradamente e de forma recorrente usufruem de rendimentos sociais de inserção, e pagam pelos seus T2 ou T3, quatro ou cinco euros mensais. Não nos podemos alhear da condição de que quem lhes atribuiu tais benefícios, tem em vista «milhares de votos» de norte a sul do país, e que os principais responsáveis pela atribuição destas «benesses» são os oportunistas e profissionais da política, que nas alturas certas bem sabem visitar estas desgraças humanas e sacar-lhes os votos necessários às suas reeleições, sem dó nem piedade para com todos os que ainda tentam pagar os seus impostos e os seus empréstimos a «preço de ouro», asfixiados num dia-a-dia sem perdões nem condescendências.

O «sistema» só poderá continuar a viver alheado dos problemas reais, se os portugueses continuarem a ser cúmplices desta falta de decência, determinando-se ao eterno e cómodo «silêncio».

Não é possível continuarmos a viver numa resignação tão grande aos poderes das «elites caviar», que permitamos que esses próprios poderes manipulem as misérias e as riquezas a seu modo convenientes, arrastando consigo um lamaçal de desintegrações, tráficos, crimes e prostituição, numa insegurança generalizada.

A negligência também pode ser crime, e pactuar com quem contribui para a nossa perda de dignidade e de identidade nacional, é contribuir para que mais do que assistir a um clima caótico de famílias endividadas e penhoradas, assistamos ainda pacificamente à penhora da nossa liberdade nacional.

Urge o grito da mudança exigível a cada português que ainda nutre amor por si próprio, e pela sua Pátria. Enquanto é tempo.


(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

sexta-feira, julho 18, 2008

A Regata dos Moliceiros

Aveiro assiste, amanhã, a mais uma edição da grande Regata dos Moliceiros, que este ano reúne 40 embarcações e apresenta, como novidade, o Raid de Catamarãs. O evento integra-se na Festa da Ria.

terça-feira, julho 15, 2008

Confiança

«Presta confiança às acções dos homens, mas não ao que eles dizem.»

Demófilo
Grécia Antiga, [Século VI AC]

quinta-feira, julho 03, 2008

"São os Impostos, estúpido"

«Ou Portugal acorda para o Mundo, ou se deixa vencer rendendo-se»
Com a devida vénia ao Diário de Aveiro
A célebre frase «É a Economia, estúpido», que foi dita há já alguns anos por James Carville, um dos craques mundiais do marketing político durante uma campanha à presidência dos Estados Unidos, fez-nos lembrar que a mesma bem poderia ser aplicada nos dias de hoje à triste realidade portuguesa, e ainda de forma mais bem direccionada ao nosso primeiro-ministro José Sócrates, adaptando-a pela frase «São os Impostos, estúpido», já que do actual ministro da Economia os portugueses nem recordam o nome, tal é a falta de importância pela sua constante displicência, e por conseguinte a sua dispensabilidade no momento actual.

Não é por acaso que todos os dias observamos a crescente revolta dos cidadãos portugueses, em consequência da pesada carga fiscal que têm de suportar; não é por acaso que o fosso entre ricos e pobres tem aumentado brutalmente em Portugal; não é por acaso que a criminalidade se vem desenvolvendo a «olhos vistos»; assim como não terá sido por acaso que no passado sábado, a Polícia Judiciária «recolheu sete cápsulas de bala e outros vestígios próximo do Pavilhão de Arena, em Portimão, que foi alvejado durante a noite quando decorria um jantar do PS/Algarve, que contou com a presença do primeiro-ministro».

Na realidade, as classes médias portuguesas estão a ser asfixiadas pelos impostos de tal forma, que face às mordomias e face aos faustosos e intermináveis «banquetes de estado», a revolta tende a aumentar. O cidadão comum já se apercebeu que o dinheiro dos seus impostos não contribui como seria exigível para a educação, para a saúde e bem-estar comum, ou para uma melhor justiça. Todos nós sentimos que com o dinheiro dos nossos impostos, estamos antes de mais a alimentar o ego de políticos megalómanos, que se dão ao luxo de continuar a pensar acima de tudo em obras que não servem para nada, ao lado das necessidades básicas por satisfazer em que se encontra o nosso povo.

É hora de exigirmos a baixa generalizada de impostos em Portugal, antes que se destruam ainda mais as famílias e as classes produtivas assentes nas pequenas e médias empresas, que constituem a principal sustentabilidade do país, e não será um por cento de IVA que vai resolver qualquer problema, mas antes adiar o problema, uma vez que se continua a querer «tapar o Sol com uma peneira».

A continuar a insistir em políticas sem rumo, sempre bem maquilhadas pela base das «novas tecnologias», estamos a ver contribuir para germinação das «sementes da fome» como bem nos retratou uma recente reportagem televisiva. Não adianta querer fechar os olhos à realidade, pois os testemunhos evidentes da mesma são cada vez mais visíveis, e as cortinas de mentiras vão caindo mais rápido do que aquilo que julga quem nos vai desgovernando.

O «folclore político» em que vivemos, está a abrir portas a um clima pré-revolucionário que só o calor do Verão e uns míseros subsídios de férias para alguns, poderão fazer abrandar os ânimos, mas estamos certos que dias cinzentos nos esperam, e que com a crise mundial a persistir, os cereais a escassear e o petróleo a aumentar, ou Portugal acorda para o Mundo, ou se deixa vencer rendendo-se. Ao nosso lado, a Espanha que tem impostos mais baixos, continua a baixá-los, e querer comparar as percentagens dos nossos impostos com países como a Finlândia, a Suécia ou a Noruega, é continuar pura e simplesmente a «defender o indefensável», e por certo, não
é o nosso povo que é «estúpido».
(publicado na edição de ontem do Diário de Aveiro)

terça-feira, julho 01, 2008

Políticos do blá, blá, blá...

... E porque tem cada vez mais actualidade, aqui deixo uma chamada de atenção para o artigo publicado neste blog e no Diário de Aveiro ,do passado dia 13 de Junho deste ano, Políticos do blá, blá, blá...
«Portugal necessita com urgência de ultrapassar este espírito de oportunismo...»
«Encerrada a sede do Porto, e encerrada a sede de Aveiro, ambas passando por um cenário de desgoverno e de falta de bom senso, associados à "falência deste Partido"...»