arestália
nos seus estados naturais, sólido, líquido ou gasoso
domingo, abril 30, 2006
Com nada
Se de azul se veste o sonho
Se de negro a teimosia,
Se de branco vejo a lua
Se de verde vejo a serra,
Vou vestir-me de vermelho
E despir-me até ser dia.
Augusta Almeida
sábado, abril 29, 2006
Conferência da NovaDemocracia em São João da Madeira
sexta-feira, abril 28, 2006
Inacreditável!
Remar contra a maré
A este propósito temos ouvido lautamente teorizar sobre a natureza jurídica dos contratos, sobre a natureza institucional dos compromissos e até sobre teorias da conspiração que envolveriam o Presidente da Federação Portuguesa de Remo, pessoa de Coimbra, supostamente mais interessado na construção de outra pista que não a de Rio de Novo do Príncipe.
Élio Maia precipitou uma reacção do Governo PS, que certamente já antevia, anunciando a construção da pista, no sentido de provocar uma clarificação do Governo. Conseguiu. Mas a pior possível. Agora anda a negociar, sem qualquer garantia de sucesso, até porque o ambiente financeiro do país não está para grandes extras.
Curiosamente existe em Aveiro uma situação simétrica. O Beira-Mar, que brilhantemente acaba de reconquistar o seu lugar na Superliga, reclama da Câmara de Aveiro o pagamento, em devido tempo protocolado, de uma verba de 800.000 euros, relativa ao negócio global do novo Estádio, construído para o Euro 2004.
O Presidente da Câmara Municipal de Aveiro diz que não tem dinheiro para pagar. Engraçado. Então agora não há palavra dada? Então agora os contratos não são para cumprir? Então agora as instituições não estão vinculadas aos seus compromissos independentemente das pessoas que em cada momento, por força da decisão eleitoral legítima, são eleitas para servir essas mesmas instituições?
Quando o Governo socialista diz que não tem dinheiro para pagar é falta à palavra. E quando é a Câmara Municipal de Aveiro que o faz? O que será? Curiosamente, ou talvez não, não se têm visto tão abundantes teorias sobre a natureza dos contratos a propósito desta situação.
Talvez exista uma lição a tirar destes imbróglios. É que a política portuguesa padece de um gravíssimo vício. O vício das grandezas, que todos estamos duramente a pagar. Assinar papéis, chamar os jornalistas e fazer sessões de propaganda, é fácil. No Governo e nas autarquias. Pagar é que são elas. É que como diz o povo, casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)
Sonhos sem ilusões
Fernando Pessoa
Jaquinzinhos - Um livro dos melhores textos do blog
Uma selecção dos melhores textos publicados no blogue sulista, elitista e liberal do João Caetano Dias.
Quem nos diz é o Jorge Ferreira, e pode encomendar este livro na editora O Espírito das Leis
quinta-feira, abril 27, 2006
Sobre o Turismo em debate em Aveiro
Quatro dias a debater turismo nacional
Numa iniciativa da Associação de Gestão e Planeamento em Turismo da Universidade de Aveiro, em parceria com a Câmara Municipal, Aveiro vai acolher, a partir do dia de hoje e até ao próximo domingo, a VIII edição da Semana Aberta do Turismo e o II Encontro Nacional de Estudantes de Turismo – ENETUR.
Além de promover a interacção e tertúlia de conhecimentos entre os docentes e alunos de turismo a nível nacional, o evento tem como missão apresentar na região de Aveiro um evento turístico de nível nacional, uma vez que a VIII Semana Aberta do Turismo é aberta a todos os alunos dos diversos cursos de turismo do país, profissionais do sector e público em geral.
Continue a ler no Diário de Aveiro
País
Daqui, fui ao encontro de Torquato da Luz
País estilhaçado, estraçalhado,
estiraçado entre o medo e a maresia,
país estalactite, estalagmite,
país de bruços que nos ombros
carrega sombras e cansaços.
País dilacerado, lacerado,
encalacrado até aos gorgomilos,
país adiamento, aditamento,
país padrasto dos seus próprios filhos.
País que eu amo, que desamo
para logo a seguir amar de novo,
país que tem o nome por que chamo
aquilo que estremeço até ao osso.
(2006)
quarta-feira, abril 26, 2006
terça-feira, abril 25, 2006
25 de Abril, pontes, feriados e férias
Recordo os meus tempos de infância, em que poucos para além dos estudantes tinham direito a férias de termo certo e em que ouvir falar de subsídios e reformas era coisa de estrangeiros!
Hoje, discute-se pela obtenção de cada vez mais dias de férias, francamente que já não sei até onde se poderá chegar… É sabido que a mediocridade humana se adapta facilmente ao pouco ou nada fazer e que por sua vez tem dificuldade em conviver com obrigações e sacrifícios. A nossa sociedade encontra-se num estádio em que se vive para “o ter”, numa medida desproporcional ao que se produz para “o conquistar”.
Assim sendo, se explica com facilidade o grau de endividamento das famílias, das empresas e do Estado. Ninguém é exemplo para ninguém! Hoje nasce-se e morre-se endividado. Não se produz o suficiente para o nível de vida que se tem, quanto mais para os juros que se devem. Vive-se e respira-se a crédito. Não será por mero acaso, que na nossa economia as poucas empresas de sucesso estejam concentradas na banca e nas financeiras.
Na semana passada, o secretário-geral da UGT veio defender um princípio que eu há muitos anos como empresária aplico por conta própria. Veio dizer que os dias de pontes entre feriados e fins-de-semana deveriam ser descontados ou tomados por conta de férias. Muito bem, proporcionar a quem trabalha mini-férias intercaladas é rentável, mas têm que ter uma contrapartida para quem as goza. No funcionalismo público, os trabalhadores habituaram-se às célebres “tolerâncias de ponto”, que é algo que eu nunca consegui entender com justiça, uma vez que não se trata de uma regra ou norma possível de aplicar, para que todos os trabalhadores possam usufruir da mesma regalia.
É tempo de começarem a diminuir as assimetrias entre trabalhadores de Estado e trabalhadores do privado. Uns não são nem mais nem menos trabalhadores do que os outros, por conseguinte não é justo que uns tenham mais direitos adquiridos que os outros. Tolerâncias de ponto que resultam em dias a mais de férias, diferente nº de horas de trabalho, diferenciada assistência à doença e diferentes modelos de direito a reformas, são factores gritantes de desigualdades que a nossa democracia tem vindo a permitir. E é tanto mais injusto, quanto pensarmos que para além das assimetrias, a função pública vive à custa de todos nós!
(publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)
segunda-feira, abril 24, 2006
'Blitz' dá lugar a uma revista em Junho
Amor (II)
Roma Antiga [-4-65] Filósofo, Escritor
domingo, abril 23, 2006
Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor
Durante esta 9ª edição, estão a ser desenvolvidas várias actividades e iniciativas comemorativas um pouco por todo o país. O movimento de «bookcrossing» de Portugal vai distribuir gratuitamente livros de autores nacionais em locais públicos, tais como bancos de jardim e paragens de autocarros. O dia de hoje vai ainda ser assinalado com sessões de leitura em várias bibliotecas nacionais.
Nesta data celebra-se também o direito de autor. Um direito que é reconhecido pela Declaração Universal dos Direitos do Homem (artigo 27º) e pela Constituição da República Portuguesa (artigo 42º). O direito de autor funciona simultaneamente como garantia de defesa do património e dos valores culturais.
A ideia de celebrar este dia surgiu na Catalunha, onde é oferecida uma rosa a cada pessoa que compra um livro. Desde então o dia 23 de Abril tem sido comemorado de diversas formas um pouco por todo o mundo. Todos os anos o Comité da UNESCO nomeia a Capital Mundial do Livro. Este ano o programa para a promoção do livro escolhido foi o de Antuérpia, que lhe valeu a nomeação de Capital Mundial do Livro 2004.
As palavras
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade
sábado, abril 22, 2006
sexta-feira, abril 21, 2006
Sobre as baldas dos deputados (I)
"Para uma sociologia de baldismo parlamentar"
continue a ler por Jorge Ferreira, no AVEIRO
Sobre as baldas dos deputados (II)
"Não adianta punir os deputados faltosos"
O ponto de vista, de Gonçalo Ribeiro da Costa, no Democracia Liberal
quinta-feira, abril 20, 2006
XVI FITUA
É com o objectivo de aproximar a cidade e a academia, que a Tuna Universitária de Aveiro (TUA) organiza anualmente o FITUA e traz a Aveiro sons e melodias inconfundíveis das melhores tunas do universo Ibero-americano. A animação começa a meio da semana com a chegada das Tunas participantes e culmina num espectáculo único que tem sempre vindo a ter lotação esgotada.
O reconhecimento e o carinho expressos a este Festival pelo público e pelas entidades oficiais da cidade e da Universidade de Aveiro (é o único evento aveirense declarado oficialmente pela Região de Turismo da Rota da Luz como Evento de Interesse Turístico Regional, e foi duas vezes distinguido como Actividade Cultural do Ano, pela Associação Académica da Universidade de Aveiro) traduz-se na lotação esgotada das salas de espectáculo e na autêntica romaria às festividades que decorrem nas ruas e praças de Aveiro durante os quatro dias e quatro noites do FITUA.
Não se contentando em cantar apenas os “ex-líbris” da cidade, a Tuna Universitária de Aveiro organizou para estes dias e para os cerca de 300 tunos participantes, um passeio de moliceiro na ria, na tarde de Sábado, e o já o tradicional mega-churrasco académico. À mistura, as gentes e estudantes de Aveiro e de outras academias vão poder contar com quatro dias e quatro noites de muito convívio académico e musical e algumas serenatas às donzelas. É o verdadeiro aquecimento para a Semana do Enterro do Ano, que decorre entre 29 de Abril e 4 de Maio.
Saiba tudo no Portugaltunas e na Universidade Em Notícias
quarta-feira, abril 19, 2006
O Simbolismo do Objecto
Luigi Pirandello
Farol da Barra - Aveiro
Um dos faróis mais altos do mundo, com 62 metros, o Farol da Barra já centenário, continua a ser um dos ex-libris da Gafanha da Nazaré, orientando os navegadores e surpreendendo todos pela sua imponência.
O Farol da Barra, localizado na ilha da Mó do Meio, é o mais alto de Portugal, o segundo da Europa e o terceiro a nível mundial, um verdadeiro ex-libris da Praia da Barra. A sua principal função é a de assinalar a faixa costeira e de aproximação à barra e porto da cidade de Aveiro. É uma estrutura elevada e bem visível, que no topo tem uma luz que serve de ajuda navegação, orientando os navegadores, de noite pela luz, de dia pela forma e cor da sua torre. A luz acende-se ao anoitecer e apaga-se ao raiar da manhã, preciso como uma forma matemática.
A história do farol remonta a 1856, em que devido aos inúmeros sinistros marítimos que ocorriam nas proximidades da foz do rio Vouga, houve a necessidade de iluminar a zona. Assim sendo determinou-se que se deveria escolher um local perto da barra para a edificação do farol. Em Julho de 1858 é rejeitada a ideia de aproveitar a torre de sinais do Forte da Barra para a construção do farol, escolhendo-se um local situado a 200 metros da referida torre, quase o fim do paredão da barra, como o sítio mais apropriado. No entanto, em 1866 ainda não existia farol, o que levou a que um inspector de faróis, Francisco Maria Pereira da Silva, defendesse a urgência na criação de um farol em Aveiro.
O projecto do farol, datado de 1879, foi da autoria do engenheiro Paulo Benjamim Cabral, tendo demorado oito anos a ser construído.
O farol custou, na altura, a quantia de 51 contos aos cofres do Estado, tendo sido inaugurado por Bernardino Machado, então ministro das obras públicas, em 1983, ano em que o farol entrou em funcionamento. A estrutura possui uma escadaria que é composta por dois sectores, o primeiro com 271 degraus que é uma escada em pedra em forma de caracol, o segundo é uma escadaria metálica, com 20 degraus (actualmente com elevador).
No ano de 1893, ano em que o farol iniciou a sua actividade, entrou também em funcionamento, a par com a fonte luminosa, um sinal sonoro, que funcionava a ar comprimido, tendo sido mais tarde substituído por duas máquinas a vapor. Em 1936 o farol foi electrificado, e cerca de dez anos mais tarde foi instalado um radio-farol. O edifício foi ligado à rede pública de distribuição de energia em 1950, substituindo a incandescência do vapor do petróleo como principal fonte luminosa. Em 1990 foi automatizado, funcionando com menos intervenção humana.
Actualmente o cilindro do farol tem de altura 44,5 metros, situando-se o foco luminoso a 62 metros, permitindo-lhe projectar os raios de luz a cerca de 60 quilómetros de distância, interceptando os faróis da Figueira da Foz e de Leça da Palmeira. A principal componente desta estrutura é a potente lâmpada, que projecta um feixe luminoso visível a 22 milhas náuticas de distância (c erca de 40 quilómetros). O farol está localizado a 40º 38.5` de latitude norte e 08º 44.8` longitude oeste.
(in Diário de Aveiro, edição de hoje, dia em que a Gafanha da Nazaré assinala cinco anos como cidade. A proposta foi aprovada na Assembleia da República a 19 de Abril de 2001, tendo sido publicada em Diário da República a 12 de Julho desse mesmo ano.)
Debate na Livraria
Sobre "O Livro: Quais as políticas municipais de divulgação do livro e da leitura?"
No próximo dia 22, pelas 21h30
Saiba mais na Livraria O Navio de Espelhos
Blogues crescem 60 vezes em 3 anos
Um partido melhor, mais atractivo, mais sexy
Sobre a debandada no parlamento
Manuel Monteiro escereveu a Jaime Gama, Presidente da Assembleia da República, a propósito do que ocorreu no Parlamento na passada quarta-feira.
terça-feira, abril 18, 2006
De mal com as responsabilidades
É um governo que não cumpre com o que diz, é um parlamento que já não conta com os deputados, são os funcionários que fazem greve para tirar férias… que exemplo se está a dar às novas gerações?
segunda-feira, abril 17, 2006
Começa hoje o "Salta!06"
DEDICAÇÃO E INCONFORMISMO EM PALCO - Salta!06
É a 2ª mostra de Teatro Universitário de Aveiro que se inicia hoje à noite no Estaleiro Teatral, pelas 21h30 e decorre até ao próximo dia 24 de Abril.
Saiba mais informações na Universidade em Notícias
"A alma no mar"
Exposição do pintor Ricardo Paula, na Galeria de Arte da Vera Cruz, até ao próximo dia 20.
O Arquitecto dos sonhos
Na presente obra de Ricardo Paula, geram-se espaços físicos inexistentes; construindo-os como um arquitecto de sonhos e de memórias, articulando-os como peças de um puzzle na nossa apropriação contemplativa de espectadores.
Nestas recentes obras de Ricardo Paula, o tempo são instantes indefinidos que passam a ser nossos, ali vivenciados, neste fascinante encontro com partes de histórias de vidas possíveis, neste apaixonante reconhecimento que constrói a condição do ser e, nos amplia a leitura da sua obra.
Estes referentes fazem encontrarmo-nos nas obras de Ricardo Paula, que sem construções de artifícios, nos revela com mestria e nova vida, os materiais desta construção.
Saiba mais informações, aqui
Alma
«A alma humana aspira ao Impossível. E esta aspiração é a sua própria substância, a sua alma, se é que as almas têm alma.»
sexta-feira, abril 14, 2006
Sobre a campanha da NovaDemocracia
O antigo estádio do Beira-Mar pode dar lugar a um empreendimento urbanístico
PND quer referendar Estádio Mário Duarte
Partido não concorda com urbanização projectada para o estádio de Aveiro e propõe que a população seja ouvida
Por Patrícia Coelho Moreira
(Publicado na edição do Público de hoje)
Depois dos panfletos distribuídos pelas ruas, chegam os cartazes que a Nova Democracia (ND) decidiu afixar por Aveiro, no âmbito da campanha que pede a realização de um referendo sobre o futuro do Estádio Mário Duarte. “Aveiro merece referendo local sobre o Mário Duarte” é o apelo que aquele partido multiplicou ontem por mil, em mais uma acção de sensibilização do poder local. O objectivo é que os munícipes possam pronunciar-se sobre o destino de uma zona central da cidade, para onde está projectada uma urbanização, cujo plano de pormenor já foi aprovado.
“O que nós pedimos é um referendo sobre o futuro do estádio. Somos a favor de que a população seja ouvida”, introduz a coordenadora do círculo eleitoral de Aveiro da ND, Susana Barbosa, lembrando que o presidente da câmara, Élio Maia, “dizia, em campanha, que queria estar mais próximo dos cidadãos. Maia já foi, de resto, sondado sobre o tema. “Houve uma audiência em que apresentámos algumas ideias sobre Aveiro, como o referendo”, relata a responsável, recordando que o edil “tinha como bandeira de campanha a preservação do Mário Duarte”.
“Também reunimos com a presidente da assembleia municipal (AM), que nos disse que o plano de pormenor para aquela zona tinha sido aprovado e ratificado em Conselho de Ministros”, continua. “A urbanização é a última solução”, frisa, referindo, porém, que o grande objectivo desta acção “é dizer ao poder local que a população deve ser ouvida”. “Não concordamos com a urbanização, mas podem surgir outras soluções”, acrescenta, admitindo que o referendo poderá conter várias questões, colocadas em torno “do estádio, da urbanização ou até do alargamento do hospital”.
A conquista da consulta popular exige que sejam reunidas quatro mil assinaturas, que a ND ainda não começou a recolher. “Estamos a ver se o poder local nos dá atenção”, justifica a responsável, avaliando que o autarca de Aveiro “acolheu a ideia com muita simpatia”. Quanto à presidente da AM, Regina Bastos, “foi desfavorável não relativamente à ideia, mas com o facto de o plano de pormenor já ter sido aprovado pela assembleia e ratificado em Conselho de Ministros”, garante Susana Barbosa, convicta de que “uma alteração é sempre possível”.
Câmara negoceia lotes com investidores
O plano de pormenor dos terrenos afectos ao antigo Estádio Mário Duarte foi ratificado em Conselho de Ministros, no início deste ano. O processo herdado do anterior executivo da Câmara de Aveiro, liderado pelo socialista Alberto Souto, mantém-se, no entanto, em aberto. Élio Maia defende a manutenção de um recinto desportivo na zona, pelo que tem procurado conciliar a sua intenção com os interesses de eventuais compradores.
O processo de negociação directa estabelecido entre a autarquia e potenciais investidores continua, envolvendo um conjunto de lotes – cuja soma ultrapassa os 22 mil metros quadrados – localizado entre os armazéns gerais da câmara e as traseiras das moradias da Avenida de Artur Ravara. Recorde-se que, em Setembro do ano passado, tanto estas parcelas como as do plano de pormenor do Centro conheceram uma operação de hasta pública vazia. A ausência de qualquer proposta de alienação mereceu, à data, duras críticas da candidatura comunista à Câmara de Aveiro, que leu o resultado da operação como “uma estratégia para negociação directa”, por parte do executivo PS.
Grandes pecadores...
D. Januário, bispo das Forças Armadas, "Correio da Manhã", 14-4-2006
A Galinha dos Ovos Moles
quinta-feira, abril 13, 2006
quarta-feira, abril 12, 2006
terça-feira, abril 11, 2006
O poder em estado de graça... ou o estado de graça do poder?
Poder-se-á então dizer que os portugueses podem finalmente dormir descansados e que o país se encaminha agora no rumo da prosperidade?
Sinceramente creio que não.
Incomoda-me por um lado a forma leviana de como o governo não cumpre nada do que prometeu e por outro lado a apatia em que se vive por nada se contestar.
E além de ser verdade esta dualidade, por aqui do lado do país real, as empresas continuam a fechar apesar dos mirabolantes programas apresentados para a retoma económica. As listas de espera para atendimento em hospitais públicos continuam a engrossar. O poder de compra dos portugueses diminui por força duma brutal carga fiscal, o que representa outra promessa incumprida de José Sócrates, uma vez que em campanha eleitoral apregoou que não aumentaria impostos. Os centros de emprego continuam a anunciar aumentos do nº de inscritos e já ninguém se lembra dos 150 mil postos de trabalho que os socialistas prometeram criar!
Ao fim de um ano de governação socialista é sabido que a despesa do Estado cresceu 1.300 milhões de euros, em relação à previsão do «Relatório de Constâncio» anunciada em 2005, ou seja mais 1.500 milhões de euros, em relação à meta definida pelo próprio Governo no seu Orçamento. O Estado continua a engordar, os assessores multiplicam-se e como é do conhecimento geral renovam-se frotas automóveis de primeira para primeiríssima classe (a começar pela própria viatura em que viaja o Sr. Primeiro-Ministro).
Só assim se explica que José Sócrates tenha viajado a Angola e se tenha deslumbrado com os iates ao largo da Baía de Luanda, sem ter dado uma palavra de incómodo sobre um dos maiores bairros de lata mundiais implantado na mesmíssima capital. José Sócrates ao lado de José Eduardo dos Santos, que é um dos homens incluído nas listas das maiores fortunas do mundo, só lembrou que Angola é o “país das oportunidades” deixando no esquecimento que hoje Angola é também um dos países das maiores desigualdades, onde os direitos humanos continuam a ser violados.
Por sua vez, deu-se no domingo passado a aparição pública de Cavaco Silva. E claro está que não foi por mero acaso que esta aparição não foi marcada por uma acção de índole económica. Cavaco mede a rigor os seus passos e com esta entrada a visitar um hospital deixa o Governo descansado, demonstrando que ao contrário do que muitos acreditaram, a sua linha se inicia pela preocupação social e de benemerência e como não poderia deixar de ser, fazendo-se acompanhar da 1ª dama. Podemos aguardar que se sigam as inaugurações e as condecorações…
E assim será, até que o país aguente o estado de graça do poder e as mordomias que servem os mais altos cargos da Nação!
segunda-feira, abril 10, 2006
NovaDemocracia em Ovar e Ílhavo
Manuel Oliveira, presidente da Câmara de Ovar, reunirá pelas 15h00 com Jorge Ferreira, Susana Barbosa e João Santos.
Ribau Esteves, Presidente da Câmara de Ílhavo, reunirá pelas 18h00 com Jorge Ferreira, Susana Barbosa e Diamantino Mendonça.
domingo, abril 09, 2006
Homem
Brasil[1902-1987] Escritor/Poeta/Prosador
O Sal de Aveiro
Na Feira Nacional de Sal Artesanal, o sal de Aveiro convive com outras zonas produtoras dos cristais, que já foram o ouro branco, quando o frigorífico estava por inventar. Eram os cristais que conservavam os alimentos e não havia a importação de sal a preços baixos. Agora, o sal de uso doméstico tem um mercado diferente e a edição nacional passará, em 2007, para internacional.
Continue a ler um interessante artigo de João Peixinho no Diário de Aveiro
Sobre a Pista de Remo e O Rio Novo do Príncipe
Através do Nuno Quintaneiro do Código da Vivência, a polémica sobre a Pista de Remo e um link interessante sobre o Rio Novo do Príncipe de Bartolomeu Conde, O Rio Novo do Príncipe. Causas e vantagens da sua construção em 1815, Edição AVECELCA, s/d.
sábado, abril 08, 2006
Céu Azul
As Amoras
O meu país sabe às amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
Eugénio de Andrade
("O Outro Nome da Terra")
sexta-feira, abril 07, 2006
FICAVOUGA 2006
Já está ao dispor o Regulamento para a participação na XVI EDIÇÃO que se realizará de 22 a 30 de Julho.
Saiba tudo, aqui
quinta-feira, abril 06, 2006
Fado no Teatro Aveirense
Cabelo Branco é Saudade
É já no próximo sábado pelas 21h30.
Poderá tratar-se apenas de uma ideia feliz de produção: juntar num palco, de mãos dadas, três Glórias mais ou menos escondidas da mais antiga prática do Fado e um dos mais jovens e poderosos herdeiros da velha tradição bairrista de Lisboa, e deixá-los cantar a Saudade, a Perda, e ainda e sempre o Amor!
O fascínio de um cantor da tradição quase perdida do fado romântico, a voz mais grave da noite de Lisboa, Alcindo de Carvalho. A inacreditável técnica de uma Mulher, de todas a mais idosa, cuja discrição, inteligência e cosmopolismo, só recentemente aplaudida por muito mundo, a mantiveram tantos anos escondida atrás de um apelido fantástico – Celeste Rodrigues.
A incandescente orientalidade de uma fadista que alia o castiço ao místico, com requebros e vocalizações líricas, desde 1994 finalmente revelada ao público de muita Europa e às cenas maiores dos teatros portugueses – Argentina Santos. A surpreendente ênfase lírica, de uma voz portentosa da escola das Casas do Fado (e só dela!) – Ricardo Ribeiro.
Podia ser só isto, mas é mais – é o Palco que vai ao encontro do Fado “tal como era cantado” antes de se ter tornado espectáculo; ao encontro do Pranto, por essa voz que nos foge como o tempo, e da vitalidade de intérpretes que resistem e se rejuvenescem. E isto tudo numa espécie de “Teatro”, pela mão de um encenador que, desde 1994, persiste em dar ao Fado a mesma dignidade cénica que se confere a qualquer outra forma de Drama.
Saiba mais informações
Sabedoria
Grécia Antiga [427-347]
Sobre a regionalização
Pela Margarida, no Eclético
Manuela Ferreira Leite contestou, ontem, a estratégia do Governo de implementar a regionalização no terreno e só fazer um referendo em 2009. Para a ex-ministra das Finanças, "está-se a pôr a carroça à frente dos bois".
Sobre o debate promovido pela NovaDemocracia
Pois...
Fiquei triste, claro que fiquei triste.
Mas reconheço, apesar do nervosismo patente nas duas equipas, apesar da arbitragem... a marcar faltas por tudo e por nada, reconheço, o Barcelona foi o melhor.
:(
quarta-feira, abril 05, 2006
terça-feira, abril 04, 2006
Paridade e discriminação
As quotas serão aplicadas nas legislativas, autárquicas e europeias, obrigando os partidos a adoptarem a regra interna do PS e candidatarem pelo menos 33,3 por cento de mulheres, sendo rejeitadas as listas que não a cumprirem.
Como mulher e como responsável de um partido político, não posso concordar com o que foi aprovado. Tendo a noção da dificuldade do caminho que as mulheres percorrem há séculos, na luta pela intervenção na sociedade, creio que não será nem nunca foi à custa da benemerência política que as mulheres se dignificaram. Muito pelo contrário, quando o caminho se trilha desse modo, pouco mais não teremos do que amizades ou familiares nas listas, ou mesmo mulheres que “até ficam bem” para enfeitar o elenco.
As mulheres fazem falta na intervenção social e na política. As mulheres são naturalmente diferentes dos homens e ainda bem, mas não podemos dividir nada de forma forçada, pois quando a imposição se sobrepõe à liberdade de acção, nada resulta. A mulher tem vindo ao longo dos anos a mudar o curso da história. Hoje vivemos numa sociedade em que mulheres ocupam lugares de juízes, deputados, cientistas, ministros, artistas plásticos e tantos outros. A mulher já deu provas que para além de mãe pode ser muito mais do que dona de casa se o entender, mesmo sem deixar de o ser.
As tarefas na vida moderna tendem a repartir-se naturalmente entre homens e mulheres. O importante é que cada um, independentemente do sexo, contribua ao máximo com as suas capacidades, com o que de melhor possa dar, só assim caminharemos para uma sociedade justa e equilibrada. O importante é existir igualdade de oportunidades, o que não significa que homens e mulheres têm de ser iguais! É preciso não esquecer que também há homens que são excelentes na cozinha ou excelentes na costura, assim como há mulheres que hoje desempenham cargos com excelência, que há anos atrás só eram atribuídos a homens.
A participação das mulheres na política, assim como a dos homens, deve evidenciar-se pelo gosto que as mesmas tenham de a ela se dedicar. A mulher deve ser incluída em listas, de forma livre e em igualdade de circunstâncias com o homem, não devendo para tal existir limitações de percentagens ou quotas, caso contrário a sua inclusão não resultará numa conquista mas sim numa obrigação. A mulher, tal como o homem, deve lutar pelos cargos que quiser, pela via da sua valorização enquanto ser humano e o único caminho mais não será que o bom trabalho, a inteligência, o empenho e o mérito.
segunda-feira, abril 03, 2006
Para tristeza de alguns...
A NovaDemocracia está viva e bem viva!
Ao contrário do que alguns desejariam, a NovaDemocracia não acabou e vai continuar a incomodar alguns poderes instalados que nos receiam...
São mentira as notícias das revistas Focus e Sábado! E as melhores provas são a delegação que hoje mesmo é recebida pelo Presidente do PSD e o Debate sobre a Constituição organizado amanhã.
Como disse Mark Twain um dia: "As notícias da minha morte são manifestamente exageradas".
Reproduzimos a este respeito aquilo que Manuel Monteiro diz na sua crónica desta semana na Tribuna Pública, deste jornal:
Manuel Monteiro
(in Democracia Liberal)
domingo, abril 02, 2006
Ciência e realidade
A Cor da Estrada
Mostra individual do artista plástico Jaime Isidoro.
Exposição patente ao público até 18 de Abril na Galeria Sacramento em Aveiro.
(...)A arte é uma das manifestações mais transcendentes do espírito, não se limita a convenções ilustrativas. É através da arte que se poderá desbravar o desconhecido na medida em que a sua definição ainda é um mistério.(...)
(..)Uma vida inteira a querer saber o que é a arte. Uma vida inteira a viver entre dúvidas e incertezas, entre conceitos convencionais que de tempos a tempos se foram alterando. Este dinamismo da vida e da criação artística sempre me entusiasmaram, a ponto de me servir das obras de outros artistas para interferir esteticamente, a partir dos anos 50, na evolução da arte em Portugal, tendo como ponto de partida a criação da Galeria Alvarez (1954) e a de outras actividades culturais, estimulando as vanguardas que surgiram nesta segunda metade do século XX. Um trabalho positivo, de grande entusiasmo que talvez tivesse privado ou não a natural evolução da minha obra. Mesmo assim, subordinei a minha vida à pintura. A insatisfação é a minha maneira de estar, vivida entre a objectividade e a subjectividade, sempre em busca da expressão que satisfaz, na diversidade da linguagem, formas ou técnicas. O meu caminho foi sempre o de ir ao meu encontro.
Jaime Isidoro
"Olhos sobre o Mar" - III Concurso de Fotografia
sábado, abril 01, 2006
Colóquio
Duvida das palavras...
Nunca disseram nada.
Palmeiras no deserto
Da expressão,
O que mais dão
É sombra aos sentimentos,
Nos momentos
Em que o sol é uma cruz de expiação.
Ouve o silêncio - a voz universal.
Só ele é o verdadeiro confidente
Do coração de tudo.
Poeta angustiado
E penitente,
Mudo
a teu lado
É que eu sou transparente...
Miguel Torga