quarta-feira, abril 19, 2006

Farol da Barra - Aveiro

Um dos faróis mais altos do mundo, com 62 metros, o Farol da Barra já centenário, continua a ser um dos ex-libris da Gafanha da Nazaré, orientando os navegadores e surpreendendo todos pela sua imponência.

O Farol da Barra, localizado na ilha da Mó do Meio, é o mais alto de Portugal, o segundo da Europa e o terceiro a nível mundial, um verdadeiro ex-libris da Praia da Barra. A sua principal função é a de assinalar a faixa costeira e de aproximação à barra e porto da cidade de Aveiro. É uma estrutura elevada e bem visível, que no topo tem uma luz que serve de ajuda navegação, orientando os navegadores, de noite pela luz, de dia pela forma e cor da sua torre. A luz acende-se ao anoitecer e apaga-se ao raiar da manhã, preciso como uma forma matemática.

A história do farol remonta a 1856, em que devido aos inúmeros sinistros marítimos que ocorriam nas proximidades da foz do rio Vouga, houve a necessidade de iluminar a zona. Assim sendo determinou-se que se deveria escolher um local perto da barra para a edificação do farol. Em Julho de 1858 é rejeitada a ideia de aproveitar a torre de sinais do Forte da Barra para a construção do farol, escolhendo-se um local situado a 200 metros da referida torre, quase o fim do paredão da barra, como o sítio mais apropriado. No entanto, em 1866 ainda não existia farol, o que levou a que um inspector de faróis, Francisco Maria Pereira da Silva, defendesse a urgência na criação de um farol em Aveiro.

O projecto do farol, datado de 1879, foi da autoria do engenheiro Paulo Benjamim Cabral, tendo demorado oito anos a ser construído.

O farol custou, na altura, a quantia de 51 contos aos cofres do Estado, tendo sido inaugurado por Bernardino Machado, então ministro das obras públicas, em 1983, ano em que o farol entrou em funcionamento. A estrutura possui uma escadaria que é composta por dois sectores, o primeiro com 271 degraus que é uma escada em pedra em forma de caracol, o segundo é uma escadaria metálica, com 20 degraus (actualmente com elevador).

No ano de 1893, ano em que o farol iniciou a sua actividade, entrou também em funcionamento, a par com a fonte luminosa, um sinal sonoro, que funcionava a ar comprimido, tendo sido mais tarde substituído por duas máquinas a vapor. Em 1936 o farol foi electrificado, e cerca de dez anos mais tarde foi instalado um radio-farol. O edifício foi ligado à rede pública de distribuição de energia em 1950, substituindo a incandescência do vapor do petróleo como principal fonte luminosa. Em 1990 foi automatizado, funcionando com menos intervenção humana.

Actualmente o cilindro do farol tem de altura 44,5 metros, situando-se o foco luminoso a 62 metros, permitindo-lhe projectar os raios de luz a cerca de 60 quilómetros de distância, interceptando os faróis da Figueira da Foz e de Leça da Palmeira. A principal componente desta estrutura é a potente lâmpada, que projecta um feixe luminoso visível a 22 milhas náuticas de distância (c erca de 40 quilómetros). O farol está localizado a 40º 38.5` de latitude norte e 08º 44.8` longitude oeste.

(in Diário de Aveiro, edição de hoje, dia em que a Gafanha da Nazaré assinala cinco anos como cidade. A proposta foi aprovada na Assembleia da República a 19 de Abril de 2001, tendo sido publicada em Diário da República a 12 de Julho desse mesmo ano.)

2 Comments:

At 6:31 da tarde, Anonymous Anónimo said...

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At 6:42 da tarde, Anonymous Anónimo said...

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