Paridade e discriminação
O PS e o BE aprovaram na semana passada, com a oposição do PSD, PCP, CDS-PP e PEV, quatro projectos para impor quotas de um terço de cada género nas listas eleitorais, com a finalidade de aumentar a representação das mulheres em cargos políticos. Desta forma, não se enobrece a política nem as mulheres, teremos uma espécie de participação forçada ou mesmo discriminadora que em muitos casos servirá apenas e infelizmente como elemento decorativo!
As quotas serão aplicadas nas legislativas, autárquicas e europeias, obrigando os partidos a adoptarem a regra interna do PS e candidatarem pelo menos 33,3 por cento de mulheres, sendo rejeitadas as listas que não a cumprirem.
Como mulher e como responsável de um partido político, não posso concordar com o que foi aprovado. Tendo a noção da dificuldade do caminho que as mulheres percorrem há séculos, na luta pela intervenção na sociedade, creio que não será nem nunca foi à custa da benemerência política que as mulheres se dignificaram. Muito pelo contrário, quando o caminho se trilha desse modo, pouco mais não teremos do que amizades ou familiares nas listas, ou mesmo mulheres que “até ficam bem” para enfeitar o elenco.
As mulheres fazem falta na intervenção social e na política. As mulheres são naturalmente diferentes dos homens e ainda bem, mas não podemos dividir nada de forma forçada, pois quando a imposição se sobrepõe à liberdade de acção, nada resulta. A mulher tem vindo ao longo dos anos a mudar o curso da história. Hoje vivemos numa sociedade em que mulheres ocupam lugares de juízes, deputados, cientistas, ministros, artistas plásticos e tantos outros. A mulher já deu provas que para além de mãe pode ser muito mais do que dona de casa se o entender, mesmo sem deixar de o ser.
As tarefas na vida moderna tendem a repartir-se naturalmente entre homens e mulheres. O importante é que cada um, independentemente do sexo, contribua ao máximo com as suas capacidades, com o que de melhor possa dar, só assim caminharemos para uma sociedade justa e equilibrada. O importante é existir igualdade de oportunidades, o que não significa que homens e mulheres têm de ser iguais! É preciso não esquecer que também há homens que são excelentes na cozinha ou excelentes na costura, assim como há mulheres que hoje desempenham cargos com excelência, que há anos atrás só eram atribuídos a homens.
As quotas serão aplicadas nas legislativas, autárquicas e europeias, obrigando os partidos a adoptarem a regra interna do PS e candidatarem pelo menos 33,3 por cento de mulheres, sendo rejeitadas as listas que não a cumprirem.
Como mulher e como responsável de um partido político, não posso concordar com o que foi aprovado. Tendo a noção da dificuldade do caminho que as mulheres percorrem há séculos, na luta pela intervenção na sociedade, creio que não será nem nunca foi à custa da benemerência política que as mulheres se dignificaram. Muito pelo contrário, quando o caminho se trilha desse modo, pouco mais não teremos do que amizades ou familiares nas listas, ou mesmo mulheres que “até ficam bem” para enfeitar o elenco.
As mulheres fazem falta na intervenção social e na política. As mulheres são naturalmente diferentes dos homens e ainda bem, mas não podemos dividir nada de forma forçada, pois quando a imposição se sobrepõe à liberdade de acção, nada resulta. A mulher tem vindo ao longo dos anos a mudar o curso da história. Hoje vivemos numa sociedade em que mulheres ocupam lugares de juízes, deputados, cientistas, ministros, artistas plásticos e tantos outros. A mulher já deu provas que para além de mãe pode ser muito mais do que dona de casa se o entender, mesmo sem deixar de o ser.
As tarefas na vida moderna tendem a repartir-se naturalmente entre homens e mulheres. O importante é que cada um, independentemente do sexo, contribua ao máximo com as suas capacidades, com o que de melhor possa dar, só assim caminharemos para uma sociedade justa e equilibrada. O importante é existir igualdade de oportunidades, o que não significa que homens e mulheres têm de ser iguais! É preciso não esquecer que também há homens que são excelentes na cozinha ou excelentes na costura, assim como há mulheres que hoje desempenham cargos com excelência, que há anos atrás só eram atribuídos a homens.
A participação das mulheres na política, assim como a dos homens, deve evidenciar-se pelo gosto que as mesmas tenham de a ela se dedicar. A mulher deve ser incluída em listas, de forma livre e em igualdade de circunstâncias com o homem, não devendo para tal existir limitações de percentagens ou quotas, caso contrário a sua inclusão não resultará numa conquista mas sim numa obrigação. A mulher, tal como o homem, deve lutar pelos cargos que quiser, pela via da sua valorização enquanto ser humano e o único caminho mais não será que o bom trabalho, a inteligência, o empenho e o mérito.
(publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)
10 Comments:
Concordo em absoluto.
Cara Susana:
No sentido de justiça e da moral tem toda a razão naquilo que diz.
Por outro lado e em minha opinião, a imposição de quotas partidárias é uma medida prática, rápida e acertada.
Depois, queiramos ou não, somos conservadores, no sentido lato da palavra.
Em relação a tempos idos, que não conheceu, apenas obtivemos uma espécie de igualdade que é a pior em circunstância de liberdade, e no interesse mais uma vez do homem, mas isso não importa agora explanar.
Se vir estatísticas, verifica que os empresários na sua maioria preferem para seus trabalhadores (colaboradores como agora lhes chamam) homens.
Apresentando-se ambos com o mesmo curso, as capacidades intelectuais superiores da mulher não são circunstância de preferência.
A mulher, como diz, infelizmente na maioria dos casos, ainda continuam a ser motivo de adorno.
Penso que se deve eliminar essa situação, nem que seja pela força de “quotas”.
Temos de abrir as mentes dos maiores tacanhos, que por ironia do destino e talvez por isso mesmo, são sempre os detentores do poder económico e donos dos empregos de que a maioria vive.
Há meia dúzia de anos atrás quando no nosso país se formou determinado banco, que em meia dúzia de anos se expandiu e se impôs de tal ordem que hoje, já ultrapassou fronteiras, não admitia mulheres, ou então integravam uma ridícula minoria que chamou a atenção e até alguma agitação social.
Assim, e para não me alongar mais, acho que o uso de quotas a nível dos partidos, embora se ache estranho e esquisito, e é, serve para romper mentes retrógradas que proliferam neste velho e arcaico país.
É que a luta é linda, impormo-nos, gritando a moral, através de lutas reivindicativas quando se conseguem resultados a curto prazo.
De outro modo através de imposição ou legislação não sendo bonito nem romântico é a prática da justiça, de algum modo diferente da moral que todos querem, mas dá frutos justos.
As mulheres têm de compreender que é muito cansativo e inglório, andarem séculos atrás de séculos a querem impor-se e sem o conseguirem.
Por outro lado admita que a imposição de quotas, não é estar à mercê da boa vontade dos homens.
É a manifestação, a compreensão, a solidariedade da maioria dos homens e mulheres, que se impõem e que não sendo detentores de capital, têm o capital moral para exigirem igualdade de direitos para todos nós, homens e mulheres.
Nesse grupo quero incluir-me e dar também a minha solidariedade a si, e a todas as mulheres do meu país.
Cumprimentos amigos,
Terra & Sal
parabéns pelo post.
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