Uma Nova Direita «precisa-se»
O sistema político português não alimenta apenas uma máquina de Estado, mas sim duas, sendo que, uma delas alcança o poder, e a outra fica sempre à espera de vez, à porta. Ora esta situação torna-se tão viciosa quanto pesarosa, para todos os que pagam os seus impostos e gostariam de ver acontecer uma sociedade mais justa.
Nesta conformidade, no momento actual o país é governado pelo PS, estando à espreita o PSD, e se por hipótese nas próximas eleições legislativas o panorama se invertesse, ficaria de novo à espreita o PS. À esquerda restam para negociações o PCP e o Bloco de esquerda, e à direita, ou talvez também à esquerda conforme a conveniência, situa-se o CDS/PP, oportunista e populista, preparado para qualquer coligação desde que seja para alcançar o poder.
Nesta conformidade, no momento actual o país é governado pelo PS, estando à espreita o PSD, e se por hipótese nas próximas eleições legislativas o panorama se invertesse, ficaria de novo à espreita o PS. À esquerda restam para negociações o PCP e o Bloco de esquerda, e à direita, ou talvez também à esquerda conforme a conveniência, situa-se o CDS/PP, oportunista e populista, preparado para qualquer coligação desde que seja para alcançar o poder.
O peso desta situação de um sistema assente no “bipartidarismo” tem sido brutal para os portugueses, e a comprová-lo estão as sucessivas subidas de impostos, o aumento do desemprego e o aumento permanente do custo de vida. Analisamos de forma bem clara os resultados, conforme foi tornado público esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), na constatação da baixa do indicador de confiança dos consumidores portugueses, e revelado no Jornal de Notícias, em relação ao passado mês de Outubro.
Assim, a eficiência do Estado reside cada vez mais na efectiva cobrança de impostos, e cada vez menos no desenvolvimento socio-económico. De cada vez que um governo substitui outro, as reformas e as indemnizações a negociar com «os que caiem» são de tal ordem elevados, que para o país o benefício que se poderia retirar de uma «hipotética» mudança, acaba por se diluir no custo acarretado pelas substituições de cargos e chefias, já para nem falar das substituições paralelas e escandalosas das «frotas automóveis».
Hoje assistimos no Parlamento, ao debate do Orçamento do Estado 2008, e ao tão esperado confronto entre Sócrates e Santana. O «regresso ao passado» foi inevitável, e o tempo que se passou a falar sobre o Orçamento de 2005 foi além da conta do que seria de supor. O futuro de Portugal deveria ter «pesado» mais no debate, do que as acusações e defesas do passado, e José Sócrates não resistiu à questão «então, a direita portuguesa andou estes dois anos e o melhor que consegue arranjar foram dois protagonistas do passado?», referindo-se à dupla Portas/Santana, mediante o aplauso e o gozo generalizado da sua bancada.
«Tudo mais do mesmo», anotamos nós.
As diferenças entre PS, PSD e CDS/PP são cada vez mais reduzidas, e a oposição constituída pela «dita direita», é por conseguinte cada vez menos consistente, e pior do que isso, cada vez mais do mesmo!
«Uma Nova Direita» torna-se pois, uma emergência no panorama político português. Uma direita com a seriedade de princípios e valores que os outros já perderam. Uma verdadeira direita, sem medos de enfrentar o «sistema» e sem dele estar refém. Uma direita moderna, sem preconceitos de classes, que defenda o bom senso, na justiça e na liberdade, e em tudo o que é natural. Uma direita apta a preservar a identidade nacional, que lute pelo reganhar do reconhecimento e do mérito de quem trabalha e de tudo o que ainda há de bom, dentro de Portugal. Uma direita verdadeiramente empenhada em reavivar o orgulho de ser português, cumprindo a «missão» da sua existência, e não servindo-se dela para alimentar vaidades e ganância.
No próximo sábado, realizar-se-á finalmente o Conselho Geral do Partido da Nova Democracia (PND), e estamos crentes que também este dia marque um importante passo para a construção de «Uma Nova Direita», e uma alternativa credível ao sistema. A direita precisa de um «novo rumo», isento de «ódios» do passado, mas alicerçado em valores para a construção de um novo futuro. Portugal precisa de nós, e o PND deverá constituir uma nova esperança para os portugueses.
(publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)
4 Comments:
Com urgência.
Abraço,
uma nova seriedade. sim .
urgente!!!!!
beijo. querida Su.
Bom dia Dª Susana,
O que me parece é que a direita não tem “tempo” para assumir um discurso próprio, fazem-na pela calada, como aliás é o seu género, tentam eleger um presidente numa toada de esquerda para depois fazer o que há fazer, que isto o que conta é o pragmatismo ou seja: chegar de novo ao governo, o mais cedo possível.
Beijos
A Direita travestida de Centro,coisa amorfa que deambula pela cena politica aos caídos da esquerda para a direita,apenas movida por interesses,representa na peça trágica da politica nacional o papel,aliás repetidíssimo,do Fracasso.
Urge o surgimento de uma verdadeira Direita dos Valores,pelo que a felicito pelo seu post.
Sardoal
Enviar um comentário
<< Home