domingo, fevereiro 19, 2006

O silêncio

Quando a ternura
parece já do ofício fatigada,

E o sono, a mais incerta barca,
inda demora,

Quando azuis irrompem
os teus olhos

e procuram
nos meus navegação segura,

é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,

pelo silêncio fascinadas.

Eugénio de Andrade

6 Comments:

At 6:07 da manhã, Blogger Hata_ mãe - até que a minha morte nos separe Hugo ! said...

Um soberbo poema de Eugénio de Andrade. Muito oportuno a esta hora em que a visito.
Ando por aí perdida nos blogs e nem sei como cá cheguei.
É já bom dia.
Um abraço

 
At 12:42 da tarde, Blogger hfm said...

Sempre! obrigada.

 
At 12:51 da tarde, Anonymous Anónimo said...

beijo. de cal. e branco. como o poema que nos deixáste.




b.e.i.j.o.




(piano)

 
At 9:24 da tarde, Blogger Carlos Martins said...

nao sei como, mas era precisamente o que precisava ler...

 
At 3:41 da manhã, Anonymous Anónimo said...

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At 8:06 da manhã, Anonymous Anónimo said...

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