Presidenciais em lume brando...
Em plena pré-campanha para eleições presidenciais, até ao momento, nada de verdadeiramente interessante se ouviu falar por nenhum dos candidatos presidenciais. À imagem das classes políticas que predominam em Portugal, também os candidatos à Presidência da República não nos trazem nada de novo e espelham em si mesmos a decadência do sistema político em que hoje nos encontramos.
É preocupante constatar que de forma generalizada os candidatos ao mais alto cargo da nação, mais parece estarem a candidatar-se a 1ºs ministros, ministros, ou mesmo a candidatos à presidência de uma autarquia importante. Por vezes fica-nos a triste sensação de que ainda não saímos da campanha às autárquicas, dado o nível dos discursos e as problemáticas abordadas nos mesmos pela maioria dos candidatos.
Já andam nas ruas e nos mercados, pelas cidades e pelas aldeias, pelos sindicatos e pelas universidades, em almoços e em jantares, de dentro para fora e de fora para dentro, pois até há mesmo quem opte por fazer campanha além fronteiras. Mas já alguém ouviu na movimentação destas andanças, algum candidato apresentar ideias novas sobre a forma de representar Portugal? E sobre a situação real dos poderes actuais do presidente? E sobre o posicionamento do país face a estratégias de relacionamento internacional? E sobre o posicionamento de Portugal, enquanto membro da União Europeia? E sobre as prioridades de alguma linha de acção, que assumirão caso sejam eleitos presidentes?
Ficam enunciadas apenas algumas perguntas, das inúmeras questões que muitos de nós gostariam de legitimamente obter respostas. Dir-se-á que ainda é cedo? Que deveremos aguardar pelos tempos de campanha oficial ou mesmo pelos tempos de debate? Mas com que campanhas e com que debates poderemos contar, se à partida já nos foi anunciado um sorteio para debates na comunicação social, onde o direito à igualdade de oportunidades oferecido aos candidatos não é respeitado? E porque é que em relação a esta matéria não se pronunciou a maioria dos candidatos? E porque não se pronunciam em relação ao défice de democraticidade que hoje existe em Portugal?
Enquanto isto, vai-se iludindo o povo, que o novo Presidente será a tábua de salvação deste já tão pobre país. Com Soares, salvar-se-á o governo! Com Cavaco, salvar-se-á a economia! Com Alegre, salvar-se-á a pátria! Com Louçã, salvar-se-á a cultura! Com Jerónimo salvar-se-ão os trabalhadores! Com Garcia salvar-se-ão os sindicatos! Com Carmelinda salvar-se-ão as mulheres! Com Manuel, com João, com Nelson…, salvar-se-ão…
Quanto a mim mesmo nada sairá a salvo. É apenas mais uma campanha com mais do mesmo, para mais do mesmo. Entretanto o país, este barco sem rumo, continuará à deriva, enquanto ainda navegar, à espera de melhores dias.
É preocupante constatar que de forma generalizada os candidatos ao mais alto cargo da nação, mais parece estarem a candidatar-se a 1ºs ministros, ministros, ou mesmo a candidatos à presidência de uma autarquia importante. Por vezes fica-nos a triste sensação de que ainda não saímos da campanha às autárquicas, dado o nível dos discursos e as problemáticas abordadas nos mesmos pela maioria dos candidatos.
Já andam nas ruas e nos mercados, pelas cidades e pelas aldeias, pelos sindicatos e pelas universidades, em almoços e em jantares, de dentro para fora e de fora para dentro, pois até há mesmo quem opte por fazer campanha além fronteiras. Mas já alguém ouviu na movimentação destas andanças, algum candidato apresentar ideias novas sobre a forma de representar Portugal? E sobre a situação real dos poderes actuais do presidente? E sobre o posicionamento do país face a estratégias de relacionamento internacional? E sobre o posicionamento de Portugal, enquanto membro da União Europeia? E sobre as prioridades de alguma linha de acção, que assumirão caso sejam eleitos presidentes?
Ficam enunciadas apenas algumas perguntas, das inúmeras questões que muitos de nós gostariam de legitimamente obter respostas. Dir-se-á que ainda é cedo? Que deveremos aguardar pelos tempos de campanha oficial ou mesmo pelos tempos de debate? Mas com que campanhas e com que debates poderemos contar, se à partida já nos foi anunciado um sorteio para debates na comunicação social, onde o direito à igualdade de oportunidades oferecido aos candidatos não é respeitado? E porque é que em relação a esta matéria não se pronunciou a maioria dos candidatos? E porque não se pronunciam em relação ao défice de democraticidade que hoje existe em Portugal?
Enquanto isto, vai-se iludindo o povo, que o novo Presidente será a tábua de salvação deste já tão pobre país. Com Soares, salvar-se-á o governo! Com Cavaco, salvar-se-á a economia! Com Alegre, salvar-se-á a pátria! Com Louçã, salvar-se-á a cultura! Com Jerónimo salvar-se-ão os trabalhadores! Com Garcia salvar-se-ão os sindicatos! Com Carmelinda salvar-se-ão as mulheres! Com Manuel, com João, com Nelson…, salvar-se-ão…
Quanto a mim mesmo nada sairá a salvo. É apenas mais uma campanha com mais do mesmo, para mais do mesmo. Entretanto o país, este barco sem rumo, continuará à deriva, enquanto ainda navegar, à espera de melhores dias.
Para Democracia Liberal e Diário de Aveiro
3 Comments:
Esta república esgotou-se!
Mas não te esqueças de que há um candidato muito melhor do que esses todos - Peciscas a Presidente, Agora e Sempre PAPAS)
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