segunda-feira, novembro 28, 2005

Dialogando

Vêde as horas, minha mãe

Tarde se faz, tenho d` ir

Tanto caminho a percorrer

Tantas letras para ler

Tenho mesmo que partir.

Pressa? P`ra quê? O mar não sai do lugar

Brisa amena sopra, o sol continua a brilhar.

Inclemente nos dedos desliza a vida

Alteram-se as marés e correntes

Rodopia o astro rei nos horizontes

Lâminas de fogo lançando

Lembrando

A mudança já sentida.

As cores do arco-íris? A ternura dum sorriso?

Os sonhos do poeta? O voo no tempo contigo?

Minha mãe, assim eu corro...

As pontas d`ilusões, sonhos, agarro

Com toda a força restante

Num silêncio inquietante...

O cru voo do tempo seguro

Num meigo sorriso brilhante

Do poeta adormecido.

Amita, in Branco e Preto II

4 Comments:

At 4:07 da tarde, Blogger hfm said...

Belo!

 
At 4:53 da tarde, Blogger isabel mendes ferreira said...

Belíssimo Susana...e em sintonia com o piano....deixo-te uma visita à ILHA....(blogspot.com): e uma frase:(nesta imensa claridade onde a espuma das palavras são velas de saudade...)bjos.

 
At 7:44 da tarde, Blogger mfc said...

O sonho sempre a guiar-nos.

 
At 4:34 da tarde, Anonymous Anónimo said...

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