sábado, novembro 11, 2006

Direita, Esquerda e Corrupção

A corrupção foi um dos temas escolhidos pela Nova Democracia para o seu III Congresso, que decorreu no passado fim de semana em Lisboa. O tema e a sua oportunidade revelaram-se indiscutíveis. Para o efeito, convidou Maria José Morgado e João Cravinho. Do muito e bom que foi dito, ficaram duas ideias na memória. A primeira afirmou que a direita é mais sensível à corrupção que "a esquerda, que tem uma dependência crónica do aparelho do Estado e das suas funções sociais". O segundo afirmou que ou se faz alguma coisa ou o país fica à beira da italianização, o que traduzindo para linguagem corrente, significa a necessidade de uma operação “Mãos Limpas”.
Estou de acordo com ambas as afirmações, se bem que seja necessário fazer duas prevenções. A primeira é que a corrupção em si mesma não é de direita nem de esquerda. Pode haver políticos de direita corruptos e há-os certamente e pode haver políticos de esquerda corruptos e há-os certamente. A seriedade tem a ver com o carácter e não com a ideologia. Embora possa haver ideologia que favoreça a corrupção. Quanto mais e maiores forem os negócios de Estados mais a corrupção vê terreno para medrar e actuar. A segunda é que quando no poder, já tivemos provas de que a direita, a geométrica, pode ser tão indiferente à corrupção como a esquerda. Não existe por assim dizer uma superioridade moral de esquerda ou de direita neste domínio.
Continue a ler, por Jorge Ferreira, no Aveiro

1 Comments:

At 11:05 da tarde, Blogger Migas (miguel araújo) said...

Viva Susana
Parece que o Dr. Jorge Ferreira leu o meu comentário e o meu post sobre a corrupção em debate no vosso congresso.
Espantosamente, no caso concreto e face às declarações da Dra. Maria José Morgado, estamos de acordo.
Espantosamente, claro!
Cumprimentos

 

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