terça-feira, outubro 31, 2006

Descobrir outros rumos

Os políticos portugueses estão viciados, as políticas de alternância que se vêm praticando em Portugal, atingem hoje limites de falta de senso inimagináveis. Na decorrência deste estado do Estado, mais do que nunca assistimos agora à lembrança e mais do que isso, à exaltação, de Salazar. Passar de “8 para 80”, é sempre sinónimo de revolta extrema, de ansiedade, de angústia, de descrédito, de insatisfação e mau estar.

Seria muito bom que ninguém se lhe alheasse desta realidade. É urgente que os políticos deixem de olhar para os seus umbigos e que em vez de prometerem sem poder cumprir, pensem em perceberem os problemas para saber ouvir.

Em Portugal, a alternância política em que vivemos está a levar-nos ao esgotamento do sistema e à falência da sociedade. O país mantém hoje duas máquinas de Estado: uma no poder, e outra encostada às boxes. Sempre que elegemos um governo PS, temos que indemnizar quem abandona os cargos anteriores e reformar um batalhão de funcionários, pela substituição de outros. E o mesmo acontece pelo seu inverso, ou seja, sempre que se elege um Governo PSD ou de coligação.

O peso da máquina estatal e de todos os que dela dependem, vem sendo crescente ao longo dos anos. Esta realidade tem que ter um fim! Não podemos continuar a pactuar de braços cruzados com o resultado medíocre em que se torna o nosso Portugal. Não podemos continuar a ter vergonha do que somos e do que não conseguimos alcançar. No dia em que se perceber que o sistema está efectivamente está falido, é inevitável uma nova revolução.

Nós, na Nova Democracia continuamos a lutar, ainda que com todos os entraves que o próprio sistema nos provoca. Como todos já nos apercebemos, se em Portugal é quase missão impossível constituir um novo partido, ainda mais impossível se torna conseguir fazê-lo sobreviver. Os tentáculos dos poderes instalados são tão fortes e ferozes que arrastam consigo o domínio da comunicação social generalizada. Os objectivos de quem domina têm por fim fazer ignorar os novos projectos e as novas ideias de quem surge de novo na vida política e são, portanto, em grande parte alcançados.

Muitos são os que já agoiraram e continuam a agoirar a extinção do Partido da Nova Democracia. Enganaram-se e continuam a enganar-se. Nós continuamos vivos e a idealizar novos rumos para Portugal.

Prova disto mesmo será já no próximo fim-de-semana, nos dias 4 e 5, da realização do III Congresso da Nova Democracia. Vamos provar mais uma vez que estamos vivos e que de forma sustentada, continuamos a crescer. Mostraremos ao país que temos um programa político inovador a defender e que estamos abertos à sociedade civil e política de Portugal, contando nos nossos painéis temáticos de discussão com figuras de todos os quadrantes, como será por exemplo o caso do Eng.º João Cravinho ou da Dr.ª Maria José Morgado. Estamos abertos a ouvir a todos, a debater com correcção, e preparados para apresentar uma alternativa para Portugal.

Na próxima semana, vos daremos conta desta realidade, que se não me engano, constituirá uma boa surpresa para muitos, e naturalmente motivo de derrota para muitos!

(publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)

3 Comments:

At 12:32 da manhã, Blogger martim de gouveia e sousa said...

um tentame num pântano. bjos.

 
At 12:55 da tarde, Blogger Elise said...

Boa tarde Susana, bom post!

 
At 6:59 da tarde, Blogger Al Berto said...

Olá Susana:

Apesar de nunca ter "ido muito a bola" com o autor reconheço que esta frase lapidar se aplica que nem "uma luva" ao artigo que aqui coloca:

- Sò é derrotado quem desiste de lutar!

Um abraço,

 

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