Compre Português
Com a devida vénia ao Diário de Aveiro
Ainda há pouco tempo, assistimos a uma campanha publicitária de uma reconhecida marca portuguesa, que utilizou como “slogan” a frase chave «o que é nacional é bom». Recentemente o presidente americano, num pacote de medidas apresentadas de estímulo fiscal, incluiu a famosa cláusula «buy american», que entretanto muita polémica já gerou, por ter sido considerada de carácter exageradamente proteccionista.
Pois muito gostaríamos nós, de ver hoje lançada em Portugal, uma campanha nacional assente na frase «compre português». Mas seria isto possível?
Infelizmente, somos forçados a reconhecer que nos dias de hoje, dada a falência da generalidade da produção nacional, e dado o incremento na economia portuguesa, de produtos estrangeiros de baixo custo, por um lado, e dadas as imensas dificuldades no poder de compra das famílias, por outro lado, não faria sentido impor uma campanha desta natureza no momento actual.
O que fazer então? Por onde começar?
Temos de exigir uma mudança radical de políticas nacionais. É impossível ter sustentabilidade numa nação que não cultiva a sua terra, e importa cerca de oitenta por cento de tudo o que consome. É impossível continuar a aceitar a entrada de produtos chineses, e ver encerrar todos os dias empresas portugueses de têxteis, de calçado, de plásticos, de cerâmicas, de porcelanas, ou enfim, de todas as actividades que décadas atrás eram prestigiadas e consideradas imagem de marca em Portugal.
Os maiores inimigos que os (des)governos portugueses arranjaram à nossa economia nacional, foram o neoliberalismo na sua forma brutal de capitalismo ultra-radical, e o falso socialismo igualitarista que jamais poderá ser confundível, como nos querem fazer crer, com a defesa da igualdade de oportunidades.
Assim, os nossos governantes, na mira do lucro fácil e de uma empregabilidade precária, deixaram entrar no país, e entregaram “de bandeja” milhões de euros na mão de multinacionais, que agora se retiram para paragens mais vantajosas, não olhando a favores, nem a meios, para o efectivarem. Assim, os nossos governantes deixaram falir as pequenas e médias indústrias, e o pequeno e médio comércio tradicional, que toda a vida constituiram a sustentabilidade da nação, para agora assistir à derrocada generalizada da nossa economia, que no momento nem pode contar com as empresas multinacionais, nem com as empresas nacionais, atirando milhares de portugueses para o desemprego e deixando o país numa desorientação colectiva.
Pois muito gostaríamos nós, de ver hoje lançada em Portugal, uma campanha nacional assente na frase «compre português». Mas seria isto possível?
Infelizmente, somos forçados a reconhecer que nos dias de hoje, dada a falência da generalidade da produção nacional, e dado o incremento na economia portuguesa, de produtos estrangeiros de baixo custo, por um lado, e dadas as imensas dificuldades no poder de compra das famílias, por outro lado, não faria sentido impor uma campanha desta natureza no momento actual.
O que fazer então? Por onde começar?
Temos de exigir uma mudança radical de políticas nacionais. É impossível ter sustentabilidade numa nação que não cultiva a sua terra, e importa cerca de oitenta por cento de tudo o que consome. É impossível continuar a aceitar a entrada de produtos chineses, e ver encerrar todos os dias empresas portugueses de têxteis, de calçado, de plásticos, de cerâmicas, de porcelanas, ou enfim, de todas as actividades que décadas atrás eram prestigiadas e consideradas imagem de marca em Portugal.
Os maiores inimigos que os (des)governos portugueses arranjaram à nossa economia nacional, foram o neoliberalismo na sua forma brutal de capitalismo ultra-radical, e o falso socialismo igualitarista que jamais poderá ser confundível, como nos querem fazer crer, com a defesa da igualdade de oportunidades.
Assim, os nossos governantes, na mira do lucro fácil e de uma empregabilidade precária, deixaram entrar no país, e entregaram “de bandeja” milhões de euros na mão de multinacionais, que agora se retiram para paragens mais vantajosas, não olhando a favores, nem a meios, para o efectivarem. Assim, os nossos governantes deixaram falir as pequenas e médias indústrias, e o pequeno e médio comércio tradicional, que toda a vida constituiram a sustentabilidade da nação, para agora assistir à derrocada generalizada da nossa economia, que no momento nem pode contar com as empresas multinacionais, nem com as empresas nacionais, atirando milhares de portugueses para o desemprego e deixando o país numa desorientação colectiva.
É tempo exigir mudança, antes do caos. E tudo é possível, se houver para isso estímulo e vontade. Começar por preservar tudo o que é português, tem de ser uma prioridade. Não será necessário vedar a entrada de tudo o que é estrangeiro, pois todos sabemos que sempre importámos carros, aviões, comboios, ou outros bens, mas é urgente equilibrar o mercado global com a economia nacional. Em primeiro lugar, temos de voltar a incrementar toda produção agrícola e industrial que perdemos, e que tinha qualidade e rentabilidade, para em segundo lugar voltar a usar o “slogan” com oportunidade e orgulho, de que «o que é nacional é bom».
Mas, para que tal aconteça, é necessária a implementação de novas políticas. É necessário restringir as importações de vários países, é necessário voltar a conquistar cotas agrícolas e pesqueiras, é urgente criar proteccionismo nacional, porque não?
Se queremos voltar a ter uma nação livre e independente, mais produtiva e menos subsidiada, não podemos cruzar os braços e passarmos os dias a lamentarmo-nos da crise, é necessário exigir, é necessário fazer, é necessário voltar a ter a coragem, a criatividade e o empreendedorismo, que ao longo da história nunca deixaram ficar mal Portugal e os portugueses.
Susana Barbosa
1ª Signatária do Partido da Liberdade
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)
2 Comments:
criativa tu. como sempre. a alimentar os dias....
de esperar mais e melhor.
beijo-te querida Su.
Li, há poucos dias no Diário de Notícias, um sms de um leitor dizendo, simplesmente, que “não se pode pedir aos responsáveis pela crise, que a resolvam”. Nada mais certo! Quem arranjou este sarilho em que estamos metidos, fê-lo acreditando nas “virtudes” do neoliberalismo, que, como se viu, não tem tantas quanto isso. Quem o defendeu e o sustentou não pode, agora, pregar moral às “barrigas vazias” e muito menos vir dizer-nos como se resolve aquilo que não foi capaz de prever, e, muito menos, de evitar.
Voltemos, pois, ao proteccionismo que bem se justifica e já tarda. Sem receio. Com a firme intenção de um efectivo ressurgimento económico, que passará, necessariamente e tal como muito bem diz, pelo incremento da NOSSA produção agrícola e industrial, e pela adopção da patriótica atitude de que “o que é nacional é bom”.
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