A IV via da globalização
Com a devida vénia ao Diáriode Aveiro
Sem jamais olvidar a portentosa natureza universalista dos portugueses na descoberta e conquista de novos mundos, e simultaneamente sem falsos saudosismos ou pretensões de regressos ao passado, não podemos aceitar esta globalização desenfreada que o «sistema» nos impinge todos os dias, invadindo-nos a nossa liberdade nacional e a nossa privacidade pessoal, até mesmo porque já como todo o Mundo civilizado percebeu, para além de uma pretensiosa globalização, a mais não assistimos do que a uma derrota global.
Assim, com a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE), vimos à partida, o rumo e o preço da nossa (des) integração económica, mas à «boa maneira» de novos ricos, consentimos o recebimento de subsídios chorudos para não produzir, e aceitamos milhões que em vez de se canalizarem para investir, foram antes esbanjados pelos caminhos certeiros do oportunismo dos bolsos de alguns. E na ilusão dos grandes eventos e das grandes obras nacionais, fomos andando e rindo, recebendo muito e fazendo pouco, inebriados pelo luxo das marcas europeias e pelos rótulos dos mercados mundiais que rapidamente nos invadiram.
Como tudo o que se desperdiça nada deixa semeado, chegámos ao momento em que para além de nada termos para colher, também chegámos ao ponto de ter esgotado os recursos para comprar. Vimos a nossa agricultura na senda da dita globalização, e ficámos sem agricultores e sem agricultura. Vimos a nossa indústria ser globalizada, e ficámos com industriais arruinados. Vimos o nosso comércio tradicional português transformado em comércio global, e deparamo-nos com a falência dos pequenos e médios comerciantes, que em Portugal, como todos inequivocamente sabemos, sempre representaram a base da sustentabilidade económica da nossa nação.
Hoje, para além de nos encontrarmos inseridos numa Europa federalista, defensora dos interesses capitalistas dos mais fortes, e distante dos ideais de desenvolvimento e fraternidade dos seus «pais fundadores», encontramo-nos enredados nas malhas duma globalização tão feroz, que vemos sugada até ao tutano a nossa liberdade e a nossa identidade, e deparamo-nos com a brutalidade de tudo o que é forçado, hoje designado pelo politicamente correcto «mundo global», desprovidos das nossas raízes, da nossa cultura e dos nossos valores.
Assim, com a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE), vimos à partida, o rumo e o preço da nossa (des) integração económica, mas à «boa maneira» de novos ricos, consentimos o recebimento de subsídios chorudos para não produzir, e aceitamos milhões que em vez de se canalizarem para investir, foram antes esbanjados pelos caminhos certeiros do oportunismo dos bolsos de alguns. E na ilusão dos grandes eventos e das grandes obras nacionais, fomos andando e rindo, recebendo muito e fazendo pouco, inebriados pelo luxo das marcas europeias e pelos rótulos dos mercados mundiais que rapidamente nos invadiram.
Como tudo o que se desperdiça nada deixa semeado, chegámos ao momento em que para além de nada termos para colher, também chegámos ao ponto de ter esgotado os recursos para comprar. Vimos a nossa agricultura na senda da dita globalização, e ficámos sem agricultores e sem agricultura. Vimos a nossa indústria ser globalizada, e ficámos com industriais arruinados. Vimos o nosso comércio tradicional português transformado em comércio global, e deparamo-nos com a falência dos pequenos e médios comerciantes, que em Portugal, como todos inequivocamente sabemos, sempre representaram a base da sustentabilidade económica da nossa nação.
Hoje, para além de nos encontrarmos inseridos numa Europa federalista, defensora dos interesses capitalistas dos mais fortes, e distante dos ideais de desenvolvimento e fraternidade dos seus «pais fundadores», encontramo-nos enredados nas malhas duma globalização tão feroz, que vemos sugada até ao tutano a nossa liberdade e a nossa identidade, e deparamo-nos com a brutalidade de tudo o que é forçado, hoje designado pelo politicamente correcto «mundo global», desprovidos das nossas raízes, da nossa cultura e dos nossos valores.
Fruto de todo este percurso indevido, o edifício mundial começa a dar sinais de decadência, e começa a tornar-se evidente uma derrota global anunciada pelas crises de recursos naturais como o petróleo ou mesmo a água, pelas crises de alimentos de base tão importantes como os cereais, pelas recorrentes crises económicas e financeiras, ou ainda pelas constantes e inevitáveis crises de valores.
Todavia, os nossos governantes como nem com os erros dos outros conseguem aprender, continuam a insistir na IV via da globalização. Continuam a alimentar as suas vaidades, e a perder demasiado tempo a olhar-se ao espelho. Continuam sem tempo para olhar à sua volta, e ainda não querem perceber o que realmente nos está a acontecer.
Empreendem na alta tecnologia, mas não reparam que já não temos vacas leiteiras nem leite para consumir, preocupam-se com «aeroportos e tgv`s» que a poucos vão servir, e esquecem a recuperação das imensas linhas-férreas que deixaram ao abandono e que a tudo e a todos serviriam, fazem acordos ortográficos apressados e desconcertantes, e não olham a meios para atingir os fins. O problema é que nesta ganância desmedida, nos parece que nem dão conta do quanto nos estão a empobrecer economicamente e culturalmente.
Entramos definitivamente na IV via da globalização, onde já nem se respeita o nosso maior património de valor universal, representado pela nossa língua portuguesa, divulgada e valorizada em todos os cantos do Mundo. É inacreditável a leviandade como tudo se facilita, como tudo se aligeira, como tudo se adultera, se descaracteriza, e inevitavelmente se torna mais pobre.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)
5 Comments:
Pedindo antecipadas desculpas pela “invasão” e alguma usurpação de espaço, gostaríamos de deixar o convite para uma visita a este Espaço que irá agitar as águas da Passividade Portuguesa...
Então e o Partido da Liberdade? Continua em formação ou já desistiram definitivamente da ideia?...nunca mais falou no assunto....vá dando noticias do partido, que é para a coisa não cair no esquecimento. A não ser que já tenha caido mesmo no esquecimento de forma definitiva.
Alguém, também anónimo, veio um dia a este blog, e deixou escrito que a Susana Barbosa nem 75 assinaturas conseguiria recolher, quanto mais 7500... Pois já recolhemos 75, já recolhemos 750, e as 7500 estarão recolhidas muito em breve. Com muito trabalho evidentemente! Pois tenham um pouco mais de paciência, e após o Verão, o Partido da Liberdade terá por certo a notícia por muitos ansiada, e por alguns jamais esperada.
Como quase diariamente faço, vim ao seu blog ler os sempre excelentes artigos que publica. Alegrou-me saber a boa evolução do Partido da Liberdade. Nunca tive dúvidas de que conseguiria esse objectivo.
Se me permitir, contactá-la-ei, brevemente,por escrito, para o apartado, oferecendo os meus fracos préstimos, se ainda, puderem ser úteis.
Ao Partido da Liberdade, será sempre benvindo, quem vier por bem!
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