Temos jovens idosos?
Com a devida vénia ao Diário de Aveiro
Temos conversado com jovens de todo o país, durante a recolha de assinaturas para o Partido da Liberdade (PL). Não nos surpreenderam pois, as declarações do Presidente da República, durante o seu discurso do passado dia 25 de Abril, relativamente ao alheamento dos jovens portugueses da política, e face ao desinteresse e descrédito que os mesmos demonstram pelos políticos.
Frequentemente encontramos jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 25 anos, dispostos a assinarem para a constituição do PL, mas que o não podem fazer porque não se encontram recenseados. E encontramos ainda outros jovens que dizendo que sim, que se encontram recenseados mas que não têm o cartão de eleitor no momento, e que mais tarde verificamos na validação das assinaturas com o Bilhete de Identidade, sendo também obrigatório o nº de eleitor para o efeito no requerimento, que o que afirmaram não corresponde à verdade e que realmente ainda não se encontram inscritos, por não constarem dos registos de recenseamento do Ministério da Administração Interna.
São situações embaraçosas e que nos entristece constatar, mas que infelizmente são reais em Portugal, e que para admiração de qualquer cidadão civilizado, acontecem numa democracia com trinta e quatro anos cumpridos!
Mas ainda mais incomodativo que o desinteresse pela política que verificamos nos jovens, é o descrédito que nutrem pela sociedade em geral e acima de tudo a falta de esperança que sentimos nas suas palavras e nos seus olhares. É constrangedor perceber a falta de motivação e de objectivos que se instalam em muitos jovens, alguns de formação superior, e que por vezes num desabafo acomodado ou revoltado, nos confrontam com a questão – que futuro nos espera?
Com perplexidade mais nos parecem «jovens idosos», e incrivelmente existem por vezes idosos mais jovens, que os próprios jovens. É claro que falamos de jovialidade da alma, do espírito empreendedor, das mentalidades inovadoras, da coragem, da força e da vontade e alegria de viver, que numa ordem natural das coisas, seria mais fácil encontrar num jovem de 25 anos a iniciar a vida profissional activa, do que num reformado de 75 anos, que ainda assim vemos a lutar por uma vida melhor.
Frequentemente encontramos jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 25 anos, dispostos a assinarem para a constituição do PL, mas que o não podem fazer porque não se encontram recenseados. E encontramos ainda outros jovens que dizendo que sim, que se encontram recenseados mas que não têm o cartão de eleitor no momento, e que mais tarde verificamos na validação das assinaturas com o Bilhete de Identidade, sendo também obrigatório o nº de eleitor para o efeito no requerimento, que o que afirmaram não corresponde à verdade e que realmente ainda não se encontram inscritos, por não constarem dos registos de recenseamento do Ministério da Administração Interna.
São situações embaraçosas e que nos entristece constatar, mas que infelizmente são reais em Portugal, e que para admiração de qualquer cidadão civilizado, acontecem numa democracia com trinta e quatro anos cumpridos!
Mas ainda mais incomodativo que o desinteresse pela política que verificamos nos jovens, é o descrédito que nutrem pela sociedade em geral e acima de tudo a falta de esperança que sentimos nas suas palavras e nos seus olhares. É constrangedor perceber a falta de motivação e de objectivos que se instalam em muitos jovens, alguns de formação superior, e que por vezes num desabafo acomodado ou revoltado, nos confrontam com a questão – que futuro nos espera?
Com perplexidade mais nos parecem «jovens idosos», e incrivelmente existem por vezes idosos mais jovens, que os próprios jovens. É claro que falamos de jovialidade da alma, do espírito empreendedor, das mentalidades inovadoras, da coragem, da força e da vontade e alegria de viver, que numa ordem natural das coisas, seria mais fácil encontrar num jovem de 25 anos a iniciar a vida profissional activa, do que num reformado de 75 anos, que ainda assim vemos a lutar por uma vida melhor.
Devemos pois interrogarmo-nos sobre o tipo de sociedade que estamos a ajudar a construir, e se o fizermos, facilmente entendemos que muitos valores se têm invertido e que muito terá de ser feito para alterar o que vai mal. Começando pelos próprios jovens que são o garante do futuro de todos nós, temos de assumir que eles «são o que são» muitas das vezes denominados de «geração rasca» por culpa de todos nós, os mais velhos que os ajudamos a educar, e por culpa do sistema que tornámos permeável a toda esta situação.
Tal como me dizia um velho amigo há uns dias, se quisermos deixar de «viver à rasca», temos de arregaçar as mangas e lutar em primeiro lugar, para educar os jovens mesmo nas dificuldades, em vez de passar o resto da vida a lamentar, que ainda com algumas facilidades, não passam de «geração rasca». Se entendermos que a vida são dois dias, amanhã será tarde, e a preciosa juventude dos dias de hoje será idosa.
(publicado na edição de ontem do Diário de Aveiro)
3 Comments:
Deixem os jovens que os outros muita porcaria têm feito.
Será isso política? Serão esses os modelos?
Se for até eu não tenho nada a ver com isso e prefiro ser rasca.
Um abraço!
Volto hoje. Tudo de bom.
não podia deixar de vir aqui hoje.
FESTEJAR-TE.
beijo.
Por lapso coloquei este cometário no post anterior. Se me é permitido faço a correcção, evitando más interpretações.
Obrigado.
Deixe-me cumprimentá-la minha Cara Senhora por este seu artigo de opinião.
Foi dos que mais saboreei ler.
Questiona e com razão muitos comportamentos, particularmente, dos jovens.
Acredito e sei desses comportamentos, como todos sabemos que os jovens não são os culpados da agulha magnética que os "regula" ter avariado..
É que, tantos safanões lhe deram, que ela, tinha mesmo de perder o norte.
Os nossos jovens são como todos os jovens do mundo. Todos eles reflectem enquanto nação, a matriz do seu país.
E não me fale em apelos de políticos, sejam eles quais forem…
É que, depois de deixar roubar a casa por desleixo, já não vale a pena andar a correr pelos cantos a procurar trancas para pôr nas portas.
Cumprimentos.
Enviar um comentário
<< Home