Haja Respeito!
É bom que se faça uma análise profunda à forma generalizada como vem sendo instituída «a falta de educação» em Portugal, e encará-la como um problema nacional em que todas as partes envolvidas poderão ter «culpas» e não como algo que só a alguns diz respeito. O défice de educação que hoje se verifica é transversal a toda a sociedade, e resulta da opção de um caminho percorrido, assente numa democracia construída na base da «libertinagem» mascarada de falsos valores de liberdade.
Com a devida vénia ao Diário de Aveiro
Que exemplos de ética e de bons princípios se podem exigir às novas gerações, se assistimos todos os dias a episódios nacionais relatados publicamente, de actos e de palavras incontinentes, na maior parte dos casos provenientes de figuras públicas com responsabilidades nacionais, como é caso dos políticos que governam este país? E que autoridade têm esses mesmos políticos, para afirmarem que neste país os pais não educam os filhos «como deve ser», ou que «os jovens de hoje são malcriados e não têm educação»?
Não será demais pedir «boas maneiras» aos jovens, quando o «exemplo» de boa educação que lhes oferecemos é a crescente degradação de princípios, assente nas mais variadas faltas de respeito constatadas nos comportamentos dos cidadãos em sociedade?
Exemplo disso mesmo, foi esta semana palco na nossa Ilha da Madeira, quando Alberto João Jardim afirmou «Eu acho bem não haver uma sessão solene, acho que era dar uma péssima imagem da Madeira mostrar o bando de loucos que está dentro da Assembleia Legislativa», e ainda referindo-se a deputados da oposição como «”o fascista do PND”, “o padre Edgar (do PCP)” e “aqueles tipos do PS”».
E como se tal não bastasse, pudemos ainda constatar as afirmações do tal deputado do PND, que confirmando à agência Lusa que não aceitaria o desafio lançado pelo Bloco de Esquerda para faltar ao jantar, declarou publicamente «Vou gozar o prato até o fim. Faltar? Nem pensar! Estou cheio de fome».
Estamos realmente perante o grau zero da política. A falta de respeito ultrapassa o bom senso. Se por um lado não podemos admitir que o facto de ser um homem com «obra feita», não dá o direito a Alberto João Jardim de desrespeitar quem quer que seja, também não podemos concordar que outros «que nada construíram» passem pela vida política apenas para se exibirem, divertindo-se a denegrir a imagem de Jardim de forma grosseira, e no entanto, sem nunca terem nada de construtivo para apresentar como alternativas ou soluções.
É esta a imagem de Portugal que queremos passar aos nossos filhos? Como podemos exigir dos jovens respeito pelos políticos, se eles constatam que os políticos nem respeito têm pelo país?
É bom que se faça uma análise profunda à forma generalizada como vem sendo instituída «a falta de educação» em Portugal, e encará-la como um problema nacional em que todas as partes envolvidas poderão ter «culpas» e não como algo que só a alguns diz respeito. O défice de educação que hoje se verifica é transversal a toda a sociedade, e resulta da opção de um caminho percorrido, assente numa democracia construída na base da «libertinagem» mascarada de falsos valores de liberdade.
Não será demais pedir «boas maneiras» aos jovens, quando o «exemplo» de boa educação que lhes oferecemos é a crescente degradação de princípios, assente nas mais variadas faltas de respeito constatadas nos comportamentos dos cidadãos em sociedade?
Exemplo disso mesmo, foi esta semana palco na nossa Ilha da Madeira, quando Alberto João Jardim afirmou «Eu acho bem não haver uma sessão solene, acho que era dar uma péssima imagem da Madeira mostrar o bando de loucos que está dentro da Assembleia Legislativa», e ainda referindo-se a deputados da oposição como «”o fascista do PND”, “o padre Edgar (do PCP)” e “aqueles tipos do PS”».
E como se tal não bastasse, pudemos ainda constatar as afirmações do tal deputado do PND, que confirmando à agência Lusa que não aceitaria o desafio lançado pelo Bloco de Esquerda para faltar ao jantar, declarou publicamente «Vou gozar o prato até o fim. Faltar? Nem pensar! Estou cheio de fome».
Estamos realmente perante o grau zero da política. A falta de respeito ultrapassa o bom senso. Se por um lado não podemos admitir que o facto de ser um homem com «obra feita», não dá o direito a Alberto João Jardim de desrespeitar quem quer que seja, também não podemos concordar que outros «que nada construíram» passem pela vida política apenas para se exibirem, divertindo-se a denegrir a imagem de Jardim de forma grosseira, e no entanto, sem nunca terem nada de construtivo para apresentar como alternativas ou soluções.
É esta a imagem de Portugal que queremos passar aos nossos filhos? Como podemos exigir dos jovens respeito pelos políticos, se eles constatam que os políticos nem respeito têm pelo país?
É bom que se faça uma análise profunda à forma generalizada como vem sendo instituída «a falta de educação» em Portugal, e encará-la como um problema nacional em que todas as partes envolvidas poderão ter «culpas» e não como algo que só a alguns diz respeito. O défice de educação que hoje se verifica é transversal a toda a sociedade, e resulta da opção de um caminho percorrido, assente numa democracia construída na base da «libertinagem» mascarada de falsos valores de liberdade.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)
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