Bomba atómica genética
O auge da genética tem de conhecer limitações, por muitos avanços científicos que intente propiciar. Confundir industrialização e avanço tecnológico com «aberrações», tal como a construção e aceitação do «homem grávido», é um atentado à natureza...
Coma devida vénia ao Diário de Aveiro
Foi dado esta semana, o crucial «pontapé de saída» para a elaboração da futura nova lei sobre fertilização humana e embriologia. Num debate parlamentar que ocorreu no Reino Unido, e que ficará registado na história da humanidade, os deputados britânicos decidiram numa votação de 336 votos a favor, contra 176, aprovar a geração de embriões mistos de humano e animal, o primeiro ponto crucial da futura nova lei sobre fertilização humana e embriologia.
Segundo publicação da passada segunda-feira, no Público, «os embriões híbridos podem ser de diversos tipos: “cíbridos”, obtidos introduzindo o núcleo de uma célula humana adulta (com todo o seu ADN) num ovócito de animal (de vaca) esvaziado do seu próprio núcleo; os embriões humanos transgénicos, obtidos inserindo genes animais em embriões humanos; as “quimeras”, obtidas introduzindo células animais num embrião humano – e os híbridos verdadeiros, cruzamentos de gâmetas (espermatozóides ou ovócitos) humanos e animais».
Ao longo do artigo, escrito por Ana Gerschenfeld, podem ler-se frases abonatórias em relação ao tema do tipo «a derradeira prova de abertura de espírito dos deputados» ou ainda «tanto o primeiro-ministro, Gordon Brown, como o seu concorrente directo, o líder dos conservadores David Cameron – e os muitos outros deputados que hoje votaram em consciência –, consideraram que não podiam deixar fugir a oportunidade de revolucionar a medicina humana».
Segundo esta jornalista do Público, apesar dela não o afirmar desta forma, enuncia-nos claramente a ideia de nos encontrarmos perante «o admirável mundo novo» já que ela mesma, não consegue relatar a notícia de forma objectiva e imparcial.
Apesar das salvaguardas do tipo «claro que os embriões só poderão ser fabricados se se provar previamente que a investigação para a qual vão contribuir é necessária e útil» ou ainda «E, seja qual for o tipo de embrião híbrido gerado, apenas será permitido desenvolverem-se durante 14 dias e nunca serão implantados no útero de uma mulher ou de um animal», percebemos como de forma obcecada avança a ciência universal, ultrapassando os limites da natureza e industrializando a própria vida, como se de um produto «standard» se tratasse.
Segundo publicação da passada segunda-feira, no Público, «os embriões híbridos podem ser de diversos tipos: “cíbridos”, obtidos introduzindo o núcleo de uma célula humana adulta (com todo o seu ADN) num ovócito de animal (de vaca) esvaziado do seu próprio núcleo; os embriões humanos transgénicos, obtidos inserindo genes animais em embriões humanos; as “quimeras”, obtidas introduzindo células animais num embrião humano – e os híbridos verdadeiros, cruzamentos de gâmetas (espermatozóides ou ovócitos) humanos e animais».
Ao longo do artigo, escrito por Ana Gerschenfeld, podem ler-se frases abonatórias em relação ao tema do tipo «a derradeira prova de abertura de espírito dos deputados» ou ainda «tanto o primeiro-ministro, Gordon Brown, como o seu concorrente directo, o líder dos conservadores David Cameron – e os muitos outros deputados que hoje votaram em consciência –, consideraram que não podiam deixar fugir a oportunidade de revolucionar a medicina humana».
Segundo esta jornalista do Público, apesar dela não o afirmar desta forma, enuncia-nos claramente a ideia de nos encontrarmos perante «o admirável mundo novo» já que ela mesma, não consegue relatar a notícia de forma objectiva e imparcial.
Apesar das salvaguardas do tipo «claro que os embriões só poderão ser fabricados se se provar previamente que a investigação para a qual vão contribuir é necessária e útil» ou ainda «E, seja qual for o tipo de embrião híbrido gerado, apenas será permitido desenvolverem-se durante 14 dias e nunca serão implantados no útero de uma mulher ou de um animal», percebemos como de forma obcecada avança a ciência universal, ultrapassando os limites da natureza e industrializando a própria vida, como se de um produto «standard» se tratasse.
Não colocando em causa, as grandes valias com que a investigação científica tem vindo a presentear a humanidade de forma construtiva, ao longo da história universal, há todavia, a necessidade urgente de delimitar fronteiras e limites à investigação desenfreada que não olha a meios para atingir os seus fins, invertendo valores e ultrapassando princípios de ética e de equilíbrio natural, no que concerne ao que de mais valioso o homem possui, que consiste na concepção do acto de criar a vida humana.
O auge da genética tem de conhecer limitações, por muitos avanços científicos que intente propiciar. Confundir industrialização e avanço tecnológico com «aberrações», tal como a construção e aceitação do «homem grávido», é um atentado à natureza e o mesmo que construir bombas atómicas genéticas, que mais não poderão desencadear do que a autodestruição do que possuímos de mais sagrado nesta vida: a bênção natural da nossa exclusividade enquanto seres humanos.
(publicado na edição de 23 de Maio do Diário de Aveiro)
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