A Inauguração (II)
O líder da Nova Democracia (PND), Manuel Monteiro, disse hoje que a vitória de Paulo Portas na disputa da liderança do CDS «é uma oportunidade» para o seu partido «se afirmar e crescer com espaço próprio»
«A vitória de Paulo Portas é uma oportunidade óptima para a clarificação do que é a Nova Democracia, de afirmação e de crescimento no espaço próprio da direita», declarou. Falando a jornalistas à margem da inauguração da sede do PND em Aveiro, Manuel Monteiro disse que não vai «fazer convites especiais a ninguém».
«Fiz em Julho do ano passado um convite a Ribeiro e Castro para trabalharmos nos Estados Gerais da direita. Hoje não vou fazer convites especiais a ninguém», afirmou.
Garantiu, no entanto, que «serão bem vindos os que queiram participar na construção do projecto da Nova Democracia, que é um partido aberto, conservador e liberal». Para Manuel Monteiro, com a vitória de Paulo Portas nas directas do CDS, «a Nova Democracia tem agora todas as condições para demonstrar o que a diferencia do CDS, que quer ser igual ao PSD».
«É uma oportunidade mais do que óbvia para a afirmação do que procurei fazer com o CDS», completou. Manuel Monteiro não se mostrou surpreendido com a dimensão do resultado obtido por Paulo Portas, afirmando mesmo que esperava que fosse superior, devido à forma como este organizou o partido, após ter saído em 1998.
Aos militantes, Manuel Monteiro deixou a mensagem de que, a abertura de sedes, não é para se fecharem nas instalações, mas para afirmar o PND como um partido aberto e diferente, capaz de atrair independentes. «Enquanto outros partidos estão a regressar ao passado, nós temos de abrir as portas do futuro», exortou.
Defendeu por isso uma organização diferente dos «partidos velhos», admitindo a chamada de independentes para as listas e não apenas para debater ideias, e novas propostas que vão ao encontro da sociedade civil. «Se o não fizer, torna-se igual aos partidos de que o povo está cansado, porque o que os cidadãos querem não é novos políticos, mas novas políticas».
«Vejo Marques Mendes defender menos impostos, mas o que é necessário fazer é mudar os impostos porque a lógica do sistema fiscal não pode continuar a mesma», exemplificou, propondo uma taxa única sobre o rendimento, em vez de impostos progressivos.
As eleições de 2009, segundo Manuel Monteiro, vão ser «a oportunidade de dar testemunho da diferença, abrindo as listas à sociedade civil para não cometer os mesmos erros dos partidos tradicionais, em que há pessoas que se montam nas estruturas partidárias e estão convencidas de que são os reis da política no país», concluiu.
Fonte: Sol/Lusa
1 Comments:
eu gostei de O ver na entrevista.
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mas gosto mais de ti.
beijos.
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