PND à deriva de líder demissionário
No passado mês de Julho, perante a intenção apresentada ao Conselho Geral, do Sr. Dr. Manuel Monteiro, de se demitir do cargo de Presidente da Direcção, do Partido da Nova Democracia (PND), o partido estagnou para reflexão, ficando a decisão definitiva sobrestada até à realização de um novo Conselho Geral, que ficou decidido vir a ocorrer durante o passado mês de Setembro. Já estamos quase a meados do mês de Outubro, e o PND continua à espera de marcação do Conselho Geral, que se diz agora que possa vir a ocorrer no próximo mês de Novembro, será? Entretanto, o partido continua parado, e como todos sabemos, parar é retroceder!
É lamentável que se passem tantos meses, para reflexões isoladas e inconsequentes, mantendo um partido político estagnado, sem mais explicações. Ainda assim, por Aveiro, o PND esforça-se por gerar alguma actividade, ainda que a custo, pois para além da desmotivação generalizada de muitos, para se empenharem num partido sem rumo a nível nacional, existe uma Moção de Estratégia a defender por Aveiro, e uma Sede Distrital a manter, com o sacrifício e empenho pessoal de militantes e simpatizantes do próprio distrito.
É lamentável que se passem tantos meses, para reflexões isoladas e inconsequentes, mantendo um partido político estagnado, sem mais explicações. Ainda assim, por Aveiro, o PND esforça-se por gerar alguma actividade, ainda que a custo, pois para além da desmotivação generalizada de muitos, para se empenharem num partido sem rumo a nível nacional, existe uma Moção de Estratégia a defender por Aveiro, e uma Sede Distrital a manter, com o sacrifício e empenho pessoal de militantes e simpatizantes do próprio distrito.
Todos os outros partidos portugueses, apesar das suas próprias movimentações, e independentemente de alterações de liderança, fizeram as suas «rentrées», e não deixaram de se manter activos, dando continuidade aos seus projectos. O PND, pelo contrário, com muita pena nossa, não está a dar o exemplo de uma verdadeira força política de direita, tão necessária à actual conjuntura do sistema instalado.
Consideramos pois, que se torna urgente que o PND trace o seu próprio caminho, pois para quem o desejar, temos um lugar único a defender na direita portuguesa, não conciliável com os actuais partidos do sistema. Temos de salvaguardar a direita dos princípios e dos valores, do verdadeiro patriotismo, e esta linha quanto a nós, não é permissiva ao oportunismo partidário existente na actualidade, no nosso país.
Bem sabemos, que o caminho que defendemos é um caminho árduo, mas também por certo, o único caminho que entendemos útil e necessário aos descontentes dos interesses instalados. Saibamos pois, dar a continuidade a um projecto tão importante para Portugal, como é o PND, segundo o rumo político de um partido de direita, aprovado no nosso II Congresso Nacional, realizado em Aveiro, em 16 e 17 de Abril de 2005, e mantendo o programa político aprovado no nosso III Congresso Nacional, realizado em Lisboa em 04 e 05 de Novembro de 2006.
Mas tão importante como manter o que de bom já conseguimos alcançar, será a reorganização duma estrutura que ainda nova, se constata estagnada, e mais do que isso, será a necessidade emergente de colocar em acção aquilo que em teoria defendemos, e será ainda, uma nova postura e uma «nova atitude», que nos demonstre activos e combativos, para ajudar a resolver os problemas reais dos portugueses, e para ir de encontro ao enorme «batalhão» de descontentes dos interesses instalados no nosso país.
Por uma verdadeira Direita, pelo PND, por Portugal.
(publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)
3 Comments:
Susana, grande reflexão sobre um dos grandes males portugueses - a eterna indecisão quando há que escolher só porque todas as escolhas implicam uma rejeição; num partido político isso pode ser muito mau.
Admiro muito a sua força.
Começa a "cheirar mal ", começa. Se fosse só esse...
Grande texto.
A correr só para deixar um bjinho. A voltar. Devagar.
Cara Susana.
Este seu interessante "desabafo" merece-me, se mo permite, levantar 3 questões, do meu ponto de vista pertinentes:
1. Nota-se a vontade clara dos militantes aveirenses do seu partido em manterem os rumos e opções anteriormente traçadas. Isto revela que ainda há quem acredite mais nas opções do que nos momentos mediáticos. É de louvar. Tal como o seu PND, também o meu CDS, em tempos (muito idos - aliás como o Manuel Monteiro e o Jorge Ferreira sabem bem)teve a sua força aqui em Aveiro. Esta terra é lugar de lutas e sonhos, pena que não tenha o reconhecido peso nacional.
2. Como em tudo na vida (e saberá melhor do que eu), os nossos percursos, sejam pessoais, familires, profissionais, têm altos e baixos e travessias no deserto. O mérito e as virtudes estão sustentadas na nossa capacidade de sobrevivência e de dar a volta por cima. Mas há realidades que são mais fortes que os sonhos. E às vezes mais vale ter os pés assentes no chão.
3. Por último, para além do desacreditar que refere estar patente nos militantes do PND, parece-me igualmente relevante a falta de concretização das linhas orientadoras e a falta de objectivos políticos. Mas também lhe digo muito sinceramente que, apesar de ficar verdadeiramente orgulhoso por saber da hipótese de a ver à frente dos designios do seu partido (pelo respeito e estima que me merece), também não deixa de me parecer preocupante as notícias (não sei se verdadeiras) sobre a ingerência da extrema direita na vossa esfera. E assim sendo, mais vale deixar cair do que sustentar um projecto minado.
Cumprimentos
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