A União faz a Força
Duas cidades, Porto e Vila Nova de Gaia, vizinhas, unidas por algumas pontes, tantas vezes desunidas por desavenças, tantas outras vezes rivalizando pela mesma tradição e pelo mesmo Santo, o “São João”. Este ano, pelo segundo ano consecutivo, Rui Rio e Luís Filipe Menezes uniram forças para o mesmo evento, e o resultado junto ao rio não deixou ficar mal o Porto nem Gaia. As margens do mesmo rio Douro, assistiram com orgulho à maior festa popular do mundo e foi linda, linda!
Quer se goste, quer não se goste dos autarcas em questão, o resultado das festas Sanjoaninas demonstra pela segunda vez que “A União faz a Força”. Estudei, trabalhei e residi entre Porto e Gaia durante doze anos e pude constatar anos a fio as disputas das duas cidades pela ponte Dom Luís, já por si um eloquente projecto do Engenheiro Teófilo Seyrig enquanto sócio de Eiffel, para os momentos esplendorosos depois do bater da meia-noite, do fogo de artificio no rio Douro a partir da Ponte.
Quer se goste, quer não se goste dos autarcas em questão, o resultado das festas Sanjoaninas demonstra pela segunda vez que “A União faz a Força”. Estudei, trabalhei e residi entre Porto e Gaia durante doze anos e pude constatar anos a fio as disputas das duas cidades pela ponte Dom Luís, já por si um eloquente projecto do Engenheiro Teófilo Seyrig enquanto sócio de Eiffel, para os momentos esplendorosos depois do bater da meia-noite, do fogo de artificio no rio Douro a partir da Ponte.
Durante anos e anos que as autarquias trabalharam cada uma por si, pela altura das festas de São João. Os festejos por tradição mais importantes para a cidade do Porto, sempre foram de grande dimensão e muito reconhecidos por todo o país e pelo estrangeiro. Este ano, o evento superou todas as expectativas, tanto em número de visitantes e participantes como em qualidade do espectáculo proporcionado junto ao Douro.
A ajudar à festa, contou em primeiro lugar a cooperação entre as autarquias, em segundo lugar o bom tempo que se fez sentir e em terceiro lugar o facto de a noitada de São João ter coincidido ao fim-de-semana e de sábado para domingo. A realçar de forma positiva também o facto de os principais patrocinadores, “El Corte Inglês” e “Super-Bock”, terem aliviado os cofres das duas Câmaras intervenientes nos festejos, que por sua vez não terão de recorrer a tanta “caça às multas” e a impostos dos contribuintes para pagar as contas.
À boa maneira portuguesa, deve também dizer-se, que falhou na organização a lembrança de que com milhares de pessoas nas ruas se tornam indispensáveis mais caixotes de lixo e mais instalações sanitárias ainda que de carácter de aluguer. As estruturas dos bares e restaurantes disponíveis não podiam dar condições suficientes a tanta gente ao longo da noitada. Bastavam menos dois minutos de fogo de artifício para pagar as falhas apontadas e todos se sentiriam mais confortáveis. Fica a anotação para o próximo ano!
De resto, a festa de São João considerada a festa mais popular do mundo, demonstrou sê-lo de forma reforçada, a entrada é livre, participa quem pode e assim o deseja e nas ruas os “martelinhos” e os “manjericos” proporcionam um convívio tão fraterno que ao assistir ao espectáculo da meia-noite nos sentimos no seio de uma grande família.
Ficaram a ganhar as pessoas, tanto da terra como vindas de longe, que sem pagar bilhete puderam desfrutar de um divertimento ímpar e de um São João mais fortalecido.
A noite estava esplêndida, o rio estava magnífico, e o som dos “Madredeus” veio encaixar lindamente no visual oferecido pelos fogos de artifício. Ficam de parabéns as autarquias que deram o exemplo para o país, de como apesar das diferenças é possível “fazer bem e melhor” unindo esforços e renovando empenhos.
(publicado nas edições de ontem do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)
3 Comments:
Gostei de ler esta reflexão.
Foi realmente um GRANDE São João.
Bom dia, bjinho, Susana,
menina com sorte...:))))).
__________________beijo Su.
re.obrigada.
Enviar um comentário
<< Home