O Flagelo dos Incêndios
Choveu um pouco por todo o distrito de Aveiro. Nada de mais divino poderia hoje aqui acontecer, do que podermos sentir o cheiro de terra molhada.
Só mesmo com a ajuda da natureza, poderíamos entrar na fase de rescaldo dos intermináveis incêndios. Já não era sem tempo. Os bombeiros vão-se retirando, na esperança de enfim poderem ter algum merecido descanso. Creio que sem essas almas corajosas, persistentes, solidárias, resistentes e determinadas, denominadas bombeiros, não sobraria no nosso distrito, qualquer mancha de floresta verde, que tanto necessitamos para purificar os poluídos ares que nos rodeiam.
Com a ausência do Sr. Primeiro-ministro para férias, espero bem que os restantes membros do Governo responsáveis pela administração interna e ordenamento do território, ambiente e agricultura, lhe façam chegar em devida coerência e pormenores necessários, relatórios das calamidades vividas neste distrito em particular porque aqui resido, assim como de todos os outros que não foram poupados a tal castigo.
Vimos arder a Serra do Arestal, a mais alta do concelho de Sever do Vouga, pérola das suas gentes, motivo de tantos hinos e cantares. Vimos arder a Serra da Freita, considerada uma das mais exóticas de Portugal, onde se podem encontrar as tão famosas pedras parideiras que constituem fenómeno raro na Europa e no Mundo. Vimos arder tantas outras Serras e mais Serras, todas tão belas e igualmente únicas. Vimos arder casas, vimos morrer animais e assistimos ao profundo desespero e desalento das pessoas que sem culpa viram arder os haveres de uma vida.
Um pouco por todo o país este cenário repetiu-se, desde Trás-os-Montes à Serra da Estrela, de Piódão ao Algarve… E este cenário repete-se ano após ano, sem que cortina alguma coloque um fim a esta miserável ameaça, que sempre retorna, que persiste em nos não abandonar porque o que se lamenta é pouco, para o muito que haveria seriamente que fazer.
Nós na Nova Democracia, não cruzaremos os braços à espera de mais uma safra de incêndios. Iniciámos o trabalho em Julho saindo para o terreno, auscultando responsáveis e Instituições que se pronunciaram sobre os meios e a falta deles, para combate aos incêndios. O Dr. Manuel Monteiro e a equipa responsável por esta dinâmica, não ficarão por aqui.
O estudo sobre esta triste realidade que a todos os portugueses afecta, irá continuar com a intenção de ir mais longe e para além das constatações e problemas inerentes que já conhecemos, pretende formular propostas e soluções num relatório a apresentar nos Ministérios competentes para um debate frontal, sério e responsável de uma matéria que deve ocupar o interesse de resolução ao longo de todo o ano pela prevenção, e não apenas no decurso de uns meses mais quentes, em plena devastação.
Só mesmo com a ajuda da natureza, poderíamos entrar na fase de rescaldo dos intermináveis incêndios. Já não era sem tempo. Os bombeiros vão-se retirando, na esperança de enfim poderem ter algum merecido descanso. Creio que sem essas almas corajosas, persistentes, solidárias, resistentes e determinadas, denominadas bombeiros, não sobraria no nosso distrito, qualquer mancha de floresta verde, que tanto necessitamos para purificar os poluídos ares que nos rodeiam.
Com a ausência do Sr. Primeiro-ministro para férias, espero bem que os restantes membros do Governo responsáveis pela administração interna e ordenamento do território, ambiente e agricultura, lhe façam chegar em devida coerência e pormenores necessários, relatórios das calamidades vividas neste distrito em particular porque aqui resido, assim como de todos os outros que não foram poupados a tal castigo.
Vimos arder a Serra do Arestal, a mais alta do concelho de Sever do Vouga, pérola das suas gentes, motivo de tantos hinos e cantares. Vimos arder a Serra da Freita, considerada uma das mais exóticas de Portugal, onde se podem encontrar as tão famosas pedras parideiras que constituem fenómeno raro na Europa e no Mundo. Vimos arder tantas outras Serras e mais Serras, todas tão belas e igualmente únicas. Vimos arder casas, vimos morrer animais e assistimos ao profundo desespero e desalento das pessoas que sem culpa viram arder os haveres de uma vida.
Um pouco por todo o país este cenário repetiu-se, desde Trás-os-Montes à Serra da Estrela, de Piódão ao Algarve… E este cenário repete-se ano após ano, sem que cortina alguma coloque um fim a esta miserável ameaça, que sempre retorna, que persiste em nos não abandonar porque o que se lamenta é pouco, para o muito que haveria seriamente que fazer.
Nós na Nova Democracia, não cruzaremos os braços à espera de mais uma safra de incêndios. Iniciámos o trabalho em Julho saindo para o terreno, auscultando responsáveis e Instituições que se pronunciaram sobre os meios e a falta deles, para combate aos incêndios. O Dr. Manuel Monteiro e a equipa responsável por esta dinâmica, não ficarão por aqui.
O estudo sobre esta triste realidade que a todos os portugueses afecta, irá continuar com a intenção de ir mais longe e para além das constatações e problemas inerentes que já conhecemos, pretende formular propostas e soluções num relatório a apresentar nos Ministérios competentes para um debate frontal, sério e responsável de uma matéria que deve ocupar o interesse de resolução ao longo de todo o ano pela prevenção, e não apenas no decurso de uns meses mais quentes, em plena devastação.
(A publicar no Democracia Liberal)
(A publicar no Diário de Aveiro)
2 Comments:
Best regards from NY! »
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