A asfixia da liberdade
Sentimos que cerca de 34 anos após a revolução de Abril de 1974, por uma suposta liberdade, Portugal se encontra hoje menos livre do que nunca, dependente não só das amarras dos poderes políticos nacionais instalados, assim como das amarras do poder político de uma União Europeia federalista e das amarras de uma globalização desenfreada, onde cada vez mais contam os números e cada vez menos contam os valores.
O povo português é hoje um povo sufocado e nem o calor e o sol deste cantinho “à beira-mar plantado”, conseguem fazer face ao desânimo e à desilusão instalados na esmagadora maioria dos cidadãos, que todos os dias se vêem confrontados com mais uma limitação dos seus direitos, das suas regalias, ou mesmo dos seus próprios espaços para habitar e viver livremente.
Pensar que vivemos em democracia e sentir um país cada vez menos democrático, torna-se hoje um pesadelo. E dado o afastamento, e mesmo o alheamento dos cidadãos, pela fraca participação na política e na intervenção em sociedade, faz-nos pensar que os trinta e quatro anos em que vivemos num regime democrático, não foram capazes de tornar os portugueses num povo suficientemente cívico e educado, que tendo nas suas mãos a “possibilidade agir”, se sinta estimulado para ter a “responsabilidade de agir”.
Assim, encontramo-nos num país que vivendo em democracia em pleno século XXI, se confronta com cidadãos que perante uma recolha de assinaturas para a constituição de um novo partido em Portugal, se questionam se deverão ou não participar com a sua assinatura, não colocando em causa a concordância com o facto por si só, mas infelizmente o “medo” de que possam vir a ser retaliados ou mesmo penalizados pelo próprio Estado, por contribuírem para o nascimento de uma força política, que à partida constituirá uma possível oposição ao actual governo.
À primeira vista o que se relata pode parecer caricato, mas fruto de constatação pessoal, neste curto espaço de tempo em que nos propusemos a recolher as 7500 assinaturas necessárias para a inscrição do Partido da Liberdade (PL) no Tribunal Constitucional, garantimos que é todos os dias que nos deparamos com esta situação.
- Ignorância ou falta de liberdade?
Com toda a certeza as duas coisas. É pois lamentável o estado de democraticidade em que Portugal se encontra.
Hoje o nosso povo vive atolado em “medos”. Medo que lhes retirem indevidamente os subsídios ou as reformas. Medo do desemprego. Medo que lhes fechem os estabelecimentos por visitas inesperadas da “ASAE”. Medo que lhes encerrem as empresas, por incumprimentos. Medo que lhes venham penhorar o salário, as casas ou outros bens, pelas dívidas que efectuaram. Medo das multas que chegam pelo correio, sem terem dado conta do que lhes aconteceu. Medo dos assaltos e da criminalidade.
Medo do flagelo da corrupção. Medo…
Enfim, a lista seria interminável. E sabemos que viver com “medos” é viver sem liberdade. Mas também sabemos que a verdadeira liberdade implica responsabilidade! E aqui tal como já o dissemos acrescentamos, «ter a possibilidade de agir, implica ter a responsabilidade de agir».
Importa pois lutar por uma verdadeira liberdade, e para tal teremos de lutar por uma nova forma de fazer política, junto dos cidadãos e para os cidadãos. A bem da recuperação da democracia, e começando mesmo por uma nova Constituição da República, livre de preconceitos e conceitos burocráticos, por um Estado mais forte e eficaz, e por cidadãos mais interessados e responsáveis.
É caso para recorrer a duas velhas “máximas” sempre actuais, das antigas civilizações, «ser culto para ser livre» e «agir para construir».
O povo português é hoje um povo sufocado e nem o calor e o sol deste cantinho “à beira-mar plantado”, conseguem fazer face ao desânimo e à desilusão instalados na esmagadora maioria dos cidadãos, que todos os dias se vêem confrontados com mais uma limitação dos seus direitos, das suas regalias, ou mesmo dos seus próprios espaços para habitar e viver livremente.
Pensar que vivemos em democracia e sentir um país cada vez menos democrático, torna-se hoje um pesadelo. E dado o afastamento, e mesmo o alheamento dos cidadãos, pela fraca participação na política e na intervenção em sociedade, faz-nos pensar que os trinta e quatro anos em que vivemos num regime democrático, não foram capazes de tornar os portugueses num povo suficientemente cívico e educado, que tendo nas suas mãos a “possibilidade agir”, se sinta estimulado para ter a “responsabilidade de agir”.
Assim, encontramo-nos num país que vivendo em democracia em pleno século XXI, se confronta com cidadãos que perante uma recolha de assinaturas para a constituição de um novo partido em Portugal, se questionam se deverão ou não participar com a sua assinatura, não colocando em causa a concordância com o facto por si só, mas infelizmente o “medo” de que possam vir a ser retaliados ou mesmo penalizados pelo próprio Estado, por contribuírem para o nascimento de uma força política, que à partida constituirá uma possível oposição ao actual governo.
À primeira vista o que se relata pode parecer caricato, mas fruto de constatação pessoal, neste curto espaço de tempo em que nos propusemos a recolher as 7500 assinaturas necessárias para a inscrição do Partido da Liberdade (PL) no Tribunal Constitucional, garantimos que é todos os dias que nos deparamos com esta situação.
- Ignorância ou falta de liberdade?
Com toda a certeza as duas coisas. É pois lamentável o estado de democraticidade em que Portugal se encontra.
Hoje o nosso povo vive atolado em “medos”. Medo que lhes retirem indevidamente os subsídios ou as reformas. Medo do desemprego. Medo que lhes fechem os estabelecimentos por visitas inesperadas da “ASAE”. Medo que lhes encerrem as empresas, por incumprimentos. Medo que lhes venham penhorar o salário, as casas ou outros bens, pelas dívidas que efectuaram. Medo das multas que chegam pelo correio, sem terem dado conta do que lhes aconteceu. Medo dos assaltos e da criminalidade.
Medo do flagelo da corrupção. Medo…
Enfim, a lista seria interminável. E sabemos que viver com “medos” é viver sem liberdade. Mas também sabemos que a verdadeira liberdade implica responsabilidade! E aqui tal como já o dissemos acrescentamos, «ter a possibilidade de agir, implica ter a responsabilidade de agir».
Importa pois lutar por uma verdadeira liberdade, e para tal teremos de lutar por uma nova forma de fazer política, junto dos cidadãos e para os cidadãos. A bem da recuperação da democracia, e começando mesmo por uma nova Constituição da República, livre de preconceitos e conceitos burocráticos, por um Estado mais forte e eficaz, e por cidadãos mais interessados e responsáveis.
É caso para recorrer a duas velhas “máximas” sempre actuais, das antigas civilizações, «ser culto para ser livre» e «agir para construir».
Susana Barbosa
1ª Signatária do Partido da Liberdade
(artigo publicado na edição de ontem do Diário de Aveiro)
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