Proíbe-se a pesca, invadem-nos os assaltantes!
São os sinais dos tempos na nossa terra. Tristes, de revolta e desânimo. Um tempo em que há a lei do mais fácil para alguns a par da desgraça de outros. Exemplo disso em Aveiro, mais concretamente no concelho de Ílhavo, ocorreu na passada madrugada nas ruas das praias da Barra e da Costa Nova, onde 19 viaturas foram varridas por um grupo de assaltantes. Nas mesmas praias onde agora a pesca lúdica é proibida e se instaura a caça à multa a todos os que tentem pescar em locais proibidos.
É penoso viver para assistir a tantos contra-sensos. Já aqui o afirmei em várias ocasiões e continuo mais do que nunca a afirmar «Portugal gira ao contrário»!
A nova lei da pesca lúdica que entrou em vigor no início do ano, já colocou a Polícia Marítima (PM) da capitania do porto de Aveiro numa verdadeira caça à multa, aliás como método normalizado de angariação de receitas, ultimamente adoptado de forma generalizada em Portugal. E se para passar à acção em inúmeras circunstâncias no nosso país, se leva um tempo sem fim, para passar à prática no que concerne à cobrança de multas, os procedimentos são extraordinariamente céleres.
Assim, o próprio comandante do porto de Aveiro, Alves Salgado, revelou ao Jornal de Notícias a semana passada, que nos últimos dois meses a Polícia Marítima já multou mais de meia centena de pescadores lúdicos por incumprimento da nova lei e que a maioria dos “infractores” estava a pescar em local proibido. E atenção que as multas são a doer, situando-se em os 250 e os 2493 euros para quem for apanhado a pescar em local proibido e entre os 500 e os 3740 para os que forem à pesca sem licença.
Os belos postais ilustrados dos pescadores com o pôr-do-sol de fundo nas nossas praias, vão passar a fazer parte do passado. Quem saberá o que ilustrará os postais de um futuro próximo…
Quando o país subsidiário toma o lugar do país produtivo, quando a preocupação do estado é gerar receitas através da cobrança de impostos e imposição de multas em vez de diminuir as despesas, quando o crime e a violência tomam o lugar dos tempos lúdicos e relaxantes, quando o desemprego sobe e a prostituição aumenta, quando a corrupção se instala e se menosprezam as famílias, não é necessário os governos iludirem-nos com números e estatísticas falaciosas, porque nós sabemos, nós sentimos na alma e na carteira que o país vai mal.
Pena é este silêncio que me atormenta. Pena é esta desistência que me incomoda. Porque à minha volta só vejo quem emigra sem dizer nada, porque à minha volta só vejo quem para pagar se endivida, porque à minha volta só vejo lamentos abafados. E este é o retrato de um país adiado.
É penoso viver para assistir a tantos contra-sensos. Já aqui o afirmei em várias ocasiões e continuo mais do que nunca a afirmar «Portugal gira ao contrário»!
A nova lei da pesca lúdica que entrou em vigor no início do ano, já colocou a Polícia Marítima (PM) da capitania do porto de Aveiro numa verdadeira caça à multa, aliás como método normalizado de angariação de receitas, ultimamente adoptado de forma generalizada em Portugal. E se para passar à acção em inúmeras circunstâncias no nosso país, se leva um tempo sem fim, para passar à prática no que concerne à cobrança de multas, os procedimentos são extraordinariamente céleres.
Assim, o próprio comandante do porto de Aveiro, Alves Salgado, revelou ao Jornal de Notícias a semana passada, que nos últimos dois meses a Polícia Marítima já multou mais de meia centena de pescadores lúdicos por incumprimento da nova lei e que a maioria dos “infractores” estava a pescar em local proibido. E atenção que as multas são a doer, situando-se em os 250 e os 2493 euros para quem for apanhado a pescar em local proibido e entre os 500 e os 3740 para os que forem à pesca sem licença.
Os belos postais ilustrados dos pescadores com o pôr-do-sol de fundo nas nossas praias, vão passar a fazer parte do passado. Quem saberá o que ilustrará os postais de um futuro próximo…
Quando o país subsidiário toma o lugar do país produtivo, quando a preocupação do estado é gerar receitas através da cobrança de impostos e imposição de multas em vez de diminuir as despesas, quando o crime e a violência tomam o lugar dos tempos lúdicos e relaxantes, quando o desemprego sobe e a prostituição aumenta, quando a corrupção se instala e se menosprezam as famílias, não é necessário os governos iludirem-nos com números e estatísticas falaciosas, porque nós sabemos, nós sentimos na alma e na carteira que o país vai mal.
Pena é este silêncio que me atormenta. Pena é esta desistência que me incomoda. Porque à minha volta só vejo quem emigra sem dizer nada, porque à minha volta só vejo quem para pagar se endivida, porque à minha volta só vejo lamentos abafados. E este é o retrato de um país adiado.
(publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)
9 Comments:
Olá Suzana!
Pois é, este é o grande dilema das nações quando seus politicos olham apenas para os seus próprios pés. E o povo que se dane...
Tanto ai quanto aqui os assaltos viraram rotina.
abraços,
O Sibarita
Naturalmente...
Bom dia e um abraço.
Que combate esgotante Susana...excelente.
Boa noite, bjinho.
Também concordo que esta coisa de proibir a pesca desportiva é uma grande parvoíce, sem pés nem cabeça. Um excesso, um abusar da paciência e pacatez, dos outros.
Tanto querem fazer que perdem a noção do razoável e entram no ridiculo!
Todos os pescadores amadores juntos num ano, não pescam tanto peixe como qualquer barco, num arrasto de meia-hora.
Um dia destes vêm tirar-nos ao abrigo não sei de quê o dinheiro à carteira, na rua.
somos. um pouco assim.
_________________gostei. do grito.
beijo. Su.
"Pena é este silêncio que me atormenta. Pena é esta desistência que me incomoda. Porque à minha volta só vejo quem emigra sem dizer nada, porque à minha volta só vejo quem para pagar se endivida, porque à minha volta só vejo lamentos abafados. E este é o retrato de um país adiado. "
Infelizmente é, Susana. Um beijo.
Faz lembrar aquela música dos Beatles, Taxman.
Bjos Susana.
contra a lamúria, a acção. bjo.
Cada vez a segurança de cada um de nós é menor mas, enquanto isso, os nossos governantes, disputam cargos, viajam com os seus guarda costas, assinam despachos nos seus gabinetes guardados pelas "nossas" forças de segurança e, porque não, fazem-se ao mar nos seus barquitos de recreio.
Bjt
Enviar um comentário
<< Home