Mau Ambiente em Aveiro
No recente «ranking» das melhores cidades para se viver em 2007 em Portugal, que foi divulgado no âmbito de um estudo efectuado e publicado pela revista «Única» do semanário Expresso, Aveiro foi considerada a quarta melhor cidade, o que não seria nada mau, se o facto que prejudicou esta classificação não fosse a «poluição visível das águas que serpenteiam pelo centro urbano».
Aveiro surgiu em 4º lugar, depois de Lisboa (1º), Guimarães (2º) e Évora e Porto (ambas em 3º lugar), sendo garantido nesse estudo que na cidade de Aveiro «a relação com a água é uma das suas principais valias» e que dentro de um conjunto dos vinte critérios tidos em conta, o destaque, a nível nacional, reside na «Relação com a Água e a Paisagem».
Aveiro surgiu em 4º lugar, depois de Lisboa (1º), Guimarães (2º) e Évora e Porto (ambas em 3º lugar), sendo garantido nesse estudo que na cidade de Aveiro «a relação com a água é uma das suas principais valias» e que dentro de um conjunto dos vinte critérios tidos em conta, o destaque, a nível nacional, reside na «Relação com a Água e a Paisagem».
É pois de lamentar, que sendo Aveiro reconhecida como a «Veneza portuguesa» e após esforço feitos para melhoramento dos espaços públicos que ladeiam os seus belíssimos canais, as águas continuem poluídas à vista desarmada e não se continuem a encetar esforços para combater esta triste realidade.
Infelizmente não é só no centro da cidade que se constatam problemas de mau ambiente, e há que pensar que para além do bem-estar da população local, fica também afectado o Turismo, uma das principais fontes de receita da região. Os percursos deslumbrantes que se fazem de Moliceiro pela Ria de Aveiro, tornam-se muitas vezes desagradáveis pelo mau cheiro das águas e pela falta de transparência das mesmas por quantidades imensas de óleos que as envolvem.
Também por fora da cidade e um pouco por todo o distrito, o combate ao mau ambiente deve ser uma das principais preocupações das entidades competentes. Em primeira linha, neste distrito do nosso litoral, atravessado pelos magníficos braços da Ria de Aveiro e pela beleza do rio Vouga, está sempre presente a Água e portanto, não há desculpas nem descontos para a prejudicial imagem que deixamos através dos rastos da poluição, a todos quantos nos visitam.
O combate à erosão do nosso litoral também não pode parar e principalmente as praias da Torreira e do Furadouro não podem continuar a sofrer os riscos que mais uma vez neste Inverno se voltam a verificar. As dunas das praias da Barra e da Costa Nova, depois de recuperadas, não podem deixar-se ao abandono, permitindo consecutivamente os lixos acumularem-se durante o Verão.
A norte do distrito, em concelhos tão desenvolvidos como Oliveira de Azeméis e Santa Maria da Feira, continuam a existir focos de esgotos a céu aberto e a verificarem-se deficientes abastecimentos de águas e défice de saneamento das águas residuais.
A Água, é um bem universal que deve ser preservado. O urgente entendimento desta questão e a elevação do grau de prioridades das preocupações locais e nacionais sobre esta matéria é mais do que evidente. Caberá, pois, às entidades competentes, perceber que o investimento na melhoria do ambiente, mais do que ajudar a própria economia, nos ajudará a todos a sobreviver e a ser o garante da qualidade de vida das gerações vindouras.
(publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)
7 Comments:
afinal a Veneza portuguesa é mt parecida com a Veneza italiana....
::::::::::::::
:))))
beijos. Su.
ecológicos...:))))
hum e tb uma gôndola cheia de rosas...
afinal a Veneza portuguesa é mt parecida com a Veneza italiana....
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:))))
beijos. Su.
ecológicos...:))))
hum e tb uma gôndola cheia de rosas...
É verdade sim, amiga Susana.
A nossa Ria está conspurcada pelo que há de pior, está a transformar-se numa latrina.
Parece-me que, no tempo dos agora, “malvados” Socialistas, estava mais limpa e asseada....
Imagine que até sonharam torná-la “Património Mundial”
Por causa dela e de outras, muitas dívidas deixaram eles, aliás, é a única coisa com que, a Câmara enche a boca, e nos enche os ouvidos, desde que tomaram posse, há mais de um ano..." as dívidas..."
Porque são todos religiosos acho que cometem um pecado, não sei se mortal ou não, já que, a legislação divina, também já deve ter sido alterada.
Falta-nos é saber se por mentirem, já não há penalizações...
É que se ainda não foi revogado, muitas contas têm a dar a Deus.
E digo isto porque me dizem à “xuxa calada” que a dívida da Câmara está a aumentar a uma velocidade galopante...
E onde estão as obras?
Como todos sabemos e vemos, não são nenhumas, falta-nos portanto saber para onde vão os dinheiros.
É certo que algum do dinheiro, vai para manter as Empresas Municipais e as suas administrações, e a par desse, outros andarão também por maus caminhos...
E afinal, mesmo com o dinheiro que lhes sobra de alguns esbanjamentos que vemos, e que não devia existir, com poucos dinheiros podiam fazer um “vistão”, se para tal tivessem arte e engenho, é que, todos sabemos que, o mais difícil de fazer na autarquia, estava feito...
A Ria estava controlada, os muros reparados, e a população da nossa Beira-mar, deixou de ter as aflições, que se arrastavam desde tempos imemoráveis de acordar a meio das noites, com a água pelo pescoço, submersos pela Ria.
Mas claro, para isso, para dar vida digna à cidade e a uma grande bolsa de Aveirenses, foi preciso gastar milhões, esta e outras atitudes, é o que a Coligação implicitamente contesta, quando fala de dívidas, e no meu ver,e penso que da maioria das pessoas de bom senso, injustamente.
O saneamento, em que a maior parte dos concelhos ditos de província, têm numa percentagem diminuta, porque não se vê obra e não dão votos, gastaram os Socialistas uma pipa de massa, estando todo o concelho desde a cidade, à mais longínqua das freguesias, devidamente equipada com esgotos.
Eu até penso que, nesta Câmara da Coligação, é tudo boa gente, diga-se.
Mas as suas atitudes, ou a falta delas, mostram-nos que, não têm jeito nenhum, para autarcas.
Acredite que penso, que se lhes fizessem um psicotécnico, desconfio que, nem para “regedores” davam.
Penso que o povo é soberano e as experiências governativas devem fazer-se, de quando em vez, para sabermos como é. Mas raio, esta experiência, está a pôr-nos mesmo do avesso, e isso é que dói.
Abraço para si.
afinal, um problema tão disseminado pelo país e dito, muitas vezes, preço do progresso. preço alto, sem retorno. bjo.
É pena. E não vai ser fácil inverter o actual estado de coisas. Sabemos como é. Quando a responsabilidade é de todos, não é de ninguém.
Cpts
Moro em Lisboa mas há já 45 anos que passo férias e mais alguns dias por ano na Costa Nova, local que não troco por qualquer outro. Ainda me lembro das água serem limpas e de dunas enormes.
Ás vezes o tempo em vez de nos trazer melhorias só traz porcarias.
Aqui está algo de que tenho saudades.
bom fim de semana SU...
beijos....
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