quinta-feira, outubro 20, 2005

Portugal ainda tem Ministro da Economia?

A avaliar pela apresentação do Orçamento Geral do Estado, tudo leva a crer que o Governo se esqueceu de consultar Manuel Pinho, o Ministro da Economia, se é que alguém ainda se recorda que ele existe. - Ou será que tirou férias aquando da elaboração do Orçamento? - Ou andará mais preocupado em encontrar “paraísos” onde possa investir as suas conhecidas e avultadas poupanças?

Se pelo menos a resposta se encontrar na segunda questão, devemos então considerar normal a sua postura, já que em Portugal os poucos de detentores de algum capital, com mais não se preocupam nesta altura, do que trabalhar para tentar encontrar formas de o aplicar em outras paragens. Se pelo contrário, a resposta positiva for à primeira questão, então o povo português tem mesmo razão para pensar numa Nova Revolução, porque obrigações de Ministro são deveres, e trabalhar não pode calhar sempre aos mesmos!

Se por fim a resposta estiver onde ninguém compreenda, então teremos mesmo de solicitar a demissão do Ministro da Economia, uma vez que o O.G.E. em discussão é uma vergonha para o país real de quem ainda algo vai produzindo, para todos os trabalhadores, para todas as empresas e enfim para todos os que não podendo continuar a suportar esta situação, se vejam forçados a abandonar a sua terra, a despedir os seus colaboradores, ou a voltar a emigrar.

Mais uma vez, este governo socialista volta a cair nos mesmos erros e defende (?) a economia pelo controle da obsessão do défice e pela cobrança de mais e mais impostos, sem a preocupação de equacionar um único caminho para o aumento da produção, para o controle do endividamento, para o combate ao desemprego, para a inovação. Por este motivo, continua a tomar a palavra o Ministro das Finanças para falar sobre Economia, e se ignora o Ministro da Economia que pura e simplesmente nunca ousa falar sobre coisa nenhuma, nem de Finanças, nem de Economia, nem tão pouco do que tanto apregoou sobre Tecnologia.

Por ironia do destino, enquanto muitos se vão afastando e partindo deste caos, outros tantos vão entrando. Pena é, que sejam espanhóis, brasileiros, chineses ou ucranianos, e que cada vez mais portugueses se encontrem espalhados pelo Mundo porque a sua Pátria a esperança lhes negou.
(Para Democracia Liberal e Diário de Aveiro)

1 Comments:

At 3:05 da tarde, Blogger mfc said...

O aumento da produção tem fundamentalmente a ver com os privados... onde está o investimento em inovação? Onde está a gestão eficaz? Pare-se de assacar responsabilidades a quem não as tem e que paga todas as facturas!

 

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