quarta-feira, junho 29, 2005

Quem ajuda a solucionar Portugal?

Um Governo desgovernado. Um povo enfraquecido. Um fracasso à beira mar plantado. Bem diz o ditado: «Rei fraco, povo sem freima!»

Está instalada a crise política, social, financeira, económica, ética e moral. Em pouco mais de cem dias de governação, já assistimos a manifestações de protesto organizadas por pescadores, agricultores, polícias, professores, hoje de enfermeiros e amanhã de…

Enquanto isto, José Sócrates aparece preocupado em defender referendo sobre o aborto para o mais breve possível, não é fantástico? Vejam bem o tipo de prioridades do nosso primeiro-ministro, que todos os dias nos deixa bem claro o quanto se enganaram todos os portugueses que lhe ofereceram o seu voto para governar Portugal. Claro está que José Sócrates governa para o seu partido socialista e não para o seu País. E claro está também que assim sendo, interessa defender o referendo sobre o aborto para o quanto antes!

Por outro lado é-nos anunciada a intenção do Governo de descriminalizar totalmente os cheques carecas. Mas esta gente endoideceu de vez? Que mais sugestões nos irão dar amanhã sobre outras descriminalizações? Que não podemos contar com o Ministro das Finanças, nem com o Ministro da Economia, nem com a Ministra da Educação, nem com tantos outros…, já nós percebemos, mas, e o manancial de assessores e secretários de estado com que conta o Governo, anda tudo a dormir? Não existirão por lá pessoas de bem? Ou será pura e simplesmente censurado e abafado todo aquele que se manifeste “do contra”?

João Salgueiro, presidente da Associação Portuguesa de Bancos já se manifestou contra a intenção do Governo de descriminalizar os cheques carecas e diz que a medida é permissiva e encoraja o laxismo. De igual modo, contra a intenção do Governo, estão os comerciantes. Ouvido pela TSF, o presidente da Confederação do Comércio, José António Silva, disse que o Executivo «está a agravar o sentimento de desconfiança» em relação ao cheque como meio de pagamento.

Quanto a mim, em Portugal está-se a agravar o sentimento de desconfiança em relação a tudo!

Ontem, Manuel Monteiro, Presidente da Nova Democracia, em crónica ao Expresso on line, defende Governo de Salvação Nacional. Corroboro a sua afirmação e deixo o repto ao Sr. Presidente da República, assim como a urgência da criação de uma “Comissão de estudo da profunda crise nacional”, a fim de encontrar soluções para o País e ajudar a restituir a dignidade a Portugal. E hoje o tempo já está a passar, amanhã será tarde demais!
(a publicar no Democracia Liberal)
(a publicar no Diário de Aveiro)