Adesão da NovaDemocracia ao EUD
A adesão da Nova Democracia ao EUD abre, em definitivo, um novo ciclo para os Conservadores Liberais portugueses. Passamos a ter uma plataforma de relações ao nível europeu, o que nos permite ter outras expectativas quanto ao resultado do nosso trabalho. A partir de agora temos apoio sólido, e politicamente sustentado, por parte de um conjunto de deputados e partidos políticos que por essa Europa fora têm os nossos pontos de vista e ideias sobre o futuro da União Europeia. Mas se tal facto é por si irrefutável, importa ainda conhecer o alcance prático do acordo ontem estabelecido entre a Nova Democracia e a EUD:
· vamos enviar um jovem licenciado para fazer um estágio em Bruxelas, nos escritórios da EUD, para que conheça o funcionamento do Parlamento Europeu
· os deputados europeus da EUD/ID (Grupo Independência e Democracia) representarão em Bruxelas e em Estrasburgo a Nova Democracia. Poderemos assim questionar a Comissão Europeia sobre assuntos que consideremos relevantes, com particular destaque para as áreas das Pescas, da Agricultura, da Floresta e do Comércio. Os portugueses sabem assim que temos voz em Bruxelas e que connosco os seus problemas não cairão em saco roto.
· vamos convidar cidadãos portugueses a visitarem o Parlamento Europeu. Esses convites não seguirão a exclusiva lógica partidária e privilegiarão, também, representantes de sectores de actividade económica e social.
· vamos participar na campanha da EUD com perguntas ao Parlamento nacional, sobre o número de leis em vigor no nosso País e que são mera transposição das normas comunitárias. Visa esta campanha demonstrar quão distante se encontra o poder dos cidadãos, a despeito das promessas e ilusões das campanhas eleitorais legislativas.
Há ainda um aspecto político que nesta adesão ao EUD tem de ser sublinhado: somos os únicos com ligação a uma força política europeia democrática, que combate o Federalismo. Enquanto o PS, o PSD e o CDS se encontram filiados nos promotores da Europa Federal – o Partido Socialista Europeu e o Partido Popular Europeu – nós estamos, coerentemente, filiados num Movimento que defende os nossos pontos de vista. Este ponto é essencial. Não têm coerência quantos dizem combater a Constituição Europeia e se mantêm ao lado dos que a escreveram e desejam ver aprovada. Nós somos a favor de uma Europa de Nações livres e soberanas, mas tanto o somos no plano nacional como em Bruxelas.
Por Manuel Monteiro, no Democracia Liberal
3 Comments:
Perfeitamente de acordo com esta adesão ao EUD....
Transcrevo parte de um artigo de Luis ManuelTeixeira Gomes dos Santos sobre o referendo á Constituição Europeia...
" É inadmissível e de uma total desonestidade política pretenderem agora os políticos do sistema um adiamento dos referendos, e neste caso em Portugal, pelo medo que novas rejeições vençam em vários países, pelo efeito devastador que se prevê em cadeia. Mas onde estará a imparcialidade de quem deve promover, autorizar e implementar estes referendos? Para estes somente um resultado é admissível, aceite e por isso válido?"
...e mais adiante, no mesmo artigo: .....
"Considero ainda de uma total incoerência e irresponsabilidade, por um lado apelar-se ao patriotismo de longa data, e, por outro, defender-se acerrimamente a constituição europeia, a qual, a médio e a longo prazo, conduziria à diluição das pátrias, as quais perderiam a sua independência, o que transformaria, no futuro, o sentimento pátrio em mero bairrismo de Estados ou regiões, talvez com as bandeiras de hoje, para que o óbvio seja disfarçado".
Nem mais José, nem mais!
Obrigada pelas transcrições.
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