terça-feira, março 14, 2006

Aveiro merece referendo local sobre o Mário Duarte

Na passada sexta-feira, o PND (Partido da NovaDemocracia) saiu para as ruas de Aveiro para uma acção de sensibilização “diga-nos o que pensa”, sobre o destino do antigo Estádio Mário Duarte. Desde o bairro da Beira-Mar às Barrocas, da Forca-Vouga a Esgueira, ou de Santa Joana à Glória, de uma coisa ficamos certos: quando se fala na demolição do Estádio, a grande maioria discorda, mas quando falamos numa urbanização para o local onde este se encontra, não encontramos alguém que concordasse!

À medida que distribuíamos panfletos sobre o assunto, íamos conversando com as pessoas e ninguém ficava indiferente ao tema. Trata-se realmente de um espaço nobre da cidade, sinónimo de um património desportivo e histórico da comunidade aveirense que importa preservar. Não o querer entender, será ignorar as nossas gentes e a nossa identidade.

Sabendo nós que foi ratificado pelo Conselho de Ministros, por Resolução do Conselho de Ministros no início de Fevereiro deste ano, o Plano de Pormenor respectivo, e ao que nos informou a actual presidente da Assembleia Municipal Dr.ª Regina Bastos, Plano este aprovado em Assembleia Municipal do anterior executivo, entendemos no entanto que este processo dado o interesse público que apresenta, não deverá ser por aqui encerrado.

No final de Novembro de 2005, recebidos em audiência pelo Dr. Élio Maia presidente da autarquia, para além das propostas de uma auditoria externa e independente às contas da C.M.A. e da extinção das empresas municipais existentes, também levámos já na altura a proposta da concretização de um referendo local, sobre o destino a dar ao Mário Duarte. O Sr. Presidente que durante a sua campanha não foi alheio a este assunto, afirmando mesmo que «temos o desejo profundo de ver se ainda é possível, respeitando os compromissos e o enquadramento legal, manter o velhinho estádio», corroborou-nos na altura a sua intenção.

Importa pois, fazer um levantamento das responsabilidades assumidas pelo anterior executivo no processo e uma avaliação rigorosa de custos consequentes. Bem sabemos que não podemos desconsiderar a conhecida e débil situação financeira da C.M.A., mas também não é legítimo que à semelhança do que acontece por muitas autarquias deste país, para resolver problemas financeiros se recorra à solução mais fácil que é sempre o que representa urbanizar, na maior parte dos casos ultrapassando valores culturais, patrimoniais ou ambientais. Aveiro merece melhor!

Cremos assim que nada é irreversível. Mais do que ter a ousadia de impor uma solução, queremos dar a oportunidade aos aveirenses de participar na decisão. Tal como Élio Maia prometeu em campanha dar importância à opinião dos cidadãos, terá agora uma óptima oportunidade para começar a cumprir com as promessas feitas, partilhando com o povo a responsabilidade da decisão.

(publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)



1 Comments:

At 3:27 da tarde, Blogger isabel mendes ferreira said...

____________________ouso dizer____________que te gosto___________________assim____________a escrever________________a escrever_________________.



bjo.

 

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