Pronome Pessoal
Tu és o que não dizes mas disseste
Ou disse o vento lento a perpassar
Tu és o que não fazes mas fizeste
O riso brando os olhos de um luar
Tu és o que não pode mas pudeste
Algures num outro tempo outro lugar
Tu és o que não nasce mas nasceste
Na madrugada de um outro despertar
Tu és o que não sabe mas soubeste
Vago de ti num sonho não distante
Tu és o que não cede alucinante
Nas sendas do rumo que fizeste
Ao cintilar do sol todo rasante
Ou sob a cinza sombra do cipestre
Paulo Ferreira da Cunha
in Tratado das Coisas Não Fungíveis
1 Comments:
... tu és linda...
gostei do poema
saludos
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