sábado, dezembro 03, 2005

O Futuro de Aveiro

De Jorge Ferreira, no tomarpartido

Ou muito nos enganamos ou os aveirenses têm ainda muitas surpresas pela frente no que diz respeito à situação financeira da sua Câmara Municipal. Desde logo, há que apurar com exactidão e rigor o passivo real da Câmara. Incluindo naturalmente nesse passivo todas as responsabilidades financeiras directas e indirectas da autarquia. Sem ocultações, sem truques, sem batota.

Sabemos que existem muitas maneiras de ocultar dívida e o próprio Estado não tem dado, neste particular, o exemplo. Mas a hora da verdade chegou. O país já percebeu que não é possível viver indefinidamente na mentira financeira, pela simples razão de que um dia ela termina e aí a dor será muito maior e os sacrifícios para endireitar a situação tocarão a todos, mesmo aos que não têm responsabilidades na criação da situação.

A melhor maneira de o fazer é através de uma auditoria financeira independente. Propusemos isso mesmo ao Presidente da Câmara Municipal de Aveiro. Que nos respondeu que deixava essa questão nas mãos da Assembleia Municipal, por não querer transmitir a ideia de que a actual equipa estava a querer tirar desforço da antiga equipa. Compreende-se o argumento, mas a necessidade persiste. Seria um excelente começo que a Assembleia municipal, consensualmente se possível, optasse por esta via.

Até porque pode dar-se o caso de a Câmara estar numa situação tal que nada possa fazer nos próximos quatro anos para além de festarolas e calcetamentos.

Mas não é apenas este o único problema que há que esclarecer. Um dos mais esquisitos acontecimentos do final do mandato socialista na Câmara Municipal de Aveiro foi o caso das hastas públicas desertas. O que terá acontecido? Simples voluntarismo inconsequente? Ou existe algum facto desconhecido dos munícipes que tenha levado ao desinteresse dos investidores?

Também aqui é exigível que toda a verdade seja conhecida. A gestão dos bens públicos não pode ser segredo. A bem da transparência e da credibilidade dos eleitos e da motivação dos cidadãos para se empenharem activamente na discussão e na escolha das ideias e dos protagonistas para as executar.

Tem a palavra Élio Maia. E desde já quero publicamente registar que, independentemente de se concordar ou não com as suas ideias e decisões, e já critiquei algumas, se trata de um autarca que tem uma concepção aberta da participação política e não se considera um reizinho fechado numa inacessível torre de marfim de onde iluminadamente comanda os destinos dos súbditos eleitores.

2 Comments:

At 10:53 da tarde, Blogger isabel mendes ferreira said...

boa noite e bom futuro ....Susana.bjo.

 
At 12:15 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Cool blog, interesting information... Keep it UP »

 

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