Que foi feito dos Des-nomeados?
Foram ontem tornadas públicas as 1094 nomeações do governo de José Sócrates, que já ultrapassaram as 1034 do anterior governo de Pedro Santana Lopes.
Mais uma desagradável surpresa? Nem por isso. Apenas mais do mesmo. Ou pior. Pior do mesmo. Depois das renovadas frotas de automóveis do nosso Tribunal Constitucional e do (por enquanto ainda nosso) Banco de Portugal, depois da ténue abordagem às acumulações de salários e reformas de altos dirigentes da Nação rapidamente esquecida, depois de alguns engavetados escândalos ambientais já não lembrados, depois do anunciado aumento do IVA que depois seja o que Deus quiser… enfim, que mais nos poderá surpreender?
Nesta pequena República, com vícios do tamanho do Mundo, tudo é possível e permissivo, uma vez que nada constitui novidade face ao que teremos amanhã ou ao que tivemos ontem.
E é neste estado de des-graça, de tudo aceitar com passividade, direi mesmo com resignação, que se encontra o povo português. Como que anestesiado. Dos pescadores que protestaram, e dos agricultores que saíram à rua, já ninguém recorda as vozes exaltadas ou os rostos cansados.
A quem interessa o que sabemos não interessar, resta a tranquilidade do efémero do que é noticiado. Por instantes, somos chamados ao País real com notícias do mau estar social. Durante horas e dias, somos chamados ao país das maravilhas entretido com comemorações, homenagens e lutos nacionais, onde o reconhecimento se confunde com mordomia e a dor se confunde com hipocrisia.
De resto, o governo ainda está em estado de graça. O ambiente incendiado, vai-se aos poucos apagando. E as árvores que ainda existem, serão suficientes às férias que mesmo impossíveis de pagar, nada impede de as realizar, pelo pacote de “compre agora para durante mais um ano as suportar”.
Amanhã continuar-se-á a nomear, que já ninguém se lembra de lembrar.
E já agora, alguém se lembrou que para além de mais nomear, por quanto se encarregarão de indemnizar, os outros tantos que acabaram de des-nomear?
Mais uma desagradável surpresa? Nem por isso. Apenas mais do mesmo. Ou pior. Pior do mesmo. Depois das renovadas frotas de automóveis do nosso Tribunal Constitucional e do (por enquanto ainda nosso) Banco de Portugal, depois da ténue abordagem às acumulações de salários e reformas de altos dirigentes da Nação rapidamente esquecida, depois de alguns engavetados escândalos ambientais já não lembrados, depois do anunciado aumento do IVA que depois seja o que Deus quiser… enfim, que mais nos poderá surpreender?
Nesta pequena República, com vícios do tamanho do Mundo, tudo é possível e permissivo, uma vez que nada constitui novidade face ao que teremos amanhã ou ao que tivemos ontem.
E é neste estado de des-graça, de tudo aceitar com passividade, direi mesmo com resignação, que se encontra o povo português. Como que anestesiado. Dos pescadores que protestaram, e dos agricultores que saíram à rua, já ninguém recorda as vozes exaltadas ou os rostos cansados.
A quem interessa o que sabemos não interessar, resta a tranquilidade do efémero do que é noticiado. Por instantes, somos chamados ao País real com notícias do mau estar social. Durante horas e dias, somos chamados ao país das maravilhas entretido com comemorações, homenagens e lutos nacionais, onde o reconhecimento se confunde com mordomia e a dor se confunde com hipocrisia.
De resto, o governo ainda está em estado de graça. O ambiente incendiado, vai-se aos poucos apagando. E as árvores que ainda existem, serão suficientes às férias que mesmo impossíveis de pagar, nada impede de as realizar, pelo pacote de “compre agora para durante mais um ano as suportar”.
Amanhã continuar-se-á a nomear, que já ninguém se lembra de lembrar.
E já agora, alguém se lembrou que para além de mais nomear, por quanto se encarregarão de indemnizar, os outros tantos que acabaram de des-nomear?
(publicado no Democracia Liberal)
1 Comments:
Olá Susana!
Adorei este teu novo espaço e a tua visão desta nossa República "das Bananas", em que são sempre os mesmos(muitos) a pagar pelos erros, despesismo e extravagâncias de alguns.
Continua...
Um forte abraço: Luís
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