segunda-feira, agosto 21, 2006

A falência da democracia

O sequestro de Guilherme Portanova e de Alexandre Coelho Calado, da Rede Globo, ou até o assassinato de um jovem português na praia de Copacabana, são apenas mais dois sinais de que o Brasil está gravemente doente.
O surgimento de uma espécie de movimento justicialista, que denuncia as condições infra-humanas em que vivem os presos, é a cereja em cima do bolo de uma democracia cada vez mais formal, liderada por Lula da Silva. Curiosamente, as vozes de indignação, cá e lá, que se levantam contra os métodos terroristas do PCC (Primeiro Comando da Capital) são as mesmas que convivem tranquilamente com a desigualdade obscena que se vive no Brasil. Não é por acaso que o presidente da nova esquerda, que não conseguiu mudar nada no essencial, continua à frente nas sondagens para a reeleição.
O Brasil é assim, mas podia ser outra coisa. Mais desenvolvido, seguro, equitativo e justo, não fora a enorme teia de corrupção que envolve o Estado e a sociedade.
Por Rui Costa Pinto, no Mais Actual