Cartão vermelho ao desgoverno de Sócrates
Com uma maioria absoluta tangencial, Cavaco Silva é à primeira volta o novo presidente da República Portuguesa. Cavaco é o grande vencedor destas eleições. Em contrapartida os grandes derrotados são Mário Soares, José Sócrates e o seu governo.
Em Portugal as maiorias eleitorais flutuam entre PS e PSD que representam os grandes partidos do actual sistema. Existe uma bipolarização partidária. Sempre que um destes partidos assume o poder, nas eleições que se seguem a maioria concentra-se no outro partido. Nestas eleições presidenciais o cenário não foi diferente. O povo que em pouco tempo se desiludiu com a governação do actual elenco socialista, quis castigar o poder. Se estas eleições presidenciais tivessem ocorrido há um ano atrás, Cavaco Silva não teria obtido o mesmo resultado, dado que o povo tinha por objectivo castigar o poder da coligação de direita que se encontrava no governo.
Assim sendo, Mário Soares oficialmente apoiado pelo PS, para além do erro estratégico que a meu ver representou a sua candidatura, foi também penalizado pela conjuntura política actual. Destas eleições sai um partido socialista fragilizado, fracturado, que jamais voltará a ser mesmo. Manuel Alegre por sua vez representou a coragem da afirmação contra o sistema e por décimas não mudou os resultados eleitorais que fariam sair desta batalha uma conquista bem diferente. A democracia tem destas coisas.
José Sócrates continua a dar maus exemplos ao país. Ainda não recuperado do tombo nas neves da Suíça, tropeça na falta de ética e na falta de bom senso. Exemplo disso foi o atropelo da sua comunicação aos portugueses na noite das eleições, que ocorre em simultâneo com o discurso do candidato Manuel Alegre. Precipitado e teimoso, Sócrates demonstra-se prepotente e intolerante tanto nos pequenos actos como na falta de rumo que dá à sua governação, insistindo em cometer os mesmos erros.
Enquanto Portugal continuar na corda bamba desta bipolarização partidária, o desgaste político, económico e financeiro continuará a afundar o país. Temos dois aparelhos de estado monstruosos, um no poder e outro sempre à porta na sala de espera pronto para voltar a entrar! Enquanto isso e neste vaivém de cargos e reformas atribuídos, não existem impostos que resistam tamanha assimilação de gastos públicos.
Nestas eleições se Manuel Alegre tivesse passado à segunda volta, teria representado a hipótese de consolidação do PS em torno de uma única candidatura. Como tal não aconteceu, teremos um partido com maioria no parlamento, mas sem força na sua união e nas suas convicções e este factor em nada ajudará nos tempos difíceis que se antevêem para todos os portugueses.
O futuro não está fácil e Cavaco Silva parece ter felizmente essa percepção bem presente. A missão de estabilidade que garantiu aos portugueses não será tarefa simples de cumprir, até mesmo e acima de tudo porque em pouco dependerá das suas funções de Presidente da República.
Teremos todos de aprender a conviver com esta nova realidade e estar bem atentos. Parece-me que uma nova fase da democracia se iniciou com este ciclo político que se encaminha para as próximas eleições legislativas. E a mudança só pode residir na pluralidade. Só se conseguirmos tirar o país do bipartidarismo que o ensombra, ganharemos liberdade para lutar por novos rumos.
Em Portugal as maiorias eleitorais flutuam entre PS e PSD que representam os grandes partidos do actual sistema. Existe uma bipolarização partidária. Sempre que um destes partidos assume o poder, nas eleições que se seguem a maioria concentra-se no outro partido. Nestas eleições presidenciais o cenário não foi diferente. O povo que em pouco tempo se desiludiu com a governação do actual elenco socialista, quis castigar o poder. Se estas eleições presidenciais tivessem ocorrido há um ano atrás, Cavaco Silva não teria obtido o mesmo resultado, dado que o povo tinha por objectivo castigar o poder da coligação de direita que se encontrava no governo.
Assim sendo, Mário Soares oficialmente apoiado pelo PS, para além do erro estratégico que a meu ver representou a sua candidatura, foi também penalizado pela conjuntura política actual. Destas eleições sai um partido socialista fragilizado, fracturado, que jamais voltará a ser mesmo. Manuel Alegre por sua vez representou a coragem da afirmação contra o sistema e por décimas não mudou os resultados eleitorais que fariam sair desta batalha uma conquista bem diferente. A democracia tem destas coisas.
José Sócrates continua a dar maus exemplos ao país. Ainda não recuperado do tombo nas neves da Suíça, tropeça na falta de ética e na falta de bom senso. Exemplo disso foi o atropelo da sua comunicação aos portugueses na noite das eleições, que ocorre em simultâneo com o discurso do candidato Manuel Alegre. Precipitado e teimoso, Sócrates demonstra-se prepotente e intolerante tanto nos pequenos actos como na falta de rumo que dá à sua governação, insistindo em cometer os mesmos erros.
Enquanto Portugal continuar na corda bamba desta bipolarização partidária, o desgaste político, económico e financeiro continuará a afundar o país. Temos dois aparelhos de estado monstruosos, um no poder e outro sempre à porta na sala de espera pronto para voltar a entrar! Enquanto isso e neste vaivém de cargos e reformas atribuídos, não existem impostos que resistam tamanha assimilação de gastos públicos.
Nestas eleições se Manuel Alegre tivesse passado à segunda volta, teria representado a hipótese de consolidação do PS em torno de uma única candidatura. Como tal não aconteceu, teremos um partido com maioria no parlamento, mas sem força na sua união e nas suas convicções e este factor em nada ajudará nos tempos difíceis que se antevêem para todos os portugueses.
O futuro não está fácil e Cavaco Silva parece ter felizmente essa percepção bem presente. A missão de estabilidade que garantiu aos portugueses não será tarefa simples de cumprir, até mesmo e acima de tudo porque em pouco dependerá das suas funções de Presidente da República.
Teremos todos de aprender a conviver com esta nova realidade e estar bem atentos. Parece-me que uma nova fase da democracia se iniciou com este ciclo político que se encaminha para as próximas eleições legislativas. E a mudança só pode residir na pluralidade. Só se conseguirmos tirar o país do bipartidarismo que o ensombra, ganharemos liberdade para lutar por novos rumos.
(Publicado nas edições de hoje do Diário de Aveiro e do Democracia Liberal)
3 Comments:
tenham juízo!
ac
...estar atentos, exigir responsabilidade aos que se assumem no papel de responsáveis, e não minimizar outras forças possíveis...continuar a apreender o que é liberdade democrática - passados 31 anos?
Parece-me que sim.
(Já agora, parece que finalmente online, encontrei-te!
Bjts, sempre)
Cool blog, interesting information... Keep it UP » » »
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