quinta-feira, julho 14, 2005

Corrupção – Um Mal Universal

A corrupção constata-se ao longo de todas as civilizações, rebuscando-se mais ou menos, moldando-se às circunstâncias, evoluindo de acordo com a imagem de progresso ou de retrocesso histórico em que se insere. Mas ainda assim, sempre presente.

Hoje, ao ler o Jornal La Opinión, de Tenerife, deparo-me com várias notícias de corrupção. Em primeira página, o caso “Anticorrupción sobre el Convenio Urbanístico de Las Teresitas”, folheando o jornal, mais adiante “La Fiscalía Anticorrupción pide cuatro años de cárcel para César Alierta”, ainda no mesmo Jornal uma crónica de Alberto Rodríguez Álvarez com o título “Corrupción en Canarias”.

No El País, nos últimos dias, não cessam as notícias de corrupção do Governo, e a nível internacional do famoso “mensalão brasileiro” de Lula da Silva e da corrupção pelos diamantes no Namibe em Angola.

Com toda a certeza, se as consultas pelos jornais de todo o Mundo continuassem, em cada um não faltariam notícias mais ou menos gravosas de corrupção.

Interrogo-me sobre o porquê deste fenómeno Corrupção. Um vírus instalado na humanidade desde que o homem é homem. Incurável. Irremediável.

Na medida em que existe a corrupção, existe o protesto contra a mesma. No entanto, nunca se supera o dilema. Em cada dia sugem novos casos, infestando as sociedades como doenças contagiosas. Os casos assemelham-se, de ocidente a oriente, de hemisfério norte a hemisfério sul.

Constata-se então, a fragilidade humana. A imperfeição insuperável. E simultaneamente a busca constante pela perfeição... Todos tão diferentes, todos tão iguais. A corrupção reside na ganância e não é mais do que a ultrapassagem dos limites da ambição humana. A ambição é saudável e neccessária ao ser humano, a ganância não olha a meios.


(A publicar no Democracia Liberal)