arestália
nos seus estados naturais, sólido, líquido ou gasoso
sábado, agosto 26, 2006
Hoje, a rentrée na NovaDemocracia
Refundar a direita é a principal proposta no manifesto que o presidente da Nova Democracia, Manuel Monteiro, apresenta sábado, num comício que pretende assinalar a "rentrée" política do partido.
Com a devida vénia à Lusa
Na proposta de manifesto, um documento com 48 páginas, Manuel Monteiro faz uma análise histórica da forma como a direita em Portugal tem evoluído, concluindo que, hoje em dia, "a direita não existe".
Continue a ler no Democracia Liberal
sexta-feira, agosto 25, 2006
A Impossibilidade de Renunciar
quinta-feira, agosto 24, 2006
Cheiro a Terra Queimada em Sever do Vouga
Doze dias depois do grande incêndio de Cedrim, em Sever do Vouga, a desolação sente-se e cheira-se. O verde da serra deu lugar ao preto do carvão e é hora das populações recuperarem forças, fazerem contas à vida e rezar para que o inferno não volte.
Durante três dias, Cedrim foi notícia nos principais jornais nacionais e noticiários televisivos, embora pelos piores motivos. Uma visibilidade mediática que chegou repentinamente à pacata aldeia de Sever do Vouga no passado dia 11, por força das chamas que irromperam na tarde de sexta-feira e teimaram em lançar o pânico e a devastação na zona, durante 72 horas consecutivas. Doze dias depois do «horror», o rasto do fogo não deixa ninguém esquecer-se dos «três dias de inferno». Ao intenso cheiro a queimado, junta-se um cenário triste. Quilómetros e quilómetros de floresta e mato completamente reduzidos a cinzas, troncos queimados, mangueiras de água retorcidas, placas de sinalização pretas e uma sensação de perda e revolta partilhada pelos populares.
Continue a ler a excelente reportagem de Sandra Simões
quarta-feira, agosto 23, 2006
terça-feira, agosto 22, 2006
Um Estado que não dá o exemplo, não pode exigir o seu contrário
Posso falar desta matéria com conhecimento de causa porque infelizmente já fomos credores do Estado por diversas ocasiões. Nenhuma das nossas empresas apresenta neste momento débitos do Estado por uma razão muito simples, apenas porque por opção deixaram de fazer o papel de fornecedoras do Estado. E as causas que levaram a tal ruptura assentam precisamente no incumprimento de prazos de pagamento das nossas facturas a instituições públicas de Aveiro, que tiveram de aguardar dez e catorze meses de atrasos incomportáveis a quem por sua vez tem de cumprir prazos de sessenta dias.
Tal como nós já passámos, são infindáveis os exemplos de outras empresas que passam dificuldades por causa dos incumprimentos do Estado. São do conhecimento geral, os muitos casos, principalmente na área da construção civil e obras públicas, que encerraram portas por não aguentarem a pressão da tesouraria nas suas empresas por falta de cumprimento do Estado.
Esta situação é tanto mais revoltante, quanto sabemos que quando as empresas ficam devedoras ao Estado, têm de liquidar com coimas elevadíssimas e juros de mora as suas dívidas. O seu contrário não se verifica. O Estado não se apresenta como pessoa de bem. Paga tarde e a más horas e jamais o Estado liquida as suas dívidas com juros, muito menos coimas, porque essas só são estipuladas para as suas cobranças coercivas e jamais para as suas dívidas compulsivas.
Ao longo de anos de governações que passam de PS para PSD, de PSD para PS, de PS para PSD-CDS e de novo para PS, tudo sempre igual, o mesmo que dizer para pior, porque tudo o que se não corrige, se deteriora!
Tal como na educação não resulta dizer «olha para o que eu digo, não olhes para o que faço», também na governação o mesmo se aplica. Como pode o Estado exigir cumprimento e punir comportamentos, se ele próprio não dá o exemplo?
Creio que vivemos em Portugal, um problema ainda mais grave que o próprio problema económico. Vivemos numa fase em que os princípios morais se desmoronaram. Todos vivem preocupados com os preços e com as dívidas e poucos se preocupam com os valores. Importam mais os números, importam mais as cobranças do que os meios, tudo se exige e nada se dá em troca. Passámos em menos de meio século de oito para oitenta. Será assim tão difícil acertar passo no bom senso ou será mais cómodo conviver com a promiscuidade do «eles falam, falam… mas ninguém tem razão»?
segunda-feira, agosto 21, 2006
Amor
Espanha [1547-1616]
A falência da democracia
A direita hipócrita
Continue a ler, por Manuel Monteiro, no Democracia Liberal
sábado, agosto 19, 2006
sexta-feira, agosto 18, 2006
Mudança
quando ainda não sabia as possíveis espigas
do entardecer era salgada a dúvida.
___________________
agora entardeço à sombra da certeza
escavando o baldio onde duvidas.
___________________
é singela a palavra quando muda.
(mendes ferreira)
quinta-feira, agosto 17, 2006
Mar nosso
Ó mar salgado, quanto do teu sal
são lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar,
para que fosses nosso, ó mar!
Fernando Pessoa
terça-feira, agosto 15, 2006
A vida passa, as passadeiras ficam, o civismo demora
Não deixa de ser um dado curiosamente infeliz. Numa altura em que proliferam as rotundas que supostamente abrandariam os excessos de velocidade na nossa cidade, vemos também surgir passadeiras imediatamente a seguir às rotundas, com planeamento mal estruturado da via pública e pouco conveniente para a passagem de peões.
Fez no passado dia 11 um mês, que dois dos meus familiares mais directos, pai e irmã, foram brutalmente atropelados quando seguiam a meio da passadeira frente ao Gabinete Médico-Legal de Aveiro (ao lado do Hospital Infante Pedro). Assim ficou marcado para sempre nas nossas vidas um episódio daqueles que enquanto não nos cabe a nós, nos parece que só acontece aos outros… A minha irmã ainda hoje se encontra de baixa por incapacidade temporária, mas apresentando boa recuperação. O meu pai ficou em coma profundo, até hoje numa situação que os médicos designam por “caótica”.
Por ironia do destino, continuo a ter de passar todos os dias pela mesma passadeira onde o meu pai e minha irmã foram atropelados, para me dirigir ao HIP durante os horários de visitas. Agora com cuidados redobrados e lembranças inesquecíveis, constato de forma mais inquietante como é incalculável a falta de civismo. Viaturas a alta velocidade dentro da cidade e às portas do Hospital, é uma realidade. Condutores sem civismo, é outra realidade ainda pior.
Numa altura em que estão na moda as multas por excesso de velocidade detectadas pelo imenso nº de radares colocados pelo Governo de José Sócrates nas auto-estradas, talvez não fosse má ideia começar a pensar mais na prevenção rodoviária fora das auto-estradas. Em Aveiro, tal como comecei por dizer neste artigo, os sinistros por atropelamento são acima da média e seria importante que as autoridades competentes começassem a reflectir seriamente sobre o assunto, para poderem ser tomadas medidas como acções públicas de civismo nas estradas, prevenção ao acidente e atenção aos sentidos de trânsito e ao posicionamento das passadeiras para peões.
Num país em que nos habituamos a ver permissividades sobre todas as culpas, é tempo de pelo menos dizer “basta” às culpas que atentam à segurança da vida humana!
Sair da passividade e do conforto do sofá para protestar sobre o que vai mal é um direito e uma obrigação que nos cabe a todos nós enquanto cidadãos responsáveis. Cumprir as regras estabelecidas, não é mais que o nosso dever. Mas se assim actuarmos, também nos entendemos com voz necessária para exigir as correcções imprescindíveis e as mudanças necessárias para que possamos usufruir de uma melhor qualidade de vida e acima de tudo da preservação da própria vida! Existirá maior bem?
Fogo devastador...
segunda-feira, agosto 14, 2006
Progresso...
Escritor - França [1885-1970]
sábado, agosto 12, 2006
Cedrim do Vouga está a arder ...
12 Corporações de Bombeiros e Homens da minha terra combatem a esta hora as chamas.
Soube há pouco pela TSF. Acabo de falar com Edgar Jorge. Impotência, consternação, solidariedade e revolta, são os sentimentos dos que ali se encontram muito próximo das labaredas que avançam sem dó nem piedade ....
Obrigada a todos os que tentam salvar a nossa Terra. E Força! Coragem, muita coragem, para tentar o possível e o impossível!
sexta-feira, agosto 11, 2006
Orfeu rebelde
Orfeu rebelde, canto como sou:
Canto como um possesso
Que na casca do tempo, a canivete,
Gravasse a fúria de cada momento;
Canto, a ver se o meu canto compromete
A eternidade do meu sofrimento.
Outros, felizes, sejam os rouxinóis...
Eu ergo a voz assim, num desafio:
Que o céu e a terra, pedras conjugadas
Do moinho cruel que me tritura,
Saibam que há gritos como há nortadas,
Violências famintas de ternura.
Bicho instintivo que adivinha a morte
No corpo dum poeta que a recusa,
Canto como quem usa
Os versos em legítima defesa.
Canto, sem perguntar à Musa
Se o canto é de terror ou de beleza.
Miguel Torga
quinta-feira, agosto 10, 2006
Barrinha de Esmoriz
Protecção legal
quarta-feira, agosto 09, 2006
Memórias da Linha do Vouga
A história dos caminhos-de-ferro do Vale do Vouga é longa e cheia de peripécias. A linha do Vouga tem uma das histórias mais ricas da rede ferroviária portuguesa.
Apesar de diversos traçados terem começado a ser estudados a partir de 1877, foi preciso esperar por um novo século para assistir à inauguração do primeiro troço (1908); pela mudança da monarquia para a república para o combóio chegar a Viseu (1914) e pelo fim da I Guerra Mundial para se entrar, finalmente, em exploração normal (1919).
Outra curiosidade desta linha é a sua cacterística «francesa». A nacionalidade da empresa construtora original marcou, por exemplo, o desenho das estações, claramente inspirado no das vias secundárias daquele país.
Dada a topografia da região e a necessidade de servir diferentes centros populacionais, os caminhos-de-ferro do Vale do Vouga acabaram por agregar dois traçados totalmente diferentes: uma via desenvolvendo-se aproximadamente segundo o eixo norte-sul entre Espinho, via Feira e São João da Madeira, Sernada e Aveiro (actualmente designada Linha do Vouga, com aproximadamente 90 Km) e um segundo itinerário, irradiando da Sernada e seguindo até Viseu, com passagem por Paradela do Vouga, Oliveira de Frades, Vouzela e São Pedro do Sul (com cerca de 79 Km, foi desactivada em finais de 1989).
Em 1972, na sequência de um grande incêndio florestal, o combóio a vapor que aqui circulava, cnhecido como «Vouguinha», foi acusado de ter ateado as chamas e todo o serviço foi suspenso. Retomado um ano depois do 25 de Abril, por pressão das populações e autarquias, o serviço ferroviário, agora com automotoras, viria a ser novamente interrompido em 1989 e assim se mantém até hoje, com desaparecimento de parte da via férrea e obstrução da plataforma por matos, derrocadas e construções...
Do historial da Companhia do Vale do Vouga faz parte a construção, em altura de escassez de combustíveis devido à II Guerra Mundial, de automotoras nacionais de via estreita, derivadas de autocarros «Panhard». Equipadas com motores a gasolina, conseguiam reduzir o tempo de viagem entre Aveiro e Viseu em mais de uma hora, relativamente aos combóios a vapor.
(in Portugal de Combóio - Guia Expresso)
terça-feira, agosto 08, 2006
sábado, agosto 05, 2006
Não há Felicidade Solitária
XXVII FARAV inaugurada hoje
A XXVII Feira de Artesanato da Região de Aveiro (FARAV) e a XIX Mostra Nacional e Internacional de Artesanato são inauguradas hoje, pelas 15 horas, no Parque de Exposições.
Em simultâneo irá decorrer a I Mostra Nacional de Gastronomia Regional, na qual participam 13 restaurantes em representação da região de Aveiro, Verde Minho, Algarve, Évora, entre outras. Esta mostra vai decorrer na área exterior aos pavilhões.
A FARAV estará representada por 175 expositores, além de câmaras municipais, associações e representações oficiais. Na Mostra Nacional e Internacional marcam presença 14 países de todo o mundo. Este ano, 70 artesãos vão também estar a trabalhar ao vivo a sua arte, ao longo dos nove dias de feira.
sexta-feira, agosto 04, 2006
Outeiro do Moínho
Quem dera voltar ao teu colo no luar de Agosto,
Quem dera voltar a ver-te na Vinha do Outeiro,
Ouvir-te assobiar,
Ao cantar dos merlos e das andorinhas.
Quem dera que me ouvisses pedir-te:
Não te vás.
Bem sei que a mim tudo consentes,
Bem sei que a ti peço nada e tudo ofereces.
Inauguraremos juntos o Outeiro do Moínho,
E não faltará a nossa água da nascente,
Nem o vinho das nossas entranhas,
Nem o nascer do Sol, na Portela!